quarta-feira, 16 de julho de 2025

Cartão-alimentação leva dignidade a 1.485 famílias em Apucarana

Implantado em abril, programa substitui cestas básicas, fortalece a autonomia das famílias e movimenta o comércio local

A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, implantou em abril um novo modelo de auxílio: o cartão-alimentação. A iniciativa substitui a tradicional entrega de cestas básicas e tem como objetivo fortalecer a rede de proteção social e impulsionar a economia local.

Atualmente, o benefício atende mensalmente 1.485 famílias em situação de vulnerabilidade, proporcionando acesso a itens alimentícios essenciais com mais autonomia e dignidade. O programa também fomenta o comércio do município, gerando renda para os estabelecimentos credenciados.

O prefeito Rodolfo Mota destaca que a medida alia inclusão social ao desenvolvimento econômico. “O cartão-alimentação funciona como um cartão bancário. Mensalmente, é creditado o valor de R$ 120, equivalente a uma cesta básica, que pode ser utilizado em diversos comércios locais. Ao permitir que cada família escolha os produtos conforme suas necessidades, promovemos a cidadania, estimulamos a economia e criamos um ciclo positivo de desenvolvimento”, afirma.

Como acessar o cartão-alimentação
Para receber o benefício, é necessário que a família esteja em situação de vulnerabilidade social, com Cadastro Único (CadÚnico) atualizado e atenda aos critérios previstos na Lei Municipal dos Benefícios Eventuais. A solicitação deve ser feita presencialmente em uma das unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

A secretária municipal de Assistência Social, Fabíola Carrero, ressalta que o benefício vai além do aspecto alimentar. “Este cartão representa acolhimento, respeito e cuidado com quem mais precisa. Ele proporciona segurança alimentar e fortalece os vínculos com a rede socioassistencial da cidade,” diz.

Além de auxiliar em situações emergenciais, o programa também promove o acesso a outros serviços públicos. “Com o acompanhamento contínuo, as famílias podem ser encaminhadas para cursos de qualificação, programas habitacionais e atendimento psicossocial. Essa abordagem integrada favorece a autonomia, o fortalecimento familiar e a melhoria da qualidade de vida a longo prazo”, complementa a secretária.

Onde buscar atendimento
As famílias interessadas devem procurar o CRAS mais próximo ou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Assistência Social. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Secretaria Municipal de Assistência Social
Endereço: Rua João Matiuzzi, 279. Parque Bela Vista
Telefones: (43) 3308-1450

CRAS I
Endereço: Avenida Central do Paraná, 1420. Jardim América
Telefones: (43) 3308-1451 ou (43) 99967-0335 (WhatsApp)

CRAS II
Endereço: Rua Ilson Ferreira Guerra, 15. Residencial Sumatra II
Telefones: (43) 3308-1452, (43) 99654-6745 ou (43) 99654-8292 (WhatsApp)

CRAS III
Endereço: Rua José Garcia Perez, 11. Vila Reis
Telefones: (43) 3308-1453, (43) 99654-6767 ou (43) 99654-8481 (WhatsApp)

CRAS IV
Endereço: Travessa Padre Tito Cerassoli, 63. Jardim América.
Telefones: (43) 3308-1454, (43) 99654-6784 ou (43) 99654-8467 (WhatsApp)

Unidade de apoio ao CRAS I
Endereço: Rua Cecílio Luz, 145. Loteamento Sanches dos Santos
Telefones: (43) 3308-1449 ou (43) 99654-6414 (WhatsApp)

Unidade de Apoio ao CRAS III
Endereço: Rua Santa Rita, 202. Vila Nossa Senhora Aparecida
Telefones: (43) 3308-1420 ou (43) 99654-7203 (WhatsApp)

Fonte: Prefeitura de Apucarana

'Trump quer acabar com o Pix para beneficiar operadoras de crédito dos EUA', denuncia Lindbergh

Investigação dos EUA contra o Pix expõe tentativa de proteger gigantes do cartão de crédito, afirma Lindbergh Farias

      Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), acusou nesta quarta-feira (16) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar “acabar com o Pix” para proteger os interesses de operadoras de cartão de crédito norte-americanas, como Visa e Mastercard. A declaração foi feita nas redes sociais, após a revelação de que o Departamento de Comércio dos EUA (USTR) abriu uma investigação contra o Banco Central do Brasil.

De acordo com o parlamentar, a ofensiva norte-americana é uma tentativa de sabotagem às conquistas do povo brasileiro. “Trump quer acabar com o Pix para beneficiar operadoras de cartão de crédito americanas. Parece que a tentativa de prejudicar o nosso país e o povo brasileiro com sanções deu muito errado, né, Bolsonaros?”, escreveu Lindbergh. Ele ainda classificou os bolsonaristas como “golpistas traidores” e ressaltou: “nós estamos aqui para defender a soberania do Brasil e as conquistas que a gente produz. Bolsotrump contra o Pix”.

A denúncia ocorre em meio à apuração conduzida pelo governo dos Estados Unidos sobre possíveis “barreiras injustas” impostas pelo Banco Central à entrada do WhatsApp Pay no mercado brasileiro. Segundo revelou a jornalista Marina Barbosa, em coluna publicada no portal UOL, o foco da investigação é a decisão do BC, em 2020, de suspender imediatamente o serviço de pagamento da Meta — dona do WhatsApp, Facebook e Instagram — poucos dias após seu anúncio oficial no Brasil.

O WhatsApp Pay foi lançado em junho de 2020, antes mesmo do Pix, cuja estreia estava inicialmente prevista para novembro daquele ano. Contudo, após o anúncio do serviço da Meta, o BC e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinaram sua suspensão alegando riscos à competição e à estabilidade do sistema financeiro.

Na época, a autoridade monetária brasileira justificou a medida afirmando que a liberação do WhatsApp Pay poderia acarretar “danos irreparáveis ao sistema brasileiro de pagamentos”, especialmente em relação à concorrência, eficiência e privacidade. Negou, no entanto, que estivesse protegendo o recém-criado Pix, ou os interesses dos grandes bancos.

Fato é que, com a movimentação da Big Tech norte-americana, o Banco Central decidiu antecipar a implementação do Pix, que acabou lançado já em agosto de 2020. A liberação do WhatsApp Pay, por outro lado, foi lenta e restrita: o envio de dinheiro entre pessoas físicas só foi autorizado em março de 2021, enquanto os pagamentos a estabelecimentos comerciais foram liberados apenas dois anos depois, em março de 2023.

A iniciativa do Departamento de Comércio dos EUA contra o Brasil se apoia na tese de que a atuação do Banco Central teria desequilibrado o ambiente concorrencial, favorecendo o Pix em detrimento do WhatsApp Pay. O argumento é que ambos os serviços funcionam por meio de “economias de rede” — modelo em que o primeiro a chegar tende a dominar o mercado por conectar, com mais eficiência, consumidores e prestadores de serviço.

Para o advogado Luciano Timm, ex-secretário nacional do consumidor e atual diretor da Associação Brasileira de Liberdade Econômica, a forma como o Banco Central conduziu o processo acabou abrindo espaço para contestação internacional.

O embate entre Pix e WhatsApp Pay escancara uma disputa mais ampla: o controle sobre o mercado bilionário de pagamentos digitais. Com a popularização do Pix, o Brasil reduziu drasticamente o uso de cartões de crédito e débito — atingindo diretamente as receitas das operadoras internacionais. A ofensiva norte-americana busca reequilibrar esse jogo, mesmo que à custa da soberania regulatória brasileira.

Ao reagir com firmeza às investidas de Trump, Lindbergh ecoa o sentimento de defesa do modelo desenvolvido localmente por técnicos do Banco Central. “Quem criou o Pix foram servidores do Banco Central do Brasil!”, pontuou o deputado. A tentativa de associar a criação do sistema a Jair Bolsonaro — repetida diversas vezes durante seu mandato — também foi alvo de críticas. “Bolsonaro passou anos se gabando de uma mentira”, declarou o petista.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Estudantes da UFPA morrem em grave acidente a caminho de congresso da UNE; Lula emite nota de pesar

Cinco pessoas perderam a vida após colisão frontal na BR-153, incluindo três alunos, em comboio que seguia para evento estudantil em Goiânia

     Acidente na BR-153 (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Uma tragédia abalou o movimento estudantil brasileiro na madrugada desta quarta-feira (16), quando um grave acidente na BR-153, no município de Porangatu (GO), tirou a vida de cinco pessoas que viajavam em um comboio da Universidade Federal do Pará (UFPA) rumo ao Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao g1.

Segundo os primeiros levantamentos da PRF, o acidente foi provocado por uma carreta que trafegava na contramão da rodovia e colidiu frontalmente com o primeiro dos quatro ônibus que levavam os estudantes. O coletivo atingido transportava 25 universitários, dois motoristas e um orientador.

A colisão resultou na morte de cinco pessoas ainda no local: o motorista do ônibus, três estudantes e o condutor da carreta. Um passageiro que estava na carreta também ficou gravemente ferido. O segundo ônibus do comboio foi atingido, mas nenhum ocupante se feriu. Os dois outros veículos que faziam parte da viagem não se envolveram no acidente.

● Atendimento emergencial e remoção das vítimas - De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve vítimas presas às ferragens e vários feridos, que foram atendidos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e pela concessionária Ecovias do Araguaia. Os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal Henrique Santillo, em Porangatu, e para o Hospital Municipal de Alvorada, no estado do Tocantins.

A PRF informou ainda que a rodovia foi liberada após os trabalhos de resgate e perícia.

● Autoridades prestam solidariedade - O governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, lamentou a tragédia e expressou apoio aos familiares das vítimas. “Reitero que o Governo de Goiás está à disposição das autoridades do Estado do Pará para prestar toda a assistência necessária”, declarou em nota.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou sobre o acidente que vitimou os jovens universitários: “recebi com profunda tristeza a notícia do grave acidente envolvendo uma carreta e dois ônibus com estudantes, ocorrido nesta quarta-feira, 16 de julho, no estado de Goiás. A tragédia resultou na perda irreparável de vidas, incluindo estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) que iriam participar do Congresso Nacional da UNE, e motoristas de dois veículos. Neste momento de dor, manifesto a solidariedade às famílias e amigos das vítimas e aos colegas, professores e a toda a comunidade universitária atingida. Que as famílias encontrem conforto e amparo para atravessar este momento tão difícil".

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

VÍDEO: com medo da prisão, Bolsonaro pede passaporte a Moraes para “resolver” tarifaço com Trump

 

Jair Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil. Foto: reprodução
Prestes a ser condenado pela trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo público pela restituição de seu passaporte durante entrevista à CNN na última terça-feira (15). O documento foi retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em fevereiro de 2024, como medida para impedir sua saída do país enquanto responde por investigações relacionadas a tentativa de golpe de Estado.

Agora, Bolsonaro que ainda acha que é presidente alega que precisa viajar aos Estados Unidos para negociar com Donald Trump a revogação das tarifas de 50% impostas pelo governo norte-americano a produtos brasileiros.

“Me restitua [o passaporte] que eu converso”, disse Bolsonaro, tentando se reposicionar politicamente diante da crise. No entanto, o pedido é considerado inviável, já que a retenção do passaporte visa justamente evitar sua fuga do país.

Além disso, a proposta de mediação é vista como desconexa da realidade, uma vez que Bolsonaro não ocupa mais cargo oficial e os EUA mantêm relações diplomáticas formais com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente insinuou que, se ainda estivesse no poder, conseguiria um acordo semelhante ao obtido pela Argentina, que recebeu isenções parciais nas tarifas sob o governo de Javier Milei. “Se eu fosse presidente, a negociação estaria parecida com a da Argentina: lá, o Milei conseguiu taxa zero para 80% do exportado e, para os 20% restantes, algo em torno de 10%”, afirmou.

Enquanto Bolsonaro tenta se apresentar como mediador, sua família é apontada como uma das responsáveis pelo atual desgaste nas relações Brasil-EUA.

Seu filho, Eduardo Bolsonaro, licenciado do mandato e vivendo nos Estados Unidos, tem atuado junto a parlamentares republicanos para pressionar por sanções contra o Brasil. A estratégia, segundo analistas, visa minar o governo Lula e fortalecer a narrativa de perseguição política.

A tensão também se reflete em disputas internas no bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro atacou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acusando-o de ser “servil às elites” após este tentar negociar diretamente com a embaixada dos EUA, sem consultar o clã Bolsonaro. “O Tarcísio utilizou os canais errados. O filho do presidente está nos Estados Unidos e tem acesso à Casa Branca”, disse Eduardo à Folha de S.Paulo.

Tarcísio, por sua vez, rebateu as críticas, afirmando que está focado nos interesses econômicos de São Paulo. “Estou olhando para SP, para o setor industrial, para a nossa indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, empreendedores e trabalhadores”, declarou.

Fonte: DCM

Classe média, alta escolaridade e Sudeste: veja quem impulsiona a alta de Lula, segundo a Quaest

 

Lula, presidente do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert
A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), aponta sinais de recuperação na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com melhora significativa entre eleitores de classe média, especialmente os que podem ser impactados pelo “tarifaço” anunciado por Donald Trump e os beneficiados pela proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.


Apesar de as variações estarem dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, a distância entre os dois indicadores caiu de 17 para 10 pontos. Segundo os responsáveis pelo levantamento, isso pode sinalizar uma reversão real de tendência, com recuperação da imagem do governo em segmentos estratégicos. O instituto ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre 10 e 14 de julho, e o índice de confiança é de 95%.

Entre os recortes por renda, a melhora mais evidente foi na faixa de dois a cinco salários mínimos. Nesse grupo, a aprovação subiu de 39% para 43%, enquanto a desaprovação caiu de 58% para 52%.

Já entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, os números ficaram estáveis: 46% aprovam o governo, e 49% desaprovam. A sensibilidade da classe média às pautas econômicas do governo se confirma também entre os eleitores com ensino superior completo, onde a percepção positiva aumentou mais do que nos grupos com menor escolaridade.

Créditos na imagem

Outro destaque foi a reação entre mulheres. A aprovação do governo passou de 42% para 46%, enquanto a desaprovação caiu de 54% para 49%. Já entre os homens, os números permaneceram praticamente inalterados, com 39% de aprovação e 58% de rejeição.

A maior mudança também foi percebida na faixa etária intermediária, entre 35 e 59 anos, que mostrou maior variação nos índices, enquanto o grupo mais jovem, de 16 a 34 anos, manteve avaliações semelhantes às registradas em junho.

Regionalmente, Lula ganhou terreno no Sudeste, onde concentra-se a maior parte do eleitorado, mas ainda enfrenta números desfavoráveis. Na região, 56% dos entrevistados desaprovam o governo, ante 40% que aprovam. No Nordeste, reduto histórico do PT, não houve variações significativas.

Créditos na imagem

A pesquisa mostra que o governo mantém ali seu melhor desempenho, mas não conseguiu reverter a perda de vantagem registrada ao longo dos últimos meses.

O segmento religioso continua sendo um desafio para o presidente. Entre os evangélicos, a rejeição ao governo subiu três pontos e atingiu 69%, mesmo com os esforços de articulação da primeira-dama Janja da Silva e de ministros do governo.

Já entre os católicos, a tendência foi oposta: a aprovação subiu seis pontos e chegou a 51%, enquanto a desaprovação recuou oito pontos, ficando em 45%. O contraste entre os dois grupos indica que o Planalto ainda não conseguiu estabelecer uma comunicação efetiva com a base evangélica, que foi majoritariamente bolsonarista nas últimas eleições.

Fonte: DCM

Aprovação de Lula sobe e rejeição recua após tarifaço de Trump, diz nova pesquisa Quaest

 

Lula, presidente do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

A avaliação do governo Lula (PT) apresentou uma melhora, segundo levantamento Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira (16). A taxa de aprovação subiu de 40% para 43%, e a desaprovação caiu de 57% para 53%, em comparação com a rodada anterior da pesquisa, feita em 4 de junho.

Essa é a primeira reação positiva em pesquisas Genial/Quaest após um ciclo negativo iniciado em julho de 2024, corroborando a recuperação pesquisa Atlas Intel divulgada na última terça-feira (15). O estudo ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 10 e 14 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

Os dados mostram que a diferença entre aprovação e desaprovação caiu de 17 para 10 pontos. Essa oscilação ocorre em meio à repercussão do “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros, e da campanha por justiça tributária, com foco na taxação dos super-ricos, encampada pelo governo.

A leitura é que esses dois temas, amplamente debatidos, favoreceram Lula especialmente entre eleitores de classe média, mulheres, pessoas de meia-idade e com inclinação política de centro.
Pesquisa Genial/Quaest: popularidade de Lula. Arte: O Globo


“A recuperação do governo aconteceu na classe média, com maior escolaridade, no Sudeste. São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo”, avaliou o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.

A melhora, no entanto, ainda não alcança os eleitores de menor renda. Entre os que recebem até dois salários mínimos, os números praticamente não se alteraram.

Já entre quem ganha entre dois e cinco salários, houve avanço, faixa que seria beneficiada pela proposta de isenção do Imposto de Renda. O percentual de entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo caiu de 43% para 40%. Já os que avaliam positivamente subiram de 26% para 28%, mesmo índice dos que veem a gestão como regular.

A adesão de fora da base tradicional do PT também se conecta à pauta tributária. “A campanha da taxação dos super-ricos teve incidência, principalmente em outros segmentos que não as elites. Entre os não beneficiários do Bolsa Família, caiu muito mais a desaprovação. Ou seja, existe uma expansão para fora da bolha”, observou a cientista política Mayra Goulart, professora da UFRJ.

Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados apoiam que os mais ricos paguem mais impostos para aliviar a carga sobre os mais pobres. Esse apoio, contudo, cai para 60% quando se menciona o aumento da alíquota do Imposto de Renda para os chamados “super-ricos”, termo usado no questionário.

A narrativa de “ricos contra pobres”, adotada por setores do governo, tem apoio minoritário: 53% disseram não concordar com ela. Em relação ao conflito com os Estados Unidos, 44% acreditam que Lula está “mais certo” que Trump, contra 29% que atribuem razão ao bolsonarismo.

A avaliação favorável ao presidente se estende até mesmo entre os eleitores que se dizem sem preferência política definida. Por outro lado, 78% dos brasileiros afirmam que o tarifaço terá impacto negativo em suas vidas, e 84% defendem que governo e oposição atuem juntos para enfrentar a medida.

A pesquisa anterior havia sido feita logo após o anúncio e recuo parcial do aumento do IOF pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a críticas e pressões do Congresso. Desde então, o governo editou novas medidas, sofreu derrotas no Legislativo e judicializou o tema no STF. Ainda assim, conseguiu marcar posição nas redes sociais com a campanha sobre justiça tributária e nacionalismo econômico.

A estratégia teve eco durante o anúncio da sobretaxa estadunidense, reforçando a imagem de Lula como defensor da soberania nacional. O Palácio do Planalto avalia que esse movimento ajudou a conter os danos do escândalo envolvendo fraudes no INSS, que havia abalado a imagem do governo.

Fonte: DCM

VÍDEO: Repórter da CNN pergunta se Bolsonaro pedirá a Trump recuo no tarifaço

 

Jair Bolsonaro durante entrevista à CNN – Foto: Reprodução

Durante entrevista de Jair Bolsonaro (PL) à CNN Brasil nesta terça-feira (15), a jornalista Juliana Lopes surpreendeu ao perguntar ao ex-presidente se ele não poderia conversar com Donald Trump para pedir que o chefe de Estado americano volte atrás na tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros. “Não seria o senhor essa ponte para pedir ao presidente Trump que volte atrás, que recue?”, questionou.

A pergunta provocou reações nas redes sociais, com muitos internautas considerando absurda a ideia de um ex-presidente tentar negociar em nome do Brasil.

Bolsonaro, em tom irônico, respondeu: “Me restitua o passaporte que eu converso. Perdão. Agora, quem é o presidente é o Lula, não sou eu”.

Ele ainda afirmou que cabe ao governo atual buscar uma solução: “É ele que tem que buscar alternativa”.

Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro disse que Trump “está mostrando o que quer” com a medida, e que a cobrança norte-americana poderia ser evitada se o Brasil estivesse mais alinhado aos “valores americanos”. “Querem me culpar? Eu estou vibrando com a taxação? Não. Agora, o Brasil tem como chegar a uma solução”, afirmou.

A tarifa de 50% foi anunciada por Trump após críticas à condução do governo Lula e ao processo que Bolsonaro é alvo por tentativa de golpe de Estado.

Em resposta, o governo brasileiro afirmou que a taxação é “uma agressão à soberania nacional” e que buscará alternativas diplomáticas para proteger o setor produtivo do país. O Itamaraty tenta intermediar uma resposta conjunta com o setor privado e aliados comerciais estratégicos.

Fonte: DCM

Rejeição a tarifaço de Trump cresce até entre eleitores de direita, aponta Quaest

Maioria dos brasileiros vê como injustas as sobretaxas impostas por Trump ao Brasil e apoia reação de Lula com promessa de reciprocidade

    Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), revela que a maioria dos brasileiros — inclusive entre eleitores de direita — rejeita o aumento das tarifas de importação imposto ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, segundo Trump, foi motivada pela insatisfação com o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado.

Segundo o levantamento, divulgado pela Folha de S. Paulo, 72% dos entrevistados acreditam que Trump agiu de forma errada ao penalizar economicamente o Brasil com base na alegação de perseguição ao seu aliado Bolsonaro. Apenas 19% avaliam que o presidente norte-americano está certo. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre os dias 10 e 14 de julho, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

◆ Direita e bolsonaristas divididos sobre medida de Trump - Mesmo entre os que se identificam com o campo político da direita, a medida de Trump é mais rejeitada do que apoiada. Entre os direitistas que não se dizem bolsonaristas, 52% afirmam que Trump está errado, enquanto 40% concordam com ele. Já entre os bolsonaristas declarados, 48% se opõem à medida, e 42% a defendem. As margens de erro para esses grupos são de cinco e seis pontos, respectivamente.

Do outro lado do espectro ideológico, a desaprovação é quase unânime. Entre eleitores que se identificam como lulistas ou petistas, 87% são contrários à atitude de Trump, contra 9% que a apoiam. Já entre os eleitores de esquerda, a rejeição atinge 94%, com apenas 2% favoráveis à tarifação. A margem de erro nesses segmentos é de cinco e seis pontos, respectivamente.

◆ Impacto econômico e reações políticas - O levantamento mostra ainda que 79% dos entrevistados acreditam que as novas tarifas norte-americanas, que aumentam em até 50% o imposto sobre produtos brasileiros, vão prejudicar a vida da população. Apenas 13% discordam dessa avaliação.

Outro ponto abordado pela pesquisa foi a declaração de Trump de que as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos são “injustas”. Para 63% dos brasileiros, essa afirmação está incorreta; apenas 25% concordam com a avaliação do republicano.

Entre os bolsonaristas, as opiniões sobre essa crítica específica de Trump também estão divididas: 48% discordam, e 41% concordam. Entre os eleitores de direita em geral, a divisão é semelhante: 48% reprovam a fala, enquanto 43% a endossam.

◆ Lula ganha apoio pela resposta ao tarifaço - A pesquisa apontou também que 53% dos brasileiros apoiam a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de responder com medidas de reciprocidade ao aumento tarifário imposto pelos EUA. O Palácio do Planalto e o PT vêm responsabilizando Jair Bolsonaro pela retaliação norte-americana e lançaram a campanha “Defenda o Brasil”, com as cores da bandeira nacional, para reforçar essa narrativa.

Enquanto isso, a família Bolsonaro, em reação à crise provocada pelo tarifaço, defende uma “anistia ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. O endurecimento das tarifas foi resultado direto da campanha do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington para pressionar o governo Trump a adotar medidas que constrangessem o STF brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Maioria dos brasileiros apoia aumento do IR para super-ricos e isenção para quem ganha até R$ 5 mil, diz Quaest

Segundo o levantamento, 60% dos entrevistados concordam com o aumento do Imposto de Renda para os chamados “super-mais ricos”, enquanto 35% se opõem

    Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pela Quaest revela que o debate sobre justiça tributária está alinhado com os desejos da maioria da população brasileira. Segundo o levantamento realizado entre os dias 10 e 14 de julho, 60% dos entrevistados concordam com o aumento do Imposto de Renda (IR) para os chamados “super-mais ricos”, enquanto 35% se opõem e 5% não souberam ou preferiram não opinar. As informações são do g1.

A proposta de isenção total do IR para cidadãos com renda mensal de até R$ 5 mil tem ainda mais respaldo: 75% disseram apoiar a medida, 21% foram contrários e 4% não expressaram opinião. Os dados reforçam a percepção de que há apoio consistente à ideia de reduzir a carga tributária dos mais pobres por meio do aumento de impostos para as camadas mais abastadas da população. Nesse sentido, 63% afirmaram concordar com essa redistribuição da carga fiscal, enquanto 33% se manifestaram contra e 4% não têm opinião formada.

Apesar do forte apoio às propostas, mais da metade da população (56%) ainda não está ciente da agenda de justiça tributária do governo Lula. Apenas 43% afirmaram já ter ouvido falar das medidas defendidas pelo governo federal nessa área, o que revela um desafio de comunicação ainda em curso.

A pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos, entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Outro aspecto abordado no levantamento é a percepção sobre o discurso que opõe ricos e pobres. Para 53% dos entrevistados, essa retórica “não está certa, porque cria mais briga e polarização no país”. Já 38% consideram que “está certa, porque chama atenção para os privilégios de alguns”. Outros 9% não souberam ou não quiseram responder.

No cenário político, a pesquisa também mediu a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação, que havia atingido 57% no levantamento anterior, caiu para 53%. Já a aprovação subiu de 40% para 43%. A oscilação indica uma recuperação da imagem presidencial, especialmente em segmentos fora da base tradicional de apoio, como eleitores do Sudeste, pessoas com ensino superior completo e cidadãos que ganham entre dois e cinco salários mínimos.

Um fator que contribuiu para essa melhora, segundo os dados, foi o recente embate entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para 53% dos entrevistados, o presidente brasileiro está certo em adotar uma postura de reciprocidade diante das tarifas impostas por Trump. Além disso, 72% consideram que Trump está errado na condução dessa política, e 79% acreditam que o chamado “tarifaço” prejudicará sua vida pessoal.

Mesmo com a melhora na avaliação do governo, a situação econômica segue sendo uma preocupação para grande parte dos brasileiros. De acordo com o levantamento, 46% avaliam que a economia piorou, enquanto apenas 21% acreditam que houve melhora.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Maioria dos brasileiros vê erro de Trump ao sobretaxar o Brasil por causa de Bolsonaro, diz Quaest

Pesquisa mostra apoio à resposta de Lula, rejeição às tarifas e percepção de que medida dos EUA prejudicará a população brasileira

Donald Trump e Jair Bolsonaro foram alvos dos manifestantes (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

Uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pela Quaest revela que a maioria da população brasileira desaprova a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas a produtos brasileiros como retaliação ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o levantamento, 72% consideram equivocada a medida de Trump e 53% afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agiu corretamente ao prometer adotar uma resposta recíproca, informa a Folha de S. Paulo.

A pesquisa, financiada pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento mostra que a carta enviada por Trump a Lula — em que o presidente norte-americano comunica a imposição das tarifas e menciona o processo judicial de Bolsonaro — teve ampla repercussão: 66% dos entrevistados disseram estar cientes do episódio, enquanto 33% afirmaram desconhecê-lo.

Apenas 19% concordam com a justificativa apresentada por Trump, de que as tarifas são uma reação à suposta perseguição sofrida por Bolsonaro no Brasil. Por outro lado, 39% acham que Lula erra ao prometer responder com medidas semelhantes, enquanto 8% não souberam opinar.

◉ Lula lidera percepção de acerto no embate com Trump - Quando questionados sobre quem está mais certo nesse confronto diplomático, 44% dos brasileiros escolhem Lula e o PT, enquanto 29% ficam ao lado de Bolsonaro e seus aliados. Outros 15% disseram que nenhum dos dois tem razão, e 12% não souberam responder.

As razões atribuídas à decisão de Trump são variadas. Para 26%, o gesto se deve às críticas feitas por Lula ao presidente americano durante a última cúpula do BRICS. Já 22% citam as ações do STF contra Bolsonaro. Outros 17% mencionam a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Há ainda 10% que apontam o embate entre o Supremo e as big techs americanas como fator influente, enquanto 25% não souberam ou preferiram não responder.

Apesar da crítica à decisão de Trump, 55% dos entrevistados concordam que Lula provocou o presidente americano com suas declarações no encontro do BRICS. Por outro lado, 31% discordam dessa interpretação.

◉ Maioria rejeita ingerência de Trump em temas internos do Brasil - A pesquisa também revela resistência à tentativa de Trump de interferir em assuntos internos do Brasil: 57% acreditam que ele não tem o direito de comentar o julgamento de Bolsonaro no STF, enquanto 36% acham que sim.

Quanto aos impactos econômicos da medida, o temor é generalizado: 79% dos entrevistados avaliam que a imposição das tarifas afetará negativamente a vida dos brasileiros. E 59% acreditam que Trump manterá sua decisão, mesmo diante da reação do governo brasileiro.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Maioria dos brasileiros rejeita críticas de Trump ao processo contra Bolsonaro, diz Quaest

Pesquisa revela que 57% dos entrevistados acreditam que o presidente dos EUA não deveria se posicionar sobre o processo judicial contra Bolsonaro

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - 08/07/2025 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Mais da metade da população brasileira considera inadequadas as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. É o que mostra pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pela Genial/Quaest. As informações são da CNN Brasil.

Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados responderam que Trump não tem o direito de criticar o processo em que Bolsonaro figura como réu. Apenas 36% consideraram legítima a manifestação do ex-presidente americano, enquanto 7% não souberam ou preferiram não opinar. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

A divulgação dos dados ocorre dias após Donald Trump anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, com início previsto para 1º de agosto. Em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump fez duras críticas ao processo judicial envolvendo Bolsonaro e classificou o caso como uma “caça às bruxas”.

“Conheci e tive contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei profundamente, assim como a maioria dos outros líderes mundiais”, afirmou Trump. “A maneira como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro [...] é uma desgraça internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. Trata-se de uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Homem exposto em ‘chá revelação de traição’ no RS busca reconciliação, diz advogado

Momento em que Natália Knak entra com a caixa de “chá revelação” para expor supostas traições de Rafael Schemmer, em evento gravado no interior do Rio Grande do Sul – Foto: Reprodução

A defesa de Rafael Eduardo Schemmer, agricultor do Rio Grande do Sul exposto em um vídeo viral de “chá revelação de traição”, afirmou que ainda há espaço para uma possível reconciliação com a ex-companheira Natália Knak, que está grávida de 11 semanas. Segundo o advogado José Luiz Dorsdt, a prioridade é remover o vídeo da internet para conter a onda de piadas, memes e julgamentos públicos. “Rafael tem o direito de ser julgado por um juiz, não pela opinião pública”, afirmou o defensor.

O caso ganhou repercussão após Natália revelar, durante um encontro com familiares em Quinze de Novembro, supostas traições do companheiro. Ela apresentou roupas de bebê e um dossiê com mensagens e fotos que, segundo ela, comprovam a infidelidade. Em declaração por meio de seu advogado, Rafael reconheceu os erros e afirmou que a situação “saiu do controle”, mas pediu empatia: “Enquanto muitos riem, outras pessoas estão passando por momentos extremamente dolorosos”.

Com mais de 31 milhões de visualizações nas redes, o vídeo impactou profundamente os envolvidos e os moradores da pequena cidade. Rafael, que admitiu parte das traições, reforçou o apelo por respeito.

Fonte: DCM

Nota vira-lata da CNA poupa Trump e Bolsonaro e culpa governo Lula, STF e Congresso

 

João Martins, presidente da CNA
A nota divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta terça-feira é um constrangimento institucional e um desastre político. Em vez de defender os interesses reais do setor agropecuário brasileiro diante do tarifaço de Donald Trump, a entidade opta por um malabarismo vergonhoso: culpa o governo Lula, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal por uma crise provocada por um ato hostil da extrema direita americana — com o objetivo evidente de proteger Jair Bolsonaro e punir o Brasil por sua atuação soberana no cenário internacional, especialmente no BRICS.

O texto afirma que o Brasil voltou às manchetes internacionais “não por suas oportunidades, mas por suas ‘crises políticas pessoais’ internas”.

“Enquanto o Brasil real tenta recuperar sua economia, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos, a política nacional insiste em girar em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais”, disse a entidade. “A presença dessa agenda como prioridade, inclusive nas relações internacionais, ficou ainda mais evidente com a carta do presidente Donald Trump, um gesto simbólico, mas que reverberou nas instituições brasileiras e criou novo ruído na imagem do país no exterior”.

Gesto simbólico??

A palhaçada continua. “A verdade é que o Brasil tem sido governado, direta ou indiretamente, por uma obsessão com o passado. O Congresso Nacional, pressionado por suas bases políticas, perde tempo em disputas e manobras que têm pouco a ver com os interesses econômicos do país”, prossegue a carta.

“O Judiciário, por seu turno, também tem sido envolvido em um protagonismo institucional que, embora muitas vezes necessário, alimenta uma instabilidade constante. E o governo atual é muito culpado também. Em vez de assumir a liderança de uma agenda pragmática e pacificadora, optou por reabrir feridas políticas, reforçando antagonismos e muitas vezes tratando adversários como inimigos”.

Trump decidiu atacar as exportações brasileiras por razões ideológicas. Fez isso para agradar sua base, apoiar o aliado golpista Bolsonaro e pressionar o Brasil por se afastar da subserviência automática aos EUA. A resposta da CNA? Acusar o país de estar “obcecado com o passado”, como se julgar um criminoso fosse um capricho e não uma exigência do Estado de Direito.

A CNA não é árbitro da República nem representante de um suposto “Brasil real” acima das instituições. É um lobby. Um lobby que, ao se recusar a nomear Trump como agressor e ao relativizar as investigações contra Bolsonaro, adere à desinformação. A entidade não representa o conjunto do agro brasileiro — apenas a parte que ainda se comporta como linha auxiliar do bolsonarismo.

O presidente é o baiano João Martins, bolsonarista que, em 2024, declarou que se “recusava” a falar com Lula. A arrogância, a ignorância e a poltronice de mãos dadas.

Não há uma linha na nota condenando as tarifas norte-americanas. Nenhuma palavra exigindo que Trump respeite o Brasil. Em vez disso, a CNA escolhe mirar nos alvos preferidos da extrema direita. Um gesto de omissão disfarçado de falsa neutralidade.

Quem quer proteger o agro deveria apoiar o governo brasileiro na resposta diplomática e comercial à agressão norte-americana. Mas a CNA prefere alimentar a mesma instabilidade que finge condenar. Em nome de uma suposta “moderação”, a entidade se junta a quem atacou a democracia, sabotou as instituições e agora sabota a economia.

Se a CNA não tem coragem de defender o país quando ele é atacado, deveria ao menos ter a decência de se calar. Porque o que fez nesta nota foi jogar contra o Brasil. E isso não se apaga com retórica vaga. Tem nome: traição.

Fonte: Brasil 247