Andrei Rodrigues, da PF, criticou bolsonaristas que tentam intimidar investigações sobre trama golpista
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, 55 anos, afirmou que a pressão internacional de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e eventuais interferências do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não intimidarão a corporação. Em entrevista à Folha de S. Paulo, durante o 2º Fórum Futuro da Tributação, realizado em Lisboa, Rodrigues afirmou que esse tipo de tentativa de ingerência é "um momento que há de passar" e que as ameaças à PF por parte de "tresloucados brasileiros" no exterior só fortalecem a determinação da instituição.
☆ "Esse momento vai passar", diz chefe da PF sobre Trump
Questionado sobre uma possível retaliação dos EUA, como a sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, Rodrigues minimizou. "Esse é um momento que há de passar, de um outro país achar que pode intervir em questões internas do Brasil. Ou de tresloucados brasileiros que viajam para o exterior acreditando que irão ameaçar ou intimidar e que com isso irão fazer com que a gente deixe de cumprir nosso papel", afirmou sem citar o nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo.
Eduardo e Figueiredo residem nos Estados Unidos e atuam junto a integrantes do governo Donald Trump visando à imposição de sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras visando influenciar o resultado do julgamento de Jair Bolsonaro. O ex-mandatário foi condenado pela Primeira Turma do STF a cumprir uma pena de 27 anos e três meses de prisão por tramar um golpe de Estado após perder o pleito presidencial de 2022.
☆ Tecnologia foi decisiva para elucidar atos golpistas
Rodrigues ressaltou que a investigação dos atos de 8 de janeiro, que resultou na condenação de Jair Bolsonaro e de outros sete réus, só foi possível graças ao uso intensivo de tecnologia. Foram analisados terabytes de dados obtidos em celulares, computadores e documentos digitalizados. "Usamos ciência, usamos tecnologia, mas usamos também o essencial, a nossa alma, o nosso profissional", disse.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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