quarta-feira, 16 de julho de 2025

Maioria dos brasileiros vê embates entre governo e Congresso como prejudiciais ao país, aponta Genial/Quest

Levantamento mostra que 79% da população acredita que os conflitos entre os poderes atrapalham mais do que ajudam; apenas 12% enxergam benefícios

Esplanada dos Ministérios, com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

A maioria da população brasileira enxerga com preocupação os conflitos entre o governo federal e o Congresso Nacional. Segundo levantamento da Genial/Quest divulgado nesta quarta-feira (16), 79% dos entrevistados avaliam que os atritos entre os Poderes mais prejudicam do que contribuem para o país. Apenas 12% consideram que os embates ajudam o Brasil, enquanto 9% preferiram não opinar.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa também revela percepções distintas entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Entre os apoiadores de Lula, 71% consideram os atritos com o Legislativo como negativos, enquanto 22% os veem como benéficos. Outros 7% não responderam. Já entre os bolsonaristas, 80% fazem uma leitura negativa desses confrontos e somente 11% enxergam utilidade nos embates; outros 9% não opinaram.

O estudo indica ainda que a polarização política influencia o grau de conhecimento sobre as tensões entre os Poderes. No total, 51% dos brasileiros disseram estar cientes das disputas, enquanto 48% afirmaram desconhecer o tema e 1% não respondeu. O grupo que mais demonstrou familiaridade com o assunto foi o dos eleitores de Bolsonaro, dos quais 58% declararam saber das disputas entre Executivo e Legislativo. Entre os apoiadores de Lula, a maioria (55%) disse não estar informada, contra 44% que afirmaram estar por dentro do tema.

Um dos episódios mais recentes de atrito envolveu a tentativa do governo de manter, por meio do Supremo Tribunal Federal (STF), um decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A iniciativa, que terminou sem acordo em reunião conduzida pelo STF, é um dos pontos que exemplifica a tensão entre os poderes.

Segundo a pesquisa, a maior parte da população desconhecia esse capítulo do conflito. Para 53% dos entrevistados, o caso era desconhecido. Outros 43% afirmaram saber do embate, enquanto 1% preferiu não responder.

Entre os que estavam informados, 59% defenderam que o presidente Lula deveria buscar um acordo com o Congresso para resolver o impasse. Por outro lado, 25% acham que o governo deveria manter a disputa, enquanto 16% optaram por não se posicionar.

Ambos os grupos, contudo, convergiram na ideia de que o acordo seria a melhor saída: em ambos os grupos, 57% disseram que Lula deveria ceder. A diferença aparece na parcela que defende o embate: 33% entre os petistas preferem a continuidade da disputa, contra 26% dos bolsonaristas.

A pesquisa da Genial/Quest foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho com 2.004 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Inflação dispara nos EUA e efeitos das tarifas de Trump já atingem consumidores

Alta nos preços afeta eletrodomésticos, café e roupas, enquanto cortes atingem milhares de trabalhadores nos setores de saúde e educação

      Presidente dos EUA, Donald Trump - 10/06/2025 (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

Os primeiros impactos concretos da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já aparecem nas estatísticas econômicas do país. Dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho mostram que a inflação americana acelerou em junho, refletindo diretamente os efeitos da guerra comercial iniciada pela Casa Branca.

Segundo a RFI, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 2,7% em junho, na comparação anual — o maior salto desde fevereiro e acima dos 2,4% de maio. Esse avanço surpreendeu analistas e elevou a pressão sobre o governo Trump, que já enfrenta críticas crescentes sobre sua condução da economia, especialmente diante de um cenário de demissões em massa em agências federais.

Os setores mais impactados pela escalada inflacionária são justamente aqueles que dependem de importações e estão expostos às tarifas impostas por Trump contra parceiros comerciais estratégicos. Os preços dos eletrodomésticos subiram 1,9% em junho — mais do que o dobro do registrado no mês anterior (0,8%). Móveis tiveram elevação de 1% e roupas subiram 0,4%, revertendo quedas consecutivas que vinham sendo observadas.

Ainda conforme a reportagem, a chamada “inflação núcleo”, que desconsidera itens mais voláteis como alimentos e energia, também cresceu 2,9% em relação a junho de 2024, com alta mensal de 0,2%. O resultado reforça a avaliação de que os efeitos da guerra tarifária já se espalham de maneira consistente pelo custo de vida da população americana.

Em um novo capítulo da disputa comercial, Trump ameaçou aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de agosto. Entre os itens mais vulneráveis estão café, carne bovina e suco de laranja — pilares das exportações brasileiras.

No caso do café, os efeitos podem ser ainda mais graves. Já pressionado por uma oferta reduzida devido às secas no Brasil e no Vietnã, o preço médio de 450 gramas de café moído nos supermercados dos EUA saltou de US$ 5,99 em 2024 para US$ 7,93 em maio deste ano. Com a tarifa adicional, os custos devem subir ainda mais, impactando tanto o consumo doméstico quanto o setor de serviços, como cafeterias e restaurantes.

Do lado brasileiro, a medida representa um risco direto à pauta exportadora e ameaça aprofundar os prejuízos de um agronegócio que já lida com adversidades climáticas e econômicas.

Economistas alertam para o risco de uma disseminação ainda maior da inflação caso as novas tarifas prometidas por Trump — que atingiriam também a União Europeia, Canadá, México, Japão, Coreia do Sul e Tailândia — entrem em vigor em 1º de agosto. Segundo especialistas, a continuidade da escalada protecionista poderá frear o consumo interno e empurrar os EUA para uma recessão.

Paralelamente ao aumento de preços, o governo Trump implementou uma política agressiva de enxugamento da máquina pública. O Departamento de Saúde dos EUA formalizou nesta semana a demissão de milhares de funcionários após a Suprema Corte suspender uma liminar que barrava os cortes.

Com isso, foram efetivadas as demissões de cerca de 10 mil servidores, além da saída voluntária de outros 10 mil — uma redução que representa cerca de 25% da força de trabalho da pasta. O Departamento de Educação também foi autorizado pela Suprema Corte a demitir aproximadamente 1.400 funcionários, revertendo decisão anterior de um tribunal inferior.

Essas medidas fazem parte da estratégia de redução de gastos e descentralização do controle federal, especialmente na área da educação. No entanto, analistas alertam que os cortes podem comprometer a oferta de serviços essenciais à população em um momento de elevação do custo de vida e forte incerteza econômica. Além disso, o impacto sobre o consumo das famílias afetadas pelas demissões pode agravar ainda mais o desaquecimento da economia norte-americana.

Fonte: Brasil 247 com informações da RFI

Movimentos lançam Plebiscito Popular com ato no Congresso em defesa da justiça tributária e contra a escala 6x1

O ato reunirá frentes populares, movimentos sociais, centrais sindicais, parlamentares, entidades religiosas e ONGs

Movimentos lançam campanha do Plebiscito Popular (Foto: Divulgação/Jeivison José/Brasil de Fato)

O Congresso Nacional será palco, nesta quarta-feira (16), do lançamento do Plebiscito Popular por um Brasil mais justo, iniciativa de organizações populares que buscam mobilizar a população em torno de duas pautas centrais: a taxação dos super-ricos e o fim da escala 6x1, que impede milhões de trabalhadores e trabalhadoras de terem pelo menos dois dias de descanso.

O ato acontecerá a partir das 9h da manhã, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e reunirá frentes populares, movimentos sociais, centrais sindicais, parlamentares, entidades religiosas e ONGs.

Entre as propostas defendidas está a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$5 mil, financiada pela taxação das rendas mais altas, além da redução da jornada de trabalho sem redução salarial, como forma de acabar com a escala 6x1 e garantir mais dignidade e qualidade de vida à classe trabalhadora.

