Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, confessou ter participado de organização criminosa para fraudar impostos e assinou acordo de não persecução penal de R$ 31,9 milhões com o Ministério Público de São Paulo em julho. O documento, homologado pela Justiça, previa o pagamento de multas milionárias, implantação de um programa de compliance e entrega de produtos ou dinheiro equivalente a 50 salários mínimos para entidade social. Uma semana antes de sua prisão, o MP confirmou o início da execução do acordo.
O cumprimento do termo aconteceu pouco antes de Oliveira ser alvo da Operação Ícaro, conduzida por outro setor do MP, que apura um suposto esquema de corrupção em créditos de ICMS. Além dele, foram presos Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, acusado de receber cerca de R$ 1 bilhão em propina. A nova investigação pode colocar em risco o acordo firmado anteriormente, já que os promotores que o negociaram não tinham conhecimento do caso mais recente.
O auditor teria usado empresa registrada no nome da mãe para receber os pagamentos e facilitar processos na Secretaria Estadual da Fazenda. A pasta informou que abriu procedimento para apurar a conduta do servidor e reforçou seu compromisso com a ética e a justiça fiscal. A Fast Shop declarou colaborar com as autoridades, enquanto Ultrafarma e Sidney Oliveira não se pronunciaram.
Fonte: DCM
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