sexta-feira, 18 de julho de 2025

De tornozeleira, Bolsonaro diz não ter dúvida de que será preso e ataca Moraes: "ditador"

No entanto, Bolsonaro também insistiu que será novamente candidato à Presidência no ano que vem

      Jair Bolsonaro (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

(Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, em entrevista exclusiva à Reuters, que não tem dúvidas de que será condenado e preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal determinada pela corte nesta manhã.

Bolsonaro disse, em entrevista na sede de seu partido, o Partido Liberal (PL), em Brasília, que só está em julgamento no STF porque o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra ele na corte, quer condená-lo, considerando que o correto seria ser julgado na primeira instância do Judiciário.

"Ele quer me tirar da participação no jogo político do ano que vem", afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente é réu em processo no STF acusado de participar de uma suposta trama para um golpe de Estado após sua derrota na eleição presidencial de 2022. Ele disse acreditar que será condenado até o mês que vem.

Na manhã desta sexta-feira, o ex-presidente foi alvo de uma operação da PF determinada por Moraes com busca e apreensão em sua casa e uma série de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e proibição de contato com uma série de pessoas.

Em sua decisão, Moraes disse que o ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado que está vivendo nos Estados Unidos, agiram ilegalmente “com a finalidade de tentar submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado estrangeiro, por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas com patente obstrução à Justiça e clara finalidade de coagir essa Corte.”

O ex-presidente classificou Moraes de "ditador aqui no Brasil" e disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca o confronto com os Estados Unidos, em meio às tarifas comerciais de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil.

Bolsonaro, que foi declarado inelegível em duas ações pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), insistiu que será novamente candidato à Presidência no ano que vem e fez a avaliação de que, caso não dispute, Lula será reeleito.

Sobre as medidas judiciais contra ele, Bolsonaro classificou o uso de tornozeleira eletrônica como "uma suprema humilhação" e criticou a proibição de contato com Eduardo. "É uma covardia não poder falar com Eduardo. Falava com ele nos EUA pelo menos dia sim, dia não."

Bolsonaro afirmou que nunca cogitou deixar o Brasil, apesar das medidas cautelares que buscam impedi-lo de sair do país e que o processo contra ele é político.

(Reportagem adicional de Fernando Cardoso e Eduardo Simões, em São Paulo)

Bolsonaro diz estar com vergonha de usar tornozeleira: "humilhante"

Ex-presidente acusado de tentativa de golpe de Estado já admite prisão e diz ser vítima de covardia: "nada fiz de errado”

        Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se queixar nesta sexta-feira (18) das medidas judiciais determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações que apuram sua participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à Band News, Bolsonaro classificou como “humilhante” e “degradante” o uso da tornozeleira eletrônica, determinada pelo STF como uma das condições para sua liberdade.

“Eu tenho vergonha de usar tornozeleira. Qual risco ofereço à sociedade? Qual o risco ofereço de fuga?”, disse o ex-mandatário, que também afirmou não temer uma eventual prisão. “Estou com 70 anos, não estou com preocupação, com medo de nada. Agora, é uma injustiça, uma covardia me prender, nada fiz de errado”, declarou.

As medidas impostas por Moraes incluem ainda a proibição de contato com outros investigados, entre eles o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e a vedação de uso das redes sociais.

Fonte: Brasil 247

Damares diz que Michelle Bolsonaro foi filmada de pijama e pede ao STF para não vazar imagens

 

Os senadores Marcos do Val e Damares Alves
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra dos Direitos Humanos, criticou nesta sexta-feira (18) a operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo ela, a ação teria causado constrangimento à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que estava de pijama quando os agentes chegaram à residência da família, nas primeiras horas da manhã.

A operação incluiu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, no Jardim Botânico, e na sede do PL, em Brasília. A PF apreendeu dinheiro em espécie, um pen drive escondido no branheiro e o celular do ex-presidente, que estava no local com a família. Posteriormente, Bolsonaro foi conduzido para instalação de tornozeleira eletrônica, medida determinada pelo STF.

“Hoje eu vi a humilhação”, disse ela numa coletiva. “Se era apenas para conduzi-lo, para colocar uma tornozeleira, por que entraram na casa fortemente armados? E por que forjaram, dentro da casa dele, uma situação de tamanho constrangimento a uma mulher de pijama? Só espero que essas imagens não vazem. Estão ouvindo, Suprema Corte? Que essas imagens não vazem.”

