segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Michelle e Carlos Bolsonaro entram em conflito por vaga ao Senado em SC; entenda

 

Carlos e Michelle Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, em São Paulo, pela anistia aos presos do 8/1. Foto: Reprodução
A decisão sobre quem disputará uma vaga ao Senado por Santa Catarina em 2026 abriu uma nova divergência dentro do clã Bolsonaro. O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para concorrer ao cargo, contrariando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que defendia a candidatura da deputada Caroline de Toni (PL-SC), conforme informações do Globo.

A escolha de Carlos é vista como um movimento estratégico para garantir sua atuação em Brasília, enquanto De Toni, apoiada por Michelle, era considerada favorita dentro do partido. Filiada ao PL desde 2018, a deputada tem a simpatia da ex-primeira-dama, que é presidente do PL Mulher e tem cobrado mais candidaturas femininas ao Senado.

Michelle já manifestou ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e ao próprio Jair Bolsonaro o descontentamento com a falta de mulheres no páreo. “A Carol é querida pela Michelle e por todos nós, mas o Esperidião Amin também quer a vaga e o Bolsonaro já bateu o martelo que o Carlos vem por Santa Catarina”, afirmou Valdemar.

Impasse interno

Embora Santa Catarina eleja dois senadores em 2026, a segunda vaga deve ficar com Esperidião Amin (PP), aliado de Bolsonaro e apoiado pelo governador Jorginho Mello (PL). Amin é visto como um nome capaz de ampliar o eleitorado bolsonarista no estado e garantir palanques regionais.

Para Jair Bolsonaro, a formação da chapa é prioridade, já que ele pretende fortalecer a base da direita no Senado para sustentar projetos e pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF). O impasse, no entanto, ocorre porque Michelle insiste em ver Caroline de Toni como candidata ao Senado, enquanto o ex-presidente já confirmou a escolha de Carlos.


Saiba quem é Caroline de Toni, nova presidente da CCJ da Câmara

A deputada Caroline de Toni (PL-SC). Foto: Reprodução

◎ Tentativas de acomodação

No PL, discute-se uma forma de manter Caroline em destaque sem repeti-la na Câmara. A deputada presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e chegou a abrir mão da liderança da minoria para favorecer Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que cumpre mandato à distância, dos Estados Unidos — manobra barrada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Valdemar Costa Neto sugeriu uma alternativa: “Estamos vendo o que fazemos, cogitamos pedir para que o Jorginho Mello a coloque de vice”, disse o dirigente.

◎ Insatisfação de Michelle Bolsonaro

Aliados próximos relatam que Michelle se queixou por não ter sido ouvida sobre a definição das candidaturas em Santa Catarina, considerado reduto da direita. À frente do PL Mulher, ela é responsável por atrair filiadas e formar a nominata feminina do partido, mas teria lamentado só ser consultada nas decisões relacionadas à Câmara.

Apesar da insatisfação, Michelle não se opôs publicamente ao nome de Carlos e deve concentrar esforços em sua própria candidatura ao Senado pelo Distrito Federal em 2026.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Postos oficiais do Corinthians estão ligados a alvos de operação contra o PCC

Posto Corinthians localizado na Avenida Líder, na Zona Leste de São Paulo, um dos endereços ligados a investigados da Operação Carbono Oculto – Foto: Reprodução


Três postos oficiais do Corinthians, divulgados pelo próprio clube em seu site, estão registrados em endereços ligados a investigados da Operação Carbono Oculto, considerada a maior ofensiva já realizada contra o PCC. A operação, deflagrada em agosto, revelou um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes tributárias que teria movimentado mais de R$ 8 bilhões em quatro estados. Com informações do G1.

O Corinthians informou que não administra os postos e que a marca foi licenciada a uma empresa intermediária, responsável pelos contratos de operação.

“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Nesses casos o Clube esclarece que trata-se de um contrato de licenciamento de sua marca. O Corinthians também informa que acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para – se necessário – tomar as medidas jurídicas cabíveis em relação aos contratos de licenciamento com os postos de gasolina citados pela reportagem.”

Os três estabelecimentos funcionam na Zona Leste de São Paulo e são bandeira branca. De acordo com registros da ANP, estão associados às empresas Auto Posto Mega Líder Ltda, Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda e Auto Posto Rivelino Ltda. Todos aparecem vinculados a nomes de investigados na Operação Carbono Oculto, entre eles Pedro Furtado Gouveia Neto, Himad Abdallah Mourad e Luiz Ernesto Franco Monegatto.

O Ministério Público de São Paulo apura se há indícios de infiltração do grupo criminoso em gestões anteriores do clube, que teria alugado imóveis de suspeitos apontados pela Justiça como financiadores do PCC. Também foram encontradas notas fiscais de abastecimento em postos investigados, incluindo o Auto Posto Gold Star, próximo ao Parque São Jorge.

Armando Hussein Ali Mourad – Foto: Reprodução


O contrato de licenciamento da rede de postos foi assinado em 2021, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves. O ex-presidente disse desconhecer qualquer irregularidade.

“Trata-se de um contrato de licenciamento que previa a criação da rede de postos Corinthians, já existente no clube antes da minha posse como presidente. Os aditivos contratuais assinados em minha gestão autorizaram a operação das primeiras unidades e passaram pelos órgãos competentes do clube, tendo sido assinados com empresas autorizadas por agência fiscalizadora federal. Desconheço que tenha havido qualquer irregularidade ou denúncia feita sobre esse contrato até o último dia de minha gestão.”

A Agência Nacional do Petróleo informou que a divergência entre registros na Receita Federal e na ANP caracteriza irregularidade. O órgão afirmou que notificará as empresas para atualizar os dados cadastrais e, em caso de descumprimento, poderá abrir processo administrativo que leve à perda da autorização de funcionamento.

Fonte: DCM com informações do G1

CPMI do INSS ouve empresário alvo de operação e ex-sócio de advogado nesta segunda

Fernando Cavalcanti, ex-sócio de Nelson Wilians, presta depoimento às 16h; PF e CGU apuram fraudes no INSS e caso envolve o “Careca do INSS”

Brasília (DF), 26/08/2025 - Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS marcou para as 16h desta segunda-feira (6) o depoimento do empresário e economista Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti. A audiência ocorre após operação da Polícia Federal que mirou Cavalcanti e o advogado Nelson Wilians, seu ex-sócio.

De acordo com a CNN Brasil, a ação da PF em 12 de setembro apreendeu bens de alto valor — entre eles obras de arte, bebidas, motos e automóveis de luxo. Em nota, Cavalcanti afirmou não ter participação em fraudes no INSS e disse não integrar mais o escritório Nelson Wilians Advogados.

◎ Quebras de sigilo e pedido ao Coaf

Na quinta-feira (2), a CPMI aprovou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Cavalcanti de 1º de janeiro de 2015 a 30 de maio de 2025. Os parlamentares também solicitaram ao Coaf o envio de relatório de inteligência financeira referente ao período de 23 de setembro de 2020 a 23 de setembro de 2025. A presença do empresário foi determinada por quatro requerimentos de convocação — modalidade que torna a ida obrigatória. Ele seria ouvido inicialmente em 29 de setembro, mas pediu nova data para a oitiva.

◎ Ligações sob escrutínio da comissão

Congressistas devem explorar possíveis conexões do empresário com Nelson Wilians e com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso desde 12 de setembro e investigado como um dos articuladores do esquema. Em depoimentos anteriores, tanto Wilians quanto o “Careca do INSS” negaram envolvimento nas irregularidades.

◎ Suspeita de vazamento e carros ocultados

O esquema ilegal veio a público em abril, após operação conjunta da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo as apurações reveladas pela CNN Brasil, a PF levantou a hipótese de vazamento da ofensiva. Imagens obtidas pela investigação mostrariam empresários escondendo carros de luxo no estacionamento de um shopping em Brasília naquele mês.

Imagens de 22 de abril registraram Cavalcanti horas antes da chamada “megaoperação”. Ele teria estacionado uma Ferrari vermelha e duas Mercedes na garagem do centro comercial. Os veículos só teriam sido retirados oito dias depois por um motorista do empresário, também suspeito de participação no esquema.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil 

Tarcísio tem 61% de aprovação em São Paulo, aponta Real Time Big Data

De acordo com o levantamento,´o desempenho do governador, é desaprovado por 33% do eleitorado paulista

     Tarcísio de Freitas (Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantém a aprovação entre os eleitores paulistas, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira (6) pelo instituto Real Time Big Data. Segundo a CNN Brasil, 61% dos entrevistados aprovam o desempenho do governador, 33% desaprovam, e 6% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre 2 e 3 de outubro, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

☉ Aprovação alta

De acordo com o levantamento, 40% dos entrevistados classificaram o governo Tarcísio como “ótimo” ou “bom”, enquanto 31% o consideraram “regular” e 27% avaliaram como “ruim” ou “péssimo”. Apenas 2% não souberam responder.

☉ Popularidade de Lula

A pesquisa também mediu a percepção dos paulistas em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apresenta cenário oposto ao do governador. Segundo o levantamento, 54% desaprovam o governo federal, 42% aprovam e 4% não souberam ou não responderam.

Na avaliação qualitativa, 31% consideram a gestão de Lula “ótima” ou “boa”, 24% a classificam como “regular” e 42% a veem como “ruim” ou “péssima”. Apenas 3% não opinaram.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre 2 e 3 de outubro, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

CBF afasta árbitros após polêmicas em São Paulo x Palmeiras e Bragantino x Grêmio

Decisão veio após erros em lances decisivos; clubes manifestaram forte indignação com a arbitragem

      Sede da CBF, na Barra da Tijuca (RJ) (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar quatro árbitros envolvidos em jogos da 27ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro 2025, após erros em lances decisivos. Entre os punidos estão Ramon Abatti Abel, que apitou São Paulo x Palmeiras, e Lucas Casagrande, responsável por Red Bull Bragantino x Grêmio. Também foram afastados os árbitros de vídeo (VAR) Ilbert Estevam da Silva e Gilberto Rodrigues Castro Junior.

Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, a CBF afirmou em comunicado oficial que os profissionais passarão por treinamento, aperfeiçoamento e reavaliação interna antes de voltarem às escalas. A Comissão de Arbitragem destacou que a medida tem caráter de correção e visa preservar a credibilidade da competição.

⊛ Polêmicas no clássico paulista

No duelo entre São Paulo e Palmeiras, realizado no MorumBIS, o Tricolor se sentiu diretamente prejudicado pela não marcação de um pênalti em Gonzalo Tapia quando a equipe já vencia por 2 a 0. O clube também contestou a ausência de cartão vermelho para Andreas Pereira, do Palmeiras, além de outras faltas ignoradas pelo árbitro e pelo VAR.

Em nota oficial, o São Paulo manifestou “profunda indignação” com a condução de Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva. “Os erros cometidos em lances capitais tiveram influência direta no resultado do jogo e representam um grave prejuízo esportivo ao São Paulo FC”, destacou o presidente Julio Casares, em documento publicado pelo clube.

⊛ Reclamações do Grêmio

Já em Bragança Paulista, o Grêmio reclamou da marcação de um pênalti a favor do Red Bull Bragantino e da expulsão do zagueiro Kannemann. O lateral Marlon foi incisivo ao comentar o episódio. “Fomos roubados”, disse o jogador, pedindo à CBF que avance na profissionalização da arbitragem brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Pesquisa aponta que 64,7% dos argentinos desaprovam o governo Milei


     O presidente argentino Javier Milei. Reprodução

A três semanas das eleições legislativas de 26 de outubro, uma nova pesquisa da consultoria Zubán Córdoba indica um cenário adverso para o governo argentino. Segundo o levantamento, 64,7% da população desaprova a gestão de Javier Milei, enquanto apenas 35,3% a aprovam.

O estudo, realizado entre 28 de setembro e 4 de outubro com 1.900 entrevistados, confirma a queda de popularidade do presidente. Em novembro do ano passado, Milei tinha 47,3% de aprovação e 52,7% de rejeição. Desde então, os índices negativos cresceram de forma contínua.

A imagem pessoal do presidente também se deteriorou: 63,2% dos argentinos afirmam ter uma visão negativa dele, contra 36% de aprovação. A secretária da Presidência e irmã do mandatário, Karina Milei, enfrenta ainda mais rejeição — 70,4% dos entrevistados declararam avaliá-la de forma negativa.

      Gráfico da pesquisa que aponta a queda de popularidade do presidente argentino Javier Milei. Reprodução

O descontentamento ocorre em meio a uma série de dificuldades para o governo. Após a derrota nas eleições provinciais de Buenos Aires no início de setembro, a gestão Milei enfrentou protestos de produtores rurais frustrados com a revogação da eliminação das retenções, que durou apenas 48 horas e beneficiou grandes exportadoras como Bunge Global, Cargill, Louis Dreyfus e Molinos. Além disso, aumentam as suspeitas de corrupção e as acusações contra José Luis Espert, principal candidato do oficialismo na província de Buenos Aires, por supostos vínculos com um narcotraficante.

Questionados sobre a frase de Milei de que “o pior já passou”, 65,3% dos argentinos disseram discordar, enquanto 32,6% concordam com o presidente.

Com relação às eleições legislativas de outubro, 56,7% dos entrevistados acreditam que o governo perderá, enquanto 33,1% acham que vencerá.

A pesquisa também mostra desconfiança em relação aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) sobre a redução da pobreza no país: 64,2% disseram não confiar nos números, e apenas 34,9% afirmaram acreditar neles. Da mesma forma, 64,1% rejeitam a declaração de Milei de que “12 milhões de argentinos saíram da pobreza” durante seu governo.

Por fim, ao serem perguntados sobre o que Milei deveria fazer caso tenha um mau desempenho nas eleições de 26 de outubro, 27,4% responderam que ele deveria renunciar; 17,6% sugeriram mudar as políticas econômicas; 13,4% defendem uma reestruturação do gabinete; 12,4% acham que ele deve manter o rumo atual; 26,2% pediram outras medidas; e 3% não souberam responder.

Fonte: DCM

O gesto de “pacificação” que bolsonaristas cobram do STF


      O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm enviado recados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo um “sinal de pacificação” para aliviar o clima de tensão entre a Corte e o bolsonarismo, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

A movimentação ocorre enquanto o deputado foragido Eduardo Bolsonaro e o golpista Paulo Figueiredo articulam nos Estados Unidos sanções do governo Trump contra autoridades brasileiras, em especial contra o ministro Alexandre de Moraes. O gesto, porém, é visto por ministros do Supremo como mais um motivo para endurecer a postura.

Em conversas reservadas, interlocutores próximos ao ex-presidente têm tentado convencer magistrados a arquivar inquéritos que não resultaram em denúncias, o que consideram um passo necessário para reduzir o discurso de perseguição. “O Supremo deveria encerrar inquéritos que não resultaram em denúncia, mas prefere deixar todo mundo pendurado no anzol, o que só dá força ao Eduardo e ao Paulo Figueiredo”, disse um aliado de Bolsonaro com trânsito no meio jurídico.

As discussões giram principalmente em torno de dois processos: o das joias sauditas e o inquérito das fake news, abertos para investigar ameaças e ofensas contra integrantes do STF. Ambos são conduzidos por Alexandre de Moraes, alvo direto das críticas e das tentativas de sanção internacional.

Para os aliados, o prolongamento desses casos fortalece o discurso de vitimização política e alimenta novas ofensivas do grupo bolsonarista no exterior.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução

Apesar das tentativas, ministros do STF afirmam que não existe disposição para concessões. Segundo fontes próximas à Corte, a ideia de “pacificação” não avança porque a postura de confronto do entorno de Bolsonaro inviabiliza qualquer gesto institucional.

Em dezembro, Moraes prorrogou por mais 180 dias o inquérito das fake news para aprofundar as investigações sobre o chamado “gabinete do ódio”, estrutura que operava no Palácio do Planalto. O ministro também mantém Bolsonaro em prisão domiciliar no caso que apura coação no curso do processo da trama golpista, no qual o ex-presidente ainda não foi denunciado. O caso segue sob sigilo.

Fonte: DCM

Bolsonaro já cogita lançar candidatura de Michelle caso Tarcísio desista do Planalto em 2026

Ex-presidente vê a esposa como cabeça de chapa caso o governador opte por renovar o mandato em São Paulo

Michelle Bolsonaro (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele avalia lançar Michelle Bolsonaro à Presidência em 2026 caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) decida disputar a reeleição ao governo de São Paulo. Michelle seria considerada para liderar a chapa — e não como vice — em um cenário sem Tarcísio na corrida ao Planalto.

De acordo com o jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, interlocutores próximos a Bolsonaro relatam que Michelle desponta hoje como a alternativa favorita diante da indefinição de Tarcísio, que, nos bastidores, é visto como mais inclinado a permanecer em São Paulo. Nesse desenho, o governador é tratado como o nome com maior competitividade para renovar o mandato no estado, onde aparece como franco favorito segundo avaliações internas do grupo político.

⊛ A aposta de Bolsonaro no desempenho de Michelle

Segundo a apuração publicada pela coluna, Bolsonaro acredita que conseguiria transferir a maior parte de seu capital eleitoral para a ex-primeira-dama e que ela teria bom desempenho em eventuais debates contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação do entorno bolsonarista é que, diante de Michelle, o embate poderia impor freios no tom dos adversários, ao mesmo tempo em que ampliaria a conexão com o público feminino — um eixo considerado estratégico para 2026.

⊛ Divergências e resistências no núcleo bolsonarista

A hipótese de Michelle como cabeça de chapa, no entanto, não é consenso. Como relata o Metrópoles, pessoas próximas a Bolsonaro ponderam que o temperamento da ex-primeira-dama seria “difícil”, o que, na visão desses aliados, poderia complicar a interlocução política em fase de montagem de alianças nacionais. Já interlocutores de Michelle ouvidos pela coluna sustentam que ela não pretende concorrer à Presidência.

⊛ Plano B “caseiro”: Eduardo ou Flávio

Ainda de acordo com a coluna, o ex-presidente também mantém sobre a mesa alternativas familiares, como a eventual candidatura do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ou do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Palácio do Planalto. Essas possibilidades seriam testadas caso Tarcísio permaneça em São Paulo e Michelle não entre na disputa.

⊛ O cálculo de Tarcísio e o tabuleiro de 2026

Embora publicamente evite vestir a camisa de presidenciável, Tarcísio de Freitas tem se debruçado sobre o mapa eleitoral nacional, segundo o Metrópoles. O governador trabalha cenários de alianças capazes de unificar a direita e reduzir a vantagem de Lula especialmente no Nordeste. Nessa conta, a Bahia aparece com peso decisivo, e uma costura considerada “vitoriosa” passaria, na avaliação do entorno, por um entendimento com Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e quatro vezes candidato ao Planalto.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ruralista chama Ciro Nogueira de "oportunista político sem muita credibilidade"

Nabhan Garcia, ex-secretario de Assuntos Fundiários afirma que senador não tem procuração de Bolsonaro

Ruralista chama Ciro Nogueira de "oportunista político sem muita credibilidade" (Foto: Tânia Rêgo - ABR)

O ruralista Nabhan Garcia, ex-Secretário de Assuntos Fundiários e presidente da União Democrática Ruralista (UDR) Nacional, criticou o senador Ciro Nogueira (PP-PI); Em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, Nabhan diz que Nogueira age de forma oportunista e não possui autorização de Jair Bolsonaro (PL) para falar sobre candidaturas da direita.

"Eu não vi até agora nenhuma procuração que o Bolsonaro passou para o Ciro Nogueira para ele falar quem pode ser o candidato da direita, o vice… Todo mundo sabe que ele quer ser o vice. Ontem era o Tarcísio. Hoje já é o Tarcísio e o Ratinho. Amanhã pode ser quem, o Lula?", afirmou Nabhan, questionando a credibilidade do senador.

Ciro Nogueira declarou ao jornal O Globo que Bolsonaro já definiu seus candidatos para a disputa presidencial contra Lula (PT), apontando apenas duas opções: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Nabhan, por sua vez, prometeu utilizar sua influência para alertar o setor do agronegócio: "A partir de hoje vou usar minha influência para que o agro esteja atento e não caia nessa onda de ficar trabalhando para eleger falso oportunista".

O ruralista ainda defendeu o ex-presidente e pediu respeito diante de sua situação: "Eu me sinto muito constrangido. Confesso que me sinto mal vendo um cara sem essa qualificação se colocar em uma situação como essa, em que o Bolsonaro está preso, incomunicável, acuado e ainda não definiu quem vai ser [o candidato dele], quem não vai ser".

Segundo Nabhan, Nogueira é um "oportunista político sem muita credibilidade" e que não representa a centro-direita: "Para mim, que tenho uma história de vida e sempre defendi esses princípios que chamam de direita, esse cara não representa centro-direita coisa alguma. De direita ele não é".

Fonte: Brasil 247

O cálculo de Tarcísio ao apoiar Ratinho Júnior em 2026

 

Os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ratinho Júnior (Paraná). Foto: Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a defender o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como alternativa da direita para enfrentar Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2026, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

A mudança de postura ocorre após Tarcísio demonstrar desânimo em disputar o Palácio do Planalto e reforçar que seu foco está na reeleição em São Paulo.

A aliados, Tarcísio descreve Ratinho Júnior como “um nome forte” e destaca que ele tem potencial para unir a direita com apoio de partidos de centro. O governador paulista avalia que o paranaense tem alta taxa de desconhecimento e baixa rejeição, o que o colocaria em posição estratégica para crescer durante a campanha e alcançar o segundo turno contra Lula.

Segundo o cálculo de Tarcísio, mesmo que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entre na disputa, Ratinho não seria eliminado da corrida presidencial. Ele acredita que o deputado teria cerca de 15% do eleitorado, mas que o governador do Paraná avançaria com mais votos, representando uma direita mais moderada e com melhor trânsito político.

Tentativa de Eduardo Bolsonaro de desestabilizar o Brasil é gravíssima e terá consequências, avalia criminalista – CartaCapital
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Rivalidade controlada com o bolsonarismo

Nos bastidores, Tarcísio avalia que Eduardo pode atrapalhar Ratinho Júnior no início da campanha, mas não a ponto de inviabilizar sua candidatura. O governador de São Paulo também afirmou a interlocutores que Flávio Bolsonaro não demonstra interesse em concorrer à Presidência e que Michelle Bolsonaro não teria força política suficiente para viabilizar uma candidatura nacional.

Para ele, Michelle enfrentaria as mesmas dificuldades de rejeição que atingem os demais integrantes da família Bolsonaro, além de ter pouca sustentação entre líderes partidários.

Mesmo defendendo Ratinho Júnior como o nome mais viável, Tarcísio acredita que a eleição de 2026 será acirrada entre direita e esquerda, semelhante à disputa de 2022 entre Lula e Bolsonaro. Segundo ele, o país segue politicamente dividido e “não há candidato que seja unanimidade” no campo conservador.

As recentes divisões da direita — com protestos contra a PEC da Blindagem, discussões sobre anistia e o gesto de aproximação entre Donald Trump e Lula — reforçaram a decisão de Tarcísio de se manter fora da corrida presidencial. O governador tem repetido que seu foco é concluir as entregas em São Paulo e buscar a reeleição.

Fonte: DCM

domingo, 5 de outubro de 2025

CPMI ouvirá empresário investigado na Operação Sem Desconto


Reunida na quinta-feira, CPMI decidiu ouvir empresário investigado pela Polícia Federal - Andressa Anholete/Agência Senado

O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, será ouvido nesta segunda-feira (6) a partir das 16h, pela CPMI do INSS.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (2) pelo presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), durante a reunião em que ocorreu o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho.

A convocação desse empresário, que atua no Distrito Federal, foi solicitada em quatro requerimentos aprovados pela comissão (REQ 1.818/2025, REQ 1.822/2025, REQ 1.907/2025 e REQ 1.956/2025). Ele foi um dos alvos da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga o esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS.

Em um dos requerimentos, a senadora Leila Barros (PDT-DF) lembrou que Fernando Cavalcanti foi sócio de Nelson Wilians (que já depôs à CPMI) e teve vários bens apreendidos na operação, entre eles uma Ferrari, uma réplica de um carro de Fórmula 1, relógios de luxo e uma grande soma em dinheiro. A senadora também ressaltou que Fernando Cavalcanti é apontado como sócio e dirigente de empresas que atuam em áreas conexas ao setor investigado.

Depoimento

O depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, começou por volta das 10h30 e durou cerca de 10 horas. Carlos Viana declarou que a comissão está fazendo a sua parte, mesmo que outras instâncias não cumpram as suas. Ele comentou a soltura, pela Justiça, de investigados presos em flagrante pela CPMI do INSS.

— Esta CPMI cumprirá o seu dever. Se outras instâncias não cumprirem, o Brasil saberá onde está a falha. Não estamos aqui para espetáculo; estamos aqui para fazer justiça. Se depender desta comissão, quem rouba aposentado, quem mente diante do Parlamento, vai pagar o preço. E afirmo: não haverá tolerância, não haverá blindagem — disse o presidente da comissão.

Para o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o depoimento desta quinta-feira deixou clara a demora na ação da CGU, que não deveria ter permitido dois anos de manutenção de desvios de recursos de aposentados e pensionistas.

— Em 2024 já havia conhecimento, por parte do chefe da CGU. Mas em 2023 já havia comunicação inclusive do Tribunal de Contas à CGU. O que é que a CGU poderia ter feito? Uma medida cautelar para suspender esses ACTs [acordos de cooperação técnica]. Nós teríamos economizado aí R$ 1,5 bilhão ou R$ 2 bilhões em desvios. Resumo da ópera: havia uma porta aberta para a corrupção, sem nenhuma fiscalização. Muita gente botou dinheiro no bolso — criticou o relator em entrevista coletiva.

Consignados

Gaspar destacou que a CPI tem entre seus desafios investigar irregularidades com os empréstimos consignados, que, na sua avaliação, têm uma dimensão muito maior que as irregularidades nos descontos associativos. Ele sugeriu ao ministro da CGU a suspensão cautelar desses consignados.

Em resposta, Vinicius Marques de Carvalho afirmou que a equipe da controladoria está fazendo o seu trabalho e que uma suspensão cautelar pode ocorrer após uma análise aprofundada dos dados.

— A equipe da CGU está fazendo os seus estudos sobre a questão dos consignados. Assim que chegar a conclusões que podem confirmar isso que o senhor está falando, e se achar que é o caso de pedir uma medida cautelar com uma análise profunda (...), a equipe da CGU vai fazer esse trabalho. Eu não tenho dúvida de que nós temos os melhores auditores da CGU trabalhando nesses temas, e eles vão tomar todas as medidas que forem necessárias.

Investigação

Para Rogerio Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, há parlamentares preocupados em desvendar as fraudes no INSS, mas há outros que se preocupam apenas em colocar a culpa desses escândos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na visão do senador, a história vai trazer clareza aos fatos.

O líder da oposição voltou a afirmar que houve um aumento exponencial no número de descontos associativos de aposentados após o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como do número de pedidos de exclusão dos descontos feitos pelo canal oficial do INSS.

— Mesmo com essa explosão de pedidos de retirada, de reclamações feitas pelo canal oficial do INSS, o governo parece que não tomou as providências para atacar o problema. Só o fez, e é importante que se diga de novo, quando a Justiça determinou o afastamento do presidente do INSS. Foi a Justiça, não foi o governo Lula — reiterou Marinho.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), declarou que “o ventre de fecundação das fraudes” foram os acordos de cooperação técnica (ACTs) firmados pelo INSS com entidades responsáveis pelas autorizações de desconto. Ele destacou que 50% das fraudes se concentram em três entidades, cujos ACTs foram firmados pelo ex-ministro da Previdência Social José Carlos Oliveira, durante o governo de Jair Bolsonaro.

— O governo do presidente Lula recebeu centenas de heranças malditas. Essa foi uma herança maldita recebida pelo nosso governo — enfatizou Randolfe.

Avaliação

Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), o depoimento do ministro da CGU foi “extremamente esclarecedor” e não deixou dúvidas sobre os passos da investigação. Na avaliação do deputado, há, por parte de parlamentares oposicionistas, uma estratégia de tentar intimidar os depoentes ao fazer perguntas e não permitir que eles respondam. Segundo Pimenta, há integrantes da comissão que tentam desviar o foco com objetivos que precisam ser esclarecidos.

— Percebi claramente que há uma tentativa de intimidação, uma forma covarde de comportamento que aumenta o tom contra algumas pessoas e é cordial e subserviente com outras pessoas. Não será tentando intimidar, fazendo perguntas sem dar o direito de que o depoente as responda, ou tentando achar contradições onde elas não existem, que nós vamos abrir mão do foco dessa investigação — enfatizou o deputado.

Tanto Pimenta quanto a senadora Leila Barros defenderam a convocação de Wagner Rosário, que foi ministro da CGU no governo Bolsonaro, para prestar depoimento.

— Nós queremos saber do [ministro] anterior, que ficou quatro anos. (...) Vamos convocá-lo para a semana que vem, porque aí a gente não perde o timing e vamos ouvir os dois últimos [ministros da] CGU aqui. Eu acho que seria ótimo até pedir apoio do nosso relator também, não é? — questionou Leila.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou ter sentido angústia com o depoimento em razão das brigas entre parlamentares. Para ela, a CPMI precisa cumprir seu papel de chegar aos verdadeiros responsáveis pelas fraudes.

Fonte: Agência Senado

VÍDEO: Lula é ovacionado e recebido com gritos de “sem anistia” em show de Maria Bethânia

                Lula em show de Maria Bethânia – Rafaela Araújo/Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com euforia pelo público durante o show de Maria Bethânia na noite deste sábado (4), no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Assim que apareceu no camarote, Lula foi ovacionado com o coro “Olê, olê, olá, Lula, Lula”, seguido por aplausos e gritos de “sem anistia”.

Assim que Lula apareceu no camarote, a plateia entoou gritos de apoio ao presidente. O público também puxou o coro “sem anistia”, expressão usada em manifestações progressistas que defendem a punição dos golpistas do 8 de janeiro, que tentaram depor o governo eleito.

A presença do presidente ocorre duas semanas após grandes atos contra a PEC da Blindagem, proposta que previa proteção especial a parlamentares contra processos judiciais. O texto foi barrado no Senado após intensa mobilização social e manifestações lideradas por artistas e movimentos democráticos.

Durante o mesmo período, personalidades como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Djavan e Wagner Moura participaram de protestos em diversas capitais, reafirmando a defesa do Estado de Direito e o repúdio à anistia aos envolvidos nos ataques golpistas.

O público presente no show reagiu com aplausos e mensagens de apoio a Lula, que acompanhou a apresentação ao lado da primeira-dama Janja da Silva. O clima de celebração reforçou o vínculo histórico entre o presidente e artistas da MPB, que frequentemente expressam apoio ao governo progressista.

Bethânia, que celebra seis décadas de carreira, apresentou sucessos que marcaram a música brasileira e foi ovacionada ao final do espetáculo. O evento reuniu milhares de pessoas e teve ingressos esgotados antecipadamente.

Fonte: DCM

8/1: militar condenado por golpismo faz acordo e fará curso sobre democracia

        O coronel da reserva, José Placídio Matias dos Santos. Foto: Reprodução

O coronel da reserva José Placídio Matias dos Santos conseguiu suspender a ação penal que enfrentava no Supremo Tribunal Federal (STF) ao firmar um acordo de não persecução penal com o Ministério Público Federal. O militar, que foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro (PL), foi investigado por incitar a insubordinação das Forças Armadas durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

O pacto, validado na sexta-feira (3) pelo ministro Alexandre de Moraes, prevê que o coronel participe de um curso sobre democracia, pague multa e realize serviços comunitários. Assim, o processo em que ele era acusado de estimular um golpe de Estado contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará suspenso enquanto cumprir as obrigações.

O nome de Placídio entrou no radar das autoridades após uma publicação feita no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. Na mensagem, ele se dirigiu ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, afirmando que o “Brasil e o Exército esperavam” que ele não se submetesse “às ordens do maior ladrão da humanidade”, em referência a Lula.

Entre 2022 e 2023, o coronel também fez diversas críticas públicas a oficiais-generais das Forças Armadas e ao então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje integrante do STF. As declarações levaram à abertura de processos disciplinares e judiciais, tanto na Justiça Militar quanto na Suprema Corte.

As postagens de José Placídio Matias dos Santos sobre o 8 de janeiro de 2023. Foto: Reprodução/X

Em agosto de 2024, a Justiça Militar da União condenou o oficial a quatro meses de detenção em regime aberto por ofensas a superiores. Poucos meses antes, em fevereiro, a Primeira Turma do STF havia recebido a denúncia que o transformou em réu por incitar golpe de Estado.

Para evitar o prosseguimento da ação, Placídio aceitou as condições impostas no acordo proposto pelo Ministério Público. Ele deverá concluir o curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, oferecido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), dividido em quatro módulos presenciais.

O militar também ficará proibido de usar redes sociais, deverá pagar multa de R$ 5 mil e cumprir 150 horas de serviços comunitários. Caso obedeça a todas as exigências, o processo será arquivado definitivamente.

A decisão encerra, por ora, uma das frentes do inquérito que apura a participação de militares e ex-integrantes do governo Bolsonaro na tentativa de desestabilizar as instituições após a posse de Lula. O episódio reforça a vigilância do STF sobre manifestações que atentam contra o regime democrático.

Fonte: DCM