terça-feira, 7 de outubro de 2025

Erika Hilton quer Eduardo Bolsonaro inelegível por ameaças às eleições de 2026

Deputada aciona a Procuradoria-Geral Eleitoral após fala do deputado sobre o futuro do pleito caso o projeto da anistia não avance no Congresso

     Erika Hilton (Foto: ViniLoures / Agência Câmara)

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma representação à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), após declarações em que ele afirmou que não haverá eleições em 2026 caso o projeto da anistia não avance no Congresso Nacional.

◎ Deputada pede investigação e inelegibilidade

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, na representação, Erika Hilton argumenta que a fala do parlamentar não configura uma opinião política, mas uma ameaça direta à realização das eleições, o que, segundo ela, caracteriza abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A psolista solicita que o filho de Jair Bolsonaro (PL) seja investigado e perca sua elegibilidade.

◎ Suspensão de verba e assessores

Erika Hilton também pede à Procuradoria-Geral Eleitoral a suspensão cautelar da verba de gabinete e da equipe de assessores de Eduardo Bolsonaro, com o objetivo de impedir o uso de recursos públicos em ataques à democracia.

“Eduardo Bolsonaro ameaça o direito de todos os brasileiros e brasileiras de votar em 2026. Ele não fala como cidadão comum, mas como deputado federal, utilizando sua posição e sua estrutura pública para chantagear a democracia. É preciso uma resposta firme das instituições”, afirmou Erika Hilton.

◎ Defesa da democracia

Na peça apresentada, a deputada defende que as instituições devem reagir de forma firme diante das declarações do parlamentar, por entender que ele utiliza seu cargo e sua estrutura pública para ameaçar o direito de voto e o processo democrático.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar, da revista Veja

PSB quer Marina e nomes fortes em Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul

Partido de Geraldo Alckmin tenta atrair nomes competitivos para reforçar alianças eleitorais em 2026

      Marina Silva (Foto: Rogério Cassimiro/MMA)

O PSB, legenda do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, intensificou as articulações para filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). Segundo o jornal O Globo, a sigla também busca atrair outros nomes expressivos do governo Lula que enfrentam incertezas dentro de seus atuais partidos, como os ministros Alexandre Silveira (PSD), das Minas e Energia, e Simone Tebet (MDB), do Planejamento.

Desde que o prefeito do Recife, João Campos, assumiu o comando nacional do partido, em junho, o PSB vem se reposicionando com o objetivo de fortalecer sua presença nas eleições de 2026. Entre as prioridades estão manter Alckmin como vice na chapa de Lula, ampliar a bancada na Câmara dos Deputados e lançar candidaturas competitivas ao Senado em estados estratégicos.

● Marina Silva e o retorno ao PSB

A eventual filiação de Marina Silva é considerada a mais avançada. A ministra, que tem interesse em disputar uma vaga no Senado, vem sendo cortejada por João Campos e pela deputada federal Tabata Amaral (SP). No entanto, antes de confirmar a migração, Marina quer resolver questões jurídicas internas na Rede Sustentabilidade, partido que ela fundou após deixar o PSB em 2015.

Caso a mudança se concretize, marcará o retorno de Marina ao partido onde construiu parte de sua trajetória política. Em 2014, após a morte de Eduardo Campos durante a campanha presidencial, ela assumiu a cabeça de chapa e terminou a disputa em terceiro lugar.

● Simone Tebet e o desafio paulista

Outro nome na mira do PSB é o de Simone Tebet. A ministra do Planejamento, filiada ao MDB, tem sido citada em pesquisas eleitorais no estado de São Paulo, onde foi bem votada nas eleições presidenciais de 2022. Embora seu domicílio eleitoral seja o Mato Grosso do Sul, a mudança para o maior colégio eleitoral do país é uma hipótese em discussão.

A filiação ao PSB poderia facilitar uma eventual candidatura ao Senado, uma vez que o MDB paulista — liderado pelo prefeito da capital, Ricardo Nunes — está na oposição ao governo Lula. “Não diria que o MDB tem a porta fechada, mas ela não é de São Paulo”, afirmou Nunes. “Com todo o carinho que tenho por ela, não vejo a menor condição de ser candidata ao Senado aqui'.

● Reacomodações em Minas Gerais

Em Minas Gerais, segundo estado mais populoso do país, o PSB tenta se firmar como alternativa para políticos do PSD. A filiação do vice-governador Mateus Simões ao Novo deve provocar uma reconfiguração na legenda. Nesse contexto, figuras como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o ministro Alexandre Silveira poderiam migrar para o PSB.

Fontes do partido avaliam, porém, que Pacheco estaria mais interessado em uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto Silveira se mantém alinhado ao que o presidente Lula decidir. O PSB adota cautela e aguarda os próximos movimentos do líder do PSD, Gilberto Kassab, antes de avançar nas negociações.

● Manuela D’Ávila e o cenário no Sul

No Rio Grande do Sul, o PSB também tenta atrair a ex-deputada Manuela D’Ávila, que deixou o PCdoB em 2024. Candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, Manuela é vista como um nome capaz de impulsionar a bancada socialista no estado, seja como candidata ao Senado ou puxadora de votos para a Câmara.

A possível filiação, no entanto, depende de ajustes internos no PSB gaúcho. Ela conta com o apoio do ex-deputado Beto Albuquerque, mas parte da legenda prefere manter uma aliança mais próxima do governador Eduardo Leite (PSD).

Com essas movimentações, o PSB busca consolidar uma imagem de partido estratégico dentro da coalizão governista, reforçando sua base em estados decisivos e ampliando sua influência nas eleições de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Itamaraty confirma libertação de brasileiros da flotilha sequestrados por Israel

Grupo de 13 brasileiros, entre eles a deputada Luizianne Lins, foi libertado após negociações diplomáticas conduzidas pelo governo brasileiro

        Ativistas brasileiros da Flotilha Global Sumud (Foto: Reprodução/X/@luiziannelinspt)

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira (7) a libertação dos 13 brasileiros que integravam a Flotilha Global Sumud, detidos ilegalmente por forças de Israel enquanto tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Entre os libertados está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).

A informação havia sido antecipada pelo jornalista José Reinaldo Carvalho, editor de Internacional do Brasil 247 e da TV 247, que acompanha o caso desde o início da missão humanitária.

Segundo nota oficial do Itamaraty, a libertação ocorreu após negociações diplomáticas conduzidas pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv, com o apoio da Embaixada brasileira em Amã, na Jordânia. Os ativistas foram levados até a fronteira jordana, onde foram recebidos por diplomatas brasileiros e transportados em segurança para a capital, em veículo providenciado pela embaixada. Os ativistas se encontram em um hotel, onde receberam água e comida, e estão sendo avaliados por médicos.

A Flotilha Global Sumud, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 420 ativistas de diversas nacionalidades, tinha caráter pacífico e buscava entregar suprimentos de ajuda humanitária à população palestina em Gaza. A missão foi interceptada em águas internacionais por militares israelenses, o que o governo brasileiro classificou como uma violação grave do direito internacional humanitário.

Em sua nota, o Itamaraty reafirmou o apelo do Brasil à comunidade internacional para que exija o fim do bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza, considerado um dos fatores centrais da crise humanitária enfrentada pela região.

Fonte: Brasil 247

Trump diz que Lula é "ótima pessoa" e prevê bons negócios com o Brasil

Declaração ocorreu após reunião virtual entre os dois presidentes; republicano disse ter tido “ótima conversa” e sinalizou desejo de estreitar relações

       Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e previu uma nova fase de cooperação entre os dois países. Em entrevista concedida a jornalistas nesta segunda-feira (6), na Casa Branca, o líder norte-americano afirmou ter tido uma “ótima conversa” com o presidente brasileiro e o descreveu como “uma ótima pessoa”.

"Eu tive uma ótima conversa com o presidente do Brasil, ele é um bom homem", afirmou Trump, ao ser perguntado sobre a reunião de hoje mais cedo. Na sequência, Trump relatou que conheceu Lula pessoalmente durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, e que o encontro lhe deixou boa impressão:

"Eu estava indo fazer um discurso [...] mas pouco antes disso, me encontrei com o presidente Lula e o achei uma ótima pessoa [very good]. Quer dizer, tivemos uma conversa muito boa por uns dois minutos. Nos conhecemos, gostamos um do outro e, sim, tivemos uma ótima conversa. Sim, vamos começar a fazer negócios"


Questionado se pretende visitar o Brasil, o republicano respondeu: “Em algum momento eu irei. E ele (Lula) virá aqui.”

Reunião de 30 minutos e sinal verde para negociações

Mais cedo, Trump e Lula conversaram por cerca de 30 minutos por videoconferência, em diálogo que o governo brasileiro classificou como “amistoso e produtivo”.

De acordo com nota do Palácio do Planalto, a conversa foi uma iniciativa do presidente norte-americano e teve como foco as relações comerciais e econômicas entre os dois países. Lula aproveitou o encontro para solicitar a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros.

“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad”, informou o governo brasileiro.

Segundo o Planalto, os dois presidentes relembraram a boa química do encontro que tiveram em Nova York, durante a ONU, e reiteraram a impressão positiva daquele diálogo.

Fonte: Brasil 247

PT aposta em redes sociais e oferece oficinas para fortalecer campanhas em 2026

Partido inicia série de painéis sobre mídias digitais para filiados e mira ampliar alcance nas eleições de 2026

PT aposta em redes sociais e oferece oficinas para fortalecer campanhas em 2026 (Foto: Alessandro Dantas)

O Partido dos Trabalhadores (PT) lançará nesta semana uma série de oficinas voltadas à comunicação digital, com o objetivo de aprimorar o uso das redes sociais nas campanhas eleitorais de 2026. A iniciativa, segundo dirigentes da legenda, faz parte de um esforço mais amplo de reestruturação da estratégia de comunicação e de fortalecimento da presença online do partido.

De acordo com informações publicadas pelo g1, o programa contará com quatro dias de painéis voltados a militantes e filiados, que terão a oportunidade de conhecer melhor o funcionamento das principais plataformas digitais. A proposta segue modelo semelhante ao adotado pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem realizando eventos voltados à capacitação de seus apoiadores em comunicação digital.

O presidente nacional do PT, Edinho Silva, empossado em agosto, tem defendido publicamente a necessidade de modernizar a estrutura de comunicação do partido. Em entrevistas anteriores, Edinho afirmou que a legenda precisa “fortalecer a área e ampliar a capacidade de diálogo com a nova classe trabalhadora emergente”. O dirigente tem insistido que o “maior desafio” do partido é garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, e que esse objetivo depende diretamente do fortalecimento do PT nas redes sociais.

Durante o evento, especialistas e executivos de grandes plataformas digitais devem participar das discussões, explicou o secretário nacional de comunicação do partido, Éden Valadares. Para ele, o engajamento digital é decisivo para o desempenho da legenda nas urnas. “Quanto mais gente compreender os valores e o programa do PT, e a diferença dele para o projeto do PL, tenho certeza que melhor desempenho teremos nas urnas”, declarou.

Nos bastidores, integrantes do partido afirmam que a estratégia passa também por aproximar o discurso petista das pautas que mais impactam o cotidiano da população, como a nova faixa de isenção do Imposto de Renda e políticas de valorização do trabalho. A ideia é disputar com a direita o protagonismo na comunicação online, área em que os apoiadores de Bolsonaro consolidaram influência nos últimos anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro completa dois meses em prisão domiciliar e insiste em anistia ampla

Condenado pelo STF, Jair Bolsonaro mantém rotina política em casa e rejeita acordos que não incluam perdão total aos condenados por tentativa de golpe

     Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Confinado em sua casa em um bairro de classe média alta de Brasília, Jair Bolsonaro (PL) completou, no último sábado, dois meses em prisão domiciliar. A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde então, Bolsonaro tem dividido os dias entre reuniões políticas, consultas médicas e momentos de lazer diante da televisão, assistindo a jogos de futebol e noticiários.

Segundo o jornal O Globo, Bolsonaro recebeu mais de 30 visitas de políticos e aliados próximos nos últimos 60 dias — entre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). As conversas giram em torno das eleições de 2026 e dos planos de reorganização da direita.

◉ Pedido de anistia é prioridade

Durante os encontros, Bolsonaro tem repetido um tema central: o pedido de anistia. Ele deixou claro aos aliados que só aceita negociações que resultem em um perdão amplo e irrestrito, rejeitando propostas de acordo que reduziriam sua pena para dois ou três anos, ainda que em regime domiciliar.

A proposta de uma anistia parcial, articulada por parte da bancada do PL ligada ao Centrão, perdeu força no Congresso após o projeto de dosimetria, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), perder tração. O impasse se agravou com a derrota da chamada “PEC da Blindagem”, e o tema da anistia total voltou a dominar as conversas entre aliados de Bolsonaro.

◉ Saúde fragilizada e rotina monitorada

Além das articulações políticas, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde. Em outubro, ele precisou ser internado por dois dias em um hospital particular de Brasília, após sofrer crises de soluço e refluxo. O médico pessoal, Cláudio Birolini, afirmou que os episódios se agravam “quando ele fala por longos períodos”.

Segundo aliados, Bolsonaro tem usado seu estado clínico como argumento para permanecer em regime domiciliar e evitar uma eventual transferência para o Complexo Penitenciário da Papuda — uma hipótese que preocupa o entorno do ex-presidente.

◉ Vida doméstica sob o comando de Michelle

A casa de Bolsonaro, que já foi cenário de transmissões ao vivo e encontros com pastores, hoje se assemelha a uma enfermaria. Receitas médicas e caixas de medicamentos se espalham pela sala, enquanto Michelle Bolsonaro organiza a rotina doméstica e cuida da alimentação e dos horários dos remédios do marido.

Boa parte do tempo é dedicada à televisão, em transmissões esportivas e programas de notícias. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro reage com frequência às matérias sobre sua condenação e sobre o futuro da direita brasileira, demonstrando preocupação com o cenário político de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

‘Inauguramos uma cidade’, diz Lula ao entregar Minha Casa, Minha Vida a 11 mil pessoas no Maranhão

Presidente destacou a importância social do programa habitacional e recebeu o título de cidadão imperatrizense durante cerimônia em Imperatriz

        Residências do Minha Casa, Minha Vida, no Maranhão (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira (6) da entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no Residencial Canto da Serra, em Imperatriz, no Maranhão. A informação é da Agência Gov, órgão oficial de comunicação do Governo Federal.

O empreendimento, que recebeu investimento de R$ 358,6 milhões, beneficiará mais de 11 mil pessoas, entre elas 1.619 famílias contempladas por programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que receberam as moradias de forma totalmente subsidiada. Durante a cerimônia, Lula afirmou:
“Nós não estamos inaugurando um conjunto habitacional. Com 2.837 casas, nós estamos inaugurando uma cidade. Porque tem muita cidade no Brasil que não tem 11 mil habitantes.”

Além da entrega das moradias, o presidente foi homenageado com o título de cidadão imperatrizense, concedido pela Câmara de Vereadores da cidade em reconhecimento aos serviços prestados à população local. Em seu discurso, Lula reforçou sua visão humanista sobre o papel do Estado:
“Eu não gosto de utilizar a palavra governar. Eu gosto de cuidar das pessoas. Eu gosto de gente.”

◈ Obras retomadas e novos equipamentos públicos

O ministro das Cidades, Jader Filho, ressaltou que as obras do Canto da Serra estavam paralisadas desde 2012 e foram retomadas no atual governo.
“Essas obras foram contratadas em 2012; 13 anos depois, o presidente Lula está vindo aqui para entregar essas casas para o povo de Imperatriz. (...) É um sentimento de dever cumprido, de poder tirar 2.837 famílias do aluguel e dar o sonho da casa própria”, afirmou.

Jader também anunciou a construção de novos equipamentos públicos no conjunto: um posto policial (com entrega prevista até dezembro), uma escola de tempo integral, uma creche, uma escola de ensino médio em parceria com o governo estadual e um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

◈ Lula complementou destacando que a dignidade vai além do teto:
“As pessoas não precisam apenas de uma casa com telhado para se esconder do sol ou da chuva. As pessoas precisam de uma casa que as dê a dignidade que o ser humano precisa para viver bem.”

◈ Uma conquista com história

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, compartilhou uma história pessoal durante a cerimônia. Sua mãe, Darli, está entre as beneficiárias do programa:
“Há dez anos, a minha mãe foi inscrita para receber uma casa aqui no Canto da Serra. (...) Hoje ela está realizando um sonho no nosso governo.”

◈ Novos investimentos e integração de políticas públicas

O evento também contou com a presença do ministro do Esporte, André Fufuca, que anunciou uma parceria com a prefeitura de Imperatriz para a implantação de uma Arena Brasil no Residencial Canto da Serra. O projeto integra o Novo PAC e visa promover inclusão social e hábitos saudáveis.
“Pela primeira vez, o Ministério do Esporte pode falar em alto e bom som que tem obra em todos os lugares. Nós temos, hoje, mais de 110 municípios conveniados com o Ministério”, destacou Fufuca.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, também fez um anúncio importante:
“Eu assumo o compromisso público para, em menos de 30 dias, trazer uma agência itinerante para essa área da cidade, para atender a essas 11 mil pessoas.”

Já o governador do Maranhão, Carlos Brandão, destacou a parceria entre os governos federal e estadual:
“Quarta-feira, o ministro Camilo Santana estará aqui, em Imperatriz, entregando 10 mil tablets, porque os alunos terão aula de qualidade, poderão ter acesso ao conteúdo do MEC e à biblioteca virtual.”

◈ Um marco para o Maranhão e para o Minha Casa, Minha Vida

A entrega do Residencial Canto da Serra representa mais um marco na retomada do Minha Casa, Minha Vida, relançado pelo governo Lula com o objetivo de garantir moradia digna, inclusão social e desenvolvimento urbano.

Com o evento em Imperatriz, o governo reforça seu compromisso com a redução do déficit habitacional e com a reconstrução das políticas públicas voltadas às famílias de baixa renda, reafirmando — nas palavras do presidente — que “cuidar das pessoas” é a essência do ato de governar.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

TRF4 julga suspeição de desembargadores da Lava Jato no caso do outdoor da "República de Curitiba"

Sessão ocorrerá na quinta-feira (9)

      O outdoor, Dallagnol e Castor (Foto: Reprodução, Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julga na quinta-feira (9), às 14h, a suspeição dos desembargadores Antônio Bonat, João Pedro Gebran Neto e Gisele Lemke, integrantes da 12ª Turma da Corte. O julgamento, que ocorrerá na sede do tribunal em Florianópolis (SC), trata do caso envolvendo o polêmico outdoor instalado em Curitiba com os dizeres “Bem-vindo à República de Curitiba”, uma referência à Operação Lava Jato.

De acordo com informações divulgadas pela campanha Lawfare Nunca Mais, a suspeição foi pedida contra os magistrados que mantiveram a decisão da 3ª Vara Federal de Curitiba, que havia rejeitado uma ação popular. Essa ação buscava responsabilizar os integrantes da Lava Jato pela instalação do outdoor, visto como um símbolo do poder político e midiático que a operação assumiu durante sua atuação.

Em processos anteriores envolvendo membros da Lava Jato, os mesmos desembargadores haviam se declarado suspeitos para julgar causas relacionadas. No entanto, ao analisarem o recurso da ação popular referente ao outdoor, decidiram participar do julgamento — mudança de postura que levantou questionamentos sobre sua imparcialidade.

Se o TRF4 reconhecer a suspeição dos desembargadores, o processo de apelação será redistribuído e deverá ser julgado por uma nova turma. O caso é considerado emblemático por juristas e movimentos sociais que denunciam o que chamam de “abusos e perseguições judiciais” cometidos no âmbito da Lava Jato.

A convocatória publicada pela campanha Lawfare Nunca Mais chama a sociedade civil a comparecer à Justiça Federal de Florianópolis para acompanhar o julgamento e “fortalecer a luta por justiça”.

Fonte: Brasil 247

Em conversa com Lula, Trump diz que EUA “sentem falta” do café brasileiro

      Donald Trump e Lula. Foto: Reprodução


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ao presidente Lula (PT), em uma videochamada nesta segunda-feira (6), que os EUA “estão sentindo falta” do café brasileiro, um dos produtos afetados pela tarifa de 50% imposta por Washington sobre as exportações do Brasil, conforme informações da BBC News Brasil.

Durante a conversa, Lula defendeu a necessidade de retirar as barreiras comerciais para evitar perdas econômicas e manter o comércio bilateral. Trump reconheceu o impacto da medida e citou o café como exemplo claro.

Segundo o Escritório Americano de Estatísticas, o preço do produto subiu 3,6% em agosto, primeiro mês de vigência da tarifa — o maior aumento mensal em 14 anos. Em um ano, a alta chega a 20,9%, a mais forte desde 1997.

A imprensa americana tem apontado a tarifa sobre o Brasil e as condições climáticas adversas como as principais causas da escalada de preços. Reportagens da CNN e da Fox Business destacam que o café colombiano também foi tarifado, mas em 10%, e que o impacto das medidas deve continuar elevando os preços nas próximas semanas.

⊛ Brasil é essencial para o mercado americano

Os Estados Unidos são o maior consumidor e importador de café do mundo, e o Brasil fornece cerca de um terço do produto consumido pelos americanos. A produção nacional é vital para abastecer o mercado, já que o café é uma fruta tropical cultivada apenas em regiões próximas ao Equador — e o cultivo americano se limita a pequenas áreas no Havaí, Porto Rico e no sul da Califórnia.

Para indústria do café, tarifas entram em vigor, mas negociação deve reduzir impacto
Grãos de café. Foto: Reprodução
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que, em setembro, as exportações de café brasileiro para os EUA caíram 47% em volume e 31,5% em valor, somando US$ 113,8 milhões.

As vendas totais do Brasil aos EUA também recuaram 20,3%, enquanto as importações americanas aumentaram 14,3%, gerando um déficit de US$ 1,77 bilhão na balança comercial brasileira.

⊛ Lula tenta reverter tarifas

Durante a conversa, Lula também pediu a Trump a revisão da tarifa extra sobre o Brasil, citando os prejuízos para o agronegócio e o impacto no equilíbrio comercial entre os dois países.

Fontes do Itamaraty afirmam que a videochamada pode abrir caminho para um encontro presencial entre os líderes ainda neste mês, durante uma reunião internacional na Malásia.

O governo brasileiro avalia que o diálogo é um passo importante para tentar evitar uma escalada de retaliações e restabelecer a normalidade nas exportações, sobretudo de aço, alumínio e café, os produtos mais afetados pelas medidas impostas por Washington.

Fonte: DCM

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Como Janja reagiu à conversa entre Lula e Trump


   O presidente Lula e a primeira-dama, Janja da Silva. Foto: Ricardo Stucker/PR

Após a conversa entre o presidente Lula e Donald Trump na manhã desta segunda (6), a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, expressou seu orgulho pelo marido. Ela relatou que, embora não tenha participado da ligação, conversou com Lula logo depois e se mostrou muito satisfeita com a forma como ele tem conduzido as relações internacionais.

Janja explicou que estava a caminho do Rio de Janeiro para cumprir compromissos oficiais com as ministras Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Anielle Franco (Igualdade Racial), o que a impediu de participar da conversa com Trump.

“Conversei com meu marido logo após a ligação e posso afirmar que estou muito orgulhosa dele e da forma como ele tem conduzido, com muito respeito e dignidade, a relação com os Estados Unidos e com o presidente Trump”, disse à coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.

A ligação entre os dois presidentes durou cerca de 30 minutos e ocorreu diretamente do Palácio da Alvorada, em Brasília. Lula esteve acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin, além dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secom), Mauro Vieira (Itamaraty) e do ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial do presidente.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Boulos e Haddad lideram corrida pelo Senado em São Paulo enquanto Tarcísio registra 52% dos votos para reeleição, diz pesquisa

Dados foram divulgados nesta segunda pelo instituto Real Time Big Data

    Fernando Haddad, Luiz Inácio Lula da Silva e Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert)

Pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada nesta segunda-feira (6), aponta que os candidatos progressistas possuem uma vantagem sobre a extrema direita e a direita na disputa pelo Senado em São Paulo.

O deputado federal Guilherme Boulos, do Psol, aparece na liderança no cenário 1, seguido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT, com 17% dos votos, e o secretário estadual de segurança pública, Guilherme Derrite, do PP, que registra 16%.

Nos outros cenários da pesquisa, Haddad aparece na liderança, seguido por Derrite ou o deputado federal Eduardo Bolsonaro:
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Foto: Real Time Big Data/Reprodução
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Foto: Real Time Big Data/Reprodução
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Foto: Real Time Big Data/Reprodução

 

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Foto: Real Time Big Data/Reprodução


No primeiro cenário da disputa para o Palácio dos Bandeirantes, o governador Tarcísio de Freitas conquistaria a reeleição com 52% dos votos. O republicano é seguido pelo ministro do Empreendedorismo e ex-governador paulista, Márcio França (PSB), que tem 16%. Em outra simulação, Tarcísio chega a 47%, enquanto o vice-presidente e ex-governador, Geraldo Alckmin (PSB), aparece com 26%.

O levantamento ouviu 1.500 pessoas entre os dias 2 e 3 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

Trump diz que "gostou" da conversa com Lula e promete encontro em breve: "Brasil e EUA terão uma ótima parceria!"

Trump disse que encontro pessoal com o presidente Lula pode acontecer no Brasil ou nos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, na sede da ONU, em Nova York, EUA - 23/9/2025 (Foto: REUTERS/MIKE SEGAR)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (6) que a conversa telefônica que manteve mais cedo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi "ótima" e que conversaram principalmente sobre questões comerciais.

Trump também prometeu: "nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos". Ele reiterou que "gostou" da conversa e ainda previu que os países serão capazes de negociar uma "ótima parceria".

"Hoje de manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos vários assuntos, mas o foco principal foi a Economia e o Comércio entre nossos dois países. Teremos novas conversas e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da ligação — nossos países terão uma ótima parceria", escreveu Trump na rede social Truth Social.

Mais cedo, Trump telefonou ao presidente Lula e eles discutiram questões como o tarifaço imposto pelo governo dos EUA a produtos brasileiros, de acordo com o governo brasileiro. Mais cedo, o presidente Lula afirmou que Trump concordou em agendar um encontro bilateral e se ofereceu a visitar os EUA.
Fonte: Brasil 247

Dino marca data de início de julgamento de 'kids pretos' envolvidos em trama golpista

Ministro do STF marcou para o dia 11 de novembro o início do julgamento dos réus do chamado "núcleo 3 "da trama golpista

     O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino - 9 de setembro de 2025 (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O ministro Flávio Dino, recém-empossado como presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 11 de novembro o início do julgamento dos réus do chamado "núcleo 3 "da trama golpista, segundo o jornal O Globo. Também foram reservadas as datas de 12, 18 e 19 de novembro para a continuidade da análise.

O grupo é formado majoritariamente por 11 militares, incluindo generais, coronéis e tenentes-coronéis — e um agente da Polícia Federal, e, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), teria sido responsável por ações coercitivas. Os integrantes também são chamados de "forças especiais", compostas por militares da ativa ou reserva do Exército, especializados em operações especiais, conhecidos como “kids pretos”.

Entre os réus estão Bernardo Romão Corrêa Netto, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira Lima, Márcio Nunes de Resende Júnior, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.

Participação em logística e documentos

As investigações indicam que o grupo esteve envolvido em ações logísticas e tentativas de mobilização de tropas contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também é apontado o envolvimento na elaboração de documentos como a “Carta ao Comandante do Exército”, que buscava pressionar por medidas de ruptura institucional.

Segundo a Polícia Federal, os indiciados elaboraram um plano detalhado, denominado "Punhal Verde e Amarelo", com execução prevista para 15 de dezembro de 2022, que teria como alvo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O plano previa os assassinatos do presidente Lula, Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Zanin vota por manter Moro réu por insinuação que Gilmar Mendes vende sentença

Primeira Turma do STF formou maioria para rejeitar recurso do senador

     Sergio Moro (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin votou com a maioria para manter o senador e ex-juiz suspeito Sergio Moro (União-PR) réu por suposta calúnia contra o ministro Gilmar Mendes, segundo a IstoÉ. Também acompanharam o voto os ministros Cármen Lúcia, relatora do processo, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Até o momento, apenas o voto de Luiz Fux permanece pendente.

◎ Plenário virtual

O caso é analisado pela Primeira Turma da Corte em plenário virtual, modalidade em que os ministros registram os votos por meio de plataforma online, sem debate presencial em tempo real. Moro tentava reverter decisão de junho de 2024, quando a própria Turma recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele, que pede sua condenação por calúnia.

A defesa do senador apresentou um “embargo de declaração”, recurso destinado a esclarecer pontos específicos da decisão, mas que não pode modificar o mérito do julgamento. Os ministros rejeitaram o pedido por fundamentos processuais.

Para a relatora, ministra Cármen Lúcia, “a pretensão do embargante é rediscutir matéria”. Ela explicou ainda que “não há omissão na decisão embargada. A via recursal escolhida não se presta para renovação de julgamento que se efetivou regularmente”. A ministra acrescentou: “O exame da petição recursal é suficiente para constatar não se pretender provocar o esclarecimento de ponto obscuro, omisso ou contraditório ou corrigir erro material, mas somente modificar o conteúdo do julgado, para fazer prevalecer a tese do embargante”.

◎ Origem do processo

O processo teve origem em um vídeo que circulou nas redes sociais em abril de 2023, no qual Moro afirmou: “Não, isso é fiança, instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”. O senador se desculpou pela declaração. A defesa alegou que se tratou de uma “brincadeira infeliz” e que Moro não foi responsável pela edição ou divulgação do vídeo.

Apesar de a gravação ter sido feita antes de Moro assumir o Senado, os ministros entenderam que, como o vídeo se tornou público durante seu mandato, o STF tem competência para julgar o caso. O recebimento da denúncia pelo tribunal abriu oficialmente o processo criminal, que ainda não tem data marcada para julgamento do mérito.

Fonte: Brasil, 247 com informações da IstoÉ

Justiça de São Paulo rejeita ação de Pablo Marçal contra Leonardo Attuch e Editora 247

Influenciador se disse ofendido após reações indignadas de Attuch diante da acusação contra Guilherme Boulos sobre uso de cocaína a partir de laudo falso

   Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Raffa Neddermeyer/ABr | Reprodução/YT)

O juiz André Carlos de Oliveira, da 3ª Vara Cível de Santana de Parnaíba, julgou improcedente a ação movida por Pablo Henrique Costa Marçal contra o jornalista Leonardo de Rezende Attuch e a Editora 247 Ltda., entendendo que as manifestações questionadas estão amparadas pela liberdade de expressão e de imprensa garantidas pela Constituição Federal.

Marçal ingressou com ação de indenização por danos morais, alegando ter sido ofendido por declarações feitas por Attuch em vídeos publicados nas redes sociais da Editora 247, com cerca de 90 mil visualizações. As falas citadas incluíam expressões como “canalha”, “mentiroso” e “marginal da política”. O autor alegou que tais manifestações extrapolaram os limites da crítica jornalística e pediu indenização de R$ 100 mil.

Em sua defesa, Leonardo Attuch e a Editora 247 argumentaram que as críticas tinham caráter jornalístico e interesse público, ocorrendo após a divulgação, por Marçal, de um laudo médico falso que atribuía o uso de cocaína ao candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, durante a campanha de 2024 — episódio que levou à abertura de inquérito pela Polícia Federal, à suspensão de perfis de Marçal em redes sociais e a ampla repercussão negativa nacional. Segundo a defesa, as adjetivações usadas por Attuch foram motivadas pela indignação diante de um ato grave de desinformação eleitoral.

◎ Fundamentação da decisão

O magistrado destacou que o Supremo Tribunal Federal, no Tema 995 e na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.055, fixou que jornalistas e veículos de imprensa só podem ser responsabilizados civilmente em caso de dolo ou culpa grave, e nunca por juízos de valor ou opiniões críticas sobre assuntos de interesse público.

O juiz enfatizou que figuras públicas e candidatos estão sujeitas a escrutínio mais intenso, e que o “padrão de proteção à honra” é reduzido nesses casos. Segundo a sentença, “caracterizar o autor como ‘canalha’ ou ‘mentiroso’ constitui juízo de valor sobre conduta específica e não imputação de fato falso”. As expressões, ainda que duras, foram consideradas retórica política legítima, inserida em um contexto de indignação jornalística diante de conduta comprovadamente reprovável — a divulgação de documento falsificado com potencial de interferir no processo eleitoral.

◎ Conduta contraditória e ausência de dano

A decisão também citou mensagens de WhatsApp trocadas entre Attuch e Marçal, nas quais este último, no mesmo dia em que ajuizou a ação (4 de março de 2025), solicitou uma entrevista ao jornalista e afirmou: “Pode pegar pesado”. Para o juiz, tal comportamento é incompatível com a alegação de dano moral grave, configurando o princípio jurídico do venire contra factum proprium (contradição com a própria conduta).

O magistrado ainda ressaltou que Marçal, como influenciador com milhões de seguidores, possui “meios amplos e imediatos para responder às críticas” e “capacidade de resposta muito superior à audiência dos réus”.

Com base nesses fundamentos, a Justiça negou o pedido de indenização, julgando a ação improcedente com resolução de mérito, e condenou Pablo Marçal ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios fixados em 10% do valor da causa.

A sentença reafirma o entendimento consolidado de que a liberdade de imprensa não pode ser restringida por críticas vigorosas a figuras públicas, especialmente quando motivadas por atos de interesse público e relevância eleitoral, como a disseminação de um laudo falso durante uma campanha política.

Fonte: Brasil 247