segunda-feira, 30 de junho de 2025

Enquanto estrangula o governo por ajuste fiscal, Congresso amplia gastos bilionários e beneficia os super-ricos

Congresso aumenta número de deputados, mantém isenções fiscais e blinda os mais ricos do Imposto de Renda

                           Prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Enquanto estrangula o governo impondo derrotas legislativas e exigindo cortes de gastos, o Congresso Nacional contribui para ampliar a "gastança" que os próprios deputados e senadores atribuem ao Executivo. Segundo levantamento da Tendências Consultoria, encomendado pelo jornal O Globo, apenas em 2025 o impacto fiscal das medidas aprovadas pelo Legislativo já ultrapassa os R$ 100 bilhões.

De acordo com o estudo, o valor totaliza R$ 106,9 bilhões em 2025, resultado da adoção de projetos que elevaram os gastos, impediram cortes ou mantiveram benefícios fiscais. Para 2026, a previsão é ainda mais preocupante: a conta sobe para R$ 123,25 bilhões, impulsionada por decisões como o aumento no número de deputados federais e o início do programa de renegociação das dívidas estaduais, o Propag, idealizado pelo ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O Propag, sancionado em janeiro pelo Executivo, elimina a cobrança de juros (antes fixados em 2% ao ano), restando apenas a correção pela inflação. Estima-se que, a partir de 2026, o impacto financeiro desse projeto seja de R$ 20 bilhões.

☆ Supersalários, emendas e aumento de deputados - O avanço das emendas parlamentares é um dos fatores mais pesados nessa equação. O economista Bráulio Borges, da FGV/Ibre, propõe em artigo recente que o valor seja reduzido para R$ 10 bilhões — patamar comparável ao de outros países. Hoje, elas somam R$ 62 bilhões, contra R$ 8,6 bilhões em 2014.

Segundo Borges, “há peso excessivamente carregado pelo Executivo federal. Essa responsabilidade tem de ser compartilhada. Temos Legislativo empoderado, governos regionais ganhando espaço no gasto total mas, quando dá problema, batem na porta do governo federal”.

O cientista político Carlos Melo, do Insper, lembrou que a criação de 18 novas cadeiras na Câmara a partir de 2026 implicará mais despesas: “vão querer ter emendas, privilégios, o mesmo controle do Orçamento que os demais. Numa tacada só, negam aumento de receita e sobem a despesa".

Ele destaca ainda que, com os altos valores das emendas, do fundo partidário — que cresceu R$ 165 milhões, chegando a R$ 1,368 bilhão neste ano — e do fundo eleitoral (R$ 5 bilhões em 2024), os parlamentares já não dependem de cargos no governo. “Eles não dependem do governo. São cinco centenas de vereadores federais. Falam em ‘governo congressual’”, concluiu.

☆ ‘Jabutis’ e renúncias fiscais - Apesar de não constarem no Orçamento da União, os chamados “jabutis” aprovados pelo Congresso em projeto do setor elétrico em junho devem gerar um custo de mais de R$ 190 bilhões para os consumidores, como apontou Bráulio Borges: “foi um verdadeiro ataque especulativo do Congresso contra o Brasil. Aproveitou a fraqueza do governo para aprovar um monte de jabutis que só satisfazem alguns interesses muito bem representados no Congresso".

Outro exemplo citado por Borges é o Perse — programa de apoio ao setor de eventos durante a pandemia —, cuja extinção foi barrada pelo Legislativo, preservando uma renúncia fiscal superior a R$ 15 bilhões. Também foi mantida a desoneração da folha de pagamento para 17 setores, embora o STF tenha exigido compensações. Segundo a Tendências, o rombo estimado de R$ 20 bilhões foi parcialmente compensado com receitas extraordinárias de apenas R$ 9 bilhões.

☆ Fundeb, BPC e IR - A participação da União no Fundeb também foi ampliada, saindo de 10% em 2020 para uma previsão de 21%. O aumento é gradual, mas já representa acréscimos anuais de R$ 6 bilhões aos cofres federais.

No caso do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência em situação de pobreza, o Congresso vetou a tentativa de reverter a flexibilização nas regras de acesso aprovada ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), em 2021. Segundo cálculos de Bráulio Borges, o custo do BPC nos 12 meses encerrados em maio foi de R$ 121 bilhões — valor entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões acima do que seria com os critérios anteriores.

Guilherme Klein, professor da Universidade de Leeds e pesquisador do Made-USP, alerta para o impacto da proposta do PP que altera o projeto do Executivo sobre a nova tabela do Imposto de Renda. A ideia do governo era iniciar a cobrança da alíquota mínima a partir de R$ 50 mil mensais. A nova versão eleva esse patamar para R$ 250 mil, o que, segundo Klein, geraria uma perda estimada de R$ 38 bilhões.

