terça-feira, 30 de setembro de 2025

Metanol em bebidas pode ter alcance nacional e PF abre investigação

Governo lança plano emergencial após mortes em São Paulo e alerta para risco de intoxicações em outras regiões

    Ricardo Lewandowski (Foto: Isaac Amorim/MJSP)

(Reuters) - A Polícia Federal abriu inquérito para apurar eventual ligação de episódios recentes de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica adulterada em São Paulo com o crime organizado, anunciaram nesta terça-feira o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, mas o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou a existência de indícios neste sentido.

"Nós determinamos ao doutor Andrei Rodrigues, que é o diretor-geral da nossa Polícia Federal, que abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição, que, ao que tudo indica, transcende os limites de um único Estado", disse Lewandowski em entrevista coletiva em Brasília.

Rodrigues explicou que a PF entrou no caso devido a indícios de que a distribuição da bebida adulterada transcende o território paulista e à possibilidade de ligação com o esquema desvendado pela PF de importação de metanol pelo crime organizado para um esquema de adulteração de combustíveis.

"Dentre as razões (para instalação de inquérito pela PF), há a questão da interestadualidade e a possível conexão com investigações recentes, especialmente no Estado do Paraná que se conectou com outras duas em São Paulo em razão de toda a cadeia de combustíveis, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá", disse Rodrigues.

"A investigação dirá se há conexão com o crime organizado, com operações anteriores. A gente vai buscar trabalhar de forma integrada", acrescentou ele, citando atuação em conjunto com autoridades paulistas.

Pouco depois, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, Tarcísio afirmou que não há indícios de participação do crime organizado e ironizou ao afirmar que "agora tem esse negócio em São Paulo, tudo o que acontece é PCC", referindo-se à facção criminosa Primeiro Comando da Capital.

"Tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Só para deixar claro: não há evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso", assegurou o governador.

"Os inquéritos que estão abertos e que estão chegando nas pessoas que estão trabalhando com adulteração, nessas destilarias clandestinas, são pessoas que não têm relação com o crime organizado e não têm relação entre si."

O governador disse ainda que a adulteração de bebidas é um "problema estrutural" do Brasil, que autoridades paulistas apreenderam nos últimos dias 50 mil garrafas de bebidas com suspeita de adulteração e que foi criado um gabinete de crise no governo estadual sobre o tema.

Segundo Tarcísio, até o momento foram confirmados cinco casos de intoxicação por metanol e há 17 casos suspeitos sob análise. Foi confirmada também uma morte em decorrência da intoxicação e outros quatro óbitos estão sob investigação.

Uma megaoperação de várias agências de cumprimento da lei sobre o uso de postos de combustíveis para lavar dinheiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) revelou, no final de agosto, um esquema criminoso que importava metanol, um solvente extremamente tóxico, pelo porto de Paranaguá (PR), mas os destinatários do produto não eram os que constavam nas notas fiscais. O metanol era transportado a postos onde era usado na adulteração do combustível vendido aos consumidores.

Tarcísio é aliado e afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro, e portanto adversário político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governador é apontado como possível candidato à Presidência no ano que vem, quando Lula deve buscar a reeleição, visto que Bolsonaro está inelegível devido a duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral e foi recentemente condenado a mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

CASOS ATÍPICOS

Também presente na coletiva em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que, somente em agosto e setembro deste ano, o número de intoxicações por metanol superou a média do que é registrado em um ano.

O ministro disse ainda que, geralmente, esses casos se referem a pessoas em situação de rua que ingerem o metanol e pessoas que tentam suicídio intoxicando-se com o produto. A intoxicação por consumo de bebida adulterada é incomum e chamou a atenção das autoridades, assim como a concentração dos casos em um único Estado, afirmou.

O ministro alertou ainda que a pessoa que apresentar sintomas de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica de origem desconhecida deve procurar imediatamente os serviços de saúde. Entre os sintomas que diferenciam a intoxicação por metanol daquela causada pelo consumo excessivo de bebida alcoólica está a dor abdominal, acrescentou o ministro, que também é médico.

"Quem teve essa história de ingestão de bebida alcoólica, sobretudo se você não conhece a origem dela, à medida que aparecerem os sintomas procure o serviço de saúde, não vá fazer qualquer medida por conta própria", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

STF publica edital com notificação de Eduardo Bolsonaro sobre denúncia


Parlamentar tem 15 dias para manifestar ciência da denúncia e caso não se manifeste será julgado à revelia no Supremo

     Eduardo Bolsonaro (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

André Richter, repórter da Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta terça-feira (30) o edital de notificação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento foi emitido no Diário de Justiça Eletrônico (DJe).

Com a publicação da citação, o parlamentar terá o prazo de 15 dias para manifestar ciência da denúncia. Se o deputado não se pronunciar, poderá ser julgado à revelia pelo Supremo.

Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, relator da denúncia, determinou que o parlamentar seja notificado por edital. Nos processos penais, a intimação pessoal dos acusados é obrigatória.

Eduardo Bolsonaro está no Estados Unidos e é acusado de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos dos ministros da Corte e integrantes do governo federal.

Na decisão, Moraes disse que Eduardo já confessou pelas redes sociais sua atuação junto aos Estados Unidos e que o deputado está naquele país para evitar a responsabilização no Brasil.

“Além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos”, afirmou Moraes.

Denúncia

Na semana passada, Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo foram denunciados ao Supremo pelo crime de coação no curso do processo. Ambos foram investigados no inquérito que apurou a participação deles na promoção do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil e de sanções contra integrantes do governo federal e do Supremo.

Na denúncia apresentada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que Eduardo e Figueiredo ajudaram a promover “graves sanções” contra o Brasil para demover o Supremo a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Dino: Congresso pode rever penas dos condenados do 8/1

Ministro do STF diz que Legislativo pode rever as penas dos condenados pela intentona golpista e cobra apurações sobre uso de emendas parlamentares

      Flávio Dino - 26/03/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (30) que o Congresso Nacional tem competência para revisar as penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, qualquer mudança aprovada pelo Legislativo terá impacto direto no trabalho do Judiciário, que é responsável por aplicar a lei vigente. Segundo o jornal O Globo, Dino também reforçou a necessidade de investigar irregularidades no uso de emendas parlamentares.

✱ Revisão das penas e papel do Legislativo

Dino destacou que a definição das punições não cabe apenas ao Judiciário, mas resulta de um processo compartilhado com o Legislativo. “A dosimetria sempre é compartilhada entre o legislador e quem aplica a lei. Se o legislador vai mudar os parâmetros, que eu não sei se mudará, é claro que isso influencia na atividade do Poder Judiciário. E não há nada de errado nisso, porque sempre é assim”, declarou.

A afirmação do ministro ocorre em meio ao debate político sobre a severidade das sentenças impostas pelo STF aos condenados pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

✱ Investigações sobre emendas parlamentares

Além do tema das penas, Dino reforçou que os inquéritos sobre desvios em emendas parlamentares seguirão normalmente. O ministro, que é relator de ações envolvendo o tema, enfatizou que não é possível admitir má aplicação de recursos públicos em meio à crise fiscal enfrentada pelo país.

“As apurações vão prosseguir normalmente, nos termos da lei, porque é uma exigência da Constituição, exigência da lei, da sociedade. Porque, se nós temos uma permanente crise fiscal em que recursos são necessários, direitos sociais custam caro e você tem dificuldade de financiamento das políticas públicas, você não pode conviver com a ideia de que bilhões de reais não estão sendo bem aplicados”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bebidas adulteradas: sobe para 5 número de mortos por metanol em SP

 

Garrafas de bebida alcoólica em comércio de São Paulo. Foto: Reprodução
O governo de São Paulo confirmou nesta terça (30) a quinta morte relacionada à intoxicação por metanol e anunciou a criação de um gabinete de crise para coordenar as ações de enfrentamento. O anúncio foi feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

De acordo com os números atualizados, já são 22 ocorrências registradas no estado: cinco casos confirmados de intoxicação por metanol, 17 ainda em investigação, uma morte confirmada e quatro óbitos sob análise. Segundo o governo, a prioridade é interromper a circulação das bebidas adulteradas e garantir assistência rápida às vítimas.

Entre as medidas anunciadas estão a interdição de estabelecimentos suspeitos, a abertura de canais de denúncia (incluindo o Procon) e a mobilização da rede pública de saúde para atendimento emergencial. “Estamos estruturando o sistema para dar resposta rápida e evitar que novos casos ocorram”, disse Tarcísio.

O secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, destacou que o antídoto para metanol já está disponível na rede hospitalar paulista. Ele explicou que a eficácia do tratamento depende do tempo de reação. “É fundamental procurar atendimento nos primeiros sintomas, como dor abdominal, náuseas e vômitos, para evitar complicações graves”, alertou.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante coletiva sobre morte por bebida contaminada com metanol, nesta terça (30). Foto: Reprodução

Questionado sobre suspeitas de envolvimento do crime organizado, Tarcísio negou ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Tudo o que acontece agora em SP é PCC. Não tem evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso”, afirmou o governador.

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça, classificou a situação como um risco de surto epidêmico. Em nota, destacou que a diferença em relação a outros episódios está no perfil das vítimas. Nos últimos anos, o metanol foi associado ao consumo deliberado de combustível por moradores de rua; agora, trata-se de bebidas adulteradas servidas em ambientes sociais.

“A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais. O cenário de adulteração é particularmente relevante do ponto de vista de saúde pública, pois episódios dessa natureza frequentemente resultam em surtos epidêmicos com múltiplos casos graves e elevada taxa de letalidade”, afirma o comunicado da Senad.

O órgão federal alertou ainda para o risco ampliado no fim de semana, quando há maior procura por bares e festas.

Fonte: DCM

APUCARANA: Obras da Sanepar exigem atenção redobrada dos motoristas em trecho da Rua Guarapuava

Trânsito sofreu alteração e está fluindo apenas em uma das faixas de rolamento, na região do Colégio Cobra


A Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (Segtran) solicita que os motoristas redobrem a atenção na região do Colégio Cobra. O trânsito sofreu alteração e está fluindo apenas em uma das faixas de rolamento neste trecho. A mudança é em virtude da execução de obras da Sanepar, que estão acontecendo entre a Rua Guarapuava, esquina com a Rua Irmã Eleotéria, e a Rua Ponta Grossa.

O secretário municipal de Segurança e Trânsito (Segtran), major Vilson Laurentino da Silva, explica que as vagas de estacionamento nesta quadra foram temporariamente suprimidas para comportar a nova dinâmica do fluxo de veículos. A mudança deve gerar maior lentidão, exigindo cuidado dos motoristas e, sempre que possível, a utilização de rotas alternativas.

O major reforça que não há bloqueio total da via, mas apenas ajustes necessários para garantir a segurança neste trecho. O secretário lembra que nos próximos dias a obra da Sanepar prosseguirá até a Rua Gastão Vidigal. “Ela vai ser realizada por etapas e vai impactar o trânsito em três quadras nos próximos dias”, alertou.

Obra busca melhorar abastecimento de água

A obra é executada pela Sanepar e consiste na substituição de 430 metros de tubulações de ferro por redes de PVC. O serviço abrange a Rua Guarapuava entre as ruas Irmã Eleotéria e Gastão Vidigal, com o objetivo de melhorar o abastecimento de água na região do bairro Barra Funda.

De acordo com o gerente regional da Sanepar, Luiz Carlos Jacovassi, os trabalhos fazem parte de um conjunto de ações para combater perdas de água e garantir mais segurança no sistema. Ele destacou que a nova rede vai melhorar a vazão, reduzir riscos de rompimentos e evitar falhas no fornecimento.

O prazo total da obra é de 15 dias, divididos em etapas. A interligação da nova rede também exigirá a interrupção temporária do abastecimento, que será previamente informada à população. Durante todo o período, equipes da Sanepar, Segtran e Obras acompanham a execução, reforçando a sinalização e orientando motoristas para minimizar transtornos.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana capacita médicos da Atenção Básica para atendimento de usuários de álcool e outras drogas

O encontro foi realizado nas dependências do CAPS AD e conduzido pela médica psiquiatra do serviço, Dra. Karla Sayuri Tatessuji Argenti, com mediação da enfermeira e coordenadora Jackeline Lourenço Aristides


A Divisão de Educação Permanente em Saúde da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana (AMS), em conjunto com o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD), promoveu uma capacitação voltada a médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) para o manejo de usuários de álcool e outras substâncias.

O encontro foi realizado nas dependências do CAPS AD e conduzido pela médica psiquiatra do serviço, Dra. Karla Sayuri Tatessuji Argenti, com mediação da enfermeira e coordenadora Jackeline Lourenço Aristides. “A atividade proporcionou um espaço produtivo de troca de saberes, discussão de casos e alinhamento de práticas de cuidado. Uma segunda turma está programada para o dia 24 de outubro, garantindo que todos os profissionais da rede básica sejam contemplados”, informa o médico Guilherme de Paula, secretário municipal da Saúde.

Ele ressalta que a iniciativa reforça o apoio matricial oferecido pelo CAPS às Unidades Básicas de Saúde. “Estamos fortalecendo a capacidade de resposta da Atenção Básica, que é a porta de entrada do sistema. O objetivo é qualificar ainda mais o atendimento aos usuários e às suas famílias, reduzindo estigmas e oferecendo acompanhamento humanizado, baseado em evidências e com rede de apoio integrada”, afirma o secretário.

O prefeito Rodolfo Mota destaca que o investimento na qualificação profissional é um reflexo do compromisso da gestão com a saúde mental da população. “O cuidado com a saúde não pode se limitar ao tratamento das doenças físicas. Em Apucarana, temos clareza de que a saúde mental é prioridade. Essa capacitação é mais uma ação que fortalece nossos serviços, amplia a capacidade de acolhimento das equipes e garante que o cidadão seja atendido com respeito, dignidade e a atenção que merece”, pontua o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Poda de árvores melhora iluminação e segurança na entrada da cidade

Trabalho abrange trecho da Avenida Governador Roberto Silveira, nas proximidades do acesso ao Núcleo Habitacional João Paulo


A Prefeitura de Apucarana iniciou nesta semana um trabalho de poda e substituição de árvores no trecho da Avenida Governador Roberto Silveira, principal entrada para quem chega da região de Cambira. A ação visa melhorar a visibilidade e a iluminação pública neste ponto da via, nas proximidades do acesso ao Núcleo Habitacional João Paulo.

O prefeito Rodolfo Mota afirma que a população vai sentir a diferença especialmente no período noturno. De acordo com o prefeito, os serviços de poda vão melhorar a visibilidade dos motoristas e pedestres, favorecendo a trafegabilidade e reduzindo riscos de acidentes.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva, os serviços seguirão pelos próximos dias. Estão sendo realizadas podas de levante, retirando galhos que obstruíam a iluminação. Também está sendo feita a retirada de árvores secas e ou que estejam com sua estrutura comprometida. “Na sequência, será feita a destoca e o replantio dessas árvores”, informa o secretário.

Outro ponto destacado pelo secretário é que os galhos das árvores podem provocar problemas no fornecimento de energia. “Temos muitas empresas localizadas nesta região da cidade e o trabalho de desobstrução próximo à rede elétrica reduz os riscos em dias de vento e chuva, prevenindo quedas de energia”, completou.

Diego explicou ainda que a ação conta com apoio da Copel, responsável pela limpeza das árvores próximas às redes de alta tensão, e dos agentes de trânsito, que fazem os desvios necessários para garantir a segurança durante o trabalho. A ação acontece no período das 8 às 17 horas e a parceria entre os setores, conforme o secretário, é fundamental para a eficiência da operação.


Fonte: Prefeitura de Apucarana

Lula não aceitará humilhação em encontro com Trump, diz Celso Amorim

Assessor especial do presidente e Lula afirma que encontro com Trump será respeitoso e poderá ocorrer em outubro, na Malásia

      Donald Trump e Lula (Foto: Reuters/Jeenah Moon | Ricardo Stuckert/PR)

O ex-chanceler e assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou que o mandatário brasileiro não aceitará nenhum tipo de constrangimento em uma eventual reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A diplomacia dos dois países já iniciaram conversas para viabilizar um encontro, possivelmente durante a cúpula da Asean, na Malásia, em outubro.

“Lula jamais se deixará humilhar por Trump. Essa possibilidade não existe, pode tirar da cabeça”, disse Amorim à Folha de S.Paulo. O assessor lembrou que outros líderes já foram alvo de constrangimentos em reuniões com Trump, como o ucraniano Volodymyr Zelensky, o sul-africano Cyril Ramaphosa e o canadense Mark Carney.

☆ Diplomacia busca encontro em país neutro

Para evitar imprevistos, o Itamaraty estuda a realização de uma ligação prévia entre os dois presidentes antes da reunião presencial. “Pode ser que a Malásia seja a melhor opção, mas o mais importante é que a reunião seja produtiva, como querem os dois países”, afirmou Amorim.

☆ Histórico de constrangimentos com líderes mundiais

Em fevereiro, Trump discutiu publicamente com Zelensky; em maio, mostrou vídeos distorcidos a Ramaphosa; e, em outro momento, ironizou o Canadá diante de Carney. Esses episódios reforçaram a preocupação do governo brasileiro.

☆ Trump sinaliza interesse em aproximação

Apesar de ataques ao Brasil em discurso preparado na ONU, Trump elogiou Lula em improviso e disse ter sentido “excelente química” com o líder brasileiro. Amorim destacou: “O contato pessoal sempre é muito importante, ele pode mudar tudo. O mundo é imprevisível, aprendi isso nos meus 83 anos”, disse o diplomata.

☆ Questão palestina e otimismo brasileiro

Amorim comentou ainda o plano de Trump para um cessar-fogo em Gaza, afirmando que espera que a proposta leve à criação de um Estado palestino. “O Brasil quer uma solução de dois Estados, com palestinos vivendo lado a lado e em paz com israelenses”, destacou.

Durante o evento USP Pensa Brasil, em São Paulo, o ex-chanceler encerrou sua fala em tom otimista: “Sou otimista. A desordem geralmente é uma transição para uma ordem melhor. Acredito na capacidade da humanidade de fazer esse movimento”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula", diz Alberto Cantalice

Dirigente nacional do PT analisa manifestações, PEC da Blindagem, anistia do 8 de Janeiro e reforça o favoritismo de Lula para 2026

“Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula", diz Alberto Cantalice (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao programa Brasil Agora, Alberto Cantalice, dirigente nacional do PT e advogado, analisou o cenário político atual, as manifestações populares e as perspectivas eleitorais para 2026.

Cantalice destacou a força do presidente Lula diante de adversários da extrema-direita e da centro-direita. “Qualquer candidato da extrema-direita será derrotado pelo Lula. Ele tem identificação com o povo, experiência de gestão e é um negociador por excelência”, afirmou, ressaltando a vantagem política do presidente frente aos oponentes.

O dirigente também comentou as recentes manifestações que ocorreram em protesto contra a PEC da Blindagem. Segundo ele, a mobilização popular foi decisiva: “Foi efetivamente um ato de massa. Quando mexe com o povo, dá nisso. A sociedade reagiu e fez o Congresso ouvir”.

Cantalice criticou ainda a tentativa de aprovar uma anistia para envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro, classificando como inviável qualquer anistia ampla e irrestrita. “Essa anistia já foi para as calendas. O fundamental é punir os que atentaram contra o Estado Democrático de Direito e mostrar que golpes não ficam impunes”, declarou.

Sobre o desempenho do governo, o dirigente apontou avanços na comunicação com a população e na capacidade de enfrentar pressões externas e internas. “O governo conseguiu desarmar a extrema-direita. As medidas econômicas, a defesa da soberania e a clareza na comunicação criaram conexão com o povo. Isso fortalece Lula e mostra que ele está preparado para conduzir o país”, explicou.

Eleições

Cantalice também analisou o cenário eleitoral e o posicionamento da centro-direita. Ele avaliou que adversários regionais, como Tarcísio em São Paulo, não possuem a mesma identificação com a população e tendem a manter candidaturas locais ao invés de disputar eleições presidenciais. “O certo para eles é não arriscar. Contra Lula, não têm a menor chance”, disse.

Por fim, o dirigente reforçou a importância da mobilização da sociedade para o funcionamento da democracia e para garantir que as pautas de interesse popular avancem. “O parlamento é importante, mas a sociedade precisa estar de olho. É a pressão social e a conscientização que fazem o país avançar”, concluiu.
Fonte: Brasil 247

Anvisa decide nesta terça sobre cultivo de maconha para fins medicinais

Prazo dado pelo o STJ vence hoje e pode definir um mercado que deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão em 2025 e até R$ 6 bilhões em 2030

     Cannabis medicinal (Foto: Reuters)

O prazo estabelecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a União regulamentem ou vetem de forma definitiva o cultivo de cânhamo (cannabis sativa) para uso medicinal no Brasil expira nesta terça-feira (30). Segundo o UOL, um estudo do Instituto Escolhas, divulgado em junho,aponta que o mercado nacional de medicamentos à base da planta deve movimentar R$ 1 bilhão já em 2025 e pode multiplicar esse valor por seis até 2030.

☆ Cânhamo x maconha: a diferença está no THC

O cânhamo e a maconha são a mesma espécie vegetal, mas se distinguem pela concentração de tetraidrocanabinol (THC), o composto psicoativo da cannabis. A planta é considerada cânhamo quando apresenta até 0,5% de THC. Acima de 3%, é classificada como droga psicoativa. Há variedades que chegam a mais de 20%.

☆ Potencial medicinal e industrial

Os usos do cânhamo vão muito além da medicina. Estudos clínicos já comprovam eficácia no tratamento de depressão, insônia, ansiedade, epilepsia, endometriose, dores crônicas, Alzheimer, Parkinson e até em terapias para crianças autistas.

No setor produtivo, a planta pode ser aplicada na indústria têxtil, substituindo o algodão; na construção civil, com a fabricação de tijolos; na produção de cosméticos e alimentos; e até em rações e medicamentos veterinários.

Segundo o Instituto Escolhas, o Brasil precisaria cultivar 64 mil hectares de cânhamo até 2030 para atender à demanda. O investimento estimado é de R$ 1,23 bilhão, com retorno de R$ 5,76 bilhões em receitas líquidas e geração de 14,5 mil empregos diretos.

☆ Avanço global e atraso brasileiro

Enquanto países como Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra e China já colhem resultados econômicos da planta, o Brasil ainda patina em regulamentação. Estimativas da consultoria Business Research Insights indicam que o mercado global deve atingir US$ 48 bilhões em 2025 e poderá superar US$ 700 bilhões até 2033, sendo US$ 120 bilhões apenas em medicamentos.

Na América do Sul, Paraguai, Uruguai e Colômbia já adotam políticas mais tolerantes. Para acompanhar os mercados desenvolvidos, o Brasil teria de investir algo em torno de R$ 150 milhões em pesquisas.

☆ O que dizem os especialistas

Daniela Bittencourt, secretária-executiva do comitê da Embrapa sobre cannabis, aponta o atraso do país. “O Brasil tem décadas de atraso em relação ao resto do mundo. Os países desenvolvidos investem pesado em estudos e produção de cânhamo, pois há mais de 2 mil aplicações da planta”, disse Bittencourt, de acordo com a reportagem. Ela destaca ainda o potencial competitivo do Brasil no mercado internacional. “Temos know-how agrícola, terra, instituições como a Embrapa, solo e clima propícios. Só falta a autorização”, completa.

Rafael Giovanelli, coordenador do estudo do Instituto Escolhas, compara o cultivo do cânhamo ao plantio de algodão. “O algodão ocupa 3,5% das áreas agrícolas brasileiras, mas consome 10% de todo o agrotóxico utilizado na agricultura. O cânhamo não precisa de agrotóxicos, usa pouca água, retira gás carbônico do ar e gera roupas mais duráveis. A regulamentação representa uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para o Brasil”, destaca”.

☆ Pesquisa acadêmica e obstáculos

A professora Vanessa Stein, da Universidade Federal de Lavras (MG), foi a primeira a obter autorização extraordinária da Anvisa, em 2015, para cultivar cânhamo em laboratório. Ela aplica biotecnologia no melhoramento genético da planta para produzir canabinóides in vitro.

“Tive de vencer várias barreiras de preconceito para conseguir financiamento. Desde 2017, enviei mais de 15 projetos e, por muito tempo, não liberavam recursos. Mas sou persistente”, relata. Neste ano, ela conquistou R$ 1,2 milhão da Fapemg para pesquisas nos próximos três anos. A cientista defende que a regulamentação trará benefícios diretos à população:

“Se a autorização da Anvisa ocorrer, o país terá maior controle de qualidade nos medicamentos e preços mais acessíveis. Hoje, remédios à base de cannabis chegam a custar R$ 600 nas farmácias”, afirma a pesquisadora.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Itaipu destaca soluções integradas de energia, água e alimentação na ONU

Participação na 80ª AGNU e eventos internacionais destaca papel da empresa em água, energia, igualdade de gênero e combate à fome

O encontro contou com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da subsecretária de desenvolvimento econômico do Ministério da Fazenda, Cristina Reis (Foto: Claudio Kbene)

A Itaipu Binacional marcou presença na Semana do Clima e na 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova Iorque, reforçando seu papel como referência nacional e internacional em soluções que conectam água, energia e desenvolvimento sustentável. A informação foi divulgada pela própria empresa.

Entre os destaques da agenda, a Binacional, em parceria com a NOW Partners, promoveu o evento “Caminhos do Brasil para a COP30: gênero, clima e combate à fome”, no NPR Studio, um dos espaços de debate mais renomados dos Estados Unidos. O encontro contou com a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da subsecretária de desenvolvimento econômico do Ministério da Fazenda, Cristina Reis, que ressaltaram a Itaipu como empresa pública estratégica, responsável pela implementação de políticas públicas e entrega de resultados à sociedade.

O evento consolidou a atuação da Itaipu como apoiadora institucional da COP30 e como agente ativo na agenda climática internacional, evidenciada pelos investimentos socioambientais que legitimam sua participação nos principais fóruns globais.

“Nossa participação na Semana do Clima de Nova Iorque foi estratégica para alinhar ações com ministérios e parceiros internacionais, em discussões que vão influenciar diretamente a COP30. Reafirmamos que a Itaipu vai além de gerar energia 100% limpa: somos uma empresa pública binacional que entrega soluções integradas de água, energia e alimentos para a sociedade. Assim damos concretude aos nossos investimentos socioambientais e fortalecemos a liderança do Brasil na agenda climática global", destacou Ligia Leite Soares, chefe do escritório em Brasília e coordenadora da COP pela Itaipu.

Além do evento no NPR Studio, a Itaipu participou da segunda edição do Women in Finance, iniciativa do Ministério da Fazenda com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), voltada a lideranças femininas do setor financeiro. A reunião teve como objetivo fortalecer a plataforma global criada pelo Brasil em 2024 para promover igualdade de gênero e sustentabilidade nas decisões financeiras públicas e privadas, com meta de mobilização de US$ 8,5 milhões até 2030. Entre os participantes estava Tarsiana Medeiros, do Banco do Brasil, além de outras lideranças do setor.

A Binacional também esteve em encontros estratégicos com o CEO do Intrinsic Exchange Group (IEG), para analisar a criação de empresas de ativos naturais (Natural Asset Companies – NACs) e créditos vinculados a serviços ecossistêmicos, e participou de reunião promovida pelo Pacto Global da ONU sobre o papel de empresas públicas e binacionais na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Durante toda a Semana do Clima, a Itaipu acompanhou diversos eventos como ouvinte, com apoio da Secretaria de Comunicação (Secop), ampliando sua articulação institucional e seu engajamento com a agenda climática global.

Fonte: Brasil 247

Efeito Lula: desemprego no Brasil cai para 5,6% e repete recorde histórico

Brasil tem menor taxa de desocupação desde o início da série em 2012

Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho. (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, mantendo-se no menor nível da série histórica iniciada em 2012. O índice representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada somou 6,08 milhões de pessoas, a menor já registrada.

☆ Ocupação em alta e renda estável

A população ocupada alcançou 102,4 milhões de trabalhadores, com aumento de 555 mil pessoas no trimestre e 1,9 milhão em relação a 2024. O nível de ocupação permaneceu no recorde de 58,8%.

O rendimento médio real foi de R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,3% maior que no ano passado. A massa de rendimento habitual chegou a R$ 352,6 bilhões, crescendo 5,4% em um ano.

☆ Subutilização e desalento em queda

A taxa de subutilização caiu para 14,1%, também o menor patamar da série, enquanto o número de desalentados recuou para 2,7 milhões — o menor desde janeiro de 2016.

☆ Emprego formal bate recorde

O setor privado registrou 52,6 milhões de empregados, novo recorde histórico. Entre eles, 39,1 milhões possuíam carteira assinada, crescimento de 3,3% em um ano. Em contrapartida, os trabalhadores sem carteira caíram para 13,5 milhões.

O setor público manteve 12,9 milhões de empregados, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões.

☆ Setores em destaque

A agricultura, pecuária e pesca cresceram 4,4% no trimestre, enquanto a administração pública, saúde e educação avançaram 1,7%. Já os serviços domésticos tiveram queda de 3%.

No rendimento médio, agricultura, construção, administração pública e serviços domésticos apresentaram ganhos significativos na comparação anual.

Fonte: Brasil 247

O incômodo do misógino Bolsonaro com a possível candidatura de Michelle

 

Jair e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução
A entrevista de Michelle Bolsonaro ao jornal inglês The Telegraph, na qual afirmou que poderia se candidatar à Presidência em 2026, não foi bem recebida por Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo. O ex-presidente, mesmo impedido de disputar eleições, não gosta de ver a sucessão presidencial debatida sem ele no centro.

Após a repercussão, Bolsonaro não mencionou diretamente a fala da esposa, mas reforçou a aliados que Michelle será candidata em 2026 — ao Senado, e não ao Planalto. Interlocutores interpretaram a resposta como um sinal claro de incômodo.

Desde antes da prisão, Bolsonaro já defendia que a ex-primeira-dama deveria concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, apesar da boa posição dela em pesquisas de intenção de voto.

✲ A fala de Michelle ao Telegraph

Na entrevista ao jornal britânico, Michelle afirmou que poderia “se levantar como uma leoa para defender nossos valores conservadores”. O diário destacou que ela se colocou “como potencial sucessora de seu marido” e deu a entender que estaria aberta a disputar a eleição presidencial.

Três dias depois, em Ji-Paraná (RO), Michelle recuou da interpretação de que disputaria o Planalto. “Nós somos mulheres que acolhem, que alimentam, que ajudam, que cuidam e defendem os seus como leoa. Nós vamos defender a nossa família. O meu marido está dentro de casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos dessa nação”, declarou. Ela acrescentou que não deseja ser presidente, mas sim primeira-dama.

✲ Reação de Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) minimizou as declarações da madrasta, interpretando-as como reação emocional. “Que mulher não ficaria revoltada com o marido colocado em cativeiro, como meu pai?”, questionou.

Para o filho “01” do ex-presidente, “não é hora” de discutir substitutos para Jair Bolsonaro na disputa presidencial: “Nossa prioridade é restabelecer tudo o que Alexandre de Moraes tirou do Bolsonaro”.

        Flávio e Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Ex-marqueteiro de Bolsonaro detona Eduardo nos EUA: “Direita errou demais e está perdida”


      Duda Lima durante a campanha de Ricardo Nunes. Foto: reprodução

O estrategista da campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Duda Lima, avaliou que a direita brasileira está cometendo um erro estratégico ao focar excessivamente em temas como a anistia em detrimento da crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao e-book “Quem será o próximo presidente?”, lançado na última semana, o marqueteiro argumenta que a oposição deveria concentrar seus esforços em apontar as falhas da atual gestão federal.

Lima também sustenta que Bolsonaro só teria perdido a eleição para Lula devido a eventos circunstanciais, como o episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson atacando policiais federais com granadas uma semana antes do segundo turno.

Segundo Duda Lima, as sanções anunciadas pelo presidente estadunidense Donald Trump e a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior representam um novo tiro no pé da oposição a um ano da corrida presidencial.

“A direita errou demais. ‘Ah, se não tiver mais anistia, vai ter tarifaço’. Eu não concordo com isso. Por acaso o povo vai pagar essa conta? Tem gente na direita achando que é isso mesmo, o que confunde as pessoas. Elas se perguntam: ‘Então eu defendo o Donald Trump ou ataco?’. Fica uma confusão generalizada. A direita acabou se perdendo em um momento em que o governo é que estava perdido”, afirmou o marqueteiro.

Donald Trump e Eduardo Bolsonaro em encontro nos Estados Unidos, em 2019. Foto: Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca

O estrategista, que conseguiu fazer o Partido Liberal entender a importância de atacar a ineficiência do governo no combate à inflação no primeiro semestre, havia planejado os últimos seis meses do ano com a direita focando em outro tema específico: os desvios no INSS e o prejuízo causado a milhões de aposentados pelas fraudes. No entanto, ele observa que a oposição parou de apontar os erros do governo.

“Não se fala mais dos problemas do governo. Quanto mais temas como o julgamento do Bolsonaro ou anistia se estenderem, pior para a oposição. Quem queria que o ex-presidente fosse condenado, já sabe em quem vai votar. Quem não queria, também. Há uma coluna do meio que deveria estar sendo impactada com os erros e acertos do governo. Se continuarmos nesses temas apenas, lá na frente não estaremos mais debatendo se o terceiro mandato do Lula foi bom ou ruim”, avaliou Duda.

O e-book “Quem será o próximo presidente?” apresenta doze entrevistas com os maiores estrategistas políticos e donos de institutos de pesquisa do Brasil.

Entre os entrevistados estão os protagonistas das últimas eleições presidenciais: os dois marqueteiros do PT nas últimas cinco disputas — João Santana (2006, 2010 e 2014) e Sidônio Palmeira (2018 e 2022); e os estrategistas que estiveram ao lado de Bolsonaro nas vezes em que concorreu — Marcos Carvalho (2018) e Duda Lima (2022). A publicação oferece um panorama abrangente das estratégias que moldaram as campanhas presidenciais recentes no país.

Fonte: DCM