Damares afirmou que esteve com Michelle ainda pela manhã e elogiou sua postura diante da ação. Para ela, o episódio simboliza “o nascimento da maior liderança conservadora do país”. Michelle, por sua vez, se manifestou apenas por meio de um versículo bíblico em suas redes sociais, sem comentar diretamente as medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro.

Fonte: DCM

VÍDEO – PL vai priorizar retaliação ao STF e deixar anistia de lado, diz líder do partido

 

Sóstenes Cavalcante em entrevista à CNN Brasil. Foto: reprodução
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta sexta-feira (18) que a bancada de oposição passou a priorizar projetos que limitem as “decisões monocráticas” do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada em entrevista à CNN horas após o ministro Alexandre de Moraes determinar o uso de tornozeleira eletrônica para o ex-presidente Jair Bolsonaro e autorizar buscas em sua residência e na sede do partido.

“Votarmos a anistia é a segunda prioridade, também nossa, mas achamos que isso (pacote sobre o STF) é uma prioridade”, declarou Sóstenes, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe decisões individuais de ministros da Corte. O parlamentar classificou as medidas contra Bolsonaro como “espetáculo político e midiático”.

Sóstenes criticou a forma como as decisões foram tomadas: “A decisão do ministro Alexandre de Moraes é de forma monocrática. Imagino que os demais membros do STF sequer tinham ciência disso. É tipo aquela operação para possuir espetáculo político, midiático”.

Veja a fala de Sóstenes:


O líder da oposição revelou que encaminhou ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando a suspensão do recesso parlamentar, que começou nesta sexta, para votação emergencial de matérias como a PEC das decisões monocráticas. No entanto, Motta manteve o período de recesso, com retorno dos trabalhos marcado para 4 de agosto.

Aprovada pela CCJ em outubro de 2022, a PEC estabelece que ministros do STF não poderão, individualmente, suspender atos dos presidentes da República, Senado ou Câmara. A proposta, que já passou pelo Senado, aguarda análise de comissão especial antes de ir a plenário.

No ofício a Motta, Sóstenes argumentou que o Congresso precisa ter “atitude urgente” diante de recentes decisões de Moraes, citando não apenas o caso Bolsonaro, mas também medidas sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além da PEC, o líder do PL pedia avanços em projetos sobre:

– Extinção do foro privilegiado para crimes comuns;
– Anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro;
– Instalação de CPI sobre abuso de autoridade.

Fonte: DCM

Afundada em crise, Jovem Pan demite apresentadora após 4 anos

 

Elisângela Carreira, repórter e apresentadora. Foto: Divulgação
A Jovem Pan anunciou recentemente a demissão da apresentadora e repórter Elisângela Carreira, que fazia parte do canal desde junho de 2021. A informação foi confirmada pela própria emissora. Durante seu tempo na Jovem Pan, ela apresentou programas como o “Documento Jovem Pan” e colaborou com o “Jornal da Manhã”.

Sua saída está relacionada a mudanças internas, especialmente após a chegada de Márcia Dantas, ex-apresentadora do SBT, que estreou o programa “Tempo Real” na faixa da tarde. Além de Elisângela Carreira, outros dois profissionais dos bastidores, um produtor e um editor, também foram desligados da emissora.

Apesar de ocupar a segunda posição entre os canais de notícias da TV por assinatura, o canal vive uma crise e já anunciou planos para repor essas vagas com novos nomes, conforme busca se adaptar à nova fase de sua programação.

Antes de sua passagem pela Jovem Pan, Elisângela ganhou notoriedade como repórter no programa “Brasil Urgente”, de José Luiz Datena, na Band, onde trabalhou por 14 anos. Posteriormente, passou pelo SBT, onde produziu reportagens para o “Primeiro Impacto”, e também teve uma passagem pela Record, no “Cidade Alerta”.

Fonte: DCM

MP investiga casal bolsonarista que atacou imigrantes em SC

 

O casal de influenciadores Jenifer Milbratz Stainzack e Cleiton Stainzack. Foto: Divulgação

O casal de influenciadores Jenifer Milbratz Stainzack e Cleiton Stainzack, de Santa Catarina, se tornou alvo de uma denúncia no Ministério Público após a divulgação de um vídeo com “requisitos” para morar no estado. No vídeo, eles listaram quatro “verdades” sobre o povo catarinense, incluindo uma declaração racista sobre imigração, na qual afirmaram que um grupo de pessoas “nunca deveria ter vindo” para o estado.

Em um trecho do vídeo, Jenifer e Cleiton afirmam: “Se vier com jeitinho, corpo mole, volta enquanto é tempo”, e destacam que pessoas de estados “destruídos pela esquerda” são bem-vindas se quiserem “trabalhar com dignidade”, mas rejeitam aqueles que defendem “agenda woke, ideologia de gênero e assistencialismo estatal”.

A vereadora de Florianópolis, Ingrid Sateré Mawé (PSOL), denunciou o casal ao Ministério Público, caracterizando a postagem como um “grave episódio de incitação à discriminação e xenofobia contra migrantes”, especialmente nordestinos e nortistas, historicamente marginalizados em Santa Catarina.

Relembre o vídeo:

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula: “Não vou devolver o Brasil àquele bando de malucos em 2026”

 

Lula durante discurso nesta sexta-feira. Foto: reprodução
Em discurso no Ceará nesta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou sua pré-disposição a concorrer à reeleição em 2026, com o objetivo declarado de impedir o retorno ao poder do que chamou de “bando de malucos”, em clara referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

“Não vou entregar esse país de volta àquele bando de malucos que quase destroem esse país nos últimos anos. Eles não voltarão, podem estar certos disso”, afirmou Lula durante evento em Missão Velha (CE), após visitar obras da Ferrovia Transnordestina. “Não voltarão não é porque Lula não quer, é porque vocês não vão deixar eles voltarem”.

O presidente, no entanto, ressaltou que a decisão final só será tomada em 2024: “Se tiver com a saúde que estou hoje, com a disposição que estou hoje, podem ter certeza que serei candidato outra vez para ganhar eleições nesse país”.

E completou: “Só vou decidir se vou ser candidato no ano que vem, porque tenho que conversar com minha própria consciência e conversar com vocês.”

Veja o momento da fala de Lula:



Cenário eleitoral favorável

A declaração ocorre um dia após pesquisa Genial/Quaest mostrar Lula liderando em cenários de segundo turno contra todos os potenciais adversários, com exceção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem tem empate técnico (41% a 37%).

Em maio, o petista aparecia empatado com Bolsonaro (41% a 41%), mas agora lidera com 43% contra 37% do ex-presidente, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral e agora sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Os números refletem melhora na avaliação do governo após semanas focadas nas pautas de justiça tributária e soberania nacional, em resposta às tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros. O índice de avaliação negativa caiu de 43% para 40%, enquanto a positiva se manteve em 28%.

Lula evitou comentar a operação da Polícia Federal que impôs a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições. O foco do discurso foi a agenda de infraestrutura, com o anúncio de novos recursos para a Transnordestina – ferrovia de 1.209 km que deve começar a operar no fim de 2025, ligando Piauí, Ceará e Pernambuco.

Acompanhado pelo governador Elmano de Freitas (PT) e ministros como Camilo Santana (Educação) e Renan Filho (Transportes), Lula destacou a importância estratégica da obra: “Estamos resgatando um projeto que vai gerar desenvolvimento para todo o Nordeste”.

Fonte: DCM

Bolsonaristas se desesperam e convocam para manifestação: “Brasil nas ruas já”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Foto: Divulgação
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão convocando seus apoiadores nas redes sociais para manifestações, após a operação da Polícia Federal (PF) que teve Bolsonaro como alvo nesta sexta-feira (18). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua conta no X, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, pediu para seus seguidores irem protestar: “Brasil nas ruas já”.

O chamado para os protestos é uma resposta direta às medidas impostas por Moraes, que incluem a imposição de tornozeleira eletrônica e a proibição de Bolsonaro de usar suas redes sociais para se comunicar. A bancada do PL, que já demonstrou apoio ao ex-presidente, se reúne na segunda-feira (21) para definir os detalhes do movimento.

De acordo com aliados, o protesto será parte de um conjunto de ações que o partido tomará nos próximos dias. Em declarações à imprensa, Bolsonaro demonstrou indignação com a operação e as medidas cautelares.

O ex-presidente classificou as decisões de Moraes como uma “covardia” e afirmou que a imposição de uma tornozeleira eletrônica e a censura das suas redes sociais representam uma forma de “perseguição política” e “censura”. O ex-mandatário enfatizou que a medida vai contra os princípios democráticos que defendem a liberdade de expressão.

Bolsonaro dando entrevista após investigação da PF. Foto: Divulgação
A bancada do PL, que já tinha manifestado apoio a Bolsonaro em outras ocasiões, prometeu continuar a defender o ex-presidente. A reunião da bancada na segunda-feira (21) será decisiva para definir a estratégia do partido diante das decisões judiciais que têm afetado Bolsonaro nos últimos dias.

Além das manifestações nas redes sociais, parlamentares do PL já anteciparam que outras medidas serão adotadas, incluindo uma possível intensificação da pressão sobre o STF. A mobilização visa pressionar o Supremo Tribunal Federal e, especialmente, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão que resultou na operação e nas restrições impostas a Bolsonaro.

O plenário do STF, por sua vez, iniciou na mesma sexta-feira o julgamento das medidas adotadas por Moraes. A sessão, que acontece de forma virtual, tem como objetivo validar ou revogar as determinações impostas ao ex-presidente, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação pelas redes sociais.

O julgamento deve ser concluído até a próxima segunda-feira (21). Para aliados de Bolsonaro, a decisão do STF é uma clara tentativa de limitar a liberdade de expressão do ex-presidente, uma ação que, segundo eles, não encontra respaldo na Constituição.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Toc, toc, toc”: Tralli tira sarro de Bolsonaro no Jornal Hoje

 

Cesar Tralli fazendo “toc, toc, toc” na bancada do “Jornal Hoje”. Foto: reprodução

Os jornalistas César Tralli, apresentador do “Jornal Hoje”, e Jacqueline Brazil tiraram sarro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a edição desta sexta-feira (18). Ao falarem sobre a previsão do tempo para o fim de semana, que está “batendo na porta”, Tralli repetiu o meme criado pela ex-bolsonarista Joice Hasselmann da onomatopeia “toc, toc, toc”, em referência à operação da Polícia Federal.

“Jacquline Brasil, fim de semana está aí”, iniciou Tralli, batendo na bancada, antes de completar: “Batendo na porta”. Segurando a risada, a “garota do tempo” respondeu: “toc, toc, toc”, tempo firme e seco em quase todo o país, Tralli”.


O meme surgiu quando a jornalista Joice Hasselmann, logo após abandonar o bolsonarismo, comentou a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Bolsonaro. “Três batidinhas na porta e do outro lado alguém pergunta: ‘Quem é?’. E a resposta é: ‘É a Polícia Federal'”, disse a ex-parlamentar em 2022. Nesta sexta, ela voltou a provocar o ex-presidente com o viral.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e fique em prisão condicional residencial, podendo sair de casa apenas entre 7h e 19h de dias úteis.

A decisão do STF ocorre em meio à tensão diplomática com os Estados Unidos. Na última semana, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, citando explicitamente o processo contra Bolsonaro como motivação.

O ex-presidente e seu filho Eduardo, que está nos EUA, vinham associando publicamente a revogação das tarifas à concessão de anistia – movimento que o ministro Alexandre de Moraes classificou como “atentado à soberania nacional” em sua decisão.

As medidas restritivas contra Bolsonaro, incluindo o recolhimento domiciliar e proibição de contatos com autoridades estrangeiras, foram determinadas em processo que tramita sob sigilo no STF desde 11 de julho.

A operação da Polícia Federal desta sexta-feira encontrou na residência do ex-presidente documentos relacionados a ação judicial movida nos EUA contra Moraes pela plataforma Rumble em parceria com empresa de Trump.

Fonte: DCM

Pen drive no banheiro de Bolsonaro intriga PF e levanta suspeita de esquema com criptomoedas

 


Em meio ao pântano de investigações que encurrala o clã Bolsonaro, uma peça, até então mantida na penumbra dos inquéritos, pode ser a chave para desvendar um esquema de movimentação financeira. Fontes da Polícia Federal em Brasília adiantaram ao DCM informações sobre o pen drive escondido no banheiro do ex-presidente.

A hipótese que se desenha é que o dispositivo pode ser, na verdade, uma “cold wallet” – uma carteira fria de criptomoedas.

“Uma pessoa pediu para usar o banheiro, quando voltou, estava com o pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Eu nem tenho laptop em casa para mexer com isso. A gente fica preocupado”, declarou Bolsonaro a jornalistas. Seu filho e comparsa Eduardo fala em “evidências plantadas”.

Parecem traficantes de drogas jogando cocaína na privada durante uma batida policial.

Para o cidadão comum, um pen drive serve para guardar fotos, documentos de texto ou apresentações. No submundo das finanças ilícitas, no entanto, sua função pode ser outra. Modelos de armazenamento de criptoativos em dispositivos offline são a ferramenta predileta para quem deseja lavar dinheiro e praticar evasão de divisas.

Milhões de reais, obtidos de fontes obscuras – como as famigeradas “rachadinhas” ou supostos esquemas de corrupção –, são convertidos em criptomoedas como Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). Uma vez digitalizado, o dinheiro perde seu rastro físico. O passo seguinte é transferir esses ativos digitais para uma “cold wallet”.

Diferente das corretoras online (hot wallets), que são conectadas à internet e rastreáveis, a carteira fria é um cofre offline. O pen drive, uma vez carregado com as chaves de acesso às criptomoedas, é desconectado da rede, tornando-se um fantasma para o sistema financeiro tradicional e para a Receita Federal.

Com esse dispositivo no bolso, uma pessoa pode cruzar fronteiras transportando fortunas sem que um único dólar seja detectado em scanners de aeroporto ou em contas bancárias. Ao chegar em um paraíso fiscal ou em países com regulação frouxa, como os Estados Unidos, basta conectar o pen drive a um computador, acessar os fundos e convertê-los novamente em moeda local. É a evasão de divisas em sua forma mais pura e tecnológica, um crime perfeito para a era digital.

É bom lembrar que ainda foram encontrados 14 mil dólares e 7 mil reais em dinheiro vivo.

A suspeita ganha força quando se observa o contexto. As investigações sobre a venda de joias e presentes oficiais nos Estados Unidos, operada por figuras de confiança de Bolsonaro, como seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, levantam uma questão óbvia: como o dinheiro dessas transações retornava ao Brasil ou era utilizado no exterior sem levantar alertas?


Teria o esquema de criptoativos servido para “limpar” esses valores? Seria essa a ponta do iceberg de uma estrutura montada para financiar a vida nababesca do clã no exterior e, quem sabe, para financiar atos antidemocráticos, longe dos olhos do Coaf e do Banco Central?

O que continha, afinal, o pen drive encontrado no banheiro? Seriam apenas arquivos pessoais ou as chaves criptográficas de uma fortuna digital? Se a Polícia Federal conseguir quebrar a criptografia do dispositivo – uma tarefa notoriamente difícil –, o que revelará?

Fonte: DCM

Moraes revê decisão sobre IOF nesta sexta. Veja o que muda

De acordo com o ministro, não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa

     Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revisou nesta sexta-feira a decisão que validou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) feito pelo governo para estabelecer que não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa.

Na quarta-feira, Moraes concedeu liminar para retomar a vigência da maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou alíquotas do IOF sobre uma série de operações de câmbio, crédito e previdência.

Na ocasião, ele definiu que o retorno da eficácia da medida teria efeito retroativo desde sua edição. Agora, ele revisou esse ponto após pedido da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

“Em respeito ao princípio da segurança jurídica, convém esclarecer que no período compreendido pela suspensão da eficácia do decreto presidencial não se aplicam retroativamente as alíquotas majoradas”, disse o ministro na nova decisão.

Segundo ele, a complexidade das operações financeiras sujeitas ao IOF é obstáculo significativo à operacionalização da cobrança, “sob risco de insegurança e aumento injustificado de litigiosidade entre fisco e agentes econômicos”.

A elevação do IOF pelo governo foi derrubada pelo Congresso no fim de junho e o caso foi levado ao Supremo pelo presidente Lula. No início de julho, Moraes suspendeu liminarmente os decretos presidenciais que elevaram o IOF, bem como a decisão do Congresso que sustou seus efeitos.

Após tentativa de conciliação entre governo e Congresso que terminou sem acordo, o ministro decidiu pela validação da medida do governo, exceto o ponto que criou uma cobrança de IOF sobre o chamado risco sacado, operação de antecipação de recebíveis feita por empresas.

Na quinta-feita, a Receita Federal já havia informado que instituições financeiras que recolheram IOF menor durante a suspensão de decreto não seriam obrigados a fazer a quitação retroativamente, mas ponderou que ainda avaliaria a situação em relação a uma eventual cobrança dos contribuintes.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Moro resolve sair em defesa de Bolsonaro e faz comparação com Lula

Para o ex-juiz suspeito, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação do ex-mandatário, réu no inquérito do plano golpista

      Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)

Blog do Esmael - O senador Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Paraná em 2026, criticou duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica e restrições judiciais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o veto ao uso de redes sociais e a proibição de manter contato com outros investigados.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Segundo a decisão, Bolsonaro estaria tentando obstruir a Justiça e influenciar depoimentos de outros réus, o que justificaria a adoção de medidas cautelares severas. Além da tornozeleira, o ex-presidente está proibido de se ausentar do Distrito Federal, falar publicamente sobre o caso e interagir em plataformas digitais, direta ou indiretamente.

Ao comentar o caso, Moro traçou um paralelo com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato e afirmou que, mesmo quando condenado, Lula nunca teve cerceado seu direito de se manifestar publicamente.

“O Lula nunca foi proibido de se manifestar publicamente ou dar entrevista, ao se posicionar em rede social antes do julgamento, do caso Lava Jato. Nem por mim, nem pelo TRF, nem por qualquer corte”, argumentou o ex-juiz da Lava Jato.

Na avaliação de Moro, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação de Bolsonaro antes de uma condenação definitiva. Segundo ele, “a forma como a pessoa se manifesta não pode ser controlada pelo Estado”.

Além da crítica jurídica, o senador também fez um alerta político e econômico, relacionando o episódio às recentes tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos. Para Moro, a escalada de conflitos, como as tarifas anunciadas pelo governo Trump contra produtos brasileiros, exige um diálogo mais firme por parte do governo Lula.

“Temos que sentar com firmeza, com altivez, com o governo norte-americano, para evitar que essas tarifas se concretizem. Nossas economias, inclusive a do Paraná, vão ser atingidas, e tudo tem que ser feito para que isso não ocorra.”

Moro enfatizou que não se trata de defender Bolsonaro, mas de garantir que qualquer cidadão, acusado ou não, tenha preservados os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão.

“Nos assuntos internos de justiça, é uma questão nossa ser trabalhada. Mas nós não podemos concordar com essa restrição aos direitos de manifestação, do Bolsonaro ou de qualquer acusado.”

A fala de Sergio Moro ocorre num momento crítico da cena política brasileira, em que o STF endurece medidas contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados, enquanto o governo Lula enfrenta a crise tarifária com os Estados Unidos. Ao se posicionar, o ex-juiz sinaliza uma tentativa de reafirmar protagonismo político tanto no campo jurídico quanto eleitoral, mirando o Palácio Iguaçu.

Bolsonaro sofreu as restrições do STF sob a suspeita de continuar articulando, com apoio do governo Donald Trump, ações que comprometem a economia e a soberania nacional. Segundo os autos, as sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros seriam parte de uma retaliação política e econômica, utilizada como forma de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal. A estratégia, segundo a Corte, seria uma tentativa de intimidar os ministros e condicionar o andamento do julgamento por tentativa de golpe de Estado a interesses externos, sob pena de prejuízos diretos ao povo brasileiro.

Fonte: Brasil 247

Lindbergh critica tentativa da oposição em reverter medidas contra Bolsonaro: 'não há chance de aprovação no Congresso'

Bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar para traçar estratégias com o objetivo de blindar o ex-mandatário, réu no inquérito da trama golpista

      Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), defendeu a decisão da Polícia Federal (PF), que impôs medidas cautelares a Jair Bolsonaro (PL) como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso a redes sociais. A PF atendeu a um pedido feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista no STF, onde o político da extrema-direita é réu.

Em postagem na rede social X, nesta sexta-feira (18), o parlamentar também criticou uma proposta da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Parlamentares bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar e a votação de algumas pautas para reverter a decisão anunciada pelo ministro do STF.

Segundo Lindbergh, “essa conversinha da oposição pedir o fim do recesso parlamentar é desespero de bolsonaristas que sabem que a casa dos golpistas caiu”. “Zero possibilidade dessa proposta ser levada a sério. O Brasil não é uma colônia dos EUA. O Brasil é um país livre e soberano. Hoje está sendo um dia importante para reafirmarmos, enquanto nação, que as nossas instituições não se intimidam com ameaças. #BrasilSoberano”.

O líder do Partido dos Trabalhadores também havia pedido ao Supremo a prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por causa das articulações feitas pelo deputado licenciado com o governo Donald Trump (EUA).

No último dia 9 de julho, o presidente norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA. Em carta endereçada ao presidente Lula (PT), Trump citou o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL) na investigação da trama golpista.

O governo Lula já reuniu ministros e representantes de diversos setores da economia para elaborar uma resposta às medidas de Trump. A estratégia inclui fortalecer parcerias com outros mercados, como os países do BRICS, com o objetivo de evitar que a guerra comercial imposta pelos EUA cause graves prejuízos à população brasileira.

Jair Bolsonaro responde a cinco crimes perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão. As acusações incluem:

    ● Formação de organização criminosa armada
    ● Tentativa de golpe de Estado
    ● Ameaça ao Estado Democrático de Direito
    ● Danos a bens patrimoniais protegidos
    ● Crimes contra o patrimônio com agravante de violência

Após o anúncio das acusações, os Estados Unidos iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, por meio do USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA). Em resposta, o governo brasileiro começou a discutir possíveis contra-medidas.

Contexto geoeconômico

A ação norte-americana vai além do caso jurídico interno do Brasil, refletindo:

    ● A ascensão do BRICS na economia global
    ● A criação de sistemas financeiros independentes do dólar
    ● O enfraquecimento gradual da dominância monetária dos EUA

A força do BRICS em números

1. Economia
    • 39% do PIB global (PPC)
    • 24% do comércio mundial

2. Recursos Naturais
    • 72% das reservas de terras raras
    • Influência sobre 36% do território global

3. Energia
    • 43,6% da produção de petróleo
    • 36% do gás natural
    • 78,2% do carvão mineral

Essa combinação de poder econômico, energético e geopolítico ajuda a explicar a postura defensiva do governo Trump contra países emergentes, posicionando o Brasil como um alvo estratégico nessa disputa pela reordenação do poder mundial.

Fonte: Brasil 247

Apucarana realiza consulta pública sobre Arborização Urbana


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da empresa de consultoria Ambiente-se, iniciou nesta sexta-feira (18/7) uma consulta pública destinada a subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana. O objetivo é ouvir as opiniões e sugestões da população acerca do plantio, manejo e conservação das árvores na cidade.

A arborização urbana desempenha papel crucial na qualidade de vida nas áreas urbanas, oferecendo sombra, conforto térmico, embelezamento das vias públicas e contribuindo significativamente para a saúde coletiva e o equilíbrio ambiental. O Plano Municipal de Arborização Urbana de Apucarana está sendo desenvolvido de maneira colaborativa, com a participação da administração municipal, entidades da sociedade civil e a população.

A empresa Ambiente-se Consultoria de Projetos, vencedora da licitação, é a responsável pela elaboração do plano. “Além da consulta pública, a empresa realizará um levantamento de campo. Apucarana possui 326 bairros, que serão analisados por meio de amostragem de 20% das árvores e arbustos em áreas públicas. Os dados coletados incluirão a localização exata das árvores e suas características”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva.

O prefeito Rodolfo Mota fez um apelo à população para que participe da consulta pública. “Convido todos os apucaranenses a responderem o questionário e contribuírem para a construção de um Plano de Arborização Urbana que reflita as necessidades e os desejos da nossa comunidade. O processo é simples e rápido”, afirmou.

Para participar da consulta pública, os interessados podem acessar o formulário disponível no link:


Fonte: Prefeitura de Apucarana
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