Senador afirmou que só teve conhecimento dos encontros por meio das investigações da Polícia Federal
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não participou — nem sequer tinha conhecimento — das reuniões realizadas entre o então mandatário Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas após a derrota nas eleições de 2022. A informação é do UOL.
Durante o depoimento, Mourão negou qualquer envolvimento em discussões sobre propostas de estado de sítio ou de exceção. "Não fui convocado para nenhuma reunião, assim como não tomei conhecimento de que alguma dessas reuniões estivessem ocorrendo", afirmou. Segundo ele, só teve conhecimento dos encontros por meio das investigações da Polícia Federal.
Ex-vice-presidente na gestão Bolsonaro, Mourão também afirmou que, em todas as conversas que teve com o ex-mandatário após o segundo turno, “em nenhum momento ele me mencionou qualquer medida que pudesse representar qualquer ruptura com o status quo”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também questionou Mourão sobre uma mensagem encontrada no celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que sugeria que ele teria alertado Bolsonaro que "o Peru é logo ali", fazendo referência ao país que havia recentemente sofrido um golpe de Estado.
“Esse diálogo é mais um absurdo daqueles que circula na internet. Em nenhum momento fui apresentado a alguma minuta que seja de alguma medida de exceção, então obviamente esse texto é totalmente 'fake', vamos dizer assim", respondeu Mourão sobre o caso.
O senador prestou depoimento como testemunha de defesa do general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Ele não foi denunciado pela PGR nem citado como suspeito na investigação.
Fonte: Brasil 247 copm informações do UOL
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