sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Veja a lista dos 10 maiores doadores de Jair Bolsonaro, que recebeu R$ 44 milhões

O próprio partido do ex-mandatário, uma empresa de saúde e outra do agronegócio foram as três principais doadoras. Confira o ranking na íntegra

Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF (Foto: Reuters)

O PL foi o principal doador de recursos para Jair Bolsonaro (PL) no período de 1º de março de 2023 a 5 de junho de 2025. O partido transferiu R$ 1,1 milhão para as contas do ex-mandatário, que tenta conseguir mais dinheiro para possíveis investimentos em mobilizações e em deslocamentos, com o objetivo de ter mais apoio de políticos e da população no sentido de pressionar o Supremo Tribunal Federal a anistiar pessoas envolvidas em planos golpistas.

A Polícia Federal obteve a lista dos maiores doadores com base em números do Conselho do Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Bolsonaro recebeu cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas em pouco mais de dois anos, de grandes valores a transferências menores, por PIX. O ranking foi publicado nesta sexta-feira (22) no Portal Uol.

Atualmente, Bolsonaro é réu no inquérito da trama golpista, cumpre medidas cautelares e será julgado em 2 de setembro. A segunda maior doadora do ex-mandatário foi a Onco Star SP. A empresa do setor da saúde, da Rede D'Or São Luiz, do médico Jorge Moll Filho, transferiu R$ 50.000. Em terceiro lugar ficou Rogério Martins Berti, empresário do agronegócio, de SP (R$ 34.6 mil).

O quarto maior doador foi José Alves Filhos, sócio da farmacêutica Vitamedic, de GO (R$ 19.001,00). Na quinta posição apareceu Marcos C. de Oliveira Venda, com R$ 14.132,00. Ele é da empresa Shoppinteligente, varejista de material elétrico, de SP).

Na sexta colocação ficou José Luiz Calheiros de Albuquerque* (R$ 10,1 mil), seguido por Pedro R. Antunes Freitas* (R$ 9,9 mil), e por João Bosco Jofre* (de SP), com R$ 9.001,00.

Em novo lugar ficou Sérgio Cardoso de Almeida Neto (empresário do setor imobiliário, de SP). Ele transferiu R$ 4.900,00. Outro empresário - Sérgio Cardoso de Almeida Filho (do agronegócio, de SP) doou R$ 4.900,00.

Entenda

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em mais uma frente de investigação que revela a articulação da extrema direita contra a democracia. Segundo os investigadores, o pastor Silas Malafaia teria orientado a família Bolsonaro a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de anistia para envolvidos nas tentativas de golpe de Estado. Embora não figure como alvo formal do inquérito, o religioso tem se notabilizado nos últimos anos como um dos mais fiéis apoiadores de Jair Bolsonaro.

No processo que apura a tentativa de ruptura institucional, conduzido no STF, Jair Bolsonaro será julgado no próximo dia 2 de setembro. O ex-presidente encontra-se em prisão domiciliar e responde a medidas cautelares por risco de fuga e por tentativas de atrapalhar as investigações.

As apurações revelam ainda que Bolsonaro e seu filho mantêm interlocução direta com aliados do presidente norte-americano Donald Trump, em um movimento de interferência estrangeira contra o Brasil. Desses contatos resultaram medidas hostis contra o país: um tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos e a suspensão de vistos de ministros do STF para entrar em território norte-americano.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o plano golpista, tornou-se o principal alvo dessa ofensiva da extrema direita norte-americana. Além do aumento de tarifas e da suspensão de vistos, Washington anunciou a aplicação da chamada Lei Magnitsky contra o magistrado — instrumento criado em 2012 e ampliado em 2016 para permitir que os EUA imponham sanções unilaterais a cidadãos de outros países, sob acusação de corrupção ou violação de direitos humanos, mesmo sem decisão judicial.

Na prática, a medida determina o bloqueio de eventuais bens ou ativos financeiros do ministro em território norte-americano e proíbe que instituições financeiras dos EUA realizem transações em seu nome. A decisão, porém, foi recebida com desdém por Moraes, que afirmou a interlocutores que não possui qualquer patrimônio nos Estados Unidos.

As sanções impostas pelos EUA contra o Brasil e contra integrantes do Supremo reforçam a escalada de ataques da extrema direita internacional à soberania nacional e às instituições democráticas brasileiras. Ao mesmo tempo, evidenciam o alinhamento entre o bolsonarismo e o trumpismo em uma estratégia conjunta de desestabilização política e econômica.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Como a PF recuperou áudios apagados de Bolsonaro e Malafaia


O ex-presidente Jair Bolsonaro mandando áudio. Foto: reprodução

A perícia forense computacional tornou-se peça crucial nas investigações da Polícia Federal, como no inquérito sobre a tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As conversas do réu com familiares e aliados, reveladas no inquérito da PF, chamaram atenção para um detalhe técnico que costuma passar despercebido: o trabalho dos peritos digitais.

São esses especialistas que conseguem recuperar arquivos, mesmo depois de apagados, e transformar celulares, computadores e outros dispositivos em peças centrais para as investigações.

O funcionamento desse trabalho lembra as histórias de Sherlock Holmes, que unia matemática, química e lógica para solucionar mistérios. Hoje, os investigadores da era digital usam a perícia forense computacional para acessar dados em dispositivos eletrônicos, reconstituindo provas que muitas vezes os investigados acreditam ter eliminado.

Quando um mandado de busca e apreensão é cumprido, os agentes coletam computadores, celulares, pen drives e outros aparelhos. Diferente da imagem antiga de policiais passando noites em frente ao computador, hoje o processo conta com equipamentos sofisticados, fornecidos por empresas de países como Israel e Canadá.

Esses sistemas permitem copiar todo o conteúdo de um dispositivo, criando uma “imagem” digital idêntica ao original. É como uma ressonância magnética: todos os arquivos, de fotos a documentos, ficam preservados para posterior análise.


Uma das maiores curiosidades é sobre a possibilidade de recuperar dados apagados. O mito de que deletar significa destruir completamente um arquivo já foi derrubado há tempos. Em geral, quando algo é excluído, o documento não desaparece imediatamente: ele vai para a lixeira e só é substituído quando novos dados ocupam aquele espaço.

Softwares especializados conseguem reunir fragmentos e reconstruir arquivos, como se fosse uma colagem de papéis rasgados. Essa técnica é fundamental em casos de corrupção, fraudes ou, como no atual inquérito, na investigação de ataques ao Estado Democrático de Direito.

A criptografia do WhatsApp também gerou dúvidas, já que mensagens de áudio atribuídas a Bolsonaro e ao pastor Silas Malafaia apareceram na investigação. O aplicativo realmente utiliza criptografia de ponta a ponta durante a transmissão, o que significa que o conteúdo só pode ser lido no celular do remetente e no do destinatário, nem mesmo funcionários da empresa têm acesso. No entanto, a partir do momento em que a mensagem chega ao aparelho de destino, ela passa a estar sujeita às condições de armazenamento.

Foi esse ponto que permitiu à PF acessar conversas de investigados. Malafaia, por exemplo, afirmou ter entregado não só o celular, mas também a senha, o que facilitou a extração dos dados. Para usuários comuns, isso pode ser apenas um detalhe, mas em investigações de grande porte essa diferença é determinante.

Autoridades internacionais, bilionários e executivos de grandes empresas geralmente adotam medidas extras, como a criptografia do armazenamento em várias camadas, para proteger segredos comerciais ou informações sensíveis. No entanto, a PF não encontrou indícios de práticas avançadas desse tipo no material apreendido no caso de Bolsonaro e seus aliados.

Fonte: DCM

Preço da cesta básica cai em 15 das 27 capitais, mostra pesquisa


       Pacotes de arroz em supermercado. Foto: Reprodução

O preço da cesta básica registrou queda em 15 das 27 capitais brasileiras em julho, enquanto 12 cidades tiveram alta, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Dieese em parceria com a Conab. Esta foi a primeira vez que o levantamento contemplou todas as capitais e o Distrito Federal e não apenas 17 municípios.

As reduções mais expressivas ocorreram em Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%). Já as maiores altas foram registradas em capitais do Nordeste, como Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%) e João Pessoa (1,8%).

Apesar das variações, São Paulo continua liderando o ranking da cesta básica mais cara, com custo de R$ 865,90. Na sequência aparecem Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48). Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74) e Salvador (R$ 635,08).

A comparação entre julho de 2024 e julho de 2025 mostrou aumento em todas as 17 capitais que já participavam da pesquisa, com variação de 2% em Belém até 19,5% em Recife. No acumulado de 2025 até julho, também houve alta em todas as cidades analisadas, de 0,3% em Goiânia a 11,4% em Recife.

Compras em supermercado. Foto: Reprodução

Com base na cesta mais cara, em São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal em julho deveria ser de R$ 7.274,43 para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas. Esse valor equivale a 4,79 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 1.518. Atualmente, um trabalhador que recebe o piso nacional comprometeu 50,9% da renda líquida para adquirir a cesta básica.

Entre os produtos analisados, arroz, feijão e café tiveram quedas em várias capitais. O arroz caiu até 7,1% em Porto Velho, enquanto o feijão apresentou retração em 24 cidades, com destaque para Vitória (-6,9%) e Florianópolis (-5,2%). O café em pó recuou em 21 capitais, como Belo Horizonte (-8,1%).

Já a carne bovina de primeira teve comportamento misto: alta em 11 capitais, como Boa Vista (2%) e Salvador (1,8%), e queda em 16, sendo a maior em Belém (-2,9%). O Dieese destacou que a demanda externa continua forte, mas o ritmo mais lento de abate e as tarifas de 50% dos EUA sobre a carne brasileira têm impactado os preços no mercado interno.

Fonte: DCM

“Bateu de cara no chão”: filho de Zambelli se desespera e pede direitos humanos para a mãe

 

Carla e João Zambelli. Foto: reprodução
João Zambelli, filho da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), divulgou um vídeo falando sobre os supostos problemas de saúde que estariam afetando a mãe, presa na Itália desde 29 de julho. Ele confirmou que a bolsonarista desmaiou durante uma audiência judicial: “Sim, foi verdade: ela caiu, desmaiou e bateu de cara no chão”. João listou síndromes e doenças crônicas não especificadas que complicam a permanência dela no sistema prisional italiano.

O jovem comparou a situação ao caso do ex-deputado Daniel Silveira, preso no Brasil: “Minha preocupação é minha mãe passar pelo que Daniel Silveira está passando. Tortura, coação, difamação e todo tipo de injustiça”. Zambelli enfatizou que a prioridade é o bem-estar da deputada, mas evitou detalhar quais condições médicas específicas ela teria, mencionando apenas “doenças e síndromes” não identificadas.

A defesa de Carla Zambelli já havia contratado o psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, conhecido por atuar em casos high-profile como os de Suzane von Richthofen e Flordelis, para embasar pedidos de prisão domiciliar. A estratégia jurídica alega fragilidade na saúde mental e física da parlamentar, tanto para evitar a extradição quanto para contestar processos no Brasil.

Fonte: DCM

Mensagens mostram como Bolsonaro tentou salvar mandato de Eduardo; veja


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho. Foto: Reprodução

A Polícia Federal encontrou diálogos do ex-presidente Jair Bolsonaro em que conversa com aliados para tentar estender a licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em março. Ele enviou áudios para o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, e para um assessor do próprio filho.

“Ô Gordo, me acha no regimento de vocês aí a licença por até quatro meses. Tira uma fotografia e manda pra mim. Eu quero preparar aqui, botar uma vírgula, para poder ser prorrogado por mais um período. Tá ok?”, diz a transcrição do áudio. Na sequência, o assessor envia a imagem de um documento a Bolsonaro.

Jair Bolsonaro pede para que assessor de Eduardo busque formas de prorrogar licença do deputado. Foto: Reprodução
Em outro diálogo, ele manda um áudio ao líder do PL na Câmara: “Sóstenes, abusando da tua boa vontade aí, vê se a gente pode nesse dispositivo aí do regimento interno ir prorrogando por igual período, mais quatro meses. Vê se é possível aí”.

Mensagem do ex-presidente Jair Bolsonaro a Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara. Foto: Reprodução/GloboNews

O parlamentar então promete conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a possibilidade. Os diálogos ocorreram em 1º de julho e a articulação visava garantir que Eduardo voltasse ao Brasil com um mandato na Câmara para evitar complicações com a Justiça.

Bolsonaro vinha estudando formas de manter o cargo do filho desde junho. Segundo a CNN Brasil, ele já havia citado a possibilidade de “recuperar o mandato dele e ficar fora do Brasil” em uma mensagem a assessores.

No dia 5 daquele mês, ele ainda encaminhou para Eduardo e outros 47 deputados federais uma mensagem pedindo apoio a um projeto, de Evair Vieira de Melo (PP-ES), que modifica o Regimento Interno da Câmara dos Deputados e permite que deputados possam exercer os cargos fora do país, sem perder os mandatos.

As mensagens fazem parte do inquérito da Polícia Federal que motivou o indiciamento de Jair e Eduardo na última quarta (20). Eles são acusados de tentar interferir no julgamento da trama golpista.

Fonte: DCM

EUA suspendem vistos a caminhoneiros estrangeiros, incluindo brasileiros


Fila de caminhão nos EUA. Foto: reprodução

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou na quinta-feira (21) a suspensão imediata de todas as emissões de vistos de trabalho para caminhoneiros estrangeiros, incluindo brasileiros. Em publicação no X, Rubio justificou a medida alegando que motoristas estrangeiros colocam “vidas americanas em risco” e prejudicam “os meios de subsistência dos caminhoneiros norte-americanos”, mas sem apresentar estudos ou provas concretas.

A decisão ocorre após um acidente fatal na Flórida onde um caminhoneiro indiano, supostamente ilegal e sem domínio do inglês, fez uma conversão ilegal resultando em três mortes. A American Trucking Association reagiu criticando a medida, classificando como “falsa” a narrativa de “dumping” de mão de obra estrangeira. Em nota de março, a associação afirmou que a alegação “não resiste a um exame minucioso”.

A suspensão afeta diretamente milhares de motoristas internacionais que dependem desses vistos para trabalhar legalmente nos EUA. Rubio não detalhou prazos ou critérios para reavaliação da medida, que gera impacto imediato no setor logístico estadunidense.

Fonte: DCM

TJ de SP atende pedido feito por Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e suspende fiança de R$ 25 milhões

O empresário continuará solto, mas deve respeitar medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica

      Sidney Oliveira (Foto: Divulgação/Ultrafarma)

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a fiança de R$ 25 milhões de Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, nesta sexta-feira (22). A defesa do empresário apresentou, na quinta-feira (21), um pedido de habeas corpus, alegando que não tinha recursos suficientes para fazer o pagamento.

Com a decisão, Oliveira continuará solto, mas deve respeitar medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica, não se comunicar com outros investigados e não sair de casa depois das 20h. A suspensão do pagamento de fiança é em caráter liminar (vale até o julgamento do caso).

O empresário tinha sido preso durante a Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo, que investiga suposto esquema bilionário de propinas a auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-SP) para liberar créditos irregulares de ICMS.

Fonte: Brasil 247

Malafaia desafia e pede a Moraes devolução de passaporte: ‘não sou fujão nem tenho medo do senhor’

O pastor aproveitou para acusar o ministro do STF de cometer crimes. Vídeo

Silas Malafaia e o ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O pastor Silas Malafaia pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (22) que determine a investigadores a devolução do passaporte do religioso apreendido durante uma ação da Polícia Federal na quarta-feira (20).

“Se eu tivesse medo do senhor, eu ficava lá (Portugal), eu ia para a América, que eu tenho igrejas. Eu voltei. Isso é um absurdo: apreender meu passaporte. Se eu fugir, eu estou destruído e desmoralizado diante da sociedade brasileira, diante da igreja evangélica, da igreja que eu sou pastor e da minha família. O senhor acha que eu vou jogar minha reputação na lama depois desses quatro anos denunciando seus crimes?”, questionou Malafaia em vídeo publicado nas redes sociais.

Na gravação, o pastor pediu também que o ministro do STF determine a devolução dos cadernos que, segundo o religioso, tem esboços bíblicos.“Eu sei que a PF digitaliza tudo. Quem sabe o senhor pode fazer um favor, além de devolver meus cadernos, me dá uma cópia digitalizada. São os dois pedidos que eu faço. E olha, parece incrível. Mas eu vou te agradecer, ministro. Eu vou dizer muito obrigado, se o senhor fizer esses dois favores, porque uma coisa eu não sou, covarde, medroso e fujão. Eu vou estar aqui”, completou.

O religioso foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações que apuram obstrução judicial do inquérito da trama golpista. A PF indiciou Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Investigadores apuram se Malafaia deu orientações para que a família bolsonarista pressionasse o STF a anistiar pessoas envolvidas em tentativas de golpe. O religioso não é investigado no inquérito do plano golpista, mas tem dado várias demonstrações de apoio a Jair Bolsonaro nos últimos anos.

Já na investigação sobre a tentativa de golpe, as apurações estão no STF, onde Jair Bolsonaro será julgado no dia 2 de setembro. Ele está em prisão domiciliar e também cumpre algumas medidas cautelares por risco de fuga para o exterior e obstrução judicial.

As investigações da PF apontam que Eduardo e Jair Bolsonaro continuam fazendo articulações com o governo Donald Trump (EUA), para aplicar sanções à economia brasileira e ao STF. Uma das retaliações foi o tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA.

A outra sanção foi a suspensão de vistos de ministros do STF brasileiro para os EUA. Contra o ministro Alexandre de Moraes, especificamente, os EUA usam a Lei Magnitsky. O magistrado é um dos principais alvos da extrema direita trumpista e bolsonarista por ser o relator do inquérito do plano golpista no STF e também teve atuação de destaque nos últimos anos em investigações contra milícias digitais.

Fonte: Brasil 247

'A possibilidade de fuga por meio da embaixada dos EUA é real', diz Lindbergh Farias sobre Bolsonaro

Deputado federal pede a prisão preventiva do ex-presidente

        Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) foi às redes sociais nesta sexta-feira (22) anunciar que pediu a prisão imediata e preventiva de Jair Bolsonaro diante do risco de fuga do ex-presidente, que está preso em regime domiciliar, em Brasília-DF.

"O plano organizado é de Bolsonaro para que ele entre [na embaixada dos EUA] e depois peça asilo político. A distância é de apenas 10 minutos da casa dele até a embaixada", disse Lindbergh.

Lindbergh disse ainda que está repassando os materiais com as evidências às autoridades competentes.

"Esse pessoal vai querer escalar, criar mais crise política, tensão nesse julgamento", previu Lindbergh, ao referir-se ao julgamento da trama golpista, no qual Bolsonaro é réu.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula acelera preparação de sistema próprio de navegação por satélite até 2026

MCTI coordena desenho de um Sistema de Posicionamento, Navegação e Tempo com inspiração asiática, interoperável e voltado à soberania tecnológica do país

      Comunicação via satélite (Foto: Reuters)

O governo federal estruturou, sob coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), um plano para criar um Sistema de Posicionamento, Navegação e Tempo (PNT) brasileiro com ambição regional e interoperável com constelações globais. A informação foi detalhada por Osório Coelho Guimarães Neto, diretor do Departamento de Programas de Inovação do MCTI, em entrevista à coluna Tilt, do UOL, nesta sexta-feira (22)

Segundo a coluna assinada por Helton Simões Gomes, o grupo interministerial instalado em julho tem prazo de 180 dias para entregar à ministra Luciana Santos uma estratégia completa — previsão entre janeiro e fevereiro de 2026 — antes de submissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desenho técnico se inspira em modelos de Índia, Japão e Coreia do Sul e mira um sistema local (regional) para reduzir custos e acelerar a implementação

O MCTI conduz o processo em parceria com quase duas dezenas de órgãos públicos — entre eles GSI, AEB, Telebras, Anatel e Inpe — em quatro frentes: definição da estratégia tecnológica; mapeamento das dependências e vulnerabilidades do Brasil frente a GPS (EUA), Glonass (Rússia), Galileo (UE) e Beidou (China); avaliação de rotas tecnológicas (geoestacionários, baixa órbita ou soluções sem satélite, em estudo na China); e modelagem de custos e financiamento (FNDCT, BNDES, PAC e cooperação internacional)

A opção de um PNT local, à semelhança do QZSS (Japão), do KPS (Coreia do Sul) e do IRNSS (Índia), é hoje a favorita por exigir menos satélites em operação e reduzir a barreira orçamentária. A interoperabilidade com sistemas globais é vista como condição para ampliar a cobertura e tornar o serviço útil não só no Brasil, mas em toda a América do Sul.

A entrevista rebate abordagens sensacionalistas que circulam em parte da mídia ocidental ao sugerir um suposto “botão de desligar” do GPS por motivações políticas. Em referência a especulações envolvendo Donald Trump, o atual presidente dos Estados Unidos, Osório foi direto: “Dizem assim: ‘ah, o Trump vai desligar o GPS!’ Não vai, né? Mas a gente não pode ficar dependente de humores (?) Quando desenvolve essa solução própria, a gente não só fortalece a segurança nacional, como também aumenta a nossa autonomia tecnológica e estratégica”

Para o diretor do MCTI, o PNT é infraestrutura crítica equiparável a serviços essenciais. “A gente considera o GPS como uma infraestrutura crítica, do mesmo jeito que são portos, aeroportos, escolas, hospitais e estradas.” Nessa lógica, o PNT nacional teria impacto em três frentes: social (transporte público, monitoramento ambiental e de fronteiras, gestão de riquezas como água e minérios), econômica (alternativa doméstica para agronegócio, mineração, telecom, bancário e energia, inclusive com potencial de receitas via chips compatíveis) e geopolítica (ganho de autonomia tecnológica e mitigação de riscos num cenário internacional mais hostil)

Embora o projeto esteja em formulação, a pasta reconhece que a sustentação do sistema exigirá orçamento contínuo — tanto para a operação orbital quanto para a rede terrestre. Osório indica que há fontes acessíveis hoje: linhas do BNDES, cooperação internacional e fundos setoriais como o FNDCT, que desde 2023 opera com disponibilidade superior a R$ 10 bilhões. Parcerias não estão descartadas; Brasil e China, por exemplo, firmaram acordo para o CBERS-5, o primeiro satélite geoestacionário do país.

A criação do grupo de trabalho precedeu em uma semana a onda de rumores sobre um eventual “desligamento” do GPS pelos EUA — narrativa repetida em espaços informativos sem lastro técnico. A iniciativa, na verdade, decorre de estudo do CGEE apresentado em 2023 ao MCTI e amadurecido ao longo de pelo menos dois anos, com foco em soberania e resiliência. “A soberania tecnológica está completamente vinculada à soberania nacional”, afirmou Osório.

Ao explicar o timing, o diretor recorreu ao coloquial para defender urgência e pragmatismo: “Por que fazer isso agora? Desculpa a expressão, mas antes tarde do que nunca, né? Toda a nossa dependência em relação aos sistemas estrangeiros, ainda mais diante do contexto econômico, geopolítico e social, torna essa iniciativa bem urgente”

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Rússia expressa apoio à Venezuela para proteger sua soberania

Moscou e Caracas irão fortalecer a parceria estratégica

Putin e Maduro em Moscou - 25/9/2019 (Foto: Sputnik/Alexei Druzhinin/Kremlin via REUTERS)

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia manifestou nesta sexta-feira (22) solidariedade à Venezuela e afirmou que apoia as medidas tomadas por Caracas no sentido de proteger a sua soberania, em meio a ameaças intervencionistas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“No dia 22 de agosto, ocorreu uma conversa telefônica entre o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e a vice-presidente executiva da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez Gómez. Serguei Lavrov expressou sua solidariedade à liderança venezuelana e confirmou seu amplo apoio aos esforços do país para proteger a soberania nacional e garantir a estabilidade institucional diante da crescente pressão externa sobre Caracas”, diz o informe do Ministério das Relações Exteriores russo.

O comunicado especifica que, durante a conversa, as partes confirmaram a intenção mútua de reforçar ainda mais a parceria estratégica entre Moscou e Caracas, além de concordarem em ampliar a interação e a coordenação em assuntos globais, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos em defesa da Carta da ONU.

Anteriormente, Washington havia manifestado sua disposição de utilizar “todos os elementos do poder norte-americano” na luta contra o narcotráfico. A declaração ocorreu em meio ao envio de três navios de guerra dos Estados Unidos para as costas da Venezuela, com cerca de 4.000 fuzileiros navais a bordo.

Fonte: Brasil 247

Aliados tratam como “inevitável” prisão de Bolsonaro nesta sexta


      O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A prisão de Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (22) é tratada como inevitável por seus próprios aliados e apoiadores. Réu por tentativa de golpe, com julgamento marcado para 2 de setembro, o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por novas violações e pode deixar a prisão domiciliar para cumprir pena em regime fechado ainda hoje.

A PF descobriu que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares e elaborou um plano de fuga para a Argentina. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo até a noite desta sexta para que a defesa se manifeste. Caso não aceite as explicações, ele poderá decretar a prisão preventiva.

Nos bastidores bolsonaristas, a expectativa é de derrota. O golpista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo, que atua nos Estados Unidos ao lado de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em articulações com Donald Trump, comentou a possibilidade.

“Rumores de que está em discussão, neste momento, o envio de Bolsonaro para a prisão comum já amanhã. Moraes quer, mas muitos parecem perceber que tirar um idoso doente da prisão domiciliar e colocá-lo na comum só reforçaria a percepção de violações de direitos humanos. A ver”, escreveu no X.

Há quem diga ainda que Moraes teria escolhido o dia 22 para prender Bolsonaro em alusão ao número eleitoral do PL, partido do ex-presidente. “Hoje é dia 22. 22 é o número de urna de Bolsonaro. O pacote de maldades não tem fim”, escreveu um apoiador do ex-presidente.


Cela preparada


O espaço está localizado no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, no Setor Policial de Brasília, e foi equipado com banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão.

A “cela de Bolsonaro”, como vem sendo chamada por policiais no DF, segue os moldes da que abrigou o presidente Lula (PT) na Superintendência da PF no Paraná, entre 2018 e 2019.

Integrantes da PF explicaram que a sala foi montada há mais de três meses e não tinha foco específico em Bolsonaro, podendo ser usada para qualquer autoridade presa.

“Ela foi montada e reestruturada após a cúpula da PF e a Vara de Execuções Penais do DF consultarem a Superintendência para checar se haveria um lugar específico para custodiar o ex-presidente”, revelaram fontes.

Fonte: DCM

"STF não pode ceder a coações, chantagens e ameaças", afirma Dino

Ministro diz que decisão que invalida leis estrangeiras no Brasil visa “evitar conflitos no futuro" e garante a soberania da Constituição

     Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

Durante participação em um evento na Bahia nesta sexta-feira (22), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino defendeu que a Corte não deve se curvar a pressões externas e ressaltou que decisões recentes visam resguardar a soberania brasileira.

Segundo o g1, Dino ressaltou que a decisão que impede a aplicação de legislações internacionais sem a devida tramitação jurídica no Brasil tem como objetivo "harmonizar situações contenciosas e, sobretudo, evitar conflitos no futuro". O ministro enfatizou que “um país que valoriza a sua Constituição não pode aceitar medidas de força que ameacem os seus cidadãos, as suas cidadãs e que ameaçam as suas empresas”.

A medida foi tomada no âmbito de uma ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) contra processos abertos por municípios brasileiros na Inglaterra. Dino explicou que empresas nacionais estavam sendo alvo de determinações da justiça estrangeira sem observância das convenções internacionais.

Embora não tenha citado diretamente a chamada Lei Magnitsky — sanção aplicada pelos Estados Unidos contra o ministro do STF Alexandre de Moraes em julho — a decisão foi interpretada como uma resposta a esse episódio. A interpretação gerou preocupação no mercado financeiro, levando a uma queda generalizada nas ações de bancos brasileiros na última terça-feira (19).

Dino alertou que o precedente de aceitação de sanções externas poderia atingir não apenas políticos, mas também companhias nacionais em disputas comerciais internacionais. “Hoje a sanção ou as sanções podem se dirigir contra o ministro, contra um político. Amanhã, essas sanções, não só de um país, mas de outros, podem se dirigir contra qualquer empresa brasileira, por exemplo, por protecionismo”, afirmou.

Ainda de acordo com a reportagem, ele reforçou que o Brasil é signatário de acordos que determinam como devem ser reconhecidas decisões de tribunais estrangeiros, mas destacou que aceitar leis extraterritoriais sem esse devido processo equivaleria a uma renúncia inconstitucional. “Se a justiça brasileira aceita isso, significa dizer que nós renunciamos àquilo que não pode ser renunciado, que é o cumprimento da Constituição”, declarou.

No encerramento de sua fala, Dino destacou que o STF tem a responsabilidade de julgar com independência e não pode ceder a intimidações. “O que eu posso afirmar, contudo, é que, de um modo geral, o Supremo não pode renunciar ao seu papel de julgar as questões que lhe são apresentadas. [...] Por outro lado, significa dizer que o Supremo não pode ceder a coações, chantagens, ameaças”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Trump usa navios de guerra para intimidar e ameaçar a América Latina, avalia o governo Lula

Percepção é de que Trump tenta emparedar governos que adotam postura independente em relação à Casa Branca

      Lula e Donald Trump (Foto: ABR | Reuters)

O envio de navios de guerra norte-americanos para a costa da Venezuela é visto pelo governo brasileiro como uma tentativa explícita de intimidação da América Latina. Segundo integrantes do Executivo ouvidos pela CNN Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca transmitir um recado direto aos países da região: se necessário, estaria disposto a recorrer ao uso da força para conter governos que adotem políticas contrárias aos interesses ideológicos ou econômicos de Washington. Entre as nações mencionadas estão Brasil, Colômbia, México e Panamá.

O Brasil, que tem resistido a iniciativas de interferência externa, figura entre os alvos dessa ofensiva política. Colômbia e México, liderados por governos de esquerda, também mantêm atritos importantes com Trump. No caso panamenho, apesar do governo de direita, há forte preocupação na Casa Branca com a presença chinesa em torno do Canal do Panamá e com o fluxo migratório pela região do Darién, considerado uma das principais rotas de entrada rumo à América do Norte.

Fontes do governo brasileiro destacam que, apesar da retórica agressiva, não há expectativa de que a Casa Branca ordene, neste momento, uma ação militar direta contra a Venezuela de Nicolás Maduro. A estratégia estaria mais voltada a demonstrar poder, reforçando a presença estadunidense com fuzileiros navais e embarcações de guerra para manter a região sob influência de Washington. Essa postura é comparada por analistas à antiga Doutrina Monroe, formulada no século 19 para consolidar o controle dos EUA sobre o continente.

Ainda conforme a reportagem, um dos principais articuladores dessa política de pressão é o secretário de Estado Marco Rubio. Filho de exilados cubanos que se opuseram à revolução de Fidel Castro, Rubio mantém histórico de forte hostilidade contra governos progressistas na América Latina e tem desempenhado papel central no endurecimento da diplomacia da Casa Branca.

Na Colômbia, as divergências estão relacionadas ao combate à produção de cocaína e à imigração. O presidente Gustavo Petro, um dos principais líderes da esquerda latino-americana, tem sido vocal em suas críticas a Trump, o que acirrou ainda mais a relação.

No México, governado por Claudia Sheinbaum, o impasse se concentra na crise migratória e no fentanil, droga que se tornou uma das maiores emergências de saúde pública nos EUA. Washington acusa os cartéis mexicanos de controlar a produção e distribuição da substância e critica o governo local pela falta de ação. Trump e Rubio chegaram a ameaçar o uso das Forças Armadas para bombardear instalações ligadas ao narcotráfico no país vizinho. Já o Panamá segue na lista de preocupações de Washington por conta do papel estratégico do canal interoceânico e do aumento da influência chinesa na região.

De acordo com as fontes consultadas pela CNN, todas essas movimentações fazem parte de um pacote maior da Casa Branca para reafirmar que os Estados Unidos não admitirão políticas que tirem a América Latina de sua órbita de influência.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil