segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Papa reconheceu a liderança do Brasil na criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, diz Wellington Dias

Ministro do Desenvolvimento Social destaca que o pontífice elogiou Lula e reafirmou o compromisso cristão com o combate à fome e à desigualdade

Papa reconheceu a liderança do Brasil na criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, diz Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/PR )

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que o papa Leão XIV reconheceu o papel de liderança do Brasil na criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pelo governo brasileiro para mobilizar países e instituições no enfrentamento à insegurança alimentar no mundo. As declarações foram dadas após a audiência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o pontífice, realizada nesta segunda-feira (13), no Vaticano.

Segundo Wellington Dias, o encontro foi marcado por uma atmosfera de respeito e cooperação. “Na audiência com o papa Leão XIV, o presidente Lula me apresentou como ‘Wellington Dias, o índio, e o ministro do Desenvolvimento Social, que coordena a execução do Plano Brasil Sem Fome e que tirou o Brasil do Mapa da Fome, alcançando o mais baixo patamar da história do país, segundo a FAO/ONU, e está reduzindo a miséria e a pobreza, com mais igualdade’”, relatou. O ministro contou ainda que entregou ao pontífice o bóton da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e que o papa destacou o compromisso cristão com essa causa. “Nas prioridades priorizei na encíclica divulgada o compromisso dos cristãos com o cuidado para a superação da fome e da pobreza”, afirmou o pontífice, segundo Dias. “O papa foi muito atencioso com o presidente Lula, dona Janja e a comitiva do Brasil, e reconheceu o destacado papel da liderança do Brasil na criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Disse que estará orando a Deus para o mundo alcançar até 2030 bons resultados”, completou o ministro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o encontro com o papa como “excelente” e afirmou que a audiência tratou de religião, fé, Brasil e dos grandes desafios globais. “Eu e a Janja tivemos um excelente encontro com sua Santidade, o papa Leão XIV, no Vaticano. Conversamos sobre religião, fé, o Brasil e os imensos desafios que temos que enfrentar no mundo”, declarou. Lula parabenizou o pontífice pela Exortação Apostólica Dilexi Te, que reafirma o vínculo entre fé e justiça social. “Parabenizei o Santo Padre pela Exortação Apostólica Dilexi Te e a sua mensagem de que não podemos separar a fé do amor pelos mais pobres. Disse a ele que precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade e considero o documento uma referência, que precisa ser lido e praticado por todos”, disse.

O presidente também relembrou sua relação próxima com figuras históricas da Igreja Católica no Brasil, como Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara, Dom Luciano Mendes de Almeida, Pedro Casaldáliga e o atual presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, destacando a importância das Comunidades Eclesiais de Base em sua formação pessoal e política. Lula ainda mencionou sua participação no Fórum Mundial da Alimentação da FAO, em Roma, e ressaltou que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome em dois anos e meio de governo. “Estamos levando este debate para o mundo por meio da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, afirmou.

Ao final, Lula convidou o papa a participar da COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA). O pontífice explicou que não poderá comparecer por conta do Jubileu, mas garantiu representação do Vaticano no evento e manifestou o desejo de visitar o Brasil futuramente. “Ficamos muito felizes em saber que sua Santidade pretende visitar o Brasil no momento oportuno. Será muito bem recebido, com o carinho, o acolhimento e a fé do povo brasileiro”, afirmou o presidente. A audiência reforçou o protagonismo do Brasil na defesa da erradicação da fome, redução das desigualdades e promoção da justiça social, bandeiras que orientam tanto o Plano Brasil Sem Fome quanto a atuação diplomática do país.

Fonte: Brasil 247

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