sábado, 11 de outubro de 2025

Combate à desigualdade exige mudança no sistema tributário, diz Gleisi

Ministra afirma que “graças a Lula, o Brasil avançou muito” após IBGE apontar redução de 23,5% na insegurança alimentar grave em 2024

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais Gleisi Hoffmann (PT) destacou nesta sexta-feira (10) os avanços do Brasil no combate à fome, após a divulgação de novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE, que mostram uma redução expressiva da insegurança alimentar grave no país.

“Graças a Lula, avançamos muito no combate à fome no Brasil. O número de pessoas que vivem em lares com insegurança alimentar grave caiu 23,5% em 2024, mostra o IBGE. Em um ano, dois milhões de brasileiros deixaram a fome, passando de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões em 2024”, escreveu Gleisi em sua conta no X (antigo Twitter).

Segundo a PNAD Contínua, o Brasil registrou queda de 4,1% para 3,2% na proporção de domicílios com insegurança alimentar grave entre 2023 e 2024 — o menor patamar em mais de uma década. O levantamento aponta ainda que 75,8% das famílias brasileiras vivem hoje em segurança alimentar, o que representa 8,8 milhões de pessoas a mais com alimentação garantida em relação ao ano anterior.

“Não podemos descansar enquanto houver um brasileiro com fome”

Apesar dos resultados positivos, Gleisi alertou que o país ainda enfrenta graves desigualdades estruturais e que o combate à fome exige mudanças profundas no modelo econômico e tributário.

“Mas ainda não é bom resultado! Não podemos descansar enquanto tivermos uma pessoa que passa fome no país. Para além de políticas públicas, precisamos mexer na estrutura do sistema tributário brasileiro, responsável pela imensa desigualdade social e pela alta concentração de renda no país — uma chaga maldita que carregamos”, afirmou.

A petista defendeu que as medidas do governo Lula, como a retomada do Bolsa Família, o Plano Brasil Sem Fome, o aumento real do salário mínimo e o incentivo à agricultura familiar, têm sido decisivas para a reversão do quadro deixado pela gestão anterior.
Governo celebra avanço e promete intensificar políticas sociais

Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também celebrou os números do IBGE, classificando a superação da fome como “minha obsessão”. Segundo Lula, 26,5 milhões de pessoas deixaram a insegurança alimentar grave desde 2022, quando 15,5% dos lares brasileiros enfrentavam privação alimentar severa, segundo estimativas da Rede Penssan.

O presidente afirmou que continuará cobrando a execução integral do Plano Brasil Sem Fome, que reúne mais de 80 ações interministeriais, e prometeu “não sossegar enquanto houver um brasileiro passando fome”.

Fonte: Brasil 247

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