quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Mídia brasileira naturaliza ação da CIA contra um país vizinho da América do Sul

Tratamento complacente e acrítico de Folha, Valor e jornal Estado de S. Paulo legitima incursão norte-americana sob o pretexto de “derrubar ditadura”

            Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Manaure Quintero/Reuters I Piroschka Van De Wouw/Reuters)

A autorização dada pelo governo de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, para que a CIA execute operações secretas na Venezuela expôs mais uma vez a complacência e a submissão da mídia brasileira diante das ações ilegais promovidas por Washington na América do Sul.

De acordo com reportagens publicadas pelo jornal Estado de S. Paulo e pelo Valor Econômico, Trump deu aval para missões clandestinas da agência americana com o objetivo de “retirar Nicolás Maduro do poder”, reforçando a política intervencionista que historicamente marca a presença dos EUA na região. A Folha de S. Paulo, em linha semelhante, tratou o tema com o mesmo enquadramento — como se a violação de soberania de um país vizinho fosse um ato normal de “geopolítica”.

Em nenhum dos grandes jornais o leitor encontrará indignação, denúncia ou questionamento ético sobre o fato de uma potência estrangeira orquestrar ações de espionagem e desestabilização política na América Latina. Ao contrário, as publicações se limitam a reproduzir a narrativa oficial norte-americana, que tenta justificar o intervencionismo sob o argumento de “combater ditaduras”.

Essa abordagem acrítica, repetida há décadas, reflete a velha submissão ideológica da imprensa brasileira à hegemonia dos Estados Unidos. Ao classificar a Venezuela apenas como “regime autoritário”, sem analisar o impacto do bloqueio econômico e das sanções impostas por Washington, os jornais reforçam o enquadramento colonial que vê a América Latina como quintal geopolítico.

A normalização midiática da ingerência da CIA é um sintoma de dependência simbólica: os veículos reproduzem, quase automaticamente, o discurso do poder imperial. A omissão diante de um ato de agressão contra um país vizinho revela não apenas covardia editorial, mas também cumplicidade com uma narrativa que criminaliza governos independentes e legitima o uso da força.

Ao aceitar como “natural” a espionagem e a sabotagem promovidas por uma potência estrangeira, a mídia brasileira abdica de sua função crítica e reafirma um padrão histórico de colonialismo informativo, em que os interesses de Washington prevalecem sobre a verdade e sobre a soberania latino-americana.

Fonte: Brasil 247

Mauro Vieira busca em Washington o fim de sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos


Encontro com o secretário de Estado Marco Rubio prepara terreno para reunião entre Lula e Trump e tenta garantir avanços concretos na relação bilateral

Rio de Janeiro (RJ), 28/04/2025 – O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, está em Washington nesta quinta-feira (16) para uma reunião estratégica com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, com o objetivo de preparar o próximo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi divulgada pelo portal InfoMoney.

De acordo com fontes do governo brasileiro, Vieira leva na bagagem uma cobrança direta: o fim das sanções contra cidadãos brasileiros e a suspensão das tarifas de 50% impostas por Washington sobre exportações nacionais. O chanceler pretende assegurar que a futura reunião presidencial vá além de gestos simbólicos e resulte em medidas concretas de reaproximação.

A conversa entre Vieira e Rubio é a segunda neste ano — a primeira ocorreu em julho, após Trump anunciar o chamado “tarifaço” e vincular uma retomada comercial ao arquivamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na ocasião, o governo brasileiro reagiu de forma firme, afirmando que a soberania nacional deve ser respeitada e lembrando que os Poderes no país são independentes. Desde então, além das tarifas, os Estados Unidos abriram investigações por supostas práticas desleais de comércio contra o Brasil, que podem gerar novas sanções.

Entre os pontos em disputa estão questões ambientais, o combate à corrupção, a regulamentação de plataformas digitais e o uso do Pix como meio de pagamento. Washington também mira as vendas de produtos falsificados na Rua 25 de Março, em São Paulo.

De acordo com nota do Itamaraty, o encontro desta semana “dá seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes”.

Nos bastidores, os objetivos são distintos. O Brasil busca reduzir barreiras comerciais, garantir previsibilidade e fortalecer cadeias produtivas locais, enquanto os Estados Unidos querem maior acesso a minerais estratégicos, regras mais flexíveis para empresas de tecnologia e alinhamento geopolítico em temas sensíveis.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou recentemente o interesse americano em tratar do fornecimento de lítio, níquel e terras raras, reforçando a busca de Washington por estabilidade no acesso a insumos estratégicos. Já no campo digital, o Brasil tenta equilibrar atração de investimentos e preservação da soberania de dados, enquanto os EUA pressionam por regras favoráveis a suas grandes corporações tecnológicas.

Para o governo Lula, o desafio é avançar nas negociações sem abrir mão da autonomia nacional e garantir que o diálogo com Trump resulte em benefícios econômicos concretos, fortalecendo a posição do Brasil no cenário global.

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Gleisi defende demissões estratégicas e exige compromisso de quem ficar com a reeleição de Lula

“O natural é demitir quem não serve ao projeto”, afirmou

       Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

 Em entrevista concedida ao jornal O Globo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que “a orientação é demitir” quando houver falta de alinhamento político e que a permanência de quadros no governo depende do compromisso com a reeleição do presidente Lula.

Gleisi foi direta ao dizer que não há espaço para quem não estiver comprometido com o projeto político do governo: “A orientação é demitir e, se quiser ficar no governo, é quem tiver compromisso com a reeleição de Lula”.

Segundo a ministra, não se trata de perseguição, mas de coerência política. “O natural é demitir quem não serve ao projeto”, afirmou, destacando que a gestão precisa estar afinada com os objetivos do presidente.

Gleisi também comentou as insatisfações internas e as dificuldades de convivência entre diferentes alas políticas dentro da base. Para ela, divergências são naturais, mas é necessário “manter a coesão e a lealdade” diante dos desafios do governo.

A ministra reconheceu que ajustes serão inevitáveis nos próximos meses, à medida que a agenda eleitoral de 2026 se aproxima. “Não é possível tolerar inconsistência ou traição política. Precisamos estar unidos em torno de Lula e do que ele representa”, disse.

A declaração de Gleisi marca um endurecimento no discurso político do Planalto e sinaliza que o núcleo lulista pretende reforçar a disciplina interna para garantir estabilidade e foco na reeleição.

Fonte: Brasil 247

CPMI do INSS ouve assessor do presidente da Conafer e vota 101 requerimentos


Votação de requerimentos deve dividir parlamentares: oposição quer quebrar sigilos de Lupi e convocar Frei Chico, enquanto governistas querem ouvir suspeitos de distribuir dinheiro do esquema contra aposentados - Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPMI do INSS deve tomar nesta quinta-feira (16), em reunião marcada para as 9h, o depoimento de Cícero Marcelino de Souza Santos, ligado à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), uma das associações acusadas de envolvimento na fraude contra aposentados e pensionistas. Há suspeitas de que Cícero Marcelino recebia valores das mensalidades ilegais da Conafer, sob pretexto de ser prestador de serviços para a entidade associativa. Assessor de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, Cícero Marcelino foi alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

Em depoimento à CPMI no dia 29 de setembro, Lopes disse que Cícero Marcelino prestava serviços diversos à entidade.

— Nós tivemos locações de veículos, compra de sêmen, compra de insumos para realização de melhoramento genético, tivemos também fornecimento de brinquedos para o Natal de 2023, 2024, onde demos mais de 300 mil brinquedos para as crianças neste país. São vários insumos, nobre relator — disse o presidente da Conafer sobre seu assessor, em resposta ao relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Requerimentos

Na primeira parte da reunião, estão em pauta 101 requerimentos, que devem dividir os integrantes da CMPI. Um deles é a quebra de sigilos do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Os pedidos incluem e-mail institucional do INSS e celular pessoal, além de dados bancários e fiscais.

Os parlamentares também devem decidir se convocam o vice-presidente da Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), José Ferreira da Silva, o Frei Chico. O Sindnapi é uma das associações acusadas pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), de filiar aposentados sem autorização e cobrar deles mensalidades automaticamente.

Frei Chico é irmão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e alvo de 11 requerimentos de senadores e deputados para comparecer à CPMI. O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirma que Frei Chico deve esclarecer o aumento de ganhos do sindicato com as mensalidades, diante do silêncio do presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, no depoimento de 9 de outubro (REQ 34/2025 - CPMI INSS).

“Frei Chico tem o dever de esclarecer o assombroso e inexplicável crescimento na arrecadação de sua entidade, que saltou de R$ 23,3 milhões em 2020 para a cifra colossal de R$ 154,7 milhões em 2024. A alegação de ele não figura como ‘alvo direto’ em investigações da Polícia Federal é um argumento irrelevante para os trabalhos desta CPMI”, diz Izalci.

Já parlamentares da bancada governista, como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pedem a convocação de Philipe Roters Coutinho, agente da Polícia Federal, acusado de envolvimento nas fraudes, e de Thiago Schettini, apontando como facilitador dos esquemas investigados e supostamente ligado a Antonio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". Além disso, eles pedem a convocação de José Arnaldo Bezerra Guimarães, que, suspeito de integrar o esquema, teria feito pagamentos à filha de Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, do ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro.

O relator, Alfredo Gaspar, apresentou pedido de prisão preventiva de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, para ser votado na reunião (REQ 2231/2025 - CPMI INSS). Gaspar acusa Baptista de comandar “esquema criminoso que desviou milhões de reais” por meio do sindicato. O relator afirma que “falsificação grosseira” de documentos e contratações de serviços de empresa de sua esposa estão entre os indícios do crime.

Convocação

Os parlamentares analisarão requerimentos de convocação de outras 14 pessoas. Entre elas está o sócio da empesa DM&H Assessoria Empresarial, Adelino Rodrigues Junior. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) explica em seu requerimento que Adelino é sócio de Domingos Sávio de Castro, que conduz uma outra empresa de telemarketing envolvida no esquema criminoso.

Um dos diretores do Dataprev, Alan Santos, e o chefe da Ouvidoria do INSS, Lenilson Queiroz de Araújo, também podem ser obrigados a comparecer para prestar depoimento.

A CPMI também pode aprovar a quebra de sigilo fiscal de quatro pessoas e 13 empresas, inclusive com o envio de relatório de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que investiga crimes financeiros e transações suspeitas.

Fonte: Agência Senado

VÍDEO: Câmara barra andamento de ação no STF contra o bolsonarista Gustavo Gayer


       O deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). Foto: Mandel Ngan/AFP

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (15) a suspensão da ação penal que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar é acusado de calúnia, injúria e difamação após ataques feitos a senadores e ministros do Supremo em vídeo publicado nas redes sociais.

A votação terminou com 268 votos a favor da suspensão e 167 contrários. A decisão tem como base o artigo 53 da Constituição, que autoriza o Congresso a sustar o andamento de processos penais contra deputados por atos cometidos durante o mandato.


A queixa-crime havia sido apresentada em fevereiro de 2023 pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (PSD-GO). No vídeo, Gayer ofendeu Cardoso e outros parlamentares, como Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Jorge Kajuru (PSB-GO), além de ministros do STF. A Primeira Turma do Supremo, com relatoria de Alexandre de Moraes, havia aceitado a denúncia por unanimidade em novembro de 2024.

Plenário da Câmara dos Deputados durante a discussão e votação do projeto de lei que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda. Foto: Pedro Ladeira/Pedro Ladeira/Folhapress
O projeto de suspensão foi apresentado pelo PL e aprovado após parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), relatado por Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR). O relator reconheceu que o discurso de Gayer foi “grosseiro e inadequado”, mas alegou que as falas estavam protegidas pela imunidade parlamentar.

A decisão ocorre em meio a um ambiente de tensão entre o Legislativo e o Judiciário, acentuado pelas discussões em torno da chamada “PEC da Blindagem”, que previa a exigência de aval do Congresso para abertura de ações penais contra parlamentares. A proposta foi arquivada pelo Senado após forte reação pública.

Com a aprovação, o processo contra Gayer ficará suspenso enquanto ele exercer o mandato, e a prescrição também será interrompida pelo mesmo período. O resultado deve aumentar o atrito entre Câmara e Senado, já que Davi Alcolumbre, um dos alvos do deputado, preside a Casa Alta.

Fonte: DCM

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Vacina, 5G ou agrotóxico? O que explica aumento de câncer em jovens


      Jovem durante tratamento de câncer. Foto: ilustração

Dados do DataSUS analisados pelo G1 revelam que os diagnósticos de câncer em jovens adultos aumentaram quase quatro vezes na última década. O levantamento, que mostra um crescimento de 284% entre 2013 e 2024 no SUS, levou leitores a questionarem as possíveis causas por trás desta explosão de casos, desde o papel de vacinas e agrotóxicos até adoçantes, estresse e tecnologias.

Especialistas consultados descartaram categoricamente a relação entre vacinas e a doença. “Vacina não causa câncer”, enfatizou Stephen Stefani, oncologista do grupo Oncoclínicas. Sobre agrotóxicos, há evidências de risco aumentado em exposições prolongadas, mas não é considerado o fator principal. Quanto ao aspartame (adoçante artificial), classificado como “possivelmente cancerígeno” pela OMS, o limite de ingestão atual é considerado seguro.

Tecnologias como 5G e Wi-Fi também foram absolvidas. “Essas ondas não têm energia suficiente para danificar o DNA”, explicou Stefani. O estresse, por sua vez, não causa mutações diretamente, mas pode criar um ambiente propício para a progressão da doença.

A alimentação surge como um dos fatores mais impactantes. “É uma doença de estilo de vida. Só 5% dos casos são hereditários; 90% têm relação com alimentação, sedentarismo e obesidade”, afirmou Samuel Aguiar, do A.C.Camargo Cancer Center.

Fonte: DCM com informações do G1

CPMI do INSS ouve assessor do presidente da Conafer e vota 101 requerimentos


Votação de requerimentos deve dividir parlamentares: oposição quer quebrar sigilos de Lupi e convocar Frei Chico, enquanto governistas querem ouvir suspeitos de distribuir dinheiro do esquema contra aposentados - Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPMI do INSS deve tomar nesta quinta-feira (16), em reunião marcada para as 9h, o depoimento de Cícero Marcelino de Souza Santos, ligado à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), uma das associações acusadas de envolvimento na fraude contra aposentados e pensionistas. Há suspeitas de que Cícero Marcelino recebia valores das mensalidades ilegais da Conafer, sob pretexto de ser prestador de serviços para a entidade associativa. Assessor de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, Cícero Marcelino foi alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

Em depoimento à CPMI no dia 29 de setembro, Lopes disse que Cícero Marcelino prestava serviços diversos à entidade.

— Nós tivemos locações de veículos, compra de sêmen, compra de insumos para realização de melhoramento genético, tivemos também fornecimento de brinquedos para o Natal de 2023, 2024, onde demos mais de 300 mil brinquedos para as crianças neste país. São vários insumos, nobre relator — disse o presidente da Conafer sobre seu assessor, em resposta ao relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

Requerimentos

Na primeira parte da reunião, estão em pauta 101 requerimentos, que devem dividir os integrantes da CMPI. Um deles é a quebra de sigilos do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Os pedidos incluem e-mail institucional do INSS e celular pessoal, além de dados bancários e fiscais.

Os parlamentares também devem decidir se convocam o vice-presidente da Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), José Ferreira da Silva, o Frei Chico. O Sindnapi é uma das associações acusadas pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), de filiar aposentados sem autorização e cobrar deles mensalidades automaticamente.

Frei Chico é irmão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e alvo de 11 requerimentos de senadores e deputados para comparecer à CPMI. O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirma que Frei Chico deve esclarecer o aumento de ganhos do sindicato com as mensalidades, diante do silêncio do presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, no depoimento de 9 de outubro (REQ 34/2025 - CPMI INSS).

“Frei Chico tem o dever de esclarecer o assombroso e inexplicável crescimento na arrecadação de sua entidade, que saltou de R$ 23,3 milhões em 2020 para a cifra colossal de R$ 154,7 milhões em 2024. A alegação de ele não figura como ‘alvo direto’ em investigações da Polícia Federal é um argumento irrelevante para os trabalhos desta CPMI”, diz Izalci.

Já parlamentares da bancada governista, como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), pedem a convocação de Philipe Roters Coutinho, agente da Polícia Federal, acusado de envolvimento nas fraudes, e de Thiago Schettini, apontando como facilitador dos esquemas investigados e supostamente ligado a Antonio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS". Além disso, eles pedem a convocação de José Arnaldo Bezerra Guimarães, que, suspeito de integrar o esquema, teria feito pagamentos à filha de Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, do ex-ministro da Previdência do governo Bolsonaro.

O relator, Alfredo Gaspar, apresentou pedido de prisão preventiva de Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindnapi, para ser votado na reunião (REQ 2231/2025 - CPMI INSS). Gaspar acusa Baptista de comandar “esquema criminoso que desviou milhões de reais” por meio do sindicato. O relator afirma que “falsificação grosseira” de documentos e contratações de serviços de empresa de sua esposa estão entre os indícios do crime.

Convocação

Os parlamentares analisarão requerimentos de convocação de outras 14 pessoas. Entre elas está o sócio da empesa DM&H Assessoria Empresarial, Adelino Rodrigues Junior. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) explica em seu requerimento que Adelino é sócio de Domingos Sávio de Castro, que conduz uma outra empresa de telemarketing envolvida no esquema criminoso.

Um dos diretores do Dataprev, Alan Santos, e o chefe da Ouvidoria do INSS, Lenilson Queiroz de Araújo, também podem ser obrigados a comparecer para prestar depoimento.

A CPMI também pode aprovar a quebra de sigilo fiscal de quatro pessoas e 13 empresas, inclusive com o envio de relatório de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que investiga crimes financeiros e transações suspeitas.

Fonte: Agência Senado

Prefeitura de Apucarana instala placas indicativas de estradas, rios e pontos turísticos na zona rural



A Prefeitura de Apucarana iniciou a instalação de placas indicativas na zona rural, com o objetivo de facilitar a localização de estradas, rios e pontos turísticos. Até o momento, cerca de 20 placas — nas cores azul e marrom — já foram colocadas ao longo do trecho que vai do acesso ao Barreiro, na região do Contorno Norte, até o Distrito de Caixa São Pedro.

O prefeito Rodolfo Mota destacou que a ação faz parte de um planejamento mais amplo que inclui também a área urbana e busca dar destinação a placas que foram armazenadas e ficaram sem serem utilizadas pela gestão anterior. Além disso, a medida reforça o sentimento de pertencimento das comunidades, o turismo e as atividades na zona rural.

O secretário municipal de Segurança e Trânsito (Segtran), major Vilson Laurentino da Silva, explicou que as placas azuis indicam estradas e rios, enquanto as na cor marrom sinalizam pontos turísticos. Ele lembrou que o material havia sido encontrado em um barracão do Aeroporto Capitão João Busse. “Essas placas ficaram armazenadas por longo tempo, sem utilização. Agora, com o planejamento atual, estão sendo colocadas”, relatou.

Entre as placas instaladas estão as de identificação das Estradas Taiúva, Mandú, Barreiro e Angelino Massambani, além dos rios Caviúna e Pirapó.
Também foram colocadas placas da Rota Turística Estrada Bela e de um mirante que existe naquela região.


O secretário informou ainda que novas placas devem ser instaladas em breve, mediante autorização do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), no trecho da PR-444, para quem acessa Caixa São Pedro a partir de Mandaguari ou Arapongas. “A proposta é melhorar a orientação, inclusive para os caminhoneiros que transportam a produção agrícola. Cada placa colocada representa mais organização e facilita para quem vive, trabalha ou visita a zona rural”, reforçou o major.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Prefeitura de Apucarana define prazos para limpeza e reforma de túmulos antes do Dia de Finados e alerta sobre cuidados para evitar dengue

Obras podem ser realizadas até 27 de outubro, pinturas até 29 e limpezas até 31; medida garante organização e segurança nos cemitérios municipais


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Serviços Funerários (Aserfa), divulgou o cronograma de prazos para a realização de obras, pinturas e limpezas nos túmulos dos três cemitérios municipais – da Saudade, Cristo Rei e do distrito de Pirapó – em preparação para o feriado de Finados, celebrado em 2 de novembro.

De acordo com a Aserfa, as construções e reformas de túmulos poderão ser feitas até o dia 27 de outubro. Já as pinturas estão autorizadas até 29 de outubro, e os serviços de limpeza até 31 de outubro. Após essas datas, nenhuma manutenção será permitida, a fim de garantir a segurança dos visitantes e o bom andamento das atividades durante o feriado.

O diretor-presidente da Aserfa, José Airton Deco de Araújo, estima que mais de 40 mil pessoas devem visitar os cemitérios durante o período. Ele reforça o pedido de colaboração da população na prevenção à dengue. “Pedimos que os visitantes retirem as embalagens plásticas dos vasos e garantam que eles tenham furos no fundo, evitando o acúmulo de água da chuva”, orientou.

Neste ano, 27 ambulantes foram credenciados para comercializar flores, velas e alimentos no entorno dos cemitérios da Saudade e Cristo Rei. Conforme o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan), as autorizações para comercialização poderão ser retiradas a partir da próxima semana (20/10), no térreo da Prefeitura de Apucarana. O resultado final do sorteio público das vagas está disponível no site oficial: https://www.apucarana.pr.gov.br/site/wp-content/uploads/2025/10/Sorteio-credenciamento-Resultado-final.pdf.

Os serviços de construção, reforma, pintura e limpeza nos túmulos poderão ser retomados normalmente a partir de 3 de novembro. A Prefeitura reforça o compromisso com a organização e o acolhimento das famílias que visitam seus entes queridos, mantendo os espaços limpos, seguros e preparados para as homenagens do Dia de Finados.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Secretário de Saúde e profissionais de Apucarana participam da homenagem aos médicos na Assembleia Legislativa



O secretário municipal de Saúde e médico da saúde da família, Guilherme de Paula, esteve na Assembleia Legislativa do Paraná participando da sessão solene em homenagem ao Dia do Médico. Ele e outros profissionais apucaranenses representaram a classe médica da cidade na celebração, que reconheceu a dedicação de quem tem a saúde como vocação.

O secretário esteve acompanhado dos médicos Luis Antonio Tavares Vilela, que atua em Unidade Básica de Saúde e coordena a Residência de Saúde da Família e Comunidade; Hugo Leonardo Gnecco, nefrologista e diretor da Urgência e Emergência da rede municipal (Samu, UPA e PAI); e Luiz Carlos Busnardo, pediatra responsável pelo setor de alto risco.

Também estiveram presentes na solenidade os médicos Marcos Esmanhotto Neto e Sergio Seidi Uchida.

Guilherme de Paula ressaltou a satisfação de poder, ao lado dos demais profissionais, representar Apucarana na solenidade. O secretário aproveitou para parabenizar todos os médicos da cidade, especialmente os que integram a Autarquia Municipal de Saúde, enfrentando diariamente os desafios e as demandas do cuidado à população.

A homenagem, realizada nesta terça-feira (14), no Plenário da Assembleia Legislativa, celebrou o Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro. A iniciativa partiu dos deputados Alexandre Curi (PSD) e Ney Leprevost (União) e reuniu profissionais, autoridades e familiares em um tributo à dedicação e ao compromisso da categoria em todo o estado.

Entre as presenças de destaque, estiveram José Fernando Macedo, presidente da Associação Médica do Paraná; Eduardo Baptistella, vice-presidente do CRM-PR; e Cesar Neves, diretor-geral da Secretaria Estadual da Saúde. O evento também homenageou simbolicamente as famílias dos médicos, reconhecendo o apoio e as renúncias que fazem parte da rotina desses profissionais.

Em um dos momentos mais emocionantes da noite, Christine Zardo Coelho, filha do médico Júlio César Coelho, representou as famílias dos profissionais de saúde e relembrou os sacrifícios vividos ao lado do pai. O gesto simbolizou o reconhecimento coletivo a todos que, dentro e fora dos hospitais, mantêm viva a missão de cuidar e salvar vidas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Regional de Saúde irá ofertar 30 vagas para cursos de especialização em 8 áreas

      Foto: Divulgação

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesa), está abrindo inscrições para a 3ª turma do Programa de Residência Técnica em Gestão em Saúde Pública (Restec). Já os servidores de carreira da Sesa podem buscar vagas no curso de Especialização em Gestão em Saúde Pública.

No âmbito da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, serão ofertadas 30 vagas para graduados, com 36 meses de conclusão de curso. As vagas são para as áreas de administração, assistente social, biólogo, enfermeiro, farmacêutico, médico veterinário, odontólogo e psicólogo.

O programa oferece formação gratuita, bolsa mensal de R$ 3.040,00, auxílio-transporte de R$ 264,00 e certificação dupla: Especialização pela UEM e Residência Técnica pela Seti. A prova online será em 5 de novembro, e as atividades terão início em 17 de novembro de 2025, com duração de dois anos.

Ao todo, o processo seletivo oferece em todo o Paraná, 416 vagas para recém-graduados interessados em atuar na gestão pública da saúde e 150 vagas exclusivas para servidores. Os dois cursos são gratuitos, com início previsto para novembro. O programa tem a parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e a Universidade Estadual de Maringá (UEM).

“A especialização abre oportunidades para jovens recém-formados iniciarem suas carreiras no serviço público, contribuindo diretamente para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa alia aprendizado teórico e prática profissional”, informa o diretor da 16ª RS, Paulo Vital.

Fonte: Assessoria

Lula manda recado a Eduardo: 'chega de tentar colocar os EUA contra o Brasil'

O presidente criticou a tentativa do parlamentar em violar a soberania brasileira

      Presidente Lula e o deputado Eduardo Bolsonaro (Foto: Divulgação I Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou nesta quarta-feira (15) a tentativa de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em violar a soberania brasileira. O parlamentar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por coação no curso do processo.

“Chega de cidadão ir pros EUA tentar colocar americanos contra nós. E tem alguém da família que é candidato a senador aqui”, afirmou Lula em evento no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, no Rio de Janeiro.

O motivo para a denúncia feita pela PGR contra Eduardo Bolsonaro, em 22 de setembro, foram as articulações do parlamentar com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, para aplicar sanções ao Brasil por causa do inquérito da trama golpista contra Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

Uma das sanções determinadas por Trump é a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras enviadas para os EUA. O decreto foi assinado em 30 de julho. O chefe da Casa Branca também suspendeu vistos de ministros do STF brasileiro para o território norte-americano.

☉ Sanções contra Moraes

A legislação conhecida como Lei Magnitsky foi criada em 2012, nos Estados Unidos, em reação à morte do advogado russo Sergei Magnitsky em uma prisão de Moscou em 2009. No início, ela se limitava a punir autoridades diretamente associadas ao episódio, mas, a partir de 2016, seu alcance foi ampliado, permitindo a aplicação de sanções a pessoas e organizações estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos, independentemente de decisão judicial.

Com base nesse dispositivo, Washington não apenas fixou tarifa de 50% e suspendeu vistos de magistrados, como também incluiu medidas direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela relatoria do inquérito sobre a articulação golpista em curso na Corte.

As punições abrangem o bloqueio de possíveis ativos em território norte-americano e determinam que instituições financeiras dos EUA notifiquem o Office of Foreign Assets Control (OFAC) sobre qualquer valor associado a Moraes. Isso significa que o ministro fica impedido de movimentar recursos no sistema bancário norte-americano. Pessoas ligadas ao magistrado, entretanto, afirmam que ele tratou a decisão com indiferença, dizendo que “não vai mudar nada”, já que não possui bens, contas ou aplicações nos Estados Unidos.

☉ Plano Brasil Soberano

Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em 13 de agosto, o Plano Brasil Soberano. O programa prevê a destinação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) para ampliar o crédito com juros mais baixos e reforçar o financiamento às exportações brasileiras.

Entre as medidas previstas estão a prorrogação da desoneração de tributos para companhias exportadoras, a elevação do percentual de devolução de impostos via Reintegra e a simplificação de regras para compras de alimentos por órgãos governamentais.

De acordo com o Executivo, o plano foi organizado em três eixos centrais: estímulo à produção nacional, proteção aos trabalhadores e fortalecimento da política externa, com ênfase na diplomacia comercial e no multilateralismo.

☉ Dia dos Professores e anúncios do governo

O governo oficializou ações do programa Mais Professores, que busca atender aproximadamente 2,7 milhões de docentes em todo o país e prevê as seguintes iniciativas: Pé-de-Meia Licenciaturas; Bolsa Mais Professores; Prova Nacional Docente; Portal de Formação; e ações de valorização em parceria com bancos públicos e outros ministérios.

A iniciativa possibilita que os professores tenham benefícios exclusivos: meia-entrada em eventos culturais (cinemas, teatros e shows), ferramentas de trabalho, cartões de crédito com condições diferenciadas, descontos em hotéis. Adicionalmente, serão anunciados os primeiros benefícios do #TôComProf, que reúne lojas físicas, e-commerce e serviços de várias categorias.

A Carteira Nacional Docente do Brasil é uma conquista aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, sendo reconhecida em todo o território nacional como documento oficial dos professores. A CNDB tem validade de 10 anos e é destinada a professores de todos os níveis e etapas da educação, das redes públicas e privadas.

O sistema de solicitação da CNDB será aberto a partir desta quinta-feira (16 de outubro), por meio da página Mais Professores, com acesso via conta gov.br. O programa Mais Professores busca atender aproximadamente 2,7 milhões de docentes em todo o país. Para ser elegível, é preciso que o professor tenha Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular junto à Receita Federal; e esteja em exercício da atividade docente em instituição de ensino.

Em outra iniciativa, uma premiação vai reconhecer 100 mil professores das redes públicas que colaboram para a melhoria da qualidade da educação. Eles serão selecionados com base nas escolas com maior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), incluindo contextos desafiadores. Nesta edição, os 100 mil vencedores receberão um cartão do Banco do Brasil com crédito de R$ 3 mil para a aquisição de ferramentas de trabalho, como computadores, notebooks e tablets.

Para participar, o professor deve acessar o mesmo sistema de solicitação da CNDB e, ao fim do processo, preencher o formulário “Mais Professores – Valorização”. O preenchimento não garante que o professor seja premiado. Depois da inscrição, os dados serão verificados nas bases do Governo do Brasil e junto às redes de ensino.

Fonte: Brasil 247

Com Lula, Brasil registra menor índice de fome da história, diz Wellington Dias

"O objetivo é que nunca mais a fome volte ao mapa do Brasil por meio de políticas sólidas e permanentes", disse o ministro

       Lula e Wellington Dias (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Brasil alcançou uma marca histórica no combate à fome. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou nesta quarta-feira (15) que os programas sociais do governo reduziram a insegurança alimentar a níveis inéditos.

De acordo com dados do governo federal, os dados da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), do IBGE, mostram que a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu de 4,1% para 3,2% em apenas um ano. Em números absolutos, mais de dois milhões de pessoas deixaram a condição de fome.

☆ Políticas permanentes para evitar retrocessos

O ministro destacou que a prioridade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é consolidar políticas sólidas e contínuas. “O objetivo é que nunca mais a fome volte ao mapa do Brasil por meio de políticas sólidas e permanentes”, disse o ministro em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, a atuação integrada com dados de saúde e levantamentos sociais permite identificar famílias em risco e agir rapidamente.

☆ Integração com programas sociais

A estratégia se apoia em iniciativas como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “No novo Bolsa Família, se uma pessoa entra uma vez, só sai para cima, para o emprego, para o pequeno negócio, para uma renda de trabalho. E, quando perde a renda, não volta mais para a fome, volta para o benefício”, explicou.

☆ Busca ativa e reconhecimento internacional

Para alcançar quem ainda não recebe apoio, o governo aposta na busca ativa, envolvendo escolas, igrejas, empresas e unidades de saúde. “Estou otimista e acho que, em 2025, vamos obter resultados ainda melhores”, disse Dias.

Ele lembrou ainda que o Brasil voltou a ser reconhecido pela ONU como fora do Mapa da Fome, resultado da valorização da renda, do fortalecimento da agricultura familiar e da ampliação de programas de segurança alimentar.

☆ Aliança global contra a fome

Além dos avanços nacionais, Wellington Dias destacou a liderança do Brasil na Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada em 2024 durante a presidência brasileira do G20. A iniciativa já reúne 201 integrantes e tem como meta alcançar 500 milhões de pessoas até 2030 com programas de transferência de renda e garantir alimentação escolar a 150 milhões de crianças.

Nesta semana, durante reunião em Roma, na sede da FAO, o ministro acompanhou o presidente Lula na discussão de planos nacionais de combate à fome em países da África, Caribe e América Latina, além da criação do escritório do Mecanismo de Suporte da Aliança.

☆ Cooperação internacional

Segundo Dias, o desafio global exige solidariedade entre nações. “O presidente Lula lançou um desafio: não tem solução para a fome e a pobreza se os mais ricos não ajudarem. Os 46 países mais ricos do mundo, mais desenvolvidos, estão ajudando os países em desenvolvimento”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Gleisi diz que Arthur Lira reafirmou apoio e quer ajudar o governo Lula

Ministra das Relações Institucionais afirma que o ex-presidente da Câmara buscou diálogo, mas não negociou cargos

      Arthur Lira e a ministra Gleisi Hoffmann (Foto: Câmara dos Deputados)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta terça-feira (14) que o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, procurou o governo para reafirmar que “integra a base e quer ajudar” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita em entrevista à CNN Brasil e reproduzida pelo InfoMoney.

Segundo Gleisi, o encontro foi solicitado por Lira e não teve como pauta a manutenção de indicados a cargos. A ministra negou qualquer negociação direta envolvendo nomeações, em meio ao movimento do governo de demitir aliados dos 251 deputados que votaram contra a Medida Provisória alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Lira não veio negociar comigo em nome de nenhum partido ou conjunto de partidos. Ele veio conversar sobre a situação dele no governo, reafirmar que integra a base e que quer ajudar, mas não veio para negociar não”, disse Gleisi.

Ao Estadão, a ministra declarou na segunda-feira (13) que as exonerações de indicados por parlamentares contrários à MP 1303 fazem parte de um processo de “reorganização da base”. Segundo ela, a intenção é deixar claro quem realmente apoia o governo e quem optou por se afastar. “Quem votou contra optou por sair do governo. Queremos saber com quem podemos contar, quem realmente está com o governo, e isso vale para todos. O corte não é partidário”, afirmou.

A determinação parte diretamente do presidente Lula e busca fortalecer a coalizão governista com foco nas eleições de 2026. Até o momento, perderam cargos indicados de partidos como PP, União Brasil, PSD, MDB e PL em órgãos como a Caixa Econômica Federal, os Correios e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Também houve cortes em superintendências regionais do Ministério da Agricultura, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

De acordo com reportagem do Estadão, Gleisi assegurou a Lira que o presidente da Caixa, Carlos Vieira — nomeado em 2023, quando o deputado presidia a Câmara — permanecerá no cargo, reforçando que a relação institucional entre governo e Lira continua aberta, mas sem espaço para barganhas políticas diretas.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

VÍDEO – “Congresso nunca teve tão baixo nível”, diz Lula a Motta em evento


Presidente Lula ao lado de Hugo Motta durante discurso em evento no Rio de Janeiro, nesta quarta (15). Foto: Reprodução

O presidente Lula detonou o Congresso Nacional nesta quarta (15), durante evento no Rio de Janeiro em comemoração ao Dia do Professor. Em discurso diante do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula afirmou que o Parlamento vive um momento de “baixo nível” e associou parte dos problemas à ascensão da extrema-direita nas últimas eleições.

“Ele [Motta] sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”, disse Lula, apontando para o deputado, que estava sentado no palco. Em seguida, reforçou o tom: “Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”.

A declaração foi recebida com aplausos da plateia composta majoritariamente por professores e militantes. Veja:

Embora Lula já tenha chamado a atual legislatura de “a pior da história” em outras ocasiões, foi a primeira vez que fez a crítica na presença de um presidente de uma das Casas. A fala ocorreu poucos dias depois do Congresso decidir não votar uma Medida Provisória (MP) que poderia aumentar a arrecadação federal em R$ 17 bilhões.

A MP previa a taxação de rendimentos de fundos exclusivos e apostas esportivas, mas o governo não conseguiu votos suficientes nem acordo político para levá-la ao plenário. Mesmo com ajustes e negociações conduzidas pelo Planalto, a proposta não avançou, revelando dificuldades de articulação da base aliada.

Sem mencionar diretamente o episódio, Lula fez uma analogia para criticar o comportamento de parte dos parlamentares. “Não se coloca a raposa pra tomar conta de galinheiro. A raposa vai comer a galinha”, afirmou.

Durante o evento, o clima também foi de tensão entre o público e Hugo Motta. O presidente da Câmara foi vaiado ao subir ao palco e ouviu gritos de “sem anistia” vindos da plateia. Lula, em seguida, tentou amenizar a situação ao se levantar e caminhar até o parlamentar.

Fonte: DCM