sábado, 8 de novembro de 2025

Derrite sabota projeto contra facções, enviado por Lula à Câmara, e equipara grupos criminosos a "terroristas"

Secretário de Segurança Pública de Tarcísio, licenciado do cargo para relatar o PL, abre a "margem legal" para uma intervenção militar estrangeira no país

Guilherme Derrite, enquanto secretário de Segurança de SP, durante sessão de audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados - Brasília-DF - 28/10/2025 (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)


O deputado federal e secretário de Segurança de São Paulo licenciado, Guilherme Derrite (PL-SP), alterou projeto de lei (PL) antifacção de forma a sabotá-lo, para equiparar, no texto enviado na última semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Congresso, as organizações criminosas brasileiras a "terroristas". As informações são da agência O Estado de São Paulo/Conteúdo.

Derrite, que foi anunciado como relator do PL, do senador Sergio Moro (União-PR), pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), argumentou, ao apresentar seu relatório:

"Não se trata de classificar as organizações criminosas, paramilitares ou milícias privadas como 'organizações terroristas' em sentido estrito, mas de reconhecer que certas práticas cometidas por essas estruturas produzem efeitos sociais e políticos equivalentes aos atos de terrorismo, justificando, portanto, um tratamento penal equiparado quanto à gravidade e às consequências jurídicas".

A possiblidade da introdução da designação "terrorista" no PL antifacção gera temores na bancada do PT na Câmara sobre a abertura de uma brecha para até mesmo uma intervenção militar em território nacional, com o objetivo declarado de combater as organizações criminosas atuantes em território nacional.

Além disso, os parlamentares vêm denunciando a articulação dos governadores de extrema direita, aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, junto ao país norte-americano e parlamentares da base bolsonarista. Nesse contexto, Washington vem lançando ataques militares na região do Mar do Caribe, atingindo alvos supostamente ligados ao narcotráfico internacional, porém sem apresentar provas da ligação dos assassinados em alto mar com o crime.

Fonte: Brasil 247

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