quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Senado pode sepultar 'PL da Dosimetria', temem líderes do Centrão

Projeto pode ter o mesmo fim da PEC da Blindagem, ampliando desgaste entre Câmara e Senado

     Paulinho da Força (Foto: José Cruz/Agência Brasil )

O projeto de lei da chamada “Dosimetria”, que reduz penas para condenados por tentativa de golpe no país, já preocupa líderes da Câmara dos Deputados, que temem que ele tenha o mesmo destino da PEC da Blindagem, rejeitada por unanimidade no Senado. A avaliação édo que a proposta pode ser barrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e arquivada em plenário, repetindo o desgaste político recente.

De acordo com informações do g1, a tensão reacende o clima de distanciamento entre Senado e Câmara, que parecia superado após a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência das Casas. No primeiro semestre, ambos anunciaram uma convivência harmônica, mas as pautas polêmicas abraçadas pela Câmara no segundo semestre afastaram os senadores.

☆ Reunião cancelada aumenta tensão

Uma reunião que estava marcada para esta quarta-feira (24), na residência oficial da Câmara, seria o palco de uma tentativa de conciliação entre Alcolumbre, Motta, o relator do projeto Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e líderes partidários. O objetivo era costurar um acordo que viabilizasse a aprovação nas duas Casas. No entanto, o encontro foi cancelado, ampliando a incerteza sobre o futuro da proposta.

Esse impasse também respinga na pauta econômica. Hugo Motta terá de decidir qual projeto colocar em votação: o relatado por Paulinho da Força ou aquele defendido por seu aliado político, Arthur Lira (PP-AL).

Além da resistência no Senado, a Câmara enfrenta divisões internas. Após uma reunião sem consenso com a bancada do PT, Paulinho da Força revelou que parte dos deputados defende que a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil só seja analisada depois da votação da “Dosimetria”.

Caso essa ordem seja mantida, avaliam analistas políticos, a Câmara corre o risco de repetir erros recentes: priorizar um projeto visto como voltado a interesses de um grupo político restrito, em detrimento de uma medida com impacto direto para milhões de brasileiros. O episódio reforça a percepção de que, assim como na PEC da Blindagem, a Casa pode mais uma vez “virar as costas para a sociedade”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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