O presidente Lula (PT) usou sua conta no X, antigo Twitter, para se dizer “profundamente triste com a morte do fotógrafo Sebastião Salgado”, nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em decorrência de uma malária contraída ainda nos anos 1990.
“Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade”, escreveu o presidente sobre o amigo de longa data.
O fotógrafo ficou conhecido pelo mundo todo por seu trabalho em preto e branco e olhar para as populações afastadas e em perigo, como trabalhadores, refugiados e os povos indígenas no Brasil e na América do Sul. “Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração”, afirmou Lula.
Economista de formação, ele iniciou a carreira na fotografia nos anos 1970 e se destacou por projetos de longo prazo, como Trabalhadores (1993), Êxodos (2000) e Gênesis (2013). “Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade. Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço”, finalizou o petista.
Quem foi Sebastião Salgado:
Salgado nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 1944. Formou-se em Economia pela USP e viveu na França, onde se doutorou e começou a carreira de fotógrafo, após deixar a economia. Atuou em mais de 100 países, sempre com foco social e humanitário.
Membro da prestigiosa agência Magnum e cofundador do Instituto Terra — dedicado à recuperação ambiental no Vale do Rio Doce —, Salgado recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira e teve suas obras expostas nos maiores museus do mundo. Deixa um legado de imagens que contam, com força e compaixão, a história humana e planetária.
Em 2015, teve sua trajetória contada no documentário “O Sal da Terra”, dirigido por Wim Wenders e por seu filho, Juliano Salgado. Além da arte fotográfica, sua atuação ambiental por meio do Instituto Terra transformou áreas devastadas em florestas regeneradas. Para Salgado, a fotografia era uma forma de militância, uma maneira de sensibilizar o mundo para a dor, a beleza e a resistência da vida.
Veja fotos históricas de Sebastião Salgado:
Fonte: DCM
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