☆ Projeções eleitorais influenciam cenário - Para Ricardo Ribeiro, analista político da LCA 4Intelligence, as movimentações no Congresso já refletem os interesses eleitorais de 2026: “O Centrão que tem um pé no governo está se arrumando para um cenário eleitoral. A questão não é se tem de fato um Congresso a favor ou não de corte de gastos. O essencial é que estamos antevendo o embate eleitoral de 2026".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Receita começa a pagar nesta segunda o 2º lote da restituição do IR 2025

Mais de 6,5 milhões de contribuintes devem receber valores; consulta está disponível no site e no aplicativo da Receita Federal

Imposto de Renda 2025 (Foto: Joedson Alves / Agência Brasil)

A Receita Federal inicia nesta segunda-feira (30) o pagamento do segundo lote de restituições do Imposto de Renda 2025. De acordo com informações do portal g1, ao todo, serão contemplados mais de 6,5 milhões de contribuintes em todo o país, com um volume financeiro que ultrapassa R$ 11 bilhões. Além das restituições referentes a este ano, o lote inclui também valores residuais de exercícios anteriores.

Segundo o Fisco, aproximadamente R$ 1,8 bilhão desse montante será destinado a contribuintes prioritários, grupo que inclui idosos, pessoas com deficiência ou doenças graves, professores e aqueles que optaram pela declaração pré-preenchida e pelo recebimento via PIX.

Confira como será a divisão entre os beneficiados prioritários:

  •  148.090 idosos com mais de 80 anos
  •  1.044.585 pessoas entre 60 e 79 anos
  •  91.363 contribuintes com deficiência física ou mental, ou moléstia grave
  •  496.650 contribuintes cuja principal fonte de renda seja o magistério
  •  4.764.634 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e escolheram o PIX para receber a restituição

☆ Calendário de pagamentos segue até setembro

O calendário oficial da Receita prevê cinco lotes de restituição do Imposto de Renda em 2025. O primeiro foi pago em 30 de maio e o último está previsto para 30 de setembro. Veja as datas:

  •  1º lote: 30 de maio
  •  2º lote: 30 de junho
  •  3º lote: 31 de julho
  •  4º lote: 29 de agosto
  •  5º lote: 30 de setembro

☆ Como saber se você vai receber

Para consultar se a restituição será paga neste segundo lote, o contribuinte deve acessar o site da Receita Federal, clicar em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, selecionar a opção "Consultar a Restituição". Também é possível fazer a consulta por meio do aplicativo oficial da Receita disponível para smartphones e tablets.

No site, além da consulta simples, o contribuinte pode acessar o extrato completo do processamento da declaração por meio do portal e-CAC. Caso haja pendências ou inconsistências, é possível fazer as correções necessárias com a declaração retificadora.

A Receita Federal reforça que o pagamento das restituições ocorre exclusivamente em contas bancárias de titularidade do contribuinte. Caso haja erro nos dados bancários ou problema na conta, o valor não será creditado. Nesses casos, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores no site do Banco do Brasil ou pelos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (para deficientes auditivos). O prazo para reagendamento é de até um ano.

☆ Malha fina: fique atento às pendências

Durante a consulta, o contribuinte também pode verificar se sua declaração caiu na malha fina, situação em que o pagamento da restituição é bloqueado até a regularização. Para isso, basta acessar o extrato no portal e-CAC e verificar o item "Pendências de Malha". Caso existam inconsistências, o contribuinte poderá apresentar documentos que comprovem a veracidade das informações ou corrigir a declaração.

Quem é obrigado a declarar o IR 2025

São obrigados a declarar o Imposto de Renda neste ano os contribuintes que se enquadram em ao menos uma das seguintes situações:

  •  Receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024
  •  Tiveram rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 200 mil no ano passado
  •  Obtiveram ganho de capital na venda de bens ou direitos ou realizaram operações em bolsas de valores superiores a R$ 40 mil
  •  Obtiveram isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóvel residencial, seguido de aquisição de outro em até 180 dias
  •  Tiveram receita bruta superior a R$ 169.440,00 em atividade rural em 2024
  •  Possuíam bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil até 31 de dezembro de 2024
  •  Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês de 2024 e permaneceram nessa condição até o fim do ano
  •  Possuem trust ou bens no exterior e atualizaram o valor dos imóveis com pagamento de imposto diferenciado em dezembro de 2024 (Lei nº 14.973/2024)
  •  Obtiveram rendimentos no exterior de aplicações financeiras ou lucros e dividendos
  •  Optaram por declarar bens, direitos e obrigações de entidade controlada no exterior como se fossem de sua titularidade

Para mais informações, o contribuinte pode acessar o site oficial da Receita Federal ou buscar orientações por meio dos canais de atendimento disponíveis.

Fonte: Brasil 247

Parceiro de negócios de Marçal é suspeito de sumir e dar calote em 40 caminhões alugados

Empresa do influenciador Vanderson de Melo teria trocado placas e escondido veículos para evitar apreensão; empresário alega crise financeira

Empresa do caminhoneiro influencer foi flagrada trocando placas de caminhões que alugou e nunca devolveu (Foto: Reprodução)

Vanderson de Melo, parceiro de negócios de Pablo Marçal, virou alvo de investigação após ser acusado de alugar e desaparecer com 40 caminhões de uma gigante do setor logístico. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles nesta segunda-feira (30). Segundo o inquérito, a empresa de Melo, o Grupo Brasil Novo, não apenas deixou de pagar o aluguel dos veículos como também teria adotado um esquema para esconder parte da frota, incluindo troca de placas e transporte para locais remotos.

Vanderson, que costuma exibir carrões de luxo e viagens internacionais nas redes sociais, é conhecido por palestras motivacionais em que apresenta sua trajetória como "case de sucesso". Em 2024, chegou a ser exaltado publicamente por Pablo Marçal, que o citou como exemplo de superação. “Ele era motorista de caminhão. Hoje, ele tem uma das maiores empresas da América Latina de logística. Esse ano de 2024, já vai bater 2 mil placas de carreta, caminhão, os trem doido (sic)”, afirmou Marçal em uma de suas palestras.

A amizade e parceria entre os dois também se estendeu ao campo político: Vanderson acompanhou Marçal em eventos de campanha à Prefeitura de São Paulo, debates de TV e até em momentos de lazer, como pescarias.

☆ Esquema para esconder caminhões

O contrato de aluguel dos 40 caminhões foi firmado em 2020. Desde então, o Grupo Brasil Novo acumulou uma dívida de R$ 7,2 milhões com a empresa locadora e, segundo o processo judicial, nunca devolveu os veículos. A Justiça determinou buscas e apreensões, mas parte dos caminhões simplesmente sumiu.

Até o momento, 18 veículos continuam desaparecidos e outros 22 foram encontrados em situações inusitadas: alguns tiveram as placas substituídas para burlar ordens judiciais, enquanto outros foram levados para locais afastados, sem sistema de rastreamento.

O Metrópoles revelou que, em junho, advogados da empresa locadora tentaram recolher caminhões em Barueri (SP), mas encontraram funcionários apressadamente retirando as placas dos veículos. A ação foi acompanhada por um oficial de Justiça e registrada em vídeo.

Em outra ocasião, dois caminhões com placas adulteradas foram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul. Após consulta com a seguradora, os agentes constataram o bloqueio judicial devido à dívida milionária.

Os veículos também foram localizados escondidos sob lonas em terrenos no Pará, Maranhão, Santa Catarina e Mato Grosso. Em um dos episódios mais curiosos, dois caminhões foram flagrados sendo transportados na carroceria de outro caminhão, em plena rua. Nesse caso, os veículos não foram apreendidos.

☆ Empresário diz que vive crise financeira

Procurado, Vanderson de Melo recorreu às redes sociais para minimizar o caso. Em um vídeo publicado no último dia 23, o empresário admitiu que sua empresa vive uma situação financeira delicada, mas evitou comentar as suspeitas de adulteração de placas e desaparecimento dos caminhões.

“Estamos tomando todas as medidas possíveis por todas essas barbaridades que estão falando por aí”, declarou. O empresário ainda sugeriu que está sendo atacado por conta de sua exposição e sucesso. “Quando se faz algo que tem uma trajetória de sucesso, ninguém dá muita importância. Agora, quando acontece qualquer deslize ou qualquer momento pontual realmente de dificuldade, todo mundo joga a primeira pedra”, disse.

Apesar da justificativa, o caso segue sendo investigado pela polícia e pela Justiça, e parte dos caminhões segue desaparecida.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula vai a reunião de Cúpula do Mercosul e Brasil assume presidência do bloco

Foco à frente do bloco será a integração regional, finalização do acordo com União Europeia e fortalecimento da Tarifa Externa Comum

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul na próxima quinta-feira (3), em Buenos Aires. O encontro marcará o encerramento da presidência pro tempore da Argentina e a transferência do comando rotativo do bloco para o Brasil.

A participação nacional reforça o compromisso do governo com o fortalecimento da integração regional e com a agenda econômica e social do Mercosul. A informação foi dada pela embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores,

“Não preciso ressaltar a importância que o Brasil atribuiu ao Mercosul no nosso objetivo maior de promover a integração regional, que é um objetivo constitucional, histórico e atual do presidente Lula e da diplomacia brasileira”, afirmou a secretária.

Entre as prioridades do Brasil à frente do bloco está a conclusão do acordo com a União Europeia. “Temos a expectativa de assinar mesmo o acordo com a União Europeia, que está finalizado, passando por traduções para 27 línguas, e tem de passar pelas instâncias europeias. Vocês todos acompanharam o esforço do presidente Lula, junto ao presidente Emmanuel Macron recentemente, e ele sempre está trabalhando para que esse acordo importantíssimo seja finalmente concluído”, disse Padovan.

Ela destacou que a atuação conjunta dos países do bloco fortalece sua posição em negociações internacionais. “O Mercosul também é importante para os nossos países se posicionarem globalmente. Sozinhos, negociações com grandes blocos seriam mais fragilizadas. Juntos somos mais fortes para nos colocarmos globalmente.”

Durante a presidência brasileira, o Mercosul pretende priorizar o fortalecimento da Tarifa Externa Comum, a incorporação dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco e o avanço em medidas que consolidem a união aduaneira. Também será discutida a incorporação de novos códigos à Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec).

Outro ponto de destaque será o lançamento do “Mercosul verde”, com ações voltadas à cooperação para tornar o comércio mais sustentável. “É promover a cooperação para que não só o nosso comércio seja mais sustentável, mas também que mostremos ao mundo as nossas credenciais verdes: temos uma matriz energética renovável e nossa agricultura é sustentável”, pontuou a embaixadora.

O Brasil também deve liderar o lançamento da segunda fase do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM 2), que financia projetos para reduzir desigualdades entre os países do bloco. “A versão 1 despendeu cerca de US$ 1 bilhão em projetos importantes, como a Costaneira no Paraguai. A gente anda por ela e é um orgulho ver que o Mercosul é capaz de ajudar em obras tão fundamentais”, destacou Padovan. O país tem ainda oito novos projetos nacionais em fase de lançamento no âmbito do FOCEM 1.

Outras áreas de atenção serão a cooperação em segurança pública e o fortalecimento dos mecanismos de financiamento de infraestrutura e desenvolvimento regional.

Na área social, o Brasil quer impulsionar o trabalho do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH), sediado na Argentina, e do Instituto Social do Mercosul (ISM), com sede no Paraguai. “Gostaríamos de ver esses institutos mais vigorosos. Trabalharemos para ajudá-los a cumprirem a sua função importantíssima de preparar corpos técnicos, de fazer estudos, de difundir dados e elementos e de promover efetivamente temas fundamentais, como são direitos humanos e o tema da justiça e cuidado social”, declarou a embaixadora.

Padovan também mencionou o fortalecimento da participação dos países associados, com destaque para o Panamá, e o incentivo às relações comerciais por meio do Fórum Empresarial, com atenção especial às pequenas e médias empresas, setor que, segundo ela, enfrenta mais barreiras no comércio internacional e tem forte participação feminina.

No comércio entre os países do bloco, o intercâmbio somou US$ 17,5 bilhões entre janeiro e maio de 2025. O Brasil exportou US$ 10,2 bilhões e importou US$ 7,2 bilhões, registrando um superávit de US$ 3 bilhões. Entre os principais itens importados estão veículos automotores para transporte de mercadorias e passageiros, trigo e centeio não moídos, e energia elétrica. As exportações brasileiras se concentram em veículos de passageiros e de mercadorias, peças e acessórios automotivos, produtos da indústria de transformação e minério de ferro.

Fonte: Brasil 247

Ato de Bolsonaro tem “tom desesperado” e reflete “cansaço”, dizem ministros do STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante manifestação na Paulista neste domingo. Imagem: reprodução

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) interpretaram a manifestação deste domingo (29), liderada por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, como sinal de “desespero” e “cansaço” do ex-presidente e de seus apoiadores. Com informações do Valor Econômico.

O ato ocorre em meio ao avanço das investigações sobre a tentativa de golpe e dias após o ministro Alexandre de Moraes abrir prazo para que os réus do chamado “núcleo crucial” do caso apresentem suas alegações finais. O julgamento pode ocorrer em setembro.

Um dos magistrados afirmou que os discursos tiveram “tom desesperado”, enquanto outro viu desgaste na mobilização e nas pautas recorrentes, como a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Os ministros observaram a redução da adesão e o caráter defensivo dos discursos no palanque montado por Bolsonaro e aliados.

Durante o evento, Bolsonaro voltou a se defender das acusações e afirmou: “Posso ser vítima de uma covardia”, em referência à possibilidade de ser condenado pelo STF. Ele também pediu apoio político: “Se a gente conseguir eleger 50% da Câmara e do Senado, nem preciso ser presidente”.

Os ataques mais contundentes vieram do pastor Silas Malafaia, que voltou a criticar duramente o Supremo. Ele chamou Moraes de “ditador” e incentivou o público a gritar “assassino” contra o ministro. Malafaia também atacou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada com a PF.

Outro alvo do palanque foi a ministra Cármen Lúcia, criticada pelo senador Magno Malta (PL-ES), que a chamou de “tirana”. A fala fazia referência ao voto da magistrada no julgamento que ampliou a responsabilização das plataformas digitais no combate à desinformação.

Apesar do tom elevado dos discursos, ministros do STF notaram sinais de esgotamento no campo bolsonarista, tanto no número de participantes quanto na repetição das pautas. A percepção na Corte é de que o movimento vive um momento de perda de fôlego.

A manifestação foi organizada em meio ao avanço das investigações que envolvem Bolsonaro, e teve como pano de fundo a tentativa de mobilizar apoio popular e político às vésperas de um possível julgamento. A presença de líderes políticos e religiosos indica uma tentativa de demonstrar unidade, ainda que o público não tenha sido expressivo.

Estiveram no ato os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC) e Cláudio Castro (RJ), todos alinhados ao ex-presidente. Eles evitaram confrontos diretos com o STF, mas endossaram o discurso político de apoio a Bolsonaro.

Fonte: DCM com informações do jornal Valor Econômico

Lula decide nesta segunda (30) se vai ao STF contra decisão do Congresso sobre o IOF

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) deve decidir nesta segunda-feira (30) se vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a derrubada do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ou se buscará um acordo com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

O petista deu prazo até hoje para que o advogado-geral da União, Jorge Messias, indique se a AGU vai seguir pelo caminho jurídico e apresentar ação ao STF. Lula aguarda o parecer final para decidir se confronta ou não o Congresso judicialmente.

A possível judicialização tem dividido a equipe ministerial. As áreas jurídica e econômica do governo defendem o recurso, enquanto o setor de articulação política é contrário.

A AGU já estuda uma tese a ser apresentada ao Supremo, argumentando que o decreto legislativo aprovado no Congresso para barrar o aumento do IOF seria inconstitucional.

No entanto, Lula foi aconselhado a dialogar com o Congresso antes de judicializar o caso, sob risco de ampliar a tensão entre os Poderes. A orientação é buscar conversas com Davi Alcolumbre e Hugo Motta, além de consultar ministros do STF.

O recado de Hugo Motta e Davi Alcolumbre ao STF
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Brenno Carvalho

Até a noite de domingo (29), nem Alcolumbre nem Motta haviam sido chamados para uma reunião com o presidente. Ambos têm compromissos nesta segunda-feira: Motta está em São Paulo e, à noite, viaja a Lisboa, assim como Alcolumbre, que participará do Fórum Jurídico de Lisboa — evento promovido pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

Aliados dos presidentes das Casas Legislativas afirmam que uma ida ao STF poderá “piorar o ambiente político”. Segundo relatos, “a expectativa é de que Lula opte pela negociação” — mas, se houver conversa, ela só deve ocorrer na próxima semana, após o retorno das agendas em Lisboa.

Fonte: DCM

domingo, 29 de junho de 2025

Bolsonaristas usam desculpas esfarrapadas para justificar o fiasco do ato na Paulista

Manifestação em defesa do líder da tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023 flopou em São Paulo

Manifestação bolsonarista fracassa em São Paulo (Foto: Sputnik / Guilherme Correia)

A manifestação organizada neste domingo (29) na avenida Paulista em apoio a Jair Bolsonaro (PL) evidenciou o esvaziamento da base bolsonarista nas ruas. Apesar da mobilização intensa promovida pelo pastor Silas Malafaia, que organizou e financiou o evento, e da presença de figuras políticas influentes da extrema direita, o público presente foi significativamente menor do que em atos anteriores. Segundo dados do Monitor do Debate Político da USP, o pico de participantes foi de apenas 12 mil pessoas — menos de um terço dos 44,9 mil registrados em abril deste ano. A informação é da Sputnik Brasil, que acompanhou in loco a manifestação.

O evento ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), com um trio elétrico estacionado na altura da rua Peixoto Gomide. Entre bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos, apoiadores empunhavam cartazes contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da atmosfera de protesto, o clima era de constrangimento entre os aliados diante do número reduzido de presentes.

☆ Justificativas frágeis e discursos reciclados

Diante do evidente fracasso de público, líderes bolsonaristas recorreram a explicações pouco convincentes. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) culpou a data e as dificuldades financeiras dos apoiadores: “É o penúltimo dia do mês, o nosso povo vem sempre pagando passagem, mais as despesas de Uber”, afirmou.

Silas Malafaia, por sua vez, tentou relativizar a baixa adesão, dizendo que “o número de participantes seria menos importante que o teor de seu discurso”. A tentativa de minimizar o fiasco, no entanto, contrastava com o objetivo central do ato: pressionar o STF no momento em que Bolsonaro é réu em múltiplas ações penais e articulava, informalmente, seu retorno ao cenário eleitoral de 2026.

☆ Discurso golpista velado e slogan trumpista

Em cima do palanque, Jair Bolsonaro reforçou seu discurso de vitimização, negou ter articulado qualquer tentativa de golpe — “Nenhuma arma foi apreendida. Que tentativa armada é essa?” — e voltou a pedir anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. “É o caminho da pacificação”, disse, fazendo referência à Constituição.

O ex-presidente também fez projeções eleitorais e mirou no Congresso: “Se me derem [...] 50% da Câmara e do Senado, eu mudo o destino do Brasil. E digo mais, nem preciso ser presidente”, declarou. Em outro trecho, evocou o slogan do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: “Make Brazil Great Again” (“faça o Brasil grande de novo”), sinalizando mais uma vez sua aliança simbólica com a ultradireita internacional.

A defesa da maioria legislativa, segundo Bolsonaro, garantiria o controle de todo o Parlamento: “Com essa maioria, nós elegeremos o nosso presidente da Câmara, o nosso presidente do Senado, o nosso presidente do Congresso Nacional, a maioria das comissões de peso no Senado e na Câmara. Não interessa onde eu esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente da República.”

☆ Plateia esvaziada, palanque cheio

Apesar do público acanhado, o ato contou com a presença de quatro governadores bolsonaristas: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Em seu discurso, Tarcísio atacou diretamente o Partido dos Trabalhadores: “O Brasil não aguenta mais o PT. Vamos dar essa resposta no ano que vem.”

Também presente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reforçou a tese de perseguição ao pai, chamando os processos contra o ex-presidente de “inquisitórios”.

☆ Lançamento informal de campanha

Embora inelegível, Bolsonaro usou o palanque para ensaiar sua volta ao jogo político com vistas a 2026. O ato funcionou como uma espécie de pré-lançamento informal de sua campanha, centrada na retórica antissistema, na mobilização de sua base evangélica e na pressão sobre o Judiciário.

Ao final, o fracasso de público demonstrou que, fora das redes sociais e da bolha ideológica, o bolsonarismo encontra dificuldades crescentes para mobilizar massas. A tentativa de criar um novo 7 de setembro esvaziou-se em pleno coração da avenida Paulista.

Fonte: Brasil 247

Líder do PL culpa jogo do Flamengo e fim do mês por fracasso em manifestação de Bolsonaro

Manifestação convocada pelo ex-presidente na avenida Paulista reuniu menos pessoas do que atos anteriores; levantamento apontou 12,4 mil participantes

Deputado federal Sóstenes Cavalcante, que protocolou o pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (29), na avenida Paulista, em São Paulo, registrou público visivelmente inferior ao de protestos anteriores ligados à direita. De acordo com levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, cerca de 12,4 mil pessoas estiveram presentes no momento de maior concentração, às 15h40. As informações são da Folha de S.Paulo.

A contagem foi feita por meio de imagens de drones e análise com inteligência artificial. Para efeito de comparação, o mesmo método estimou 44,9 mil pessoas no ato de 6 de abril na mesma avenida, e 18,3 mil na manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março.

No trio elétrico, os próprios aliados de Bolsonaro reconheceram o esvaziamento da manifestação. À frente do Masp, o público não chegou a ocupar um quarteirão, enquanto do outro lado da avenida, na altura da rua Peixoto Gomide, o grupo se espalhava por pouco mais de dois quarteirões.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, atribuiu o menor quórum a fatores como o fim do mês e a realização da final da Copa do Mundo de Clubes, entre Flamengo e Bayern de Munique, no mesmo dia.

“Acho interessante quem fala que está mais esvaziado. Realmente, é o penúltimo dia do mês, o nosso povo vem sempre pagando passagem, mais as despesas de Uber”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, o início do período de férias escolares também pode ter desestimulado a participação de apoiadores. Apesar disso, Cavalcante fez uma provocação aos adversários políticos. “Mas faço um desafio à esquerda de colocar nas ruas um terço da quantidade de gente que nós colocamos.”

O evento foi encerrado por volta das 16h, logo após o discurso de Jair Bolsonaro. A manifestação teve como pauta principal a defesa do ex-presidente e críticas às decisões do Judiciário. Ainda assim, o esvaziamento da avenida Paulista neste domingo foi evidente mesmo entre os simpatizantes do ex-mandatário.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ato de Bolsonaro na Paulista foi uma “derrota política”, diz Lindbergh Farias

Para o líder do PT na Câmara, baixa adesão e teor radical do protesto revelam enfraquecimento da mobilização bolsonarista

      Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou como um fracasso político o ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar destacou a baixa participação popular e o conteúdo ideológico do protesto como sinais de esvaziamento da força do ex-presidente e seus apoiadores.

Lindbergh destacou o que classificou como “delírios” na manifestação e criticou a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP)“No ato esvaziado da Paulista, teve reza, teoria da conspiração, ataques ao STF, defesa de golpistas e até pedido de sanções contra o Brasil. O governador de SP tentou posar de moderado trocando a camisa amarela pela azul, mas repetiu o roteiro: atacou o PT e exaltou Bolsonaro. Está no mesmo barco", criticou.

O deputado avaliou o evento como um sinal claro de enfraquecimento da base bolsonarista. "O ato foi uma derrota política. Bolsonaro e sua trupe golpista chega ao julgamento no STF com a menor capacidade de mobilização desde o 8/1."

Por fim, Lindbergh ironizou a mudança do lema do protesto — que passou de “Anistia Já” para “Justiça Já” — como uma admissão do fracasso da tentativa golpista. "O slogan virou ‘justiça já’. Porque até eles sabem: o golpe deu errado. Agora vem a Justiça. E não vai ter anistia pra golpista."

O ato na Paulista foi o sétimo convocado por Bolsonaro desde que deixou o Planalto e teve a menor adesão registrada, com 12,4 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Político, da Universidade de São Paulo (USP). A manifestação ocorreu às vésperas da conclusão da fase de instrução no STF da ação penal contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.

 

Fonte: Brasil 247

Malafaia chama Moraes de “ditador” e diz que parte da direita é “prostituta e vagabunda”

Além de Malafaia e Bolsonaro, o ato contou com a presença de parlamentares e governadores


Durante manifestação realizada neste domingo (29) na Avenida Paulista, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Malafaia também atacou uma parcela da direita brasileira, que classificou como “prostituta” e “vagabunda”. As informações são do Metrópoles.

O pastor condenou decisões do STF relacionadas às investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Malafaia questionou a legalidade da prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmando que sua delação premiada seria inconsistente. “Ele [Moraes] pensou rápido: se eu prender o coronel Cid, a delação dele cai, e se a delação dele cai, toda a sustentação da denúncia do PGR Paulo Gonet, que está jogando a reputação dele na lata do lixo, está sustentada na delação fajuta do coronel Cid”, declarou.

Malafaia prosseguiu com críticas ao que considera passividade do Congresso em relação ao ministro do STF. “Por que esse homem não sai do STF com impeachment? Porque quem tem o poder para isso é o Senado. E aí vem a direita prostituta e vagabunda, que se vende”, disse. Em tom de advertência, completou: “Nós temos uma direita séria e verdadeira, mas grande parte dela é um monte de vagabundo vendilhão. Por isso que na eleição de 2026 nós não podemos errar o voto dos senadores.”

Apesar do tom agressivo, o evento — o sétimo convocado por Bolsonaro desde que deixou a Presidência — teve menor adesão em comparação a atos anteriores, reunindo 12,4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP).

Jair Bolsonaro chegou a São Paulo no sábado (28) e se hospedou na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Após o evento, a expectativa era de que ele retornasse a Brasília.

Além de Malafaia e Bolsonaro, o ato contou com a presença de parlamentares e governadores. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), estiveram presentes 4 governadores, 7 senadores e 39 deputados federais, além de 5 deputados estaduais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ato pró-Bolsonaro fracassa e reúne público pequeno na Paulista

Manifestação reuniu apenas 12,4 mil pessoas segundo levantamento da USP

Ato com a presença de Bolsonaro na Av. Paulista (Foto: Reprodução / Redes sociais)

O protesto convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (29), em São Paulo, reuniu 12,4 mil pessoas, de acordo com estimativa do Monitor do Debate Político, coordenado pelos pesquisadores Márcio Moretto e Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo (USP). As informações são da CartaCapital.

A contagem, feita com apoio de inteligência artificial aplicada a imagens aéreas, atingiu seu pico às 15h40. Segundo o grupo, o método tem precisão de 72,9% e acurácia de 69,5%, com margem de erro de 12%. Isso significa que o público pode ter variado entre aproximadamente 10,9 mil e 13,9 mil pessoas. Ainda assim, trata-se de um número significativamente inferior ao da manifestação anterior, de 6 de abril, quando cerca de 45 mil pessoas ocuparam a mesma Avenida Paulista em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Com o mote “Justiça Já”, o ato foi liderado pelo pastor Silas Malafaia, que, antes mesmo do início oficial, sinalizou que a adesão seria menor: “O número de participantes é menos importante do que o que vou dizer aqui”, afirmou ao microfone.

Além das faixas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestantes exibiram bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. O evento ocorreu 19 dias após Bolsonaro chamar de “malucos” seus apoiadores que montaram acampamentos em frente a quartéis do Exército após a vitória de Lula (PT) nas eleições de 2022 — comportamento que, à época, foi incentivado por setores do bolsonarismo.

 

 

 

Fonte: Brasil 247 com Carta Capital

Bolsonaro diz que é processado por “fumaça de golpe” e culpa esquerda pelo 8 de janeiro

“Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda”, disse o ex-presidente sobre os atos golpistas

Jair Bolsonaro durante ato pró-anistia na Avenida Paulista, em São Paulo-SP, 6 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em nova manifestação realizada neste domingo (29), na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mobilizar seus apoiadores sob o slogan “Justiça Já”, em protesto contra os julgamentos de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Durante seu discurso, Bolsonaro voltou a negar qualquer responsabilidade pelos ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília e classificou o processo por tentativa de golpe de Estado, atualmente em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), como “fumaça de golpe”. “Se alguém quebrou alguma coisa que pague. Agora, julgar e prender por baciada, isso não existe no nosso ordenamento jurídico”, declarou o ex-presidente.

Ele também repetiu a alegação de que os atos de 8 de janeiro teriam sido orquestrados pela esquerda: “Um movimento mais do que claro orquestrado pela esquerda. Lula não estava em Brasília. No dia anterior, foi para Araraquara, porque sabia o que iria acontecer. Tanto que as imagens de quase 200 câmeras sumiram. Tudo foi quebrado antes daquelas pessoas que parte estavam no acampamento chegaram”, disse Bolsonaro.

Ao tentar se desvincular das acusações, Bolsonaro citou medidas adotadas no fim de seu mandato como prova de uma transição pacífica. “Nomeamos dois comandantes de força a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor?”, questionou, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”, completou.

Sem citar diretamente ministros do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente também criticou decisões judiciais sobre os envolvidos nos ataques. “Que arma foi apreendida? Busquem as polícias legislativas da Câmara e do Senado. Nenhuma arma foi apreendida além de um estilingue e umas bolinhas de gude. Que tentativa armada é essa?”, ironizou. “Golpe se dá com forças armadas, com armamento, com o núcleo financeiro, com núcleo político, com apoio de instituições inclusive fora do Brasil. Que golpe é esse, meu Deus do céu?”

Fonte: Brasil 247

Inelegível, Bolsonaro diz que não precisa ser presidente “para liderar o país”

“Me deem 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o destino do Brasil”, disse em ato esvaziado na Aveninda Paulista

    Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução / YouTube)

Durante ato esvaziado realizado neste domingo (29) na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não precisa retornar à Presidência da República para exercer influência sobre os rumos do país. “Me deem 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o destino do Brasil, nem preciso ser presidente”, declarou Bolsonaro em discurso a apoiadores. As informações são da CNN Brasil.

Inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022, Bolsonaro sugeriu que sua liderança poderá ser exercida mesmo fora do cargo. Para ele, a chave está na formação de uma base parlamentar majoritária. “Se me derem isso, não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente”, disse, em referência ao papel estratégico do Congresso.

O ex-mandatário destacou que com maioria nas duas Casas legislativas, é possível eleger o presidente do Congresso, controlar comissões importantes e decidir o rumo de sabatinas para cargos públicos. “Maioria das comissões de peso no Senado e Câmara. Nas sabatinas decidimos quem prosseguirá”, afirmou, sinalizando a intenção de manter influência política por meio do Partido Liberal (PL), do qual continua presidente de honra.

“Apelo aos três poderes da República: sentem e conversem, pacifiquem o Brasil. Não quero crer que seja vingança de uma pessoa ou de outra. Queremos um Congresso altivo, um STF respeitado, Executivo trabalhando para o bem-estar do povo”, declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil