segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Paraná Pesquisas: Lula vence todos candidatos da direita e empata com o inelegível

Lula e Bolsonaro durante debate em 2022. Foto: reprodução

Um levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (25) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparecem tecnicamente empatados em um eventual confronto no primeiro turno da eleição presidencial de 2026. Segundo os números, a disputa entre os dois principais nomes da polarização política brasileira segue acirrada, enquanto outros candidatos testados ainda não conseguem romper a barreira dos dois dígitos.

De acordo com a pesquisa, que ouviu 2.020 eleitores em 26 estados e no Distrito Federal entre 17 e 21 de agosto, Bolsonaro teria hoje 35,2% das intenções de voto, contra 34,8% de Lula. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que coloca ambos em situação de empate técnico.

Gráfico: CNN/Paraná Pesquisas

Logo depois aparecem o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), com 7,9%, e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 6,2%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), aparece com 3,1%, enquanto o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), soma 0,7%. Eleitores que optaram por branco, nulo ou nenhum totalizam 7,1%, e 4,9% disseram não saber ou não opinaram.

O instituto também testou um cenário em que Lula enfrentaria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), atualmente cotada para disputar o Senado pelo Distrito Federal em 2026. Nesse contexto, Lula aparece com 35,1% das intenções de voto, enquanto Michelle marca 28,9%.

Ciro Gomes aparece em terceiro, com 9,4%, seguido por Ratinho Jr., com 7,7%. Caiado registra 4,6% e Renan Filho mantém 0,7%. Os votos brancos, nulos e nenhum somam 8,2%, e 5,4% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Em outro recorte, Lula lidera com folga contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos nomes mais fortes da direita para 2026. O petista alcança 35,1% das intenções, contra 24,5% de Tarcísio. Ciro Gomes aparece logo atrás com 9,9%, Ratinho Jr. marca 8,8% e Caiado mantém 4,6%. Renan Filho chega a 1,2%. Neste cenário, 9,9% afirmaram que votariam branco, nulo ou nenhum, e 6% não souberam ou não responderam.

Gráfico: CNN/Paraná Pesquisas
Além da disputa em primeiro turno, o levantamento testou cenários de segundo turno entre Lula, Bolsonaro, Michelle e Tarcísio. Os números divulgados indicam que, em todos os cruzamentos, os candidatos aparecem tecnicamente empatados dentro da margem de erro, reforçando a perspectiva de uma eleição de 2026 marcada por grande divisão no eleitorado

Fonte: DCM

A preocupação particular do Itamaraty com a Lei Magnitsky

Palácio do Itamaraty, em Brasília. Foto: Pablo Jacob

A possibilidade de endurecimento da Lei Magnitsky tem gerado forte preocupação no Itamaraty. Isso porque os salários de todos os diplomatas brasileiros, além das despesas das embaixadas e consulados ao redor do mundo, são pagos a partir de uma agência do Banco do Brasil em Miami, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Caso as sanções avancem, a instituição pode ser diretamente impactada por manter operações nos Estados Unidos por meio do BB Americas, ao mesmo tempo em que segue sujeita às normas do Banco Central no Brasil.

A apreensão também envolve o Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros teriam se irritado com a conduta da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, diante das sanções impostas pelo governo Donald Trump contra Alexandre de Moraes.

Segundo relatos, Tarciana sugeriu que magistrados abrissem contas em cooperativas de crédito como forma de se proteger de possíveis bloqueios — proposta rejeitada pelos ministros.

Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil - 25/04/2025 - Banco do Brasil - Fotografia - Folha de S.Paulo
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. Foto: Reprodução

Além disso, a executiva ofereceu cartões da bandeira Elo a integrantes da Corte, buscando evitar problemas ligados ao uso de cartões internacionais de bandeiras americanas. Até agora, Moraes é o único ministro incluído na lista da Lei Magnitsky, mas a oferta foi ampliada diante da possibilidade de novas restrições.

As críticas à condução da presidente do BB foram transmitidas por ministros a membros do governo e do mercado financeiro, com a avaliação de que a instituição demorou a apresentar um plano de resposta à crise. Um deles chegou a comparar sua atuação à de “uma enfermeira que não percebeu a gravidade da situação”.

Após o desgaste, Tarciana intensificou a interlocução com ministros do Supremo para tentar conter danos e esclarecer a posição do banco. Em paralelo, enviou mensagens a aliados negando que informações divulgadas pela imprensa tenham partido de fontes oficiais da instituição.

A movimentação ocorreu após vir a público que um cartão internacional de Moraes foi bloqueado, fato que acabou sendo associado, de forma equivocada segundo ela, ao Banco do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Pode rir: presidente do Conselho de Ética não vê quebra de decoro em atos de Eduardo Bolsonaro

Presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Fabio Schiochet. Imagem: reprodução

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Fabio Schiochet (União-SC), afirmou neste domingo (24) à CNN que não enxerga quebra de decoro parlamentar nas quatro representações contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente é acusado por PT e PSOL de articular, nos Estados Unidos, ataques ao Judiciário que resultaram em sanções contra o Brasil.

“Eu, como presidente do Conselho de Ética, não vejo quebra de decoro em cima desses movimentos que entraram no Conselho de Ética. Não houve agressão, não houve agressão verbal, não houve ganho em cima do mandato dele para ser passível de quebra de decoro parlamentar”, disse Schiochet.

As representações pedem investigação e até a cassação do mandato, mas, segundo ele, Eduardo só poderia perder o cargo por faltas à Câmara. Os processos, assim como outras 16 representações contra diferentes parlamentares, começarão a ser analisados em 2 de setembro.

“Nós vamos analisar, a partir do dia 2 de setembro, com muita responsabilidade, os 20 casos contra 11 deputados federais”, continuou o presidente do Conselho de Ética.

Schiochet afirmou que o colegiado será muito demandado em 2025 por ser ano pré-eleitoral. “O deputado Eduardo Bolsonaro pode perder o mandato por falta, por não estar vindo para a Câmara. Mas, nas representações que chegaram no Conselho de Ética, eu não vejo como quebra de decoro parlamentar para pedir a cassação de mandato”, declarou.

“Vai ser um ano muito conturbado, um ano muito agitado no Conselho de Ética. Junto dos nossos 20 membros do colegiado, nós teremos que ter muita responsabilidade porque está se banalizando o Conselho de Ética”, continuou.

Eduardo Bolsonaro está desde o início do ano nos Estados Unidos e, portanto, sem participar das sessões da Câmara dos Deputados. Além disso, atua em defesa dos interesses de sua família e é apontado como um dos principais articuladores de medidas como a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, sanções a autoridades brasileiras e até o tarifaço imposto pelo governo Trump.

Fonte: DCM

Reforma administrativa quer acabar com aposentadoria como punição e prevê demissão de juízes


Deputado Pedro Paulo propõe demissão por processo disciplinar e fim de privilégios no serviço público

      CNJ (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O jornal O Globo revelou que a Reforma Administrativa em discussão na Câmara dos Deputados prevê mudanças profundas no regime disciplinar de juízes e membros do Ministério Público. O relator do projeto, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), deve apresentar um texto que extingue a aposentadoria compulsória como forma de punição e abre caminho para a demissão desses profissionais por meio de processo administrativo disciplinar.

Atualmente, magistrados e promotores só perdem o cargo por decisão judicial transitada em julgado. Em caso de infrações graves, podem ser afastados pelo tribunal de origem ou pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas mantêm os vencimentos por meio da aposentadoria compulsória — medida criticada por especialistas por ser vista como um “prêmio” para condutas ilícitas. Segundo levantamento da ONG Fiquem Sabendo, baseado em dados do CNJ, entre 2008 e abril de 2024, 135 juízes foram punidos e a maioria (59%) recebeu esse tipo de aposentadoria.

◈ O fim de um "prêmio" para má conduta

O relator argumenta que a proposta busca corrigir uma distorção histórica. “Hoje se um juiz rouba e é condenado, sua punição é uma aposentadoria compulsória com vencimentos elevados. Não tem razão para ser assim, essa punição é praticamente um prêmio”, afirmou Pedro Paulo. Ele defende que, no lugar da aposentadoria, o CNJ e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) possam decidir pela demissão, sem remuneração, após processo administrativo disciplinar (PAD).

A ideia retoma termos de uma Proposta de Emenda à Constituição apresentada anteriormente pelo ex-senador e ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino. O tema se insere no eixo de combate a privilégios da reforma, que reúne cerca de 70 medidas divididas em quatro áreas: estratégia, governança e gestão; transformação digital; profissionalização do serviço público; e eliminação de benefícios considerados excessivos.

◈ Regras mais rígidas para associações e conselhos

O relatório também deverá propor regras de desincompatibilização para membros de associações de classe que pretendam disputar vagas no CNJ ou no CNMP. A exigência será de afastamento de seis meses a um ano antes da candidatura, a fim de reduzir conflitos de interesse. “O CNJ e o CNMP são conselhos responsáveis por decisões que necessitam de independência, estipulam medidas correcionais, não deveriam ter a predominância de interesses corporativistas”, defendeu o relator.

◈ Fim de privilégios no serviço público

Entre as propostas adicionais, o texto prevê:

• Limite de 30 dias de férias anuais para todos os servidores, extinguindo o direito de juízes e promotores a 60 dias;
• Proibição de adicionais de férias superiores a um terço do salário, atualmente praticados em algumas carreiras;
• Definição restrita para verbas indenizatórias, com o objetivo de evitar que sejam usadas para superar o teto constitucional (R$ 46.366,19, equivalente ao salário de ministro do STF) sem incidência de Imposto de Renda;
• Criação de um teto de gastos para essas verbas, baseado nos valores pagos em 2020 corrigidos pela inflação;
• Fim da extensão de benefícios de uma carreira para outra por simetria ou paridade;
• Regras para home office, limitado a 20% da força de trabalho e restrito a um dia por semana, com exceções mediante justificativa;
• Proibição de progressões automáticas baseadas apenas em tempo de serviço.

◈ Honorários e fundos públicos sob fiscalização

Outro ponto da proposta é dar caráter público aos fundos que custeiam benefícios a categorias do funcionalismo. Esses recursos passariam a ser fiscalizados pelos tribunais de contas, com dados acessíveis à sociedade.

O relator também propõe disciplinar os honorários de sucumbência pagos a advogados públicos. “Minha proposta mantém a possibilidade dos advogados públicos receberem honorários de sucumbência, mas desde que os critérios de distribuição desses valores sejam mais transparentes e efetivamente voltados aos advogados que trabalharam na causa que gerou os honorários”, explicou Pedro Paulo.

◈ Prioridade da Câmara

O texto da Reforma Administrativa deve ser apresentado oficialmente na próxima semana. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já afirmou que a proposta é uma das prioridades da Casa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Milei está apavorado com os escândalos de corrupção da irmã Karina Milei

Vazamentos que envolvem Diego Spagnuolo e propinas em contratos públicos expõem fragilidade do governo libertário argentino

       Javier e Karina Milei (Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

O presidente da Argentina, Javier Milei, vive dias de tensão máxima diante de gravações que colocam no centro da crise sua irmã e principal aliada política, Karina Milei. O caso, revelado pelo jornal argentino La Nación e reproduzido pelo O Globo, envolve o ex-chefe da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, e um suposto esquema de propinas em contratos de medicamentos para pensionistas.

As conversas gravadas atribuem a Spagnuolo a descrição de um sistema de cobrança de até 8% em contratos da Andis, no qual Eduardo “Lule” Menem, braço direito de Karina Milei, seria o operador central. Em um dos trechos mais comprometedores, a irmã do presidente é mencionada como destinatária de 3% das propinas. O silêncio de Karina, que no passado reagiu com indignação a acusações sobre uso de joias de luxo, contrasta agora com a gravidade das suspeitas que pesam contra ela.

✱ O escândalo Spagnuolo e o colapso da retórica libertária

Spagnuolo, advogado sem experiência na área social, comandou a Andis durante mais de um ano. Conhecido por frases duras como “não há dinheiro” diante de pedidos de ajuda, ele mantinha em sua residência uma máquina de contar cédulas, enquanto pregava austeridade no uso de recursos públicos. As gravações sugerem que sua proximidade com a família Milei pode ter sido explorada para organizar a rede de propinas.

O promotor Franco Picardi apreendeu celulares, computadores e documentos tanto de Spagnuolo quanto de empresários da Suizo Argentina, drogaria citada nos áudios. Também foi alvo o advogado Daniel Garbellini, acusado de atuar como arrecadador do esquema em nome de “Lule” Menem. Para fontes da Casa Rosada, a maior preocupação é o desconhecimento sobre a quantidade de materiais ainda por vir à tona — áudios e vídeos que podem aprofundar a crise.

✱ Silêncio, contradições e o risco eleitoral

Enquanto Karina opta por não se pronunciar, Javier Milei tenta se manter alheio à crise, repetindo a postura adotada no caso da criptomoeda $LIBRA, que já havia colocado sua credibilidade em xeque. Mas o impacto agora é mais devastador: ao contrário do token digital, tratado como “questão entre entes privados”, o escândalo Spagnuolo toca em um setor social sensível e revela um mecanismo típico da política tradicional, justamente aquela que os libertários prometeram erradicar.

Com eleições provinciais em Buenos Aires a poucos dias e legislativas nacionais em dois meses, a crise chega em momento crítico para o governo. Fontes do entorno presidencial admitem que a instabilidade ameaça corroer os dois pilares do discurso mileísta: a estabilidade econômica e o combate implacável à corrupção da chamada “casta”.

✱ A pergunta sem resposta

Resta ao governo decidir se protegerá Spagnuolo, como já fez em outros escândalos envolvendo aliados próximos, ou se irá declará-lo “traidor e corrupto”. O problema é que sua proximidade com Milei é incontestável: participava de encontros privados, de campanhas e até representou o atual presidente em processos judiciais contra jornalistas.

A crise evidencia como as relações internas da Casa Rosada — dominadas pela influência de Karina e de seu operador “Lule” Menem — se tornaram um risco explosivo. Um funcionário do governo resumiu a situação em uma frase: “Estamos no escuro”.

Fonte: Brasil 247

Investigação de Dino com emendas Pix abre nova frente de confronto com Congresso

Ministro do STF aciona a PF para apurar destino de R$ 695 milhões e pressiona por transparência em repasses

       Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto / STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou neste domingo (25) que a Polícia Federal investigue o destino de cerca de R$ 695 milhões em “emendas Pix” repassadas a estados e municípios sem registro de plano de trabalho entre 2020 e 2024. A medida foi noticiada pela Sputnik Brasil e representa mais um capítulo da tensão entre o Judiciário e o Congresso Nacional em torno da transparência no uso de recursos públicos.

Na decisão, Dino deu prazo de dez dias para que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie às superintendências da PF os dados referentes a 964 casos em que não houve registro de planos de aplicação, classificados como “situação de parcial descumprimento de decisão judicial”. O ministro enfatizou ainda que os repasses ligados ao Ministério da Saúde devem ser analisados com prioridade.

A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, que trata da destinação das emendas parlamentares. Dino destacou que, embora a competência primária de fiscalização seja do TCU, os tribunais de contas estaduais também devem auxiliar no processo, reforçando o controle sobre o dinheiro público.

✱ Denúncia de emenda em condomínio de luxo

O ministro lembrou que a ausência de fiscalização pode abrir espaço para casos de desvio de finalidade, como o revelado pelo site Metrópoles, que mostrou que o deputado federal Fábio Teruel (MDB-SP) direcionou R$ 2,2 milhões de emendas para recapeamento das ruas do condomínio de alto padrão onde mora, em Alphaville, Barueri (SP). Ao todo, a prefeitura local recebeu R$ 11 milhões da União, parte destinada ao Residencial Tamboré I — apelidado de “Beverly Hills paulista” — onde vivem o parlamentar e sua esposa, Ely Teruel, vereadora em São Paulo.

✱ Disputa política e falta de transparência

As emendas Pix foram criadas durante o governo Bolsonaro e, desde 2023, tornaram-se foco de disputa entre Legislativo, Executivo e Judiciário. O modelo permite repasses diretos a prefeituras e governos estaduais sem exigência de convênios ou detalhamento dos projetos, o que dificulta a transparência. Segundo dados do Tesouro Nacional, entre 2023 e 2024 foram investidos R$ 118,9 bilhões, dos quais R$ 14,3 bilhões foram classificados como “encargos especiais”, categoria sem finalidade específica definida.

No dia 1º de agosto, Dino já havia suspendido temporariamente todas as emendas parlamentares até que critérios de transparência fossem implementados, ordenando uma auditoria sobre as emendas Pix. A reação no Congresso foi imediata: parlamentares acusaram o Supremo de interferência política e aprovaram em novembro um projeto de lei para regulamentar a prática.

Com a nova decisão, Flávio Dino reforça o embate institucional e amplia a pressão sobre parlamentares, expondo os riscos de um sistema de transferências bilionárias com pouca fiscalização e alto potencial de desvio.

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik Brasil

"Lula nunca foi tão favorito como agora", diz Marcos Coimbra

Cientista político da Vox Populi afirmou que a direita segue fragmentada e que Lula reúne todas as condições para disputar a reeleição em 2026

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marcos Coimbra (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

O cientista político Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra na disputa de 2026 em posição amplamente favorável. A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Mario Vitor Santos, no programa Forças do Brasil, da TV 247. Segundo Coimbra, as pesquisas divulgadas com frequência pela mídia não significam fraqueza do governo, mas sim uma tentativa de criar a sensação de que a eleição está indefinida.

“Lula nunca esteve fraco. Ele paga o preço de um mundo que está muito ruim”, disse Coimbra, lembrando que em diversos países governantes enfrentam índices de aprovação mais baixos devido ao cenário global adverso.

O analista destacou ainda que, mesmo nas sondagens “bem questionáveis” que circulam semanalmente, nenhum potencial adversário de Lula aparece como favorito. “Nós vamos ter de novo uma eleição em que esse núcleo antipetista de 40% vai disputar com o candidato da maioria”, avaliou.

Outro ponto ressaltado foi a vantagem de disputar a eleição estando no cargo. Coimbra explicou que a chamada inércia do eleitorado – a tendência de manter quem já governa – foi determinante para que Jair Bolsonaro chegasse competitivo em 2022, mesmo após um governo considerado desastroso. Agora, disse ele, esse fator favorece Lula:

“É bom você disputar no cargo. Você já é conhecido, já está fazendo um bom governo e ainda por cima é o presidente. Isso significa combustível para disputar e vencer uma eleição.”

Coimbra também ironizou a trajetória da família Bolsonaro:

“O que os Bolsonaros fizeram na vida foi andar com revólver na cintura e falar palavrão. Francamente, são critérios muito insuficientes para escolher um candidato a presidente.”

Na avaliação do cientista político, o bolsonarismo puro tem teto baixo, em torno de 10% do eleitorado, e não será suficiente para estruturar uma candidatura forte em 2026. Para ele, o favoritismo de Lula é evidente e maior do que em eleições anteriores.

“Eu acho que essa agora de 2026 é aquela em que o PT tem mais favoritismo”, concluiu Coimbra.

Fonte: Brasil 247

“Tornozeleiras patriotas” viram febre no Centro de Fortaleza às vésperas do julgamento de Bolsonaro

Acessório irônico verde e amarelo viraliza e expõe rejeição popular ao bolsonarismo

       Tornozeleiras patriotas (Foto: Reprodução / Redes sociais)

Às vésperas do 7 de Setembro, uma cena inusitada tomou conta das ruas do Centro de Fortaleza. De acordo com reportagem publicada pelo site Atitude Popular, vendedores ambulantes começaram a oferecer tornozeleiras nas cores verde e amarela, que rapidamente se transformaram em sucesso de vendas e em sátira política contra o bolsonarismo.

O acessório, apelidado pelos comerciantes de “tornozeleira patriota”, faz alusão às medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro e aos seus apoiadores que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A lembrança visual das prisões acabou ganhando novo significado: virou mercadoria popular e ironia coletiva contra a apropriação das cores da bandeira nacional por grupos ligados ao ex-presidente.

Vídeos de jovens e adultos usando a tornozeleira viralizaram e somaram milhares de visualizações em poucas horas. O fenômeno chamou a atenção não apenas pelo humor, mas também pelo simbolismo político: em vez de reforçar discursos antidemocráticos, o verde e o amarelo foram ressignificados como sátira.

Um dos vendedores relatou, em tom descontraído, que “o pessoal compra para usar no desfile ou para fazer vídeo. O que não falta é gente querendo tirar onda com os golpistas”.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do site Atitude Popular

Maioria dos brasileiros reconhece participação de Bolsonaro em tentativa de golpe de Estado, aponta Quaest

Levantamento mostra que 52% acreditam na participação de Bolsonaro e 55% apoiam prisão domiciliar determinada por Alexandre de Moraes

                  Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Uma pesquisa do Instituto Quaest, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada pelo g1, revelou que 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) participou do plano de tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. O índice cresceu em relação a março, quando 49% compartilhavam dessa opinião. Outros 36% rejeitam essa ideia, enquanto 10% não souberam responder.

O estudo ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto e também avaliou a percepção da população sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada em 4 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para 55% dos entrevistados, a medida é justa, contra 39% que a classificam como injusta. Apenas 6% não souberam ou preferiram não responder.

✱ Quem apoia e quem rejeita a prisão domiciliar

Segundo o levantamento, o apoio à decisão de Moraes é mais forte entre cidadãos que se identificam como de esquerda, mas não se declaram lulistas (93%), entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022 (84%) e entre moradores do Nordeste (65%). Também há maioria de apoio entre católicos (62%), jovens de 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e pessoas com até o ensino fundamental completo (56%).

Já a rejeição à medida é predominante entre bolsonaristas convictos (87%), eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (83%) e entre evangélicos (57%).

✱ Chamadas de vídeo e acusação de provocação

Moraes justificou a prisão ao apontar descumprimento de medidas cautelares, como a realização de chamadas de vídeo durante manifestações bolsonaristas em 3 de agosto. A pesquisa Quaest mostra que 57% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro agiu de propósito para provocar o ministro, enquanto 30% avaliam que ele não compreendeu corretamente as restrições. Outros 13% não souberam responder.

✱ Julgamento no stf e percepção pública

O levantamento também indica que 86% da população já tinham conhecimento de que Bolsonaro será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em processo que começará em 2 de setembro. Em março, esse percentual era de 73%. Por outro lado, a fatia de entrevistados que não sabia sobre o julgamento caiu de 27% para 14%.

✱ Repercussão e visibilidade do caso

A visibilidade da prisão domiciliar é ampla: 84% dos brasileiros disseram estar cientes da medida, contra 16% que afirmaram ter tomado conhecimento apenas no momento da entrevista. A imagem publicada pelo senador Flávio Bolsonaro, mostrando o pai em casa falando ao telefone durante ato em Copacabana, reforçou ainda mais a repercussão política do caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Convocar ex-presidentes não é prioridade, afirma presidente da CPMI do INSS

Carlos Viana disse que a comissão focará primeiro em técnicos e servidores antes de decidir sobre convocação de ex-mandatários

              Carlos Viana (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

A convocação de ex-presidentes da República não está entre as primeiras medidas da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, segundo o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar explicou que a prioridade inicial será ouvir técnicos e servidores ligados a órgãos de controle e fiscalização.

Na entrevista, Carlos Viana afirmou que a comissão não descarta chamar ex-mandatários, mas isso só deve ocorrer se houver elementos que indiquem responsabilidades diretas. “Primeiro, vamos convocar os técnicos e servidores ligados ao controle e fiscalização. Todos os demais somente serão chamados se surgirem fatos que comprovem responsabilidade direta”, declarou o senador.

A primeira sessão da comissão está marcada para terça-feira (26), quando governo e oposição deverão apresentar requerimentos de convocação. Entre os nomes que podem ser sugeridos estão os de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Viana, no entanto, a ideia é começar ouvindo servidores da AGU (Advocacia-Geral da União), da CGU (Controladoria-Geral da União) e do próprio INSS. O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, também deve ser chamado, além de representantes de entidades que faziam descontos em aposentadorias e pensões.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Quaest: 55% apoiam prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após o ministro Alexandre de Moraes apontar descumprimento reiterado das medidas cautelares

Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (25), revela que a maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme relatado pela CNN, o levantamento aponta que 55% dos entrevistados apoiam a decisão, enquanto 39% avaliam a medida como injusta. Outros 6% não souberam ou preferiram não responder.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após Moraes apontar descumprimento reiterado das medidas cautelares. O magistrado apontou que o ex-presidente utilizou chamadas de vídeo para participar de manifestações, o que teria violado a restrição de uso de telefone celular, seja de forma direta ou por meio de terceiros.

O levantamento da Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas em entrevistas presenciais realizadas entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Ensandecido, Eduardo Bolsonaro chama Moraes de "fdp" e diz que Jair "não roubou"

Deputado recebeu uma parte dos R$ 44 milhões recebidos por Jair Bolsonaro, que ele chama de "cara inocente"

Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo neste domingo (24) em que faz duras acusações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e contra a Polícia Federal.

Visivelmente exaltado, Eduardo Bolsonaro afirmou que seus avós e sua mãe teriam sido mantidos em cativeiro dentro de casa por criminosos no Rio de Janeiro. O seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, informou nesta manhã que eles foram feitos reféns durante um assalto na casa onde moram em Resende, no Rio de Janeiro.

Segundo Eduardo, os invasores teriam citado o nome de Jair Bolsonaro ao exigir dinheiro da família. Em tom de denúncia, o deputado responsabilizou diretamente a Polícia Federal e Moraes pela situação.

✱ Ofensas a Moraes e ataques à PF

Em vários trechos, Eduardo perdeu o controle e partiu para ofensas explícitas ao ministro Alexandre de Moraes. “Vocês que dizem que só estão seguindo ordem, vocês aí da Polícia Federal, vocês são os responsáveis por isso, por entrar nessa onda desse maluco do Alexandre Moraes, que tem que me segurar aqui para não falar um palavrão, para tentar fazer esse tipo de coisa.”

O deputado acusou agentes da corporação de compactuarem com criminosos e chamou Moraes de “filho da puta”, ao criticar a decisão do ministro de bloquear suas contas e as da esposa.

“O filho da puta do Alexandre de Moraes congelou a minha conta, congelou a conta da minha mulher, como é que eu fico para arranjar um segurança para eles? E quem bancar esse segurança? Será que não vai estar entrando também nos inquéritos do Alexandre de Moraes?”

✱ Defesa de Jair Bolsonaro

Eduardo também defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “cara inocente”, dizendo que ele não teria cometido irregularidades e estaria sendo vítima de perseguição.

“Deram facada no meu pai, quase mataram o cara, agora querem colocar ele 40 anos na cadeia. Um cara que não roubou, não fez nada de errado, muito pelo contrário, todos que tiveram contato com ele elogiam a conduta, coisa raríssima num presidente, entrar e sair com o mesmo patrimônio.”

Na sequência, afirmou que a família vem enfrentando dificuldades financeiras e atacou outros ministros do STF, como Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, acusando-os de perseguição.

✱ Acusações graves e apelo final

No vídeo, Eduardo Bolsonaro ainda levantou a hipótese de ligação entre os ataques sofridos por sua família e o Primeiro Comando da Capital (PCC), sem apresentar provas. O deputado encerrou a gravação pedindo que a Polícia Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro ajam contra os criminosos.

“Fica aqui o meu apelo, espero que a Polícia Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro, porque da Federal eu já não espero porra nenhuma, façam um bom trabalho e peguem esses criminosos, se possível cravejados de bala para que nunca mais possa haver a suspeita de voltar a invadir a casa de idosos junto com meus avós, junto com a minha mãe.”

Fonte: Brasil 247

Flávio Bolsonaro diz que mãe e avós foram feitos reféns, mas estão bem

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil


Reuters - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua mãe, ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, e seus avós foram feitos reféns neste domingo na casa deles em Resende (RJ), mas que estão todos bem.

"Graças a Deus estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva", afirmou o filho do ex-presidente em um post na plataforma de mídia social X.

"Os marginais chegaram abordando minha mãe, dizendo que sabiam quem ela era e querendo saber onde estava o 'dinheiro que o Bolsonaro mandava para meus avós'", acrescentou.

Ainda de acordo com o senador, como não havia dinheiro, foram levados alguns anéis e o carro do seu avô.

"Já tomamos as providências e, se Deus quiser, em breve esses marginais covardes serão encontrados!", acrescentou.

De acordo com o G1, citando a Polícia Militar, após buscas na região, os agentes recuperaram o veículo na Estrada do Ipiranga, no trevo em direção ao município de Arapeí.

O portal também afirmou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PGR avalia neste segunda (25) defesa de Bolsonaro e pode pedir prisão imediata


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o Procurador-Geral Paulo Gonet. Imagem: reprodução.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até esta segunda-feira (25/8) para se manifestar no inquérito que envolve Jair Bolsonaro. A defesa do ex-presidente, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (22/8), nega a existência de qualquer plano de fuga para a Argentina.

O caso é resultado de investigações da Polícia Federal, que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Segundo a PF, o ex-presidente tentou influenciar a Ação Penal nº 2668, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. Entre as evidências está uma minuta que sugeria urgência em um pedido de asilo ao presidente argentino Javier Milei.

Diante do relatório, o ministro Alexandre de Moraes concedeu 48 horas para que tanto a defesa quanto a PGR se manifestassem — prazo estendido até esta segunda-feira por conta do fim de semana.

ministro Alexandre de Moraes sério olhando pra frente sem olhar pra câmera
O ministro Alexandre de Moraes – Reprodução

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprimento de medidas impostas pelo STF. A decisão foi motivada por sua participação, ainda que virtual, em manifestações de apoiadores, em que discursou publicamente. Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar se as justificativas apresentadas são suficientes ou se há indícios de violação das restrições.

Se entender que houve descumprimento, Gonet poderá pedir a conversão imediata da medida em prisão preventiva, sem necessidade de aguardar o julgamento previsto para 2 de setembro.

Esse risco aumenta a pressão sobre a defesa, que sustenta não ter havido desrespeito às cautelares e afirma ter sido surpreendida pelo indiciamento. Os advogados destacam que cumprem os prazos fixados e insistem que as manifestações públicas não configuram infração às regras impostas.

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também se pronunciou e levantou dúvidas sobre a eficácia da vigilância no condomínio onde Bolsonaro está em prisão domiciliar. Para ele, a falta de controle externo poderia abrir espaço para uma eventual fuga à embaixada dos Estados Unidos, o que classificou como uma “cena humilhante”.

Kakay ressaltou que os fundamentos já justificariam a prisão preventiva, mas reconheceu que Moraes optou por uma medida mais moderada. Ele defende que cabe agora às autoridades reforçar a fiscalização para evitar novos desdobramentos.

Fonte: DCM

Dino aciona PF para investigar uso de R$ 694 milhões em emendas pix sem plano de trabalho

Ministro do STF determinou envio de informações sobre repasses sem detalhamento ao TCU e à Polícia Federal

        Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto / STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou neste domingo (24) que a Polícia Federal abra inquéritos para investigar o uso de R$ 694,6 milhões em emendas Pix sem apresentação de plano de trabalho. Dino deu prazo de dez dias para que o Tribunal de Contas da União (TCU) detalhe cada uma dessas transferências. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a decisão, os dados levantados pelo TCU deverão ser enviados às superintendências regionais da Polícia Federal. A medida busca apurar se houve irregularidades no repasse de recursos de emendas Pix que não possuem qualquer documento de planejamento ou execução. O ministro destacou que há uma “situação de parcial descumprimento de decisão judicial”, já que o STF havia determinado que todos os beneficiários apresentassem planos de trabalho para esses repasses.

◈ O que são emendas Pix e por que estão sob investigação

As chamadas emendas Pix são transferências feitas por parlamentares diretamente a prefeituras e governos estaduais, sem necessidade de vinculação a projetos específicos. A modalidade se popularizou no Congresso por ser de execução simplificada em comparação às emendas tradicionais, que exigem detalhamento sobre a aplicação dos recursos.

No entanto, o STF já havia decidido que mesmo as emendas Pix deveriam ter planos de trabalho registrados, justamente para garantir transparência e fiscalização no uso do dinheiro público. O documento é essencial para detalhar como cada valor será aplicado.

◈ Números e descumprimento de decisões

De acordo com informações do TCU enviadas a Dino, ainda restam 964 casos de planos de trabalho não cadastrados, referentes ao período de 2020 a 2024. Esses repasses somam R$ 694,6 milhões.

O ministro destacou que, apesar de avanços, o descumprimento ainda é relevante. Em fevereiro de 2025, havia mais de 8,2 mil planos ausentes, número que caiu para 6,7 mil em março. Mesmo assim, a falta de detalhamento em quase mil casos foi considerada suficiente para acionar a PF.

◈ Determinação a órgãos de controle

Dino determinou que o presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, identifique todas as emendas individuais associadas aos planos de trabalho não cadastrados. Essas informações deverão ser individualizadas por estado e município, permitindo que a Polícia Federal investigue cada caso em âmbito regional.

Segundo a decisão, o envio dos dados tem como objetivo “a instauração de inquérito policial” em cada superintendência, ampliando o alcance da fiscalização. O ministro reforçou que a ausência de planos representa descumprimento parcial das decisões do Supremo e exige resposta institucional imediata.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo