quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Presidente do BB diz que banco segue legislação do Brasil e de países onde atua

Tarciana Medeiros afirmou, sem citar nomes, ser “muita falta de responsabilidade” quando um brasileiro coloca em xeque a solidez e a integridade do banco

        Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (Foto: Divulgação/Banco do Brasil)

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou nesta quarta-feira que a instituição segue a legislação brasileira, mas também obedece as leis dos mais de 20 países onde atua, ressaltando que o banco segue forte e robusto.

Bancos brasileiros, incluindo o BB, viram suas ações despencarem na terça-feira diante de ruídos desencadeados pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil.

O despacho pode afetar a aplicação da Lei Magnitsky, dos EUA, que impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Em seminário do Ministério da Fazenda sobre governança na gestão pública, Medeiros afirmou, sem citar nomes, ser “muita falta de responsabilidade” quando um brasileiro coloca em xeque a solidez e a integridade de uma empresa como o Banco do Brasil, em discurso similar ao de membros do governo, que têm criticado a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA em busca de sanções contra o Brasil.

Fonte: Brasil 247

México alcança menor nível de pobreza em 40 anos e comemora avanço histórico


Quarta Transformação tirou 13 milhões de mexicanos da miséria, reduzindo desigualdade e ampliando direitos

      Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters)

Brasil de Fato - O México atingiu o nível mais baixo de pobreza dos últimos 40 anos. Durante o último mandato, a Quarta Transformação conseguiu tirar mais de 13,4 milhões de pessoas da pobreza, concretizando uma de suas principais premissas: “Pelo bem de todos, primeiro os pobres”. Os dados foram divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI).

A presidente Claudia Sheinbaum Pardo qualificou essa conquista como “uma façanha” e afirmou que isso deve ser motivo de muito orgulho para todos os mexicanos. Ela se pronunciou neste domingo (17) durante um ato oficial em Ecatepec, um dos municípios mais vulneráveis do Estado do México.

“Há quem não queira reconhecer este resultado”, disse a mandatária, destacando que essa conquista é fruto da transformação do modelo de desenvolvimento nacional, voltado para redistribuir a riqueza e direcionar os recursos públicos aos setores mais necessitados — diferente dos mandatos anteriores, quando os investimentos beneficiavam apenas uma parcela reduzida da população.

“Ela também lembrou que, no mesmo período, a Pesquisa Nacional de Renda e Despesa das Famílias, divulgada há algumas semanas, apontou que a desigualdade entre o decil mais rico e o mais pobre caiu, mas ainda é 14 vezes maior.

“Durante 40 anos, a pobreza no México não havia diminuído de fato: pelo contrário, aumentou. Hoje, esse resultado mostra que o percentual da população em situação de pobreza é o mais baixo em quatro décadas, o que significa que as pessoas vivem com mais bem-estar”, afirmou.

Entre 2006 e 2018, o número de pessoas pobres no país havia aumentado em 15,3 milhões, transformando o México em uma “fábrica de pobres” durante dois mandatos consecutivos.

Sheinbaum atribuiu essas mudanças ao novo modelo de desenvolvimento impulsionado pela Quarta Transformação, iniciado com o governo de Andrés Manuel López Obrador e continuado em sua administração. Ela destacou que esse avanço foi possível graças ao aumento do salário mínimo, à continuidade e ampliação dos Programas de Bem-Estar e ao crescimento do investimento público e privado, que resultou na geração recorde de empregos no país.

Os dados oficiais do INEGI consideram a pobreza de uma perspectiva “multidimensional”, ou seja, pessoas que não conseguem adquirir os bens e serviços necessários para atender às suas necessidades em educação, saúde, previdência social, moradia e alimentação.

Não se trata apenas de os setores mais pobres da sociedade terem aumentado sua renda, mas também de mais de 13,4 milhões de mexicanos agora terem acesso a direitos que antes lhes eram negados.

A presidente Claudia Sheinbaum lembrou que, durante mais de três décadas, o México seguiu “um modelo neoliberal”, vigente de 1982 a 2018, que promovia a ideia de que o setor privado era superior ao público. “Esse modelo afirmava que era muito melhor que tudo fosse privado e que o setor público praticamente desaparecesse, que o governo não tinha capacidade de oferecer serviços e de desenvolver atividades em benefício da população, e que isso deveria ser feito pelos privados”, explicou, destacando que a privatização não avançou mais porque “não foi permitida”.

Em contraste com o enfoque neoliberal, a mandatária ressaltou que a educação e a saúde são direitos fundamentais dos mexicanos, previstos na Constituição. “Estamos empenhados em recuperar esse acesso aos direitos do povo do México”, afirmou.

Sheinbaum atribuiu a redução da pobreza a várias ações estratégicas do governo. “A primeira razão pela qual tantos mexicanos saíram da pobreza é o aumento do salário mínimo, que também elevou os demais salários”, apontou.

Em segundo lugar, destacou os Programas de Bem-Estar, que agora são concebidos como direitos e não apenas como auxílios focalizados, mencionando a Pensão Universal ao Idoso, que beneficia 13 milhões de pessoas, como exemplo de que “a pensão é um direito do povo do México”.

Além disso, lembrou das bolsas para estudantes do ensino médio público, das pensões para pessoas com deficiência, dos apoios a pequenos agricultores com menos de dois hectares e do programa Sembrando Vida, que beneficia meio milhão de pessoas, ressaltando que, por meio dos Programas de Bem-Estar, a Quarta Transformação alcançou mais de 30 milhões de famílias.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Avião militar dos EUA pousou no Brasil com 'aval de autoridades competentes', diz embaixada

Representação dos EUA afirma que o voo prestou apoio logístico à missão diplomática; deputados pedem explicações sobre passageiros e vistos

      Avião da CIA em Porto Alegre (Foto: Wikimedia Commons)

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil confirmou que uma aeronave da Força Aérea estadunidense pousou nos aeroportos de Porto Alegre (RS) e Guarulhos (SP) com autorização das autoridades brasileiras. que revelou a movimentação do Boeing 757-200 utilizado em missões sensíveis e sem identificação externa.

Segundo o jornal O Globo, em um comunicado à imprensa, a representação diplomática afirmou que “a aeronave ofereceu apoio logístico à Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil e sua chegada foi autorizada pelas autoridades brasileiras competentes”. Segundo a embaixada, o voo transportou diplomatas e servidores vinculados à estrutura consular no país

De acordo com os registros de voo, o Boeing 757-200 de matrícula 00-9001 — variante C-32B, conhecida entre entusiastas como “Gatekeeper” — decolou na segunda-feira da base de Wrightstown, em Nova Jérsei, fez escalas em Tampa (Flórida) e San Juan (Porto Rico) e, na noite de terça-feira, aterrissou primeiro no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, seguindo depois para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos

A chegada do avião motivou um requerimento de informação apresentado pelos deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Túlio Gadêlha (Rede-PE). Eles acionaram os ministérios da Defesa, de Portos e Aeroportos e das Relações Exteriores para detalhar o “objetivo específico da missão”, bem como identificar os passageiros, informar a quantidade de ocupantes e esclarecer que tipo de vistos foi concedido “considerando a natureza supostamente oficial e sigilosa da missão”

A movimentação do jato da U.S. Air Force reacendeu debates no Congresso sobre transparência em missões estrangeiras e protocolos de autorização para pousos de aeronaves militares em território nacional. Os questionamentos apresentados pelos parlamentares agora aguardam resposta oficial dos ministérios consultados, etapa que deve indicar o nível de conhecimento prévio do governo brasileiro sobre o itinerário, a lista de passageiros e a finalidade operacional do voo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moraes diz esperar que Trump revogue sanções contra ele e alerta bancos sobre consequências de seguirem legislação dos EUA

Ministro do STF alerta que bancos brasileiros não podem confiscar ativos por ordem estrangeira e aposta em diálogo para encerrar crise

      Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes voltou a se pronunciar sobre as sanções impostas contra ele pelo governo dos Estados Unidos, em meio a uma crescente tensão diplomática entre Brasília e Washington. Em entrevista à agência Reuters, Moraes afirmou que acredita na reversão das medidas por meio da via diplomática ou de eventual contestação judicial, e alertou que instituições financeiras brasileiras não podem aplicar ordens norte-americanas em território nacional.

A escalada teve início após o presidente dos EUA, Donald Trump, exigir o fim do processo contra Jair Bolsonaro (PL), acusado de conspirar para um golpe de Estado em 2022. Moraes é relator do caso e intensificou medidas contra Bolsonaro às vésperas do julgamento. Trump, que tem Bolsonaro como aliado ideológico, reagiu impondo uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções financeiras pessoais contra o magistrado, o que provocou forte instabilidade no setor bancário do Brasil.

Apesar da pressão, Moraes demonstrou confiança. "É plenamente possível uma impugnação judicial (nos Estados Unidos)... Mas, nesse momento, eu aguardo -- e foi uma opção minha -- aguardar a questão diplomática do país, Brasil e Estados Unidos", disse. Ele ressaltou acreditar que o próprio governo estadunidense, diante de informações corretas, poderá reverter as medidas.

Segundo Moraes, divisões internas no governo dos EUA, principalmente no Departamento de Estado e no Tesouro, demonstraram resistência às sanções. Fontes ouvidas pela Reuters confirmaram que servidores de carreira do Tesouro inicialmente rejeitaram a medida, mas foram vencidos pela pressão política. O Tesouro, por sua vez, afirmou que o ministro brasileiro “cometeu graves abusos contra os direitos humanos” e deveria encerrar “detenções arbitrárias e processos judiciais com motivação política”.

◈ Impacto sobre o sistema financeiro

Além das repercussões diplomáticas, o episódio atingiu diretamente o sistema bancário brasileiro. Moraes advertiu que instituições financeiras nacionais podem ser punidas pelo STF caso bloqueiem ou confisquem ativos de cidadãos brasileiros com base em ordens externas. “Se os bancos resolverem aplicar a lei internamente, eles não podem. E aí eles podem ser penalizados internamente”, afirmou.

As declarações reforçam o entendimento expresso dias antes pelo ministro Flávio Dino, segundo o qual leis estrangeiras não têm aplicação automática no Brasil. Essa posição colide com a postura do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, que chamou Moraes de “tóxico” e alertou que empresas e pessoas que o apoiarem também correm risco de sanções.

Do lado prático, bancos brasileiros enfrentam um dilema. O alcance global do sistema financeiro norte-americano faz com que o descumprimento de ordens do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) possa restringir o acesso dessas instituições ao sistema internacional. “O Brasil realmente não tem escolha... Ficamos em uma posição de subordinação. Não há muito o que fazer”, declarou à Reuters um executivo de um grande banco nacional.

A tensão derrubou as ações das principais instituições financeiras brasileiras. O Banco do Brasil, onde servidores públicos e magistrados recebem salários, registrou queda de 6% em um único dia. Em nota, a instituição declarou estar preparada para lidar com “questões complexas e sensíveis” envolvendo regulamentações globais.

◈ Entre a diplomacia e os tribunais

Moraes disse que continua sua rotina normalmente, incluindo treinos de boxe e artes marciais, e mantém confiança na via diplomática para restaurar sua imagem em Washington. Ele acusa aliados de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de promoverem campanha nos EUA para influenciar Trump e desgastar sua atuação no Supremo.

Ainda assim, o ministro não descarta recorrer à Justiça norte-americana caso a questão não seja resolvida politicamente. “Acredito que não vai nem ser necessário nenhuma ação judicial para reverter. Eu acredito que o próprio Poder Executivo dos Estados Unidos, o presidente, vai reverter”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Após derrota do governo, Gleisi convoca base para reunião sobre CPI do INSS


O presidente Lula e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Reprodução

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou líderes da base para uma reunião no Palácio do Planalto após vitória de bolsonaristas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Congresso Nacional. O colegiado elegeu dois opositores para os principais cargos.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito para a presidência da CPI e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator. A vitória da oposição surpreendeu o Planalto, que esperava eleger aliados.

Pouco antes, o presidente Lula se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no Palácio da Alvorada. Gleisi pediu o encontro com aliados para discutir os próximos objetivos, avaliar os motivos da derrota e reorganizar a estratégia política.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AC), minimizou o resultado e afirmou que a ausência de parlamentares do MDB, como Rafael Britto, que está fora do país, foi determinante para a vitória da oposição. “Os três primeiros suplentes são do PL, que ascenderam e fizeram a diferença. Foi uma questão de regimento”, declarou.

Alfredo Gaspar (União-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG), relator e presidente da CPI do INSS. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A eleição de Viana ocorreu com 17 votos, contra 13 de Omar Aziz (PSD-AM), apoiado por Lula e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador de oposição celebrou o resultado e agradeceu a articulação feita nos últimos dias.

A CPI foi criada para investigar fraudes em descontos indevidos de aposentadorias e pensões, que segundo a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União ) podem ter causado prejuízos de R$ 6,4 bilhões.

A derrota levou Gleisi a reforçar a mobilização da base, já que a comissão pode tentar culpar figuras que fazem ou fizeram parte do governo, como o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e seu sucesso, Wolney Queiroz, além de dirigentes do INSS.

O objetivo da base governista é esclarecer que a fraude teve início na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

CPI do INSS começa com vitória da oposição no Congresso


Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A oposição no Congresso Nacional derrotou a indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios na Previdência Social. O chefe da Casa havia indicado Omar Aziz (PSD-AM) para o comando do colegiado.

A oposição, que liderou a criação da CPMI, criticou a escolha e articulou uma candidatura alternativa. Sem acordo, a eleição precisou ser realizada por cabines de votação, e Viana venceu por 17 votos favoráveis a 14 contrários.

Após a eleição, Carlos Viana rejeitou a indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a relatoria da comissão, escolhendo para a função o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que é alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e já foi relator de proposta que suspendeu parte da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ) por tentativa de golpe de Estado.

O relator será responsável por elaborar o relatório final da comissão, incluindo possíveis pedidos de indiciamento. “Conversamos bastante sobre o desafio desta CPMI. Tenho certeza que vai fazer um grande trabalho”, afirmou Carlos Viana, justificando a escolha de Gaspar por sua “grande experiência curricular”.

Votação em cabine para eleger presidente da CPI do INSS. Foto: Kevin Lima/g1

Criada em junho pelo Congresso, a CPI mista foi instalada nesta quarta (20). O colegiado investigará um esquema de desvios em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), pode ter chegado a R$ 6,3 bilhões.

O objetivo central da CPI será aprofundar as conclusões da PF e da CGU sobre os desvios, que envolvem associações e entidades que cobravam descontos associativos não autorizados e utilizavam cadastros forjados para validar cobranças.

A comissão terá duração prevista de seis meses, com possibilidade de prorrogação, e contará com 32 parlamentares titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores. PT e PL terão as maiores representações, com quatro congressistas cada.

Veja a composição da CPMI:

Senado:

  1. Eduardo Braga (MDB-AM)
  2. Renan Calheiros (MDB-AL)
  3. Carlos Viana (Podemos-MG)
  4. Styvenson Valentim (PSDB-RN)
  5. Omar Aziz (PSD-AM)
  6. Eliziane Gama (PSD-MA)
  7. Cid Gomes (PSB-CE)
  8. Jorge Seif (PL-SC)
  9. Izalci Lucas (PL-DF)
  10. Eduardo Girão (Novo-CE)
  11. Rogério Carvalho (PT-SE)
  12. Fabiano Contarato (PT-ES)
  13. Leila Barros (PDT-DF)
  14. Tereza Cristina (PP-MS)
  15. Damares Alves (Republicanos-DF)
  16. Dorinha Seabra (União-TO)

Câmara (16 titulares):

  1. Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
  2. Coronel Fernanda (PL-MT)
  3. Adriana Ventura (Novo-SP)
  4. Paulo Pimenta (PT-RS)
  5. Alencar Santana (PT-SP)
  6. Sidney Leite (PSD-AM)
  7. Ricardo Ayres (Republicanos-TO)
  8. Romero Rodrigues (Podemos-PB)
  9. Mário Heringer (PDT-MG)
  10. Beto Pereira (PSDB-MS)
  11. Bruno Farias (Avante-MG)
  12. Marcel van Hattem (Novo-RS)
  13. Alfredo Gaspar (União-AL)
  14. Duarte Jr. (PSB-MA)
  15. Rafael Brito (MDB-AL)
  16. Julio Arcoverde (PP-PI)
Fonte: DCM

Zambelli sofre de problemas “psiquiátricos e neurológicos graves”, segundo perícia


                        A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) apresenta “adoecimentos psiquiátricos e neurológicos graves” e necessita de “suporte multidisciplinar contínuo”, segundo laudo de perícia contratada por sua defesa. O documento foi obtido pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

A deputada está presa na Itália após tentativa de fuga e a Justiça local manteve sua prisão cautelar, negando pedido para cumprir pena em casa enquanto aguarda possível extradição para o Brasil. O parecer médico da defesa detalha a situação clínica da parlamentar.

Na última semana, a perícia coordenada pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo indicou que Zambelli possui histórico de depressão grave de difícil controle e transtornos impulsivos, com risco de suicídio. Segundo o documento anterior, ela apresenta também fibromialgia e dores severas generalizadas.

O laudo também menciona que a deputada é portadora da síndrome de Ehlers-Danlos, necessitando de assistência para prevenir quedas e desarticulações. Além disso, sofre de síndrome do Intestino Irritável, cuja melhora depende de dieta sem glúten.

A prisão feminina de Rebibbia, na Itália, onde Carla Zambelli está presa. Foto: Reprodução

O parecer também cita que Zambelli teve necessidade de intervenção cardiológica e faz uso de remédio específico, cuja interrupção aumenta o risco de alterações graves da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

Os peritos destacam que a prisão dificulta a disponibilização de todos os tratamentos, incluindo alimentação sem glúten, acompanhamento pós-operatório de tumor cerebral e administração segura de remédios controlados.

A perícia será submetida à tradução juramentada para apresentação à Justiça italiana. Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão em 2023, por invasão ao sistema do CNJ, sendo apontada como autora intelectual do delito que gerou um mandato falso contra Alexandre de Moraes.

Fonte: DCM

Câmara vota nesta quarta projeto contra adultização de crianças e adolescentes nas redes

Proposta impõe dever de cuidado às plataformas, prevê verificação de idade, controle parental e multas de até 10% do faturamento

Hugo Motta e Felca (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados | Reprodução)

A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (20) o projeto que cria regras para combater a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais, impondo às plataformas o “dever de cuidado” — obrigação jurídica de prevenir danos a terceiros e permitir responsabilização por omissão.

Na terça-feira, foi aprovado o regime de urgência em votação simbólica, com protestos da oposição pela falta de registro nominal dos votos

✲ O que muda para as plataformas

Segundo reportagem do G1, empresas de tecnologia com produtos voltados a menores — ou acessados por eles — deverão adotar mecanismos para prevenir ou mitigar a exposição a conteúdos de:

  • exploração e abuso sexual
  • violência física, bullying virtual e assédio
  • incentivo à automutilação e a transtornos de saúde mental
  • jogos de azar, tabaco, álcool e drogas
  • publicidade enganosa

Entre as medidas obrigatórias estão:

  • avaliações de risco e oferta de ferramentas de controle parental
  • remoção imediata, após notificação, de conteúdos ilegais de abuso sexual infantil, mesmo sem ordem judicial
  • barreiras confiáveis de verificação de idade em sites pornográficos
  • proibição de perfis comportamentais de menores para fins publicitários
  • impedimento da venda de “loot boxes” em jogos eletrônicos direcionados a crianças e adolescentes

  • vinculação de perfis de menores às contas de seus responsáveis legais


✲ Controle parental como padrão

As plataformas deverão ativar, por padrão, configurações que:

  • limitem a comunicação de terceiros com crianças e adolescentes
  • evitem o acesso de usuários não autorizados a dados pessoais do público infantojuvenil
  • limitem tempo de uso e recursos que estendam a permanência nos serviços
  • controlem sistemas de recomendação personalizados
  • restrinjam o compartilhamento de geolocalização
  • promovam educação midiática para uso seguro das mídias digitais
  • controlem ferramentas de inteligência artificial que não sejam estritamente necessárias ao funcionamento do serviço

✲ Penalidades previstas

O descumprimento poderá gerar sanções cíveis, criminais e administrativas, como:

  • advertência com prazo para correção
  • multa de até 10% do faturamento ou até R$ 50 milhões por infração
  • suspensão temporária das atividades
  • proibição definitiva de funcionamento no Brasil

Os valores arrecadados serão destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente.

✲ Contexto político e social

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou a proposta como tema central da semana e convocou uma comissão geral para esta quarta-feira a fim de debater o texto. A mobilização ganhou força após a prisão do influenciador Hytalo Santos, investigado por exploração e exposição de menores em vídeos nas redes sociais, caso revelado pelo influenciador Felca no dia 9.

Fonte: Brasil 247

“Nenhum império tocará a Venezuela”, diz Maduro após envio de navios de guerra dos EUA

 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Foto: Reprodução

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu nesta segunda-feira (18) ao envio de tropas norte-americanas rumo ao sul do Mar do Caribe, afirmando que “nenhum império” deve pisar no território venezuelano ou em qualquer outro país da América do Sul.

“Nossos mares, nossos céus e nossas terras são defendidos por nós, libertados por nós, vigiados e patrulhados por nós. Nenhum império virá tocar o solo sagrado da Venezuela nem deve tocar o solo sagrado da América do Sul”, disse em transmissão pelas redes sociais.

Maduro reforçou que “nunca mais” qualquer potência estrangeira deveria colocar “seus pés insolentes” na “terra sagrada de Bolívar”. Segundo ele, “já é humilhante o suficiente ter bases militares americanas em solo colombiano, humilhante o suficiente para a terra que Bolívar conquistou com todo o seu sacrifício”.




A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que o governo de Donald Trump está disposto a usar “toda a força” contra Maduro, a quem classificou como “fugitivo” e “chefe de um cartel narcoterrorista”.

“Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas”, afirmou a jornalistas.

Como parte da escalada, Washington elevou a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro para US$ 50 milhões — cifra superior à oferecida pelos Estados Unidos por Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro.

Fonte: DCM

Quaest: Tarifaço de Trump desgasta o clã Bolsonaro e fortalece Lula e o PT; entenda

 

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que 48% dos brasileiros acreditam que o presidente Lula e o PT “estão fazendo o que é mais certo” no embate com os Estados Unidos após o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.

Por outro lado, 28% acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados são os que mais acertam no enfrentamento da crise. Outros 15% dizem que nenhum dos dois lados age de forma correta, e 9% não souberam responder.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Na comparação com o levantamento anterior, Lula cresceu quatro pontos — de 44% para 48% —, enquanto o campo bolsonarista oscilou de 29% para 28%.

O petista também lidera a avaliação sobre quem está fazendo o melhor trabalho individual frente à crise, com 44%, contra 24% registrados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA trabalhando por “mais sanções” ao Brasil devido ao julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os entrevistados, 69% afirmam que Eduardo Bolsonaro “defende os interesses dele e da família”, enquanto 23% consideram que o parlamentar atua em nome do Brasil. A percepção geral é que o tarifaço vai prejudicar os brasileiros (77%), sobretudo por provocar alta no preço dos alimentos (64%).

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Além disso, 71% dizem que Trump está errado ao impor a cobrança por acreditar em perseguição a Bolsonaro; para 21%, o americano está certo. Questionados sobre as razões da medida, 51% apontam “interesses políticos pessoais” de Trump, enquanto 23% dizem proteger “a economia americana”.

A Genial/Quaest realizou 12.150 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto. Os levantamentos ocorreram na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo — estados que juntos representam 66% do eleitorado nacional. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Fonte: DCM

Banqueiros recomendaram abertura de contas em cooperativas de crédito aos ministros do STF

Magistrados consideraram sugestão uma capitulação do Brasil diante dos Estados Unidos e reafirmaram posição de soberania

     Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso (Foto: Nelson Jr./STF)

Dirigentes de bancos públicos e privados sugeriram a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que transferissem seus salários e recursos para cooperativas de crédito como forma de se protegerem dos efeitos da Lei Magnitsky. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo (leia aqui).

A Lei Magnitsky é um instrumento legal dos Estados Unidos que permite a imposição de sanções econômicas e restrições financeiras a pessoas físicas e jurídicas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Na prática, quem entra na lista Magnitsky tem bens bloqueados em território norte-americano, perde o direito de movimentar contas bancárias e fica impedido de realizar transações no sistema financeiro dos EUA. Além disso, instituições financeiras internacionais que mantenham negócios nos Estados Unidos podem ser multadas em valores bilionários caso mantenham relações com os sancionados.

⊛ Alexandre de Moraes é alvo direto

Até o momento, o único brasileiro incluído na lista foi o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, o governo norte-americano, sob a presidência de Donald Trump, tem ameaçado estender as punições a outros magistrados que manifestem apoio ao ministro.

Essa possibilidade levantou preocupações em setores do governo Lula ligados à área econômica, especialmente quanto ao risco de o Banco do Brasil — responsável pelo pagamento dos salários dos ministros — sofrer retaliações por manter contas em nome de magistrados sancionados.

⊛ Reação negativa dos ministros

Apesar da pressão, os ministros consultados rejeitaram a proposta. Embora o uso de cooperativas de crédito efetivamente eliminasse o risco individual, eles consideraram que tal medida representaria uma capitulação do STF e do próprio Brasil diante de pressões externas.

Um dos magistrados ouvidos por Bergamo foi categórico: “os bancos precisam ser tirados da zona de conforto e entender que o país não pode se curvar aos EUA”. Para eles, é inaceitável que juízes de um país democrático não possam ter conta em um banco estatal nacional.

A decisão recente do ministro Flávio Dino, afirmando que leis estrangeiras não têm validade no Brasil, foi interpretada como um recado claro ao setor financeiro: o STF não aceitará soluções alternativas que comprometam a soberania nacional. Na visão dos ministros, a Lei Magnitsky não pode servir como justificativa para o bloqueio de contas bancárias de cidadãos brasileiros que não tenham restrições determinadas pela Justiça do próprio país.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Quaest mostra que Eduardo Bolsonaro é o maior cabo eleitoral de Lula


      O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

A nova pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, indica que o clã Bolsonaro sai desgastado do embate internacional provocado pelo tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil. Os dados revelam que a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem gerado rejeição ampla, fortalecendo a imagem de Lula no episódio.

Segundo o levantamento, 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo Bolsonaro defende apenas os interesses da própria família nos Estados Unidos, e não os do Brasil. Apenas 23% enxergam nele um defensor dos interesses nacionais. O resultado coloca o deputado em rota de desgaste político e faz dele um dos principais aliados involuntários de Lula na disputa de narrativas.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Em julho, 66% dos entrevistados diziam saber da carta enviada por Donald Trump a Lula, informando sobre a tarifa de 50% aos produtos brasileiros. Em agosto, o percentual saltou para 84%.

Mesmo com a ampliação do conhecimento público, o sentimento de rejeição à medida de Trump continuou elevado: 71% avaliam que o presidente dos EUA está errado em impor taxas ao Brasil por acreditar em uma suposta perseguição a Bolsonaro. Apenas 21% consideram a decisão correta.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

O embate com Trump, longe de unir forças em torno do bolsonarismo, tem reforçado a percepção de que a família age mais em função de interesses próprios do que em defesa do país.

Ao mesmo tempo, Lula aparece fortalecido pela forma como reagiu ao tarifaço. A Quaest aponta que sua aprovação subiu para 46%, contra 51% de desaprovação — a menor diferença desde janeiro de 2025. Para analistas, a melhora decorre da combinação entre fatores econômicos, como a queda nos preços de alimentos, e a postura firme do presidente na defesa dos interesses nacionais contra Trump.

Fonte: DCM