A programação do evento inclui uma abertura, seguida de falas de representantes da Comissão Executiva Nacional do plebiscito, das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, de partidos políticos, entidades religiosas e organizações da sociedade civil.

Também estão previstas saudações de parlamentares comprometidos com a agenda.

A proposta do plebiscito é promover até 7 de setembro uma ampla escuta da população sobre essas pautas urgentes, denunciando as desigualdades do sistema tributário brasileiro e propondo caminhos para uma reforma que favoreça quem mais precisa.

Fonte: Brasil 247

Hugo Motta empregou quatro parentes de funcionária fantasma em seu gabinete na Câmara

Gabriela Pagidis e outros quatro familiares receberam juntos mais de R$ 2,8 milhões da Câmara

    Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), empregou ao longo dos últimos anos quatro parentes da fisioterapeuta Gabriela Batista Pagidis, apontada como funcionária fantasma de seu gabinete. A informação foi revelada por Tácio Lorran, do Metrópoles, nesta quarta-feira (16). Os familiares nomeados foram a mãe, a irmã, a tia e o primo de Gabriela, todos recebendo cargos comissionados desde 2011.

Segundo a apuração, Gabriela Pagidis acumulou sozinha mais de R$ 805,7 mil em salários como assessora parlamentar, sem exercer de fato as atividades no Congresso. Com os demais membros da família, o valor total chega a R$ 2,8 milhões pagos com recursos públicos.

☉ Nomes e valores - Athina Batista Pagidis, mãe de Gabriela, esteve nomeada de fevereiro de 2011 até julho de 2019. Já Barbara Pagidis Alexopoulos, irmã da fisioterapeuta, foi lotada de julho de 2012 a outubro de 2015 e voltou ao cargo entre novembro de 2021 e dezembro de 2024, período em que chegou ao salário mais alto do gabinete. A tia, Adriana Batista Pagidis França, exerceu funções entre setembro de 2017 e dezembro de 2022, enquanto o primo Felipe Pagidis França esteve nomeado de novembro de 2021 a março de 2023.

Veja os valores recebidos por cada um:

  • Athina Pagidis: R$ 919.917,83
  • Barbara Pagidis: R$ 710.579,65
  • Adriana Pagidis: R$ 244.858,89
  • Felipe Pagidis: R$ 94.702,19

Todos atuaram como secretários parlamentares, com exceção de Felipe, que ocupou um Cargo de Natureza Especial (CNE). O levantamento identificou ainda alterações frequentes nos salários dos nomeados, com promoções e rebaixamentos dentro de um mesmo ano, comportamento considerado fora do padrão usual da Casa.

☉ Funcionária fantasma com rotina fora da Câmara - A reportagem do Metrópoles acompanhou a rotina de Gabriela Pagidis nos últimos dias. Ela atua como fisioterapeuta em duas clínicas particulares em Brasília: no Instituto Costa Saúde, às segundas e quartas, e no Centro Clínico Bandeirantes, às terças e quintas. Na segunda-feira (14), por volta das 10h30, ela mesma atendeu a equipe do Metrópoles ao chegar à clínica na Asa Norte. Já na sexta-feira anterior (11), foi flagrada indo à academia pela manhã e visitando o Zoológico de Brasília à tarde, período em que deveria cumprir expediente na Câmara.

Gabriela foi nomeada como assessora parlamentar de Hugo Motta em 2015. Antes disso, ocupou o mesmo cargo no gabinete do então deputado Wilson Filho, hoje secretário de Educação da Paraíba. Somando os dois períodos, o salário total recebido por Gabriela como funcionária fantasma chega a R$ 890,5 mil, sem contar a correção pela inflação.

Durante o período em que constava como assessora parlamentar, Gabriela cursava fisioterapia na Universidade de Brasília (UnB), em tempo integral, das 8h às 18h, o que inviabilizaria o cumprimento de carga horária compatível com o cargo público. Além disso, ela concluiu duas pós-graduações no mesmo período.

