quarta-feira, 1 de outubro de 2025

CCJ da Câmara avalia projeto que limita poderes do TSE

Texto propõe retirar do TSE a competência de expedir instruções sobre campanhas digitais

      Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (2) um projeto que retira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prerrogativa de expedir instruções para regulamentar temas ligados às eleições. A medida reacende o debate sobre os limites de atuação da Justiça Eleitoral.

De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, o texto foi apresentado pelo deputado oposicionista Marcel Van Hattem (Novo-RS) e tem como objetivo anular a resolução aprovada pelo TSE em 2024, que tratava de temas como o impulsionamento pago de propaganda política, a utilização de conteúdos gerados por inteligência artificial e a retirada de informações notoriamente falsas ou descontextualizadas das plataformas digitais.

Ofensiva contra o Judiciário

A proposta conta com forte apoio da oposição, mas ainda não há clareza sobre a adesão do Centrão, grupo que geralmente define o rumo das votações na Câmara. Para Van Hattem, a resolução do TSE extrapolou suas atribuições constitucionais. “Com a decisão, o tribunal usurpou prerrogativas que pertencem ao Congresso Nacional”, afirmou o parlamentar ao defender seu projeto.
Disputa sobre redes sociais e inteligência artificial

A resolução aprovada em 2024 foi considerada uma das mais abrangentes já editadas pela Justiça Eleitoral. Ela estabeleceu regras para o uso de inteligência artificial em campanhas políticas, impôs limites a conteúdos enganosos e regulamentou o impulsionamento de propaganda digital.

Com a possibilidade de revogação dessas normas, cresce a preocupação entre especialistas sobre os impactos no combate à desinformação e na integridade do processo eleitoral.
Cenário indefinido no Congresso

A votação na CCJ será apenas o primeiro passo. Caso aprovado, o projeto seguirá para o plenário da Câmara, onde a correlação de forças entre oposição, Centrão e base governista definirá o futuro da proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar, da Veja

Moraes autoriza grupo de oração na casa de Bolsonaro

Ministro do STF libera encontro religioso e adverte contra uso do grupo para visitas não autorizadas

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização, nesta quarta-feira (1º), de um grupo de oração na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, local onde o político cumpre prisão domiciliar. A decisão reconhece o direito à assistência religiosa previsto na Constituição para pessoas presas, sejam elas provisórias ou definitivas. “A Constituição Federal prevê a assistência religiosa”, afirmou o ministro.

A informação foi publicada pelo Metrópoles, que obteve a decisão. No despacho, Moraes ressalta que “todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa, nos termos do que dispõe o preceito constitucional, razão pela qual inexiste óbice ao deferimento do pedido”.

Ao conceder a autorização, Moraes fez um alerta explícito para evitar distorções no caráter do encontro. “O ‘Grupo de Orações’, entretanto, não pode ser utilizado com desvio de finalidade, acrescentando diversas e distintas pessoas como integrantes somente para a realização de visitas não especificamente requeridas”, registrou o magistrado.

O entendimento do ministro se apoia no princípio constitucional da liberdade religiosa, aplicável também a quem cumpre medidas cautelares ou penas restritivas. Ao mesmo tempo, a decisão delimita que a permissão não pode servir de atalho para ampliar o fluxo de pessoas à residência de Bolsonaro sob o pretexto de participação no grupo religioso.

Com a autorização, caberá aos responsáveis pelo encontro zelar para que a atividade tenha caráter estritamente religioso e previamente delimitado, respeitando as condições impostas pela Justiça. A advertência de Moraes busca impedir a transformação do grupo em agenda de visitas, o que poderia conflitar com as restrições típicas do regime de prisão domiciliar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

CCJ da Câmara aprova limite a decisões individuais no STF

Decisões monocráticas de ministros do STF terão que passar pelo plenário da Corte

   CCJ da Câmara dos Deputados (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (30), um projeto de lei que limita as chamadas decisões monocráticas- madas por apenas um ministro da Corte - no Supremo Tribunal Federal (STF). Essas decisões são toe têm grande impacto em temas políticos e jurídicos. Como o projeto tramita em caráter conclusivo, ele seguirá para o Senado caso não haja recurso para análise no plenário da própria Câmara. As informações são da CNN Brasil.

✲ O que prevê o projeto

De autoria do deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) e com relatoria de Alex Manente (Cidadania-SP), o texto determina que qualquer decisão individual de um ministro do STF seja obrigatoriamente submetida ao plenário na sessão seguinte. Se isso não ocorrer, a decisão poderá ser anulada.

Além disso, o projeto estabelece que apenas partidos que alcançarem a cláusula de barreira poderão apresentar ações de controle concentrado de constitucionalidade, como ADIs, ADCs, ADOs e ADPFs. Hoje, qualquer legenda com representação no Congresso pode acionar o Supremo.

✲ Mudança no papel dos partidos

A proposta busca reduzir o acesso irrestrito de partidos às ações diretas no STF, restringindo a possibilidade apenas às siglas que atingirem o desempenho eleitoral mínimo exigido pela cláusula de barreira. Na prática, isso limita a atuação de legendas menores, que frequentemente recorrem à Corte para questionar leis e atos normativos.

✲ Próximos passos da tramitação

O texto, aprovado em caráter conclusivo, segue agora para o Senado Federal. Caso não haja recurso para que seja votado no plenário da Câmara, a análise dos senadores será a etapa seguinte da tramitação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

PF aponta conexão de ameaças a Flávio Dino com milícias digitais


     Alexandre de Moraes e Flávio Dino, ministros do STF. Foto: reprodução

A Polícia Federal encaminhou consulta, nesta terça-feira (30), ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a conexão de ofensas contra o ministro Flávio Dino e o inquérito das milícias digitais. A corporação viu conexão da atuação desses grupos com a notícia-crime apresentada por Dino e pediu para que o ministro analise o vínculo. A PF atua para identificar os responsáveis pelas ameaças e coibir a disseminação de mensagens que possam resultar em novos ataques.

No início de setembro, Flávio Dino protocolou representação junto à PF em razão das ameaças recebidas após seu voto no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados em ação sobre tentativa de golpe.

Na análise do caso, a corporação verificou que foram compiladas mais de 50 publicações realizadas por diferentes pessoas em diferentes redes sociais. A partir delas, verificou-se que houve ameaças dirigidas nominalmente ao ministro Flávio Dino e ao delegado de Polícia Federal Fábio Shor.

A PF destacou a gravidade das condutas em sua análise. “A individualização dos alvos confere maior gravidade e reprovabilidade às condutas, porquanto amplia o potencial intimidatório, constrange o exercício regular da função pública e rompe a esfera do debate abstrato para uma concretude persecutória. Portanto, tais comportamentos têm o condão de causar temor real nas vítimas e, consequentemente, obstaculizar o desempenho independente e imparcial de suas funções enquanto agentes públicos”, considerou a PF.

Caso reconhecida a vinculação com as milícias, a PF sugere a autuação, em apartado, de Petição (PET) especifica para a apuração das ameaças contra Dino.

“Com a consequente expedição de ofícios aos provedores de aplicações/redes sociais mencionados, a fim de que forneçam os dados cadastrais dos perfis, de modo a viabilizar a pronta identificação dos responsáveis”, explicou a corporação.


No pedido à PF, Dino anexou uma série de prints de postagens em redes sociais com xingamentos, incitações a ataques contra ministros e familiares, além de mensagens que estimulam a destruição do prédio do STF. O magistrado destacou que tais manifestações podem configurar crimes de coação no curso do processo. Segundo o ministro informou à PF, as ameaças se intensificaram depois que ele se manifestou no processo a favor da condenação dos réus.

“Imediatamente após o voto que proferi, passei a ser destinatário de graves ameaças contra a minha vida e integridade física, veiculadas via internet. Entre os traços que chamam atenção, há uma constante alusão a eventos ocorridos no Nepal, o que parece sugerir uma ação concertada com caráter de incitação”, afirmou.

Dino alertou ainda para o risco de que discursos distorcidos sobre decisões judiciais possam estimular novas ações violentas, lembrando episódios anteriores, como os ataques ao prédio do Supremo com uso de explosivos. “Lembro que tais fatos, além da relevância em si, podem deflagrar outros eventos violentos contra pessoas e o patrimônio público”, escreveu.

A referência ao Nepal, presente em diversas mensagens de ameaça contra Dino, está ligada ao cenário de instabilidade no país asiático. Manifestações contra denúncias de corrupção e contra a proibição temporária do uso de redes sociais resultaram em confrontos violentos, com mais de 20 mortes, renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli e incêndios a prédios públicos.

Muitos manifestantes, em sua maioria jovens, associam o uso das redes à luta por liberdade de expressão. Na avaliação do ministro, esse contexto internacional tem sido explorado em discursos de incitação à violência no Brasil.

Fonte: DCM

Alcolumbre trava tramitação do PL da Dosimetria e projeto pode ser barrado no Senado

O presidente do Senado ficou insatisfeito com decisão da Câmara e evita negociar sobre o projeto que beneficia Jair Bolsonaro

      O presidente do Senado, Davi Alcolumbre - 7/8/25 (Foto: Saulo Cruz/Senado Federal)

O projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria está paralisado no Congresso diante de um impasse entre Senado e Câmara dos Deputados. O bloqueio é resultado direto da insatisfação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que não aceitou a mudança de rota definida pela cúpula da Câmara sobre a tramitação da proposta.

De acordo com informações divulgadas pelo g1, a alteração previa que a análise tivesse início pela Câmara, e não pelo Senado, como acertado inicialmente. Essa mudança coloca a palavra final nas mãos dos deputados, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém maior influência política.

✲ Divergências entre Câmara e Senado

O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), admitiu que o impasse dificulta até mesmo prever um prazo para apresentação do texto. Segundo ele, sem consenso, não há como falar em votação em breve.

Além do desconforto de Alcolumbre, senadores liderados por Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM) já se organizaram para barrar qualquer proposta que contenha anistia ou forte redução de penas para Bolsonaro. “Vamos dar ao PL da dosimetria o mesmo destino da PEC da Blindagem”, declarou Renan Calheiros.

✲ Resistência à anistia ampla

Na Câmara, a dificuldade é ainda maior diante da insistência do PL em aprovar um projeto de anistia. Um interlocutor do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), reconheceu que o cenário é desfavorável: “Do jeito que está, o projeto não irá avançar de jeito nenhum”.

Motta, que busca se associar a pautas de maior apelo popular, como a isenção do Imposto de Renda, evita se desgastar com temas polêmicos ligados ao bolsonarismo. Pessoas próximas avaliam que ele já pagou o preço político necessário para consolidar sua eleição com apoio do PL.

✲ Cenário no Senado

Entre os senadores, a avaliação também é de que não há ambiente para aprovar uma anistia. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi categórico em entrevista ao programa Estúdio i: “Não há votos no Senado para aprovar uma anistia, é preciso focar na votação do PL da dosimetria”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

‘Deveriam jogar sozinhos’: Leila Pereira ataca Flamengo e fala em liga sem o clube

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Foto: AFP

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, elevou o tom contra o Flamengo após a liminar obtida pelo clube carioca que suspendeu o repasse de R$ 77 milhões da Libra, relacionados a direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Em entrevista, Leila sugeriu que se crie uma nova liga sem o rubro-negro, afirmando que “nenhum clube é maior do que o futebol brasileiro”.

O Flamengo questiona judicialmente o modelo de divisão de receitas da Libra, firmado em contrato com a Globo em 2024, sob alegação de prejuízos na medição de audiência do pay-per-view. A liminar foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e travou o pagamento a clubes como Palmeiras, Grêmio, São Paulo, Santos, Atlético-MG e outros integrantes da associação.

Segundo Leila, a postura do Flamengo compromete a harmonia entre os clubes. “O Flamengo deveria jogar sozinho ou contra o sub-20, quero ver a audiência que vão ter”, disse. A disputa ocorre em meio às negociações para a consolidação de uma liga de clubes no futebol brasileiro.

Fonte: DCM

A ação de R$ 1 milhão de Boulos contra Marçal por “conjunto de fakes”


       Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) durante debate. Foto: Reprodução

A ação movida por Guilherme Boulos (PSOL-SP) contra Pablo Marçal está pronta para julgamento na 10ª Vara Cível de São Paulo. O deputado cobra R$ 1 milhão por danos morais devido a informações falsas divulgadas pelo coach durante a campanha eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo.

Segundo a defesa de Boulos, Marçal teria promovido uma série de ataques, incluindo a divulgação de um laudo médico falso que atribuía ao parlamentar uso de drogas e supostos surtos psicóticos. A Polícia Civil e a Polícia Federal confirmaram a falsificação do documento em perícia.

Marçal nega responsabilidade direta e afirma que suas declarações ocorreram no contexto do debate político. O processo está concluso para sentença desde 28 de agosto, sem prazo definido para decisão.

Fonte: DCM

Licença de Zambelli termina e ela pode perder mandato na Câmara; entenda


        Carla Zambelli durante depoimento na CCJ da Câmara. Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

A licença de 127 dias do mandato que Carla Zambelli (PL-SP) tirou para sua fuga do Brasil, a fim de evitar o cumprimento da pena de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), termina na próxima quinta-feira (2). Pelas regras da Câmara dos Deputados, o afastamento não é prorrogável. A bolsonarista teria que retomar o cargo no lugar do suplente, Coronel Tadeu. Mas como ela está presa desde julho na Itália, passará a acumular faltas.

O regimento da Casa prevê a perda sumária do mandato caso as ausências injustificadas ultrapassem mais de um terço das sessões em um ano, como no caso do correligionário Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também fugiu, mas para os Estados Unidos março. No entanto, Zambelli já enfrenta um pedido de cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, mesmo entre seus pares do PL, há pouca expectativa de que ela escape da punição.

A última movimentação do processo foi uma oitiva com a própria Zambelli diretamente do presídio, em Roma. Ela defendeu a manutenção de seu mandato e disse ter dificuldades para lembrar termos em português e que está aprendendo italiano no cárcere.

No depoimento, ela também chamou Moraes de “bandido” e declarou que seria solta “muito em breve” por acreditar que a Justiça italiana identificaria supostos abusos jurídicos em seu processo no STF.

Jair Bolsonaro e Carla Zambelli. Foto: Isac Nóbrega

O presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), afirmou à equipe do blog que aguarda o STF levantar o sigilo do processo de Zambelli, o que foi solicitado pelo colegiado, para pautar a cassação. Caso haja maioria na comissão pela derrubada do mandato, a decisão deve ser chancelada por 257 deputados.

Antes uma das deputadas mais próximas de Jair Bolsonaro, Zambelli foi condenada por unanimidade em maio pelo Supremo a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti. Com a condenação, ela ficou inelegível por oito anos.

Diante das tensões entre o Legislativo e o Judiciário sobre medidas cautelares impostas a parlamentares, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que a Mesa Diretora da Casa não destituiria Zambelli por ofício e nem acionaria o Conselho de Ética.

Ao invés disso, instaurou uma representação contra a deputada na CCJ. Após a captura da parlamentar nos arredores de Roma, Motta declarou ainda que não caberia à Câmara votar a prisão de Carla Zambelli. Isso porque a Constituição prevê essa análise pelo Congresso apenas em caso de prisão em flagrante por crime inafiançável.

A deputada deixou o Brasil em 24 de maio através da fronteira com a Argentina em Foz do Iguaçu (PR), onde não há controle migratório. De Buenos Aires, foi para a Flórida, nos Estados Unidos, em um voo comercial. No início de junho, embarcou para a Itália, onde se julgava “intocável” por também ter cidadania italiana.

A parlamentar prometia repetir na Europa a campanha de Eduardo Bolsonaro contra o STF. Mas, no mesmo dia em que pisou na Itália, seu nome foi incluído na lista de difusão da Interpol.

A partir daí, ela submergiu na Europa até ser identificada e presa após um roteiro errático. Antes de ser encontrada, a bolsonarista chegou a anunciar através de seu advogado, Fabio Pagnozzi, a pretensão de disputar eleições na Itália e “prosseguir com o trabalho político”.

O STF já solicitou à Itália a extradição da deputada e, segundo o colunista Lauro Jardim, a Procuradoria do país europeu deve se manifestar até o fim de outubro.

Zambelli também foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal no episódio em que a deputada perseguiu o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho na véspera do segundo turno da eleição de 2022 em São Paulo.

As imagens viralizaram à época e, após o pleito, Jair Bolsonaro passou a atribuir sua derrota nas urnas à antiga aliada, de quem se afastou. Os ministros do STF, por sua vez, rejeitaram a tese de legítima defesa por parte da parlamentar, uma vez que o agredido, o jornalista Luan Araújo, estava desarmado e tentou fugir da deputada.

Fonte: DCM

Lula prepara reforma ministerial para abrir espaço a pré-candidatos de 2026


Presidente estuda antecipar saída de ministros e usar mudanças para ampliar alianças políticas nos estados

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília - 09/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia promover uma reforma ministerial ainda em 2025 para reorganizar seu governo e pavimentar o caminho das eleições de 2026. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo e aponta que Lula pretende antecipar a substituição de ministros que disputarão cargos eletivos, sem esperar o prazo oficial de desincompatibilização, em abril do próximo ano.

A estratégia, segundo aliados do Planalto, busca fortalecer alianças regionais, ampliar o espaço de partidos do centro e dar mais fôlego político ao governo no Congresso. A reforma pode ser feita em etapas, começando já em outubro, impulsionada pela possível entrada de Guilherme Boulos (PSOL) na Secretaria-Geral da Presidência e pela pressão da federação formada por União Brasil e PP, que determinou a saída de seus ministros até o fim de outubro.

✲ Ministros resistem à saída antecipada

A ideia de Lula, porém, enfrenta resistência entre ministros que pretendem concorrer em 2026. Muitos desejam permanecer até a data-limite de abril, usando a visibilidade do cargo como vitrine eleitoral. Celso Sabino (Turismo), por exemplo, conseguiu adiar sua saída, mesmo após o União Brasil anunciar o desembarque. Ele apresentou carta de demissão e pretende disputar o Senado pelo Pará, mas ainda acompanha Lula em agendas oficiais.

No PP, a pressão recai sobre André Fufuca (Esportes), que deve deixar o ministério até sábado (4), após a legenda ter recuado do prazo original, que expiraria no dia 1º. Lula, por sua vez, tem dito que a sucessão do União Brasil será negociada diretamente com o senador Davi Alcolumbre (AP). Caso o PP confirme a saída, a vaga poderá ser oferecida a partidos como PSD, PDT ou PSB.

✲ Mudanças também no PT

A reforma não se limitará ao centrão. Ministros petistas que planejam disputar as eleições também devem sair, entre eles Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luiz Marinho (Trabalho). Fontes do Planalto afirmam que Lula analisa dois cenários: deixar secretários-executivos interinamente no comando das pastas ou nomear novos ministros já neste ano. A segunda hipótese tem ganhado força, pois sinalizaria uma recomposição mais ampla do governo em seu último ano de mandato.

A expectativa é que pelo menos 20 ministros deixem seus cargos para concorrer em 2026. Entre os nomes considerados estratégicos, como Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), a permanência deve ser mantida até abril.

✲ Apoio às candidaturas e articulações regionais

Lula também pretende apoiar a maioria de seus ministros que irão para a disputa. Além de Celso Sabino, Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), pré-candidato ao Senado, deve contar com o respaldo direto do presidente. Já Fernando Haddad (Fazenda) pode deixar a pasta não para concorrer, mas para coordenar a campanha presidencial, caso Lula julgue necessário.

No plano regional, a intenção é usar a reforma para reforçar alianças nos estados e frear o avanço de blocos do centro em coligações rivais. Um dirigente da Câmara reconheceu que o governo vive um momento mais favorável no noticiário, mas ponderou que o ambiente no Congresso segue adverso em votações estratégicas.

Ainda assim, a percepção entre líderes políticos é de que Lula conseguiu se recuperar após meses de desgaste e chega ao fim de 2025 em posição de protagonismo. Para 2026, ele surge como favorito, embora aliados ressaltem que novas reviravoltas no cenário político não podem ser descartadas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Projeto de redução de penas proposto pelo centrão enfrenta impasse com resistência no STF e de Alcolumbre

PL da Dosimetria ainda encontra obstáculos no STF e no Senado

      Câmara dos Deputados, congresso Nacional (Foto: Agência Brasil)

Líderes do centrão consideram que o principal desafio para aprovar o PL da Dosimetria seria vencer a resistência de duas figuras centrais: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A expectativa do centrão é que os colegas de Moraes no STF, favoráveis à flexibilização das penas atuem para reduzir a resistência do ministro. Caso o Supremo sinalize positivamente, avaliam, Alcolumbre dificilmente se oporia ao avanço da proposta, aponta a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.

A estratégia em andamento é colocar em votação já na próxima semana o relatório do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

Tentativas de anistia e divergências políticas

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro já articulam a apresentação de um destaque para incluir no texto uma anistia ampla, geral e irrestrita. Entretanto, não há consenso sobre a viabilidade dessa modificação no plenário, o que coloca em dúvida sua aprovação.

Do outro lado, o respaldo da esquerda ao projeto é considerado improvável.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula sanciona leis que fortalecem agricultura familiar e oferta de alimentos no País

Presidente destacou que “não há nada impossível quando se tem disposição” e reforçou o compromisso de incluir os mais pobres no orçamento da União

       Lula e Paulo Teixeira (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (30), no Palácio do Planalto, cinco projetos de lei que fortalecem a agricultura familiar e ampliam o acesso da população a alimentos saudáveis. A cerimônia contou com ministros e parlamentares, marcando a formalização de políticas públicas estruturantes e a criação de novos mecanismos de segurança alimentar. A informação foi divulgada pela Agência Gov.

Ao sancionar as medidas, Lula ressaltou a importância de garantir que a agricultura familiar seja prioridade de Estado. “Nós temos terra, sol, chuva, temos gente para trabalhar, temos gente para comer, e tem países que querem comprar o que a gente está querendo vender. Não tem nada impossível quando a gente tem disposição de fazer as coisas”, afirmou. O presidente reforçou ainda a centralidade da inclusão social: “Para combater a pobreza e a fome, não existe outra possibilidade se essa gente não for incluída no orçamento da União. Não é com política de proselitismo que a gente faz as coisas acontecerem, é colocando no orçamento. O único objetivo é fazer com que o pobre não seja invisível”.

✲ Pronaf e Plano Safra se tornam políticas de Estado

Entre os projetos sancionados está o PL nº 4384/2023, que formaliza o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Plano Safra da Agricultura Familiar como políticas permanentes. A medida assegura estabilidade e segurança jurídica para agricultores familiares, assentados e quilombolas, além de recriar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), que não poderá mais ser extinto por decreto.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou os avanços recentes do setor: “Estamos batendo recorde no Plano Safra e no Pronaf. Nós temos recorde não só de valores, mas também de subsídios para a produção de alimentos. Um segundo dado muito importante do nosso país é que nós estamos tendo deflação de alimentos. Isto é, está baixando o preço dos alimentos na gôndola dos supermercados e nas feiras livres. Um terceiro dado muito importante é que nós estamos tendo recorde de exportação”.

✲ Medidas para segurança alimentar e combate à fome

Outra lei aprovada, o PL nº 2708/2024, estabelece prioridade para a aquisição e distribuição de alimentos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em municípios em situação de emergência ou calamidade pública. O objetivo é assegurar renda aos agricultores familiares e fornecer alimentos a pessoas em vulnerabilidade.

Já o PL nº 800/2024 altera a legislação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), inserindo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como critério de priorização de recursos. Isso significa mais atenção a municípios de baixo IDH, onde a insegurança alimentar é mais grave.

No campo da alimentação escolar, o PL nº 2205/2022 eleva de 30% para 45% o percentual mínimo de compras da agricultura familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A mudança injeta R$ 800 milhões adicionais no setor, amplia a renda de cooperativas e associações e diversifica a merenda, com cardápios mais regionais e menos ultraprocessados.

✲ Combate ao desperdício e inclusão social

Também foi sancionado o PL nº 2874/2019, que cria a Política Nacional de Combate à Perda e ao Desperdício de Alimentos (PNCPDA) e institui o Selo Doador de Alimentos. A medida busca incentivar a doação de alimentos próprios para consumo, mas que poderiam ser desperdiçados, reforçando o combate à fome e a promoção da segurança nutricional.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a aprovação das leis reflete o compromisso histórico de Lula: “A alimentação é um direito humano reconhecido pela ONU desde a declaração em 1948. Garantir esse direito sempre foi uma obsessão do presidente Lula, desde que assumiu em 2003. Esse conjunto de leis representa uma grande contribuição do Congresso Nacional nesse esforço”.

✲ “Fazer política com coração”

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, citou a escritora Carolina Maria de Jesus ao destacar a sensibilidade de Lula em relação à fome: “O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora”. Em seguida, afirmou: “Nós temos um presidente que tem essa sensibilidade, que passou por muitas dificuldades, inclusive insegurança alimentar, e que, por isso, aprendeu a cuidar das pessoas. E faz isso nos ensinando, a cada dia, que é possível fazer política com coração, com amor, com respeito e dignidade”.

✲ Um novo marco para a agricultura familiar

As cinco leis sancionadas representam um marco no fortalecimento da agricultura familiar, ampliando o acesso ao crédito, consolidando políticas públicas e criando instrumentos de inclusão social. Ao formalizar o Pronaf e o Plano Safra como políticas de Estado, o governo assegura continuidade e estabilidade para milhões de agricultores e famílias que dependem da terra para viver e produzir.

Essas medidas consolidam o papel estratégico da agricultura familiar como motor do desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que reforçam o combate à fome, a inclusão social e o direito humano à alimentação.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

Carlos Brandão e Weverton aparecem na dianteira em cenários para o Senado no Maranhão

Pesquisa Real Time Big Data aponta governador e senador como favoritos na disputa eleitoral de 2026

      Carlos Brandão e Weverton (Foto: Divulgação)

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e o senador Weverton Rocha (PDT) surgem como principais nomes na corrida pelo Senado em 2026. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (1º) pela pesquisa Real Time Big Data, que avaliou diferentes cenários para a eleição.

Segundo os dados publicados pela CNN Brasil, Brandão e Weverton aparecem tecnicamente empatados em duas simulações. No primeiro cenário, o governador registra 28% das intenções de voto, contra 24% do senador. Já no segundo, Brandão sobe para 31%, enquanto Weverton alcança 26%.

✲ Cenários com ausência de Brandão

Quando o levantamento exclui a candidatura do governador, o destaque passa a ser Weverton Rocha, que atinge 31%. Na sequência aparece o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), com 12%. A senadora Eliziane Gama (PSD) figura com 10%, seguida pelo vice-governador Felipe Camarão (PT), que soma 8%.

✲ Metodologia da pesquisa

O instituto entrevistou 1,2 mil eleitores entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Ratinho Júnior usa IA e aparece como Jedi em vídeo para tentar impulsionar candidatura à Presidência

Governador do Paraná aposta em peça publicitária com estética de Star Wars para fortalecer imagem nacional e mira disputa em 2026

      Ratinho Júnior se apresenta como Jedi (Foto: Reprodução redes sociais)

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), intensificou sua estratégia para viabilizar uma candidatura à Presidência da República em 2026. Segundo reportagem do Estadão, ele levou sua mobilização às redes sociais e divulgou, no último domingo (28), um vídeo criado com inteligência artificial em que aparece caracterizado como um cavaleiro Jedi da saga Star Wars.

Na produção, o “jedi Ratinho Júnior” enfrenta inimigos representados como soldados do Império Galáctico, que carregam inscrições como “contas no vermelho”, “falta de investimento”, “mordomia”, “desemprego” e “crime”. A peça publicitária descreve o Paraná como “um lugar em uma galáxia não muito distante” que combate “tudo aquilo que deve mudar no Brasil”. Ao final, surge o slogan “modelo Paraná”, acompanhado da legenda: “o que deu certo aqui, vai dar certo para o Brasil”.

✲ Estratégia digital e simbolismo político

O uso de recursos de inteligência artificial e da linguagem simbólica de Star Wars marca uma tentativa de transformar sua gestão em narrativa épica. A escolha de Ratinho Júnior por se apresentar como um Jedi – personagem associado à disciplina, luta contra a tirania e defesa da ordem justa – tem um claro objetivo político: transmitir a imagem de liderança forte, moderna e inovadora, capaz de enfrentar os desafios nacionais.

Além da estética cinematográfica, a campanha conecta sua administração estadual à ideia de modelo para o país, reforçada pelo slogan final. A peça funciona, portanto, como um teste de popularidade digital e como ensaio da comunicação que poderá ser usada em um eventual lançamento presidencial.

✲ Cenário político e disputa pela direita

A movimentação de Ratinho Júnior ocorre em meio a incertezas no campo da direita sobre quem será o nome competitivo em 2026. Conforme destacou a Coluna do Estadão, a queda de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, nas pesquisas de intenção de voto abriu espaço para que aliados cogitem Ratinho como alternativa viável.

Outro fator que fortalece o governador do Paraná é o índice de aprovação de 84% de sua gestão, registrado pela pesquisa Genial/Quaest, além do crescimento econômico do Estado, que tem sido usado como vitrine política.

✲ Perfil moderado em relação ao bolsonarismo

Diferentemente de Tarcísio, Ratinho Júnior mantém uma postura considerada mais moderada em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele evita discursos agressivos contra instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e não aderiu publicamente às pautas mais radicais, como a defesa da anistia “ampla, geral e irrestrita” pedida por setores bolsonaristas.

Filho do apresentador Ratinho, o governador busca se consolidar como figura de direita pragmática, capaz de dialogar com setores mais amplos do eleitorado e de apresentar-se como alternativa menos polarizadora.

Embora ainda não tenha formalizado sua candidatura, Ratinho Júnior acelera movimentos de pré-campanha. O vídeo como Jedi se soma a outras ações de comunicação que reforçam o “modelo Paraná” como plataforma nacional. Até 2026, o desafio será equilibrar o crescimento de sua imagem nacional com a necessidade de se diferenciar de nomes já testados no cenário político, como Tarcísio, e de manter a narrativa de gestor eficiente sem se afastar do eleitorado conservador.

Fonte: Brasil 247 com Estadão

Motta aposta em segurança e isenção do IR para recuperar força após a PEC da Blindagem

Presidente da Câmara busca recompor liderança com pacote de endurecimento penal e articulação direta com Lula e Alcolumbre

      Hugo Motta (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Depois de semanas de turbulência e desgaste político, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenta reposicionar sua liderança no Congresso. Para isso, apostou em uma pauta de apelo popular: a segurança pública. Na terça-feira (30), acelerou a tramitação de oito projetos na área e articulou a votação, já nesta quarta-feira (1º), da proposta que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais.

Segundo o jornal O Globo, a estratégia de Motta ocorre após a rejeição da chamada PEC da Blindagem pelo Senado, que gerou forte reação popular e expôs fragilidades em sua condução política. O texto previa mecanismos de proteção a parlamentares diante de ações da Justiça, mas foi rapidamente arquivado, levando deputados e o próprio presidente da Câmara ao centro de manifestações que se espalharam pelas capitais há dez dias.

✲ Virada de página após a PEC da Blindagem

A derrota da PEC deixou o ambiente da Câmara paralisado e pressionou Motta a reagir. Parlamentares do Centrão cobravam retaliação ao Senado pelo arquivamento, enquanto a oposição insistia em avançar com anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro — discussão que acabou restrita à redução de penas. Nesse cenário, Motta decidiu apostar em projetos de segurança como forma de recuperar prestígio e mostrar capacidade de articulação.

Na terça, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou um texto que limita decisões monocráticas e restringe a atuação de partidos pequenos no Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciando o clima de enfrentamento entre Legislativo e Judiciário.

✲ Endurecimento penal e novos crimes

O pacote de segurança aprovado em regime de urgência prevê aumento de pena para homicídio de policiais e a criação de um novo tipo penal: o “domínio de cidades”, conhecido como “novo cangaço”. Essa modalidade de crime, caracterizada por ataques armados a municípios, como os registrados em Criciúma (SC), em 2020, e Araçatuba (SP), em 2021, poderá ser punida com reclusão de 12 a 30 anos.

Outro projeto amplia as punições para homicídios e lesões corporais contra agentes de segurança. Atualmente, o homicídio simples prevê de 6 a 20 anos de prisão; a nova proposta eleva o teto para 30 anos quando a vítima for policial ou servidor público. Já no caso de lesão corporal, a pena poderá ser dobrada.

Além disso, as medidas incluem mudanças na Lei de Organizações Criminosas, a criação do crime de “obstrução da Justiça”, redução do prazo de 24 para 12 horas para apresentação de autos de prisão em flagrante ao juiz e aumento da fatia da arrecadação das apostas esportivas destinada à segurança pública, de 2,55% para até 5%.

✲ Articulação política com Planalto e Senado

Na mesma terça-feira, Motta esteve no Palácio do Planalto para discutir a pauta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O encontro serviu para alinhar a votação da proposta do Imposto de Renda, considerada estratégica tanto pelo governo quanto pelo Legislativo.

Durante cerimônia no Planalto, Lula elogiou o Congresso:

“Duvido que em algum lugar do mundo um Congresso votou tantos projetos em um só tempo e o presidente tenha assinado cinco projetos em meia hora. Quem diz que deputado e senador não trabalham precisa reavaliar o discurso”, afirmou.

O presidente destacou ainda a relação com o Parlamento:

“Poucas vezes na História tivemos uma relação exitosa com a Câmara e o Senado como temos aqui. Às vezes há divergências, mas, na essência, o Congresso Nacional votou tudo aquilo que a gente precisava”.

✲ Peso eleitoral e desafio de liderança

O texto do Imposto de Renda, relatado por Arthur Lira (PP-AL) e apoiado pelo Planalto, é visto como prioridade e também como oportunidade para Hugo Motta mostrar resultados concretos. Deputados avaliam que impedir que o Senado assuma protagonismo nessa pauta será fundamental para reforçar sua imagem de liderança.

Após a crise da PEC da Blindagem, cada movimento do presidente da Câmara passou a ser acompanhado de perto por aliados e opositores. A percepção dominante é que Motta entra agora em uma fase decisiva, na qual sua capacidade de manter apoio interno e de garantir entregas com impacto eleitoral será testada a cada votação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lindbergh aposta em mais de 400 votos pela isenção do IR até R$ 5 mil

Líder do PT aposta em aprovação expressiva do projeto, enquanto governo e Fazenda veem pouca chance de mudanças propostas pela oposição

       Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

Às vésperas da votação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), demonstrou confiança em uma aprovação expressiva. “Acho que teremos mais de 400 votos”, disse o deputado à coluna de Amanda Klein, do UOL.

O texto prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e descontos para rendimentos de até R$ 7.350, além de taxação progressiva da alta renda, chegando a 10% para salários anuais acima de R$ 1,2 milhão.

Oposição pressiona, mas governo descarta mudanças

Partidos de oposição, em especial o PL, devem apresentar destaques para tentar modificar o projeto, ampliando a faixa de compensação para até R$ 10 mil mensais e retirando a cobrança progressiva sobre rendas acima de R$ 50 mil. Lindbergh, no entanto, vê as chances como nulas.

“Arthur Lira (relator) pode dizer que não vai acolher. É inconstitucional. E tem decisão do STF dizendo que não pode criar isenção sem ter compensação devida. Está na Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou. Para o líder do PT, somente PL e Novo devem se opor de forma mais dura: “Esperamos que os partidos do centrão votem conosco.”

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também manifestou confiança de que o texto passará “sem desidratação”. No Ministério da Fazenda, assessores do ministro Fernando Haddad consideram a proposta o principal projeto do ano para o governo Lula e avaliam que ela será aprovada sem alterações relevantes.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL