quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Justiça da Itália mantém parecer contra liberdade de Carla Zambelli

Deputada bolsonarista tenta prisão domiciliar em Roma enquanto aguarda processo de extradição. Decisão final deve ser divulgada até a quinta-feira

      Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/EBC)

A Procuradoria de Justiça da Itália apresentou nesta quarta-feira (8) parecer contrário à soltura da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que segue presa no presídio de Rebibbia, em Roma. O recurso apresentado pela defesa da parlamentar bolsonarista foi analisado pela Corte Suprema de Cassação, última instância responsável por recursos e apelações no sistema judiciário italiano. Segundo a coluna do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, a decisão final sobre o caso deve ser divulgada até quinta-feira (9).

☆ Defesa insiste em prisão domiciliar

A defesa da parlamentar argumenta que Zambelli deveria aguardar o processo de extradição, solicitado pelo Brasil, em um apartamento nos arredores da capital italiana. O pedido, no entanto, foi contestado pela Procuradoria, que defende a manutenção da prisão em regime fechado.

Zambelli está detida desde julho e já recorreu a todas as instâncias possíveis na Itália. No Brasil, o Supremo Tribunal Federal a condenou a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

☆ Carta escrita no presídio

Na última semana, a deputada divulgou uma carta escrita dentro da prisão. No texto, relatou que enfrenta um período de grande dificuldade, mas reafirmou confiança no sistema judicial italiano. “Tenho certeza da minha inocência e sigo acreditando na Justiça da Itália”, declarou Zambelli.

☆ Expectativa de decisão final

O processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro depende agora da deliberação da Suprema Corte italiana. A expectativa é que o anúncio, previsto para esta semana, determine se Zambelli permanecerá presa em Roma ou se poderá responder em prisão domiciliar até o julgamento definitivo.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Eduardo Bolsonaro admite que conversa de Lula e Trump foi “grande vitória”


      O deputado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

Na terça-feira (7), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou o telefonema entre o presidente Lula (PT) e Donald Trump.

O parlamentar deu o braço a torcer e classificou o diálogo como “uma grande vitória”. O deputado afirmou que o contato era inevitável.

“Então, eu acho que na data de ontem ocorreu uma grande vitória, porque em algum momento essa abertura desse canal aconteceria”, afirmou.

Eduardo, no entanto, não deixou de aproveitar o momento para atacar a imprensa brasileira e minimizar as ações do governo Lula.

“Eu ainda vejo aí a gente querendo vender narrativa, principalmente da velha imprensa, diz que foi um dia de vitória para o Lula, mas eles sabem que tá muito, mas muito longe disso”, disse.


O contato entre Lula e Trump ocorreu na manhã de segunda-feira (6) e durou cerca de 30 minutos.


“Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos”, afirmou Trump.

O Palácio do Planalto confirmou a conversa e informou que ambos os líderes combinaram um encontro presencial em breve.

Fonte: DCM

Diferença entre desaprovação e aprovação de Lula caiu 16 pontos em cinco meses

Levantamento Genial/Quaest mostra empate técnico entre aprovação e desaprovação do governo

       O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 09/09/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), revela uma significativa recuperação da avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os números, 49% dos brasileiros desaprovam a gestão, enquanto 48% a aprovam — um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

Esse resultado representa uma redução expressiva em relação a maio, quando a diferença negativa atingia 17 pontos percentuais: 57% de desaprovação contra 40% de aprovação. Desde então, a distância entre os dois índices caiu de forma consistente, apontando para uma melhora gradual na percepção do governo.

◈ Recuperação após pior momento em maio

A desaprovação vinha superando a aprovação desde janeiro deste ano, quando a diferença era de dois pontos (49% contra 47%). O auge da aprovação de Lula no atual mandato ocorreu em agosto de 2023, com 60% de avaliações positivas e 35% de negativas. Agora, o cenário indica uma tendência de equilíbrio entre os dois polos da opinião pública.

◈ Avanço no Sudeste foi decisivo

Um dos fatores centrais para a melhora da avaliação presidencial foi o desempenho no Sudeste, região onde Lula vinha enfrentando maior resistência. Em maio, apenas 32% dos entrevistados dessa área aprovavam o governo; hoje, esse número subiu para 44%, um crescimento de 12 pontos. A desaprovação, que era de 64%, caiu para 52%.

No Nordeste, tradicional reduto de apoio ao petista, a aprovação se manteve em patamar elevado e ampliou a vantagem: saltou de 54% para 62%, enquanto a desaprovação caiu de 44% para 36%.

◈ Diferenças por gênero

O levantamento também revela variações importantes entre homens e mulheres. Entre as entrevistadas, 52% disseram aprovar o governo, contra 45% que desaprovam. Em maio, o quadro era inverso: 54% de desaprovação e 42% de aprovação. Já entre os homens, a desaprovação caiu de 59% para 53%, enquanto a aprovação subiu de 39% para 44%.

◈ Metodologia da pesquisa

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro, com entrevistas presenciais a 2.004 pessoas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Brasil 247

Rubio seguirá ordens diretas de Trump em negociações com o Brasil, avalia Itamaraty

Governo brasileiro vê Marco Rubio como ideológico, mas aposta que decisões com o Brasil dependerão da estratégia de Donald Trump

     Marco Rubio (Foto: Reuters)

O governo brasileiro acredita que Marco Rubio, novo secretário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atuará de forma alinhada às diretrizes que receber diretamente da Casa Branca. Para diplomatas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rubio é considerado um profissional que cumprirá missões conforme as instruções determinadas pelo chefe da Casa Branca.

De acordo com informações publicadas pelo g1, representantes da diplomacia brasileira afirmam que, nas tratativas bilaterais, “vão prevalecer as instruções do presidente dos Estados Unidos, e não os desejos de Rubio”. A percepção no Itamaraty é de que, embora o novo secretário seja marcado por uma trajetória ideológica, não deve permitir que essa característica influencie as negociações se isso não corresponder ao interesse direto de Trump.

A análise dos diplomatas brasileiros parte do entendimento de que Donald Trump reconhece a resiliência econômica do Brasil, mesmo diante do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos. Essa percepção, segundo fontes do governo, não favorece Washington e pode servir de incentivo para ajustes na estratégia de negociações.

Trump deve se reunir em breve com Marco Rubio para definir instruções detalhadas sobre a retomada das conversas comerciais com Brasília. Nesse contexto, a boa relação pessoal entre Rubio e o chanceler Mauro Vieira é vista como um ponto positivo que pode facilitar os diálogos.

Confiança no avanço das tratativas

Dentro do governo brasileiro, há a expectativa de que a aproximação de Trump com Lula, acompanhada de elogios públicos, sinalize uma abertura para avanços diplomáticos. A única preocupação apontada por diplomatas seria uma eventual mudança de postura do presidente norte-americano, caso ele decida adotar uma linha mais dura e desfavorável às negociações.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Justiça italiana analisa recurso de Carla Zambelli

Tribunal italiano decide se deputada bolsonarista segue presa enquanto aguarda extradição. A parlamentar não participou da audiência desta quarta-feira

Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

A Corte de Cassação, instância máxima da Justiça italiana, iniciou nesta quarta-feira (8) a análise de um recurso apresentado pela defesa da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão que a mantém em prisão fechada em Roma. O julgamento ocorre no complexo judiciário da capital italiana e a decisão deve ser conhecida nos próximos dias.

Segundo a Folha de S. Paulo, os advogados da parlamentar tentam reverter a decisão da Corte de Apelação, que em agosto rejeitou o pedido de prisão domiciliar. O tribunal entendeu que havia alto risco de fuga e considerou que as condições de saúde da deputada eram compatíveis com a detenção no sistema prisional.

◈ Corte italiana inicia julgamento do recurso

Zambelli não participou da audiência desta quarta-feira (8). A deputada está presa desde o fim de julho no presídio de Rebibbia, em Roma, após ter sido localizada pela polícia em um apartamento nos arredores da cidade. Ela estava foragida da Justiça brasileira havia quase dois meses.

◈ Deputada segue presa em Roma desde julho

A prisão da congressista está ligada ao pedido de extradição formulado pelo governo brasileiro, que ainda tramita na Corte de Apelação. O parecer da Procuradoria Geral da Itália será decisivo para que uma nova audiência seja marcada, desta vez para discutir a transferência da deputada ao Brasil.

Apesar do trâmite judicial, a palavra final sobre a extradição caberá ao Ministério da Justiça italiano. Especialistas avaliam que o processo pode se estender entre um e dois anos, embora o andamento seja mais rápido quando o réu se encontra detido.

Processo de extradição aguarda parecer da Procuradoria

Zambelli deixou o Brasil no início de junho, pouco depois de ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. A acusação aponta que a deputada participou da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Defesa aponta irregularidades na condenação no Brasil

Durante a audiência em Roma, o advogado Pieremilio Sammarco sustentou que a condenação da parlamentar apresenta falhas graves. Segundo ele, “a vítima do suposto crime é a mesma pessoa que fez a sentença, que decidiu pela execução da sentença e que decidiu a apelação”.

◈ Zambelli afirma ser alvo de perseguição política

A defesa também reforça a tese de que a deputada é alvo de perseguição política no Brasil, argumento que deve ser usado como base para tentar evitar a extradição. Enquanto isso, Zambelli segue sob custódia em Roma, aguardando a decisão da Corte de Cassação, que deve indicar se ela permanecerá presa até a conclusão do processo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula recupera apoio entre mulheres, nordestinos e católicos, aponta Quaest

A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país, abrangendo cidadãos com 16 anos ou mais

Brasília (DF), 17/09/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da sanção do Projeto de que dispõe sobre a proteção de crianças e de adolescentes em ambientes digitais (Estatuto da Criança e do Adolescente Digital – ECA Digital) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), indica uma recuperação significativa da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segmentos estratégicos de seu eleitorado, como mulheres, nordestinos, católicos e beneficiários de programas sociais. O levantamento também revelou avanço no Sudeste, região que reúne os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A pesquisa aponta que Lula reduziu a diferença entre aprovação e desaprovação no Sudeste. Em maio, 64% dos eleitores da região reprovavam o governo, enquanto apenas 32% aprovavam. Agora, os índices mostram 52% de desaprovação e 44% de aprovação, encurtando a distância para oito pontos percentuais — bem menos que os 32 pontos registrados anteriormente.

◈ Nordeste

O Nordeste, que concentra 28% do eleitorado nacional, manteve Lula em alta. A aprovação do presidente oscilou de 60% em setembro para 62% em outubro, enquanto a desaprovação ficou praticamente estável, passando de 35% para 36%.

Entre os beneficiários do Bolsa Família, o crescimento foi ainda mais expressivo. Dos 19,6 milhões de famílias atendidas, cerca de 9 milhões vivem no Nordeste. Nesse grupo, a aprovação subiu de 64% para 67% desde setembro, enquanto a rejeição caiu de 32% para 31%. Considerando um intervalo maior, desde maio, a aprovação saltou de 51% para os atuais 67%, enquanto a desaprovação recuou de 44% para 31%.

◈ Apoio feminino em ascensão

As mulheres, maioria no eleitorado brasileiro, também registraram melhora na avaliação do governo. Pela primeira vez em cinco meses, a aprovação (52%) superou a desaprovação (45%). No mês anterior, os números estavam empatados em 48%.

◈ Religião

O recorte religioso mostra que os católicos voltaram a ampliar o apoio ao presidente, passando de 51% para 54% de aprovação, com queda na desaprovação de 46% para 44%. Entre os evangélicos, no entanto, o cenário permanece adverso: 64% reprovam o governo, contra 34% que o aprovam. Em setembro, os percentuais eram de 61% e 35%, respectivamente.

Durante a campanha de 2022, Lula chegou a publicar uma carta voltada à população evangélica, na tentativa de afastar boatos sobre fechamento de igrejas ou mudanças na legislação sobre aborto, mas o setor continua sendo um dos principais focos de resistência ao seu governo.

Para o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, os números refletem um cenário que remete à divisão observada nas eleições de 2022. “O retrato que temos neste momento lembra muito a divisão social da eleição de 2022. É como se tivéssemos voltado para o lugar onde tudo começou”, afirmou.

A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistas presenciais em todo o país, abrangendo cidadãos com 16 anos ou mais.

Fonte: Brasil 247

Governo acumula vitórias e impulsiona aprovação de Lula, avalia diretor da Quaest

Felipe Nunes aponta que recuperação da popularidade está ligada a vitórias políticas recentes e expectativas positivas da população

       Felipe Nunes e Lula (Foto: Daniela Toviansky/Divulgação | Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (8) mostra que a aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 48%, o maior patamar desde janeiro deste ano, contra 49% de desaprovação. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 5 de outubro e traz um retrato de empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o cenário de estabilidade com sinais de recuperação se explica por uma série de vitórias políticas acumuladas nos últimos meses. “O acúmulo de vitórias políticas, transformadas em mais notícias positivas, é um bom sinalizador do que está acontecendo”, afirmou.

◈ Recuperação em segmentos-chave

Nunes destacou a melhora da aprovação em dois públicos considerados decisivos para a vitória de Lula em 2022: o eleitorado feminino e o Nordeste. Entre as mulheres, a aprovação subiu e já supera a desaprovação (52% a 45%), enquanto no Nordeste passou de 53% em julho para 62% em outubro. Também houve reação no Sul, de 35% para 41%, e oscilação positiva no Sudeste, que alcançou 44%.

◈ Vitórias políticas e efeito simbólico

De acordo com o diretor, episódios recentes ajudaram a impulsionar a percepção positiva do governo. Entre eles, o encontro do presidente Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia da ONU. O episódio foi conhecido por 57% dos entrevistados, e quase metade (49%) avaliou que Lula saiu fortalecido politicamente.

Outro momento ressaltado por Nunes foi o discurso de Lula na ONU, considerado bom por 52% dos que tomaram conhecimento.

◈ Popularidade e economia

Felipe Nunes também citou a aprovação quase unânime da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. “Quase 80% são favoráveis à medida. A expectativa sobre a reforma é tão alta que chega a ser exagerada”, observou. Segundo ele, o dado mais surpreendente foi o crescimento da expectativa positiva mesmo entre eleitores de direita e bolsonaristas, fora da base tradicional de apoio ao presidente.

◈ Narrativa política em disputa

Na avaliação do diretor, o governo também obteve vitórias narrativas relevantes. Ele lembrou o aumento da rejeição à ideia de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, que passou de 41% para 47% em um mês, e a ampliação da oposição à chamada PEC da Blindagem, que saltou de 53% para 63%. Além disso, as manifestações de rua contrárias a essas pautas foram vistas por 39% da população como demonstração de força do governo.

◈ Desafios persistentes

Apesar das vitórias políticas, Nunes ressaltou que há pontos de desgaste. “O país se divide quando o assunto é a boa intenção do presidente, a maioria continua avaliando que Lula não tem conseguido cumprir suas promessas, e não conseguimos ainda reverter a percepção de que o país está indo na direção errada”, afirmou.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em todas as regiões do país. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro, de dois pontos percentuais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Brasil 247

Quaest: 79% dos brasileiros são a favor da isenção de IR até R$ 5 mil

Medida defendida por Lula foi aprovada na Câmara e aguarda votação no Senado

        São Paulo (SP) 29.06.2024 - Lula, Alckmin e Haddad (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), revela que 79% dos brasileiros apoiam a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Apenas 17% se dizem contrários, enquanto 4% não souberam ou preferiram não responder.

☉ Apoio à isenção cresce

O apoio à ampliação da faixa de isenção subiu de 75% em julho para 79% em outubro, um aumento de quatro pontos percentuais. Já o percentual de quem se opõe à proposta caiu de 21% para 17% no mesmo período, indicando maior adesão popular à medida.

A ampliação da isenção é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vem sendo defendida pelo governo como uma forma de corrigir distorções no sistema tributário e aliviar a carga fiscal sobre a classe média e os trabalhadores de baixa renda.

☉ Câmara aprova por unanimidade; Senado analisa

O projeto que amplia a isenção foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados, com 493 votos favoráveis. Agora, o texto segue para análise no Senado Federal.

A proposta prevê isenção total para quem recebe até R$ 5 mil mensais e isenção parcial para rendas de até R$ 7.350. Para compensar a perda de arrecadação, o governo determinou que contribuintes com rendimentos superiores a R$ 600 mil por ano pagarão mais imposto.

☉ Lula confia em aprovação no Senado

Na segunda-feira (6), o presidente Lula demonstrou otimismo quanto ao andamento do projeto. “A gente acredita que o Senado vai entender a importância dessa medida para o trabalhador brasileiro”, afirmou. Mesmo com o avanço no Congresso, os efeitos práticos da mudança devem começar a valer apenas em 2026, conforme estimativas do governo federal.

☉ Metodologia

A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em formato presencial, entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

Conselho de Ética abre processos contra deputados bolsonaristas que fizeram motim na Câmara

Câmara avalia suspensão e censura de Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão após ocupação da Mesa em protesto contra a prisão de Bolsonaro

      Deputados bolsonaristas em motim na Câmara (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) a instauração de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), em razão da participação do motim realizado no plenário da Casa, no início de agosto. Os processos foram apresentados pela Mesa Diretora da Câmara e receberam parecer favorável do corregedor da casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA).

O corregedor sugeriu ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão do deputado Pollon por 90 dias e de Marcel Van Hattem e Zé Trovão por 30 dias. Todos são acusados de obstrução da cadeira da Presidência durante a ocupação.

☉ Representações apensadas

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), informou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apensou as três representações e que, em razão disso, será escolhido um único relator para analisar os pedidos.

Foram sorteados para relatar o procedimento os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Catedral (PSD-RR). O presidente do colegiado disse que escolherá o relator posteriormente.

Van Hattem questionou o apensamento das representações, com o argumento de que elas são diferentes, apesar de remeterem a um fato acontecido no mesmo dia.
“Não há um liame subjetivo específico entre os três casos. Apensá-las todas cria um expediente ruim para esse conselho”, disse.

O presidente do Conselho destacou que a questão de apensar é "prerrogativa única e exclusivamente do presidente da Câmara”.

☉ Outras representações

Além da obstrução o deputado Pollon ainda responderá a outra representação, pois a falta foi considerada mais grave em razão de ter feito declarações ofensivas ao presidente da Câmara. O presidente do Conselho irá escolher o relator a partir de uma lista tríplice formada por Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA), selecionados por sorteio.

O corregedor também concordou com a aplicação de censura escrita para 14 parlamentares da oposição que participaram do motim.

Caberá à Mesa Diretora a aplicação da penalidade aos deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS), além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.

Segundo Diego Coronel, as solicitações de punição ocorreram a partir da análise das imagens internas da Câmara e com base nas argumentações das defesas dos parlamentares.

☉ Relembre o caso

Na madrugada do dia 6 de agosto, deputados e senadores de oposição pernoitaram nos plenários da Câmara e do Senado para manter a ocupação das mesas diretoras das Casas, inviabilizando a retomada dos trabalhos legislativos. Os parlamentares, em sua maioria do Partido Liberal (PL), protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada dois dias antes. Para partidos da base governista, a ação é ilegal e representaria novo ataque às instituições da República.

Eles também exigiam que fosse pautado o projeto de anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, e que também seja pautado o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula endurece relação com o Centrão e mira em divisões no PP e União Brasil

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) decidiu endurecer o tom com o Centrão e deixou claro que não pretende “implorar” por apoio político. Com a popularidade em alta e vitórias recentes no Congresso, o petista aposta em divisões internas do PP e do União Brasil para fortalecer alianças regionais com vistas a 2026, mesmo sem o apoio das cúpulas partidárias, conforme informações do Globo.

“Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo. Não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado. Vai ficar comigo quem quiser, quem quiser ir para o outro lado que vá, e que tenha sorte, porque nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, afirmou Lula à TV Mirante, do Maranhão.

Mesmo com o ultimato de PP e União Brasil, que pedem a saída dos ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), Lula não dá sinais de que fará mudanças no primeiro escalão. No Planalto, a avaliação é que o presidente sai fortalecido por conquistas recentes — como a aprovação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda e o diálogo direto com Donald Trump, visto como fator de pressão sobre o bolsonarismo.

Sabino e Fufuca, por sua vez, reafirmam o apoio a Lula e tentam se manter no governo de olho em projetos eleitorais locais. Assessores do Planalto dizem que o presidente enxerga vantagem em mantê-los, pois isso acentua o racha dentro das legendas.

“Se as coisas estão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez de atrapalhar um bom ministro que está fazendo um bom trabalho? Foi raiva? Foi inveja?”, questionou Lula.



☉ Palanques regionais e disputa por 2026

Nos bastidores, o governo vê alas simpáticas ao PT dentro do PP e do União em estados como Maranhão, Ceará, Paraíba, Bahia, Pará e Amapá. O Republicanos também mantém relações próximas em Pernambuco e Piauí. Essa estratégia mira palanques estaduais, especialmente diante de uma possível candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiada por Jair Bolsonaro.

Apesar do momento favorável, Lula reconhece a necessidade de manter o ritmo: “Se a gente brincar em serviço, acaba dando ao adversário a chance de ganhar que ele não tem hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026. O governo vai terminar muito bem, o Brasil está vivendo um momento excepcional.”

☉ Crise nos partidos e resistência a expulsões

O União Brasil tenta punir Sabino, mas descarta expulsá-lo de imediato. O deputado Fábio Schiochet (União-SC), relator do caso, afirmou: “Sou contra cautelar para expulsão. Acho muito frágil, acaba cerceando o direito de defesa do ministro. Em uns 40 dias deve haver uma conclusão.”

Já no PP, o presidente Ciro Nogueira (PI) havia dado prazo para Fufuca deixar o governo, o que não ocorreu. O ministro, no entanto, reafirmou lealdade ao presidente: “Eu estou com o Lula do Bolsa Família, do Mais Médicos, do Fies, do Prouni. O Lula que tirou o filho do pobre da rua e colocou para fazer medicina. É esse o Lula que estou ao lado.”

Sem consenso interno, o PP avalia retirar de Fufuca o comando do diretório estadual do Maranhão e apoiar outro nome para o Senado em 2026. Assim como no União Brasil, o partido evita romper completamente com o governo — mantendo aberta a disputa interna que Lula pretende explorar politicamente até a eleição.

Ministros do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca. Foto: Ronaldo Caldas

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo