Segundo o parlamentar, pesquisa Datafolha mostra que população prefere investigação e ações sociais a operações violentas
A maioria da população brasileira rejeita a política do derramamento de sangue, afirma o deputado e líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, em seu perfil no X (antigo Twitter), citando pesquisa Datafolha.
Segundo o levantamento, 77% dos brasileiros acreditam que investigar crimes é mais importante do que matar suspeitos, 73% defendem ações sociais em vez de operações violentas, e 67% condenam o uso político da segurança pública.
"A população quer política de segurança pública com garantia de direitos e resultados concretos", declarou Lindbergh, ressaltando a diferença entre as estratégias adotadas nos governos anteriores e a atual gestão do presidente Lula.
O parlamentar lembrou que a gestão de Jair Bolsonaro deixou um legado de flexibilização do controle de armas. Durante seu governo, 14 normas — entre decretos e portarias — ampliaram o número de armas por pessoa, liberaram fuzis semiautomáticos para colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) e dispensaram até a comprovação de necessidade. O resultado, segundo especialistas, foi a explosão no desvio de armas: 112 por mês durante seu mandato.
O deputado ressaltou ainda que o Instituto Sou da Paz aponta que três em cada quatro fuzis apreendidos no Sudeste entre 2019 e 2023 utilizavam calibres 5,56×45 mm e 7,62×51 mm, os mesmos preferidos por CACs durante o governo anterior. Em 2023, foram apreendidas 1.665 armas de estilo militar na região, um aumento de 11,4% em relação a 2019.
Lindibergh enfatiza que o governo Lula adota outra estratégia: desarmamento, investigação, inteligência e cooperação federativa. "A Operação Carbono Oculto avança para atingir a máfia dos combustíveis, que movimentou R$ 52 bilhões em 2024, contra R$ 15 bilhões do tráfico de cocaína, numa estratégia para descapitalizar o PCC. Ao mesmo tempo, a PF prepara nova ofensiva para atingir o Comando Vermelho e seus tentáculos políticos com a investigação de operações suspeitas da Refit", salientou.
E conclui: "A segurança pública contra o crime organizado se faz com firmeza, estratégia, integração e inteligência".
Fonte: Brasil 247
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