☉ Câmara não registra presença de quem tem crachá - Por meio da Lei de Acesso à Informação, a reportagem solicitou os registros de entrada de Gabriela na Câmara, além de eventuais crachás e autorizações para uso da garagem. A Casa informou que o controle de frequência é de responsabilidade de cada gabinete, que não há registro de entrada para servidores com crachá e que o acesso ao estacionamento se dá apenas com credenciamento.

☉ Sem explicações do deputado - Procurado, Hugo Motta não comentou a contratação de Gabriela Pagidis nem a nomeação de seus familiares. Sobre a atuação da fisioterapeuta, sua assessoria enviou apenas uma breve nota:
“O presidente Hugo Motta preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Trump declara guerra ao Pix – e o bolsonarismo derreterá de vez

 

Donald Trump, presidente dos EUA – Foto: Reprodução

O governo dos Estados Unidos, por ordem direta de Donald Trump, abriu uma investigação comercial contra o Brasil. O motivo? Práticas supostamente “desleais” em várias áreas, do etanol ao desmatamento. Mas um ponto específico vai virar dinamite na política brasileira.

Segundo o Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o Brasil estaria prejudicando empresas americanas ao utilizar um sistema de pagamentos desenvolvido pelo governo — no caso, o Pix. É como se dissesse: o Pix é bom demais, rápido demais, eficiente demais — e isso é injusto com os cartões de crédito cobradores de tarifa das big techs dos EUA. A alegação é absurda, mas real. Trump quer enquadrar o Pix como uma “ameaça” à concorrência.

Esse ataque é um erro monumental. Nenhum governo, seja de esquerda ou direita, conseguiria justificar para a população a destruição de um sistema que virou parte da vida cotidiana. O Pix foi uma das poucas inovações estatais brasileiras amplamente aceitas, usadas e elogiadas pela população inteira — sobretudo nas periferias urbanas e no comércio informal. Tirar ou sabotar o Pix é declarar guerra a quem mais precisa dele.

Bolsonaristas que agora se veem forçados a escolher entre o mito americano e o Pix vão passar vergonha. Não há influencer de direita, vereador ou pastor que consiga explicar em bom português por que o povo teria que voltar ao tempo de TED, DOC ou maquininhas cobrando 4% por transação. Quando a conta do bar, o aluguel do quarto ou a venda da quentinha ficarem mais difíceis, o discurso do “Trump é nosso aliado” perde qualquer força.

Trump também mira outros pontos de fricção: tarifas “injustas”, desmatamento, pirataria na 25 de Março, bloqueio a redes sociais que não moderam conteúdo golpista, dificuldade de acesso ao mercado brasileiro de etanol. Nada disso, porém, tem o poder simbólico e material do ataque ao Pix.

Essa decisão tem data para escalar. Em 1º de agosto, entra em vigor o tarifaço de 50% contra todos os produtos brasileiros. É uma tentativa de sufocar o Brasil economicamente — sem base técnica, sem negociação e com motivação claramente política.

Mesmo tentando se distanciar de Bolsonaro — dizendo não ser seu “amigo” —, Trump usou o processo no STF contra o ex-presidente como justificativa indireta para punir o Brasil. Ataca a soberania do Judiciário brasileiro ao defender redes sociais que espalham mentiras e conspiracionismo. Ao mesmo tempo, acusa o Brasil de não proteger propriedade intelectual e de manter uma zona franca de falsificações em São Paulo.

Jair Bolsonaro e Donald Trump – Foto: Reprodução

O movimento é parte de uma guinada nacionalista dos EUA, que já havia atingido a China e a União Europeia. Agora, Trump testa o Brasil. E expõe a fraqueza do bolsonarismo: sua total submissão ao trumpismo. Mesmo sendo chutado, Bolsonaro silencia. Mesmo sendo penalizado, seus aliados fingem que nada acontece.

Mas dessa vez, o golpe vai bater no estômago do povo. O Pix não é ideologia — é sobrevivência. A perseguição a ele pode, sim, marcar o começo do fim do bolsonarismo como fenômeno popular. Afinal, nem o mais fanático vai aceitar ficar sem receber um Pix porque Trump mandou.

Fonte: DCM

Foragida, Zambelli cria perfil alternativo para comentar política e atacar Moraes

 

Carla Zambelli, deputada foragida na Itália. Foto: reprodução

Mesmo considerada foragida da Justiça brasileira, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) segue se comunicando com seus seguidores nas redes sociais. Após ter suas contas oficiais suspensas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Zambelli passou a utilizar um perfil alternativo no Instagram para continuar publicando vídeos, mensagens políticas e críticas ao Judiciário. A conta foi criada em maio de 2025 e, até agora, soma cerca de 4.600 seguidores.

O primeiro conteúdo foi publicado em 13 de junho, cerca de dez dias depois da suspensão de suas redes oficiais, determinada por Moraes no dia 4. Desde então, o perfil vem sendo usado para comentar a situação política do país e manter o engajamento com sua base.

Perfis de Carla Zambelli, com o nome da mãe, seguem suspensos. Foto: reprodução


O foco das publicações tem sido críticas ao STF e, especialmente, ao próprio Moraes. “Olá, pessoal, aqui é Carla Zambelli. Muita coisa tem acontecido no Brasil, não é?”, afirmou em um dos vídeos recentes. Na gravação, ela se referiu às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos como “Taxa Moraes” e disse que “faz muitos anos que o Moraes está brincando de ditador”.

Além dos ataques ao ministro, a deputada também manifestou apoio a aliados. No mesmo vídeo, elogiou a atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizendo que o parabenizava “pela coragem de enfrentar certas coisas que nenhum outro presidente teve coragem de enfrentar”.

A bolsonarista também agradeceu o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, pela solidariedade. Mesmo diante do processo que pode levar à cassação de seu mandato na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Zambelli afirma estar confiante e promete continuar ativa politicamente.

Paralelamente ao Instagram, a bolsonarista tem usado a plataforma Substack para divulgar textos com análises sobre sua situação. Nesses conteúdos, ela se refere ao momento atual como um “exílio”, embora a Justiça brasileira a classifique como foragida, após descumprir medidas cautelares e se recusar a entregar o passaporte ao Supremo.

A deputada teve prisão preventiva decretada por Moraes e está na lista vermelha da Interpol. A condenação a 10 anos de prisão foi motivada por sua participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ação executada com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto.

Fonte: DCM

7 carros da Volks para comprar a partir de R$ 20 mil

 

Volkswagen Voyage 1.0 prata – Foto: Reprodução
A Volkswagen oferece boas opções de carros usados para quem quer gastar pouco em 2025. É possível encontrar modelos a partir de R$ 20 mil, com motores econômicos, manutenção simples e boa disponibilidade de peças. Para quem busca um veículo confiável sem abrir mão do custo-benefício, a marca alemã tem alternativas que atendem diferentes perfis de motoristas.

Entre os destaques estão o Voyage 1.0, um sedã compacto encontrado a partir de R$ 20.900, e o Fox 1.6, conhecido pelo bom espaço interno e dirigibilidade, partindo de R$ 22.890. Outra opção é a SpaceFox 1.6, que une versatilidade e porta-malas amplo por cerca de R$ 24.900.

á para quem pode investir mais, há o Polo 1.0 MPI, Virtus 1.6 MSI, Nivus 1.0 TSI e o SUV T-Cross 1.4 TSI, todos bem equipados e com valores entre R$ 49.900 e R$ 87.999, dependendo do modelo e do ano.

Fonte: DCM

terça-feira, 15 de julho de 2025

Alta do dólar impulsionada por tarifas de Trump eleva percepção de reeleição de Lula, diz economista

Para Fabio Kanczuk, do ASA, salto da moeda americana reflete aumento da chance de vitória de Lula em 2026

      Fábio Kanczuk (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

As recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a diversos países vêm contribuindo para a valorização global do dólar. No entanto, no caso do Brasil — penalizado com uma tarifa de 50% por motivos políticos e ideológicos — a reação dos mercados teria extrapolado os fundamentos econômicos.

Segundo o economista Fabio Kanczuk, ex-diretor do Banco Central e atual diretor de macroeconomia do ASA Investments, a valorização cambial também está sendo lida como um indicativo do fortalecimento político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com reflexos na disputa eleitoral de 2026.

A análise foi apresentada nesta terça-feira (15) durante uma videoconferência. De acordo com Kanczuk, a oscilação do dólar tem funcionado como um "termômetro eleitoral" para o mercado financeiro. “O salto do dólar de R$ 5,45 para R$ 5,55 foi interpretado como um aumento de 10 pontos percentuais na probabilidade de reeleição do Lula — de 45% para 55%. Então é isso que o mercado e as pessoas estão enxergando. É consenso de analista”, afirmou.

O economista explicou que a moeda norte-americana não está reagindo apenas a dados de atividade ou indicadores externos. “O dólar vai mexer porque mexe no discurso político da situação, que ficou melhor. Aumentou a probabilidade de reeleição do Lula. E é isso que está fazendo o dólar andar — não é o econômico”, completou.

Efeitos limitados no PIB e inflação

Apesar do impacto simbólico das tarifas impostas por Trump, Kanczuk avalia que seus efeitos diretos sobre a economia brasileira são limitados. Ele estima que a redução no Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar entre 0,3% e 0,4%, já que os Estados Unidos representam menos de 2% do PIB brasileiro por meio das exportações. A estimativa é semelhante à da XP Investimentos.

Em relação à inflação, o efeito também seria pequeno. Isso porque a desaceleração afetaria principalmente a demanda externa, com reflexos indiretos no mercado doméstico. Como exemplo, ele mencionou o setor de suco de laranja, que pode perder lucratividade e reduzir empregos. “No fim, temos um pouco menos de PIB e um pouco mais de inflação”, resumiu.

(Com informações do InfoMoney)

Zambelli entrega apartamento à Câmara com 11 dias de atraso e leva multa

 


    A deputada federal licenciada Carla Zambelli. Foto: Divulgação

A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) entregou, nesta terça-feira (15), as chaves do apartamento funcional ocupado pela parlamentar e sua família em Brasília. A devolução ocorreu após o vencimento do prazo oficial em 4 de julho e foi feita à Quarta Secretaria da Câmara pelo advogado Fabio Pagnozzi. Devido ao atraso, a bolsonarista terá de pagar mais de R$ 7 mil em multa.

Ele afirmou que o imóvel, localizado na Asa Sul, foi devolvido em bom estado e que, caso haja cobrança de multa, ela será quitada sem objeções. Zambelli está na Itália desde o fim de maio, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão por envolvimento no ataque hacker ao Conselho Nacional de Justiça.

A deputada também foi considerada inelegível por oito anos. Apesar da fuga, ela mantém o mandato oficialmente ativo, mas está licenciada. A defesa alega que a parlamentar só tomou conhecimento do prazo de entrega do imóvel após uma reportagem revelar a ocupação irregular do local por seus familiares.

A tentativa dos advogados de isentá-la de penalidades baseia-se na alegação de que Zambelli teria feito melhorias no apartamento, além do fato de que o suplente Coronel Tadeu (PL-SP), que assumiu sua vaga, optou por se hospedar em hotel. A Câmara, no entanto, possui regras rígidas sobre a devolução dos imóveis, destinados exclusivamente a parlamentares em exercício.

Fonte: DCM

Novos embarques de carne bovina do Brasil aos EUA estão "sob análise" por frigoríficos, diz Abiec

Os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina brasileira, depois da China

      Trabalhador em frigorífico (Foto: Andres Stapff / Reuters)


RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Frigoríficos brasileiros estão avaliando se farão novos embarques de carne bovina para os Estados Unidos depois que o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre o Brasil na semana passada, disse Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira de Carne Bovina (Abiec), à Reuters nesta terça-feira.

Os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil, depois da China, que é a maior importadora da commodity do país sul-americano, segundo dados comerciais.

"Novos embarques estão sob análise do setor privado por conta da alta da tarifa", disse Perosa nesta terça-feira.

O anúncio das tarifas afetou o setor bovino do Brasil na semana passada e na segunda-feira, com as empresas reduzindo drasticamente as compras de animais devido à incerteza relacionada ao anúncio das tarifas, disse Alcides Torres, consultor de mercado de carne bovina da Scot Consultoria.

"O mercado esfriou", disse Torres.

O Brasil responde por aproximadamente 23% das importações de carne bovina dos EUA, segundo cálculos da Genial Investimentos.

A Minerva obtém cerca de 5% de sua receita líquida com as vendas de carne bovina para os EUA, informou a empresa após o presidente Donald Trump anunciar a imposição da nova tarifa a partir de 1º de agosto.

A empresa não comentou de imediato sobre a situação de seus embarques de carne bovina para os EUA.

A recente escassez de gado nos EUA aumentou a demanda do país pelo produto brasileiro, mostram dados comerciais. Segundo analistas, a nova tarifa pode tornar a carne bovina mais cara para o consumidor norte-americano.

Fonte: Brasil 247

INSS: 339 mil aposentados e pensionistas já aderiram ao acordo de ressarcimento

O pagamento começará no dia 24 de julho, com depósitos diários para cerca de 100 mil beneficiários, diretamente na conta informada

     Prédio do INSS (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já soma 339 mil aposentados e pensionistas que aderiram ao acordo de ressarcimento para recuperar valores descontados indevidamente. O pagamento começará no dia 24 de julho, com depósitos diários para cerca de 100 mil beneficiários, diretamente na conta informada.

Nos três primeiros dias úteis da operação, receberão aqueles que já formalizaram a adesão até o momento. O montante será pago integralmente, com correção pelo IPCA.

Segundo o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, trata-se de um “acordo histórico” que garante que os aposentados afetados pelos descontos indevidos recebam o dinheiro de volta de forma simples, rápida e segura. “Quanto antes aderirem, antes recebem. O Governo Federal não vai deixar nenhum aposentado para trás”, afirmou.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, destacou que a alta adesão reforça a urgência da medida: “Já temos 339 mil adesões, o que mostra a necessidade de uma resposta rápida para reparar os danos causados aos aposentados e pensionistas.”

O INSS estima que cerca de 2,5 milhões de pedidos podem aderir ao acordo. A adesão, no entanto, é permitida apenas para aposentados e pensionistas que contestaram os descontos e não receberam retorno das entidades após 15 dias úteis.

Fonte: Brasil 247

Conselho de Ética da Câmara suspende mandato de Janones por 3 meses

A decisão se baseia em um episódio de quebra de decoro parlamentar após Janones insultar o deputado Nikolas Ferreira durante um discurso no plenário

      Deputados André Janones e Nikolas Ferreira (Foto: Agencia Camara)

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (15), a suspensão do mandato do deputado André Janones (Avante-MG) por três meses, informa o portal UOL. A decisão, tomada por ampla maioria (15 votos a favor e três contra), se baseia em um episódio de quebra de decoro parlamentar ocorrido no último dia 9, quando Janones insultou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante um discurso no plenário.

A punição, que começa a valer a partir de quarta-feira (16), não prevê a substituição do parlamentar por suplente — o que significa que Janones ficará formalmente afastado de suas funções, enquanto sua equipe parlamentar também deixará de receber salários durante o período de suspensão. O deputado tem direito a recorrer da decisão ao plenário da Casa no prazo de 24 horas, e já indicou que pretende fazê-lo.

O estopim da decisão foi o momento em que Janones, em meio a um discurso de Nikolas Ferreira, gritou palavras como "capacho" e "vira-lata", além de xingamentos considerados de cunho homofóbico. A sessão precisou ser interrompida após um princípio de tumulto, e a Polícia Legislativa interