domingo, 9 de novembro de 2025

A hora é agora: tornado no Paraná pressiona COP30 por decisões urgentes


O estrago em Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná: 90% das edificações da cidade foram afetadas

O tornado que devastou cidades da região Centro-Sul do Paraná, com ventos acima de 250 km/h e classificação EF3, colocou ainda mais pressão sobre a COP30, que começa em Belém na segunda (10). Especialistas afirmam que o Brasil, como país-sede e liderança nas negociações, terá de responder a uma sequência de eventos extremos que se multiplicam no planeta.

Carlos Rittl, diretor global de políticas públicas da Wildlife Conservation Society, cita três episódios recentes que mostram a gravidade da situação: o furacão que atingiu a Jamaica, o tufão que deixou mais de 180 mortos nas Filipinas e outro que atingiu o Vietnã.

Para ele, a COP30 terá de lidar com “uma era de extremos”, exigindo cortes mais rápidos nas emissões globais para manter a meta de limitar o aquecimento a 1,5°C, como prevê o Acordo de Paris.

DCM realizará o Seminário Pós-COP: O Brasil diante das transformações globais. Será no dia 24 de novembro, três dias após o encerramento da conferência climática em Belém.

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A falta de investimentos em adaptação — obras, planejamento urbano e sistemas de alerta para enfrentar desastres — segue como uma das principais críticas de ambientalistas. “As cidades precisam se preparar para lidar com essa nova realidade. O mapeamento dos riscos já existe, e isso exige recursos financeiros”, afirma Everaldo Barreiros, professor de meteorologia da UFPA. Ele lembra que a conferência discutirá justamente o financiamento para países mais vulneráveis.

Rittl reforça que os investimentos internacionais precisam ser acompanhados de ações locais e metodologias próprias para cada região. A pauta da COP inclui a proposta de triplicar os recursos destinados à adaptação em países em desenvolvimento.

O tornado no Paraná ilustra esse desafio. Segundo o geógrafo Daniel Henrique Cândido, doutor pela Unicamp e autor da principal catalogação de tornados no Brasil (1990–2011), o fenômeno pode estar entre os 10 mais fortes já registrados no país. Ele compara o episódio ao tornado de Almirante Tamandaré (PR), em 1992, também de intensidade EF3.

Cândido explica que o Brasil ocupa a segunda região com maior risco de tornados no mundo, atrás apenas do corredor norte-americano, por características geográficas únicas: planícies extensas na América do Sul, bloqueio dos Andes a oeste e o papel da Serra do Mar no escoamento das massas de ar. Isso favorece tempestades severas e movimentos convectivos capazes de gerar tornados, microexplosões e ventos destrutivos.

Com base nos danos observados no Paraná — destruição de casas de alvenaria, rompimento de torres de energia e veículos arrancados do solo — o pesquisador afirma que o evento se encaixaria no nível 6 da Escala Brasileira de Ventos (Ebrav), proposta em sua tese, que vai de 0 a 7.

A gravidade dos desastres no Brasil, porém, está ligada não apenas à força dos ventos, mas também ao padrão das construções, à vulnerabilidade urbana e à baixa cultura de prevenção. “Aqui, as moradias são mais pesadas. Quando caem, o impacto é maior. E as áreas pobres sofrem mais”, diz Cândido. Ele afirma que o país ainda carece de uma rede de radares mais densa e de acesso facilitado a informações meteorológicas, o que dificulta preparar a população.

O caso do Paraná aumenta a cobrança para que a COP30 avance em compromissos concretos de mitigação e adaptação, pressionando o Brasil — anfitrião e referência climática — a liderar uma resposta global compatível com o tamanho dos riscos atuais.

Seminário Pós-COP:  O Brasil diante das transformações globais 

24 de novembro de 2025  (segunda-feira); sessões às 10:00-12:30 e 19:00-21:30 

FESPSP – Rua General Jardim, Vila Buarque, São Paulo/SP 

Garanta sua vaga: https://poscop.org/ 

Sessão da Manhã (10:00-12:30) 

Aldo Fornazieri (Professor da FESPSP, Cientista Político) – abertura da sessão 

Ricardo Abramovay (Professor Sênior, Instituto de Energia e Ambiente, USP) 

Gabriel Ferraz Aidar (Superintendente de Planejamento e Pesquisa Econômica, BNDES) 

Alexandre Ramos Coelho (Coordenador do MBA em Geopolítica da Transição Energética, FESPSP)

Sessão da Noite 19:00-21:30

Painelistas confirmados:

Aldo Fornazieri (Professor da FESPSP, Cientista Político) – abertura da sessão

Paulo Teixeira (Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar)  

Luciana Aparecida da Costa (Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, BNDES)

Juliano Medeiros (Historiador e Professor Convidado da FESPSP) 

Uma parceria DCM + FESPSP para debater o futuro climático do Brasil com rigor acadêmico e compromisso social. https://poscop.org/ 


Fonte: DCM

“De joelhos”: Michelle ataca STF e diz que Bolsonaro é “única opção” para 2026

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Durante evento do PL Mulher em Londrina (PR), neste sábado (8), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que Jair Bolsonaro é o “único nome da direita” para disputar a Presidência em 2026. Ela disse que, se isso não ocorrer, será “fruto de um golpe do Judiciário”, e acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de controlar o Congresso Nacional. O discurso ocorreu um dia após o STF rejeitar, por unanimidade, recurso do ex-presidente na condenação por tentativa de golpe, que prevê 27 anos de prisão.

Michelle declarou que “não há outra opção” além do marido e afirmou que o Judiciário comanda o país. “A gente tem visto um Congresso de joelhos em frente ao STF. Hoje, infelizmente, só quem governa é o Judiciário”, disse. A ex-primeira-dama também alegou que Bolsonaro enfrenta dificuldades de saúde por não ter “paz de espírito” desde que passou por cirurgias após a facada de 2018.

Presidente nacional do PL Mulher, Michelle viaja pelo país com pautas conservadoras e religiosas. No discurso, voltou a defender a “submissão saudável” da esposa ao marido. “A Bíblia fala da submissão da esposa ao marido, mas é uma submissão saudável, porque existe um contexto de amor e respeito”, declarou.

Em outro trecho, criticou o que chamou de “falta de Deus na política” e atacou a esquerda, afirmando que “não é possível ser cristão e comunista”. Segundo ela, “cristãos são a favor da vida” e “comunistas, do aborto”. Michelle ainda criticou o ambiente das universidades federais, afirmando que há “jovens homossexuais apoiando o Hamas” e que “a direita não entra” nesses espaços.

A ex-primeira-dama também atacou a regulação das redes sociais, dizendo que “os comunistas querem controlar a internet para impedir que o povo saiba o que eles fazem”. No mesmo discurso, pediu que mulheres do PL “não enriqueçam na política” e lembrou que o patrimônio da família Bolsonaro cresceu desde o início da carreira política do marido.

O evento reuniu apoiadores e lideranças regionais do PL, em meio ao avanço da candidatura de Flávio Bolsonaro como alternativa para 2026, caso o pai permaneça preso. Michelle, que tenta consolidar seu protagonismo no campo conservador, reforçou a narrativa de perseguição política ao ex-presidente.

Fonte: DCM

Lei Antifacção: Lula liga para Motta e reclama da indicação de Derrite


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) – Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou neste sábado (8) para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a fim de expressar descontentamento com a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator da proposta da Lei Antifacção. O projeto foi enviado pelo governo ao Congresso nesta semana. A informação foi publicada pelo blog de Valdo Cruz e confirmada por auxiliares de Motta. Com informações do jornal O Globo.

De acordo com relatos, Lula demonstrou incômodo com a indicação de Derrite, que está licenciado do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo e é aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome cotado para disputar a Presidência em 2026. O presidente defendia que o relator fosse um parlamentar mais neutro, diante da forte polarização entre governo e oposição em torno das políticas de segurança pública.

Hugo Motta garantiu ao presidente que a relatoria será conduzida de forma técnica e sem interferências políticas. O deputado também assegurou que o texto do governo não será anexado a propostas que equiparam facções criminosas a organizações terroristas — ponto sensível para o Planalto. Lula já havia se posicionado contra essa equiparação, argumentando que poderia abrir brechas para intervenções estrangeiras sob o pretexto de combate ao terrorismo.

Em publicação no X, Motta afirmou que a segurança pública é uma “pauta suprapartidária e uma urgência nacional”. Disse ainda que pretende trabalhar para que a Câmara aprove a proposta até o fim do ano. Segundo ele, o relatório de Derrite “preserva avanços do projeto do governo federal e endurece as penas contra o crime”, acrescentando que o tema deve servir como “ponto de unidade” entre governo, Congresso e sociedade.

O substitutivo de Derrite propõe endurecimento das penas, ampliação do confisco de bens e bloqueio imediato de recursos usados por facções criminosas. O texto também prevê o tratamento penal das facções de forma semelhante ao aplicado a crimes de terrorismo, mas sem classificá-las formalmente como organizações terroristas.

A Lei Antifacção é tratada como prioridade pelo governo na agenda de segurança pública. O Planalto tenta garantir que o texto mantenha coerência com a política nacional de combate ao crime organizado, sem ampliar interpretações que possam gerar conflitos jurídicos ou diplomáticos.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Tudo virou pó”: os desabafos de moradores após tornado destruir cidade no Paraná


Parte da cidade de Rio Bonito do Iguaçu, atingida pelo tornado no Paraná. Foto: Reprodução/TV Globo

Um tornado com ventos de até 250 km/h destruiu quase toda a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no interior do Paraná, na noite de sexta-feira (7). Em poucos minutos, o município se transformou em um cenário de devastação. “Em questão de um minuto, acabou tudo”, contou um morador ao Jornal Nacional. Cinco pessoas morreram na cidade e uma em Guarapuava, além de mais de 750 feridos.

O vendaval atingiu 90% do território urbano e deixou cerca de 11 mil dos 14 mil moradores sem casa. “Parece uma cena de guerra”, descreveu um dos sobreviventes. Em meio a escombros de casas, comércios e veículos destruídos, famílias ainda tentam entender o que aconteceu. “A minha casa demoliu, o que salvou foi a mesa de madeira. Entramos embaixo e o telhado foi caindo”, relatou a dona de casa Rosinete Gonçalves Bueno.

Entre as vítimas está a adolescente Julia Kwapis, de 14 anos. “Ela estava na casa de uma amiguinha, foi muito rápido, a gente soube que ela foi arrastada”, disse a mãe, emocionada. Outros moradores perderam pais e irmãos. “A casa do meu pai sumiu em dois minutos, ele foi arremessado junto com a madeira”, contou Antônio Gieteski, que ainda tenta lidar com o luto.

O Governo do Paraná decretou calamidade pública e enviou equipes da Defesa Civil e da Saúde para atender os desabrigados. O Governo Federal também reconheceu o decreto e deslocou reforços da Força Nacional do SUS. “É triste olhar para isso aqui e ver que tudo virou pó”, resumiu um morador, diante do que restou de Rio Bonito do Iguaçu.

Veja o vídeo:

Fonte: DCM

Isolado e à beira da prisão, Bolsonaro é abandono por aliados: “Mal cuidado e ruim”


       O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Amigos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatam um cenário de abandono e isolamento. Segundo informações do Estadão, expressões como “mal cuidado” e “ruim” têm sido usadas por pessoas próximas para descrever sua situação atual. O afastamento pode ser medido também em números: o total de pedidos de visita a Bolsonaro caiu 74% desde agosto, segundo dados do sistema do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas quatro primeiras semanas de prisão domiciliar, o ex-presidente recebeu 123 solicitações de visita. Nos últimos 30 dias, o número caiu para 32. Em novembro, até o dia 7, foram apenas 10 pedidos, incluindo familiares e integrantes de um grupo de oração ligado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Um dos visitantes mais frequentes era o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que apresentou nove pedidos. Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a proibição de contato entre os dois, após reabrir investigação sobre possível envolvimento de Valdemar na tentativa de golpe de Estado.

presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em primeiro plano, falando e Jair Bolsonaro desfocado, sério, no fundo de foto
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Jair Bolsonaro – Reprodução
De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro tem reclamado do afastamento de aliados e demonstrado desânimo com a iminente prisão em regime fechado. Fontes afirmam que ele sofre crises de soluço, atribuídas ao seu estado emocional e de saúde.

Na sexta-feira (7), o STF formou maioria para rejeitar o recurso da defesa e manter a pena de 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado. O julgamento foi conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Bolsonaro deverá começar a cumprir a pena quando o caso chegar ao chamado “trânsito em julgado”, ou seja, após o fim de todos os recursos. O STF ainda poderá decretar a prisão antes disso, caso considere que os recursos da defesa são apenas manobras protelatórias.

Fonte: DCM

Assessora de Lula abandona jantar da Conib durante ataques de Caiado ao governo


Clara Ant, assessora de Lula, conversando com representante da comunidade judaica – Fábio Zanini/Folhapress

A assessora especial da Presidência da República, Clara Ant, abandonou no sábado (8) um jantar promovido pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) durante o pronunciamento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Com informações da Folha de S.Paulo.

O evento ocorreu em São Paulo, no contexto da 56ª Convenção da Conib, e reuniu autoridades, lideranças comunitárias e convidados para um jantar de gala. Durante sua fala, Caiado, que prega candidatura à Presidência no próximo ano, dirigiu críticas ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O governo atual, do PT, do Lula, é um governo que prega o radicalismo, prega o ódio de classe, prega uns contra os outros, ricos contra pobres. Isso é inadmissível, isso é inaceitável”, declarou Caiado. Ele acrescentou que o governo federal é, segundo ele, “complacente, conivente com o narcotráfico”.

governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), falando, sério
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) – Reprodução

Sentada à mesa, Clara Ant levantou-se discretamente e deixou o salão por uma saída lateral ao ouvir a fala. Ao ser perguntada pelo Painel, ela afirmou lamentar o episódio: “O Caiado foi inadequado e desrespeitoso até com o Conib, que fez um evento sobre democracia, pluralidade e convivência. Era o que estava rolando aqui até agora”.

A assessora enfatizou que não tinha queixas contra a entidade judaica: “Não é nada contra o Claudio [Lottenberg, presidente da Conib], mas o Caiado foi bastante deselegante”. “Vou embora. Lamento, porque gostaria de ficar, é uma festa, estava tudo indo bem. Não estou aqui para julgar o que os outros falam, pensam, mas eu acho que [Caiado] foi desrespeitoso. E ele sabia que tinha uma pessoa aqui do governo”, acrescentou.

Apesar do incidente, a presença da assessora no evento foi interpretada como um indício da tentativa do governo federal de distensionar a relação com a comunidade judaica, abalada pelas críticas do presidente Lula à guerra de Israel contra Gaza.

Ela foi a única representante do governo petista presente entre a maioria de opositores, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Claudio Castro (RJ) e Eduardo Leite (RS).

Antes do jantar, Clara Ant se reuniu com representantes da Conib e entregou um relatório de 24 páginas produzido pela Presidência, intitulado “Destaques da relação entre Lula, Israel e a Comunidade Judaica”, que inclui viagens, condenações de antissemitismo e enunciados de defesa de solução em dois Estados para o conflito israelo-palestino.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Lula discute crise da Venezuela e defende paz na América Latina em Cúpula da Celac neste domingo

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa neste domingo (9) da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), realizada em Santa Marta, na Colômbia. O encontro reúne chefes de Estado e representantes de 33 países da América Latina e Caribe e 27 da União Europeia. Com informações do g1.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o presidente deve manifestar solidariedade regional à Venezuela, em resposta às ameaças recentes dos Estados Unidos ao governo de Nicolás Maduro. Vieira afirmou que a posição brasileira segue o princípio de que a América do Sul é uma região de paz e cooperação.

O chanceler explicou que Lula aproveitará o encontro para defender o princípio de não intervenção e o fortalecimento do diálogo político entre os países do continente. Após a etapa na Colômbia, o presidente retornará a Belém (PA), onde participará da abertura da COP 30.

ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sério, com bandeira do Brasil ao fundo
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira – Reprodução

O encontro marca o décimo diálogo político entre as duas regiões desde 1999 e o quarto em nível de cúpula. A reunião vem sendo organizada há dois anos e busca consolidar compromissos conjuntos entre América Latina e União Europeia em áreas estratégicas.

Durante a cúpula, devem ser aprovados dois documentos principais: a “Declaração de Santa Marta”, que abordará temas como reforma do sistema internacional, meio ambiente, transição energética, segurança pública, migração, educação e cultura; e o “Mapa do Caminho”, que detalha ações práticas para implementar os compromissos políticos firmados.

A expectativa é que Lula mantenha uma agenda intensa na Colômbia, com reuniões bilaterais ainda em definição. O governo brasileiro avalia o encontro como oportunidade para reforçar a integração regional e a cooperação com os países europeus.

Fonte: DCM com informações do G1

Isolado nos EUA, Eduardo Bolsonaro rompe com aliados e diz se sentir desprestigiado


          Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Pedro França/Agência Senado

Autoexilado nos Estados Unidos desde o início do ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vive um momento de crescente isolamento político. Nos últimos três meses, o filho do ex-presidente acumulou brigas e trocas de ofensas com aliados do campo bolsonarista, incluindo governadores e dirigentes do próprio partido.

Entre os alvos estão Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Valdemar Costa Neto, Nikolas Ferreira, Ciro Nogueira e Tereza Cristina. Enquanto enfrenta denúncias na Procuradoria-Geral da República por tentativa de interferir no julgamento da trama golpista, Eduardo insiste em ser candidato à Presidência da República em 2026, mesmo sem o apoio integral do PL.

Em entrevista ao Metrópoles no dia (29) de outubro, Eduardo afirmou que mantém o desejo de suceder o pai: “É o meu desejo. Por qualquer partido. A minha base eleitoral não se preocupa muito com a questão partidária. Mas o próprio presidente Valdemar diz reiteradamente que vai seguir as orientações de Jair Bolsonaro. Se for o desejo do presidente Jair Bolsonaro, nós temos aí essa oportunidade.”

Nos bastidores, porém, aliados afirmam que ele se sente desprestigiado e frustrado com a falta de reconhecimento político, acreditando estar pagando um “preço alto” por permanecer fora do país, segundo o Estadão.

A crise mais recente envolve o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a quem Eduardo chamou de “candidato do sistema” e “o cara que o Moraes quer”. Em julho, já havia criticado Tarcísio por negociar com empresários e diplomatas norte-americanos sem exigir anistia para Bolsonaro.

O deputado também atacou o governador Romeu Zema, dizendo que ele se preocupava apenas com “a elite financeira”, e acusou Nikolas Ferreira de falta de engajamento na defesa do ex-presidente. Após críticas do senador Cleitinho Azevedo, respondeu: “Imprudente foi darmos a vaga do Senado para você. Mas muitos dos nossos erros iremos corrigir.”



O racha dentro do PL ganhou força após Valdemar Costa Neto afirmar que Eduardo não tem votos sem o pai e que insistir em candidatura presidencial seria “ajudar a matar Bolsonaro”. O deputado reagiu com uma mensagem dura nas redes: “Não abdiquei de tudo para trocar afagos mentirosos com víboras.

Não lutei contra tiranos insanos para me sujeitar aos esquemas espúrios dos batedores de carteira da ocasião. Esse é o momento para resgatarmos a direita, não para a enfiarmos nas mãos sujas do aproveitador da ocasião.”

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Eduardo também entrou em conflito com Ciro Nogueira e Tereza Cristina, que citaram Tarcísio e Ratinho Júnior como nomes viáveis para 2026, deixando-o de fora. À senadora, rebateu: “Assim, fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal.”

Ele ainda atacou a deputada catarinense Ana Campagnolo após ela mencionar Carlos Bolsonaro em uma disputa ao Senado, dizendo que suas declarações foram “totalmente inaceitáveis” e “uma tremenda injustiça”.

Enquanto tenta manter protagonismo, o deputado é visto por aliados como cada vez mais isolado e emocionalmente desgastado. Valdemar Costa Neto tentou amenizar as tensões, dizendo ao Estadão que Eduardo faz um “grande sacrifício” ao viver longe da família e que seria “imbatível” em uma candidatura ao Senado por São Paulo. Ainda assim, setores do PL acreditam que o parlamentar dificilmente estará nas urnas por causa do processo no Supremo Tribunal Federal, que o coloca em situação política delicada.

Fonte: DCM

Efeito Lula: investimentos estrangeiros diretos no Brasil crescem 67%

Saldo positivo dos investimentos indicam economia bombando acima da média global, apesar do alarmismo fiscal da Faria Lima; IDE chega a US$ 37 bilhões

Brasília (DF) - 12/02/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O interesse de investidores estrangeiros no Brasil cresceu mais que a média global nos últimos anos. Ao todo, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em novos projetos produtivos no País aumentou 67% de 2022 a maio de 2025 na comparação com o período de 2015 a 2019, enquanto, globalmente, o número foi de 24%, informou o site InfoMoney no sábado (8).

Esse nível de crescimento ocorre mesmo em meio à fragmentação política e ao aumento de barreiras tarifárias, analisa a reportagem do jornalista Iuri Santos.

“Observa-se uma mudança relevante na geografia de investimentos: eles estão sendo direcionados a distâncias geográficas maiores, mas a distâncias geopolíticas menores”, avalia o economista Nelson Ferreira, sócio-sênior da consultoria multinacional McKinsey.

O caminho adotado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do cenário de guerra comercial global, priorizando a abertura de novos mercados e negociações diretas com o governo dos EUA, que aplicou um tarifaço global em abril, também são fatores determinantes para o crescimento da economia brasileira e a percepção positiva da imagem do país a investidores estrangeiros.

Nesse sentido, a diplomacia brasileira é o fator central, segundo Ferreira, que prevê ainda novos fluxos de IDE, vindos da Ásia e do Oriente Médio, além dos parceiros tradicionais europeus.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Saiba como reconhecer vídeos falsos produzidos por inteligência artificial


     Homem gerado por IA. Foto: Reprodução/BBC

Nos Estados Unidos, especialistas em segurança digital e forense alertam para o avanço veloz dos vídeos criados por inteligência artificial (IA). A reportagem de Thomas Germain, pela BBC destaca que nos últimos seis meses, essas tecnologias se tornaram tão sofisticadas que já desafiam a capacidade humana de distinguir o que é real do que é sintético.

Pesquisadores como Hany Farid, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Matthew Stamm, da Universidade Drexel, explicam que vídeos borrados e de baixa resolução são os mais suscetíveis a enganar o público. Isso ocorre porque a baixa qualidade pode mascarar falhas sutis deixadas pela IA — desde texturas de pele perfeitas demais até objetos que se movem de maneira irreal.

Casos recentes mostram como o público tem sido enganado. Clipes de coelhos saltando em um trampolim, um casal apaixonado no metrô de Nova York e até um pastor pregando discursos falsamente progressistas viralizaram nas redes, acumulando milhões de visualizações antes de serem desmentidos. Todos tinham algo em comum: aparência amadora, curta duração e baixa qualidade de imagem.

Embora ainda existam sinais visuais que ajudam a detectar fraudes, os especialistas alertam que eles estão desaparecendo rapidamente. A indústria tecnológica investe bilhões para aprimorar as criações de IA, o que exigirá novos métodos de verificação. A recomendação dos estudiosos é focar na origem e no contexto do vídeo — quem publicou, onde surgiu e se foi confirmado por uma fonte confiável —, já que, em breve, os olhos humanos não bastarão para identificar o que é falso.

Fonte: DCM

sábado, 8 de novembro de 2025

Gleisi diz que governo agiu rápido e anuncia ações no Paraná

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


A ministra Gleisi Hoffmann afirmou neste sábado que o governo federal reconheceu imediatamente a situação de calamidade pública nas cidades atingidas pelo tornado que devastou o interior do Paraná. Após sobrevoar as áreas mais destruídas, ela disse que o objetivo é unir esforços para reconstruir Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, onde seis pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas. Segundo Gleisi, a liberação de recursos emergenciais deve avançar até segunda-feira.

A ministra destacou que a ação envolve a Defesa Civil Nacional e os ministérios da Integração, Desenvolvimento Regional e Saúde. Técnicos especializados já estão nos municípios afetados para realizar atendimentos, vistoriar danos e organizar medidas imediatas de amparo. A comitiva enviada por Lula também inclui equipes de ajuda humanitária, reconstrução e assistência às famílias desabrigadas.

O reconhecimento da calamidade pública permite a liberação de verbas sem os processos burocráticos tradicionais, acelerando ações de socorro, abrigo, alimentação, higiene e obras emergenciais. A medida também autoriza o repasse direto aos municípios para reconstrução de casas, recuperação de infraestrutura e apoio social. Em postagem no X, Lula disse que o governo prestará “todo o auxílio necessário”.

O Ministério da Integração confirmou que o pedido de reconhecimento foi feito na noite de sexta-feira e validado na manhã seguinte. De acordo com o governo do Paraná, ao menos 10 mil pessoas foram afetadas apenas em Rio Bonito do Iguaçu, e 432 feridos receberam atendimento, nove deles em estado grave. A ventania destruiu casas, derrubou árvores, arrastou veículos e interrompeu energia e abastecimento de água.

Imagens aéreas da cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, mostram bairros inteiros destruídos pelo tornado que passou pela região Centro-Sul do estado na noite desta sexta-feira (7). Foto: Agência Brasil

A tragédia mobilizou ainda o Ministério do Desenvolvimento Social, que enviou cestas de alimentos, equipes de apoio psicológico e assistência social. O ministro Wellington Dias disse que o governo atua em parceria com as autoridades estaduais e municipais para atender quem perdeu tudo. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que a União está empenhada na reconstrução das estruturas destruídas.

Líderes do Congresso também se manifestaram. Davi Alcolumbre afirmou que as imagens do tornado “comovem o Brasil”, enquanto Hugo Motta exaltou o trabalho das equipes de resgate e voluntários. As buscas continuam nas áreas atingidas, e o Corpo de Bombeiros segue retirando escombros e procurando desaparecidos.

Fonte: DCM

Suzane teria atacado a mãe, diz relato inédito de ex-detento sobre o caso Richthofen


     Cristian Cravinhos. Foto: Reprodução

O jornalista Acir Filló, autor do livro Diário de Tremembé – O Presídio dos Famosos, revelou um relato inédito que afirma ter ouvido diretamente de Cristian Cravinhos sobre o crime que matou Manfred e Marísia von Richthofen em 2002. Segundo Filló, o ex-detento descreveu a participação de Suzane von Richthofen de forma mais ativa do que a apresentada oficialmente, incluindo o momento em que ela teria dado os golpes finais na mãe após constatar que ainda estava viva.

Filló também relatou um segundo episódio que, segundo ele, marcou o comportamento de Suzane dentro do presídio. Cristian teria contado que tentou pedir perdão à ex-namorada pelo crime e chegou a presenteá-la com flores brancas. A resposta teria o deixado abalado: “Eu não preciso de flores, você me deu o que eu queria. Você me deu a nova vida, eu estou feliz”, frase que o autor classificou como demonstração de frieza.

As declarações foram colhidas durante o período em que Filló esteve detido em Tremembé por corrupção. Ele afirma ter ouvido diversos relatos de presos considerados de grande repercussão, incluindo Cristian e Daniel Cravinhos. O autor diz que registrou essas conversas em cadernos que mais tarde dariam origem ao livro.

Diário de Tremembé foi proibido de circular por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que avaliou que o material violava direitos de personalidade. Apesar de fora das livrarias, trechos e entrevistas com o autor seguem repercutindo, reacendendo debates sobre versões paralelas do caso Richthofen.

Fonte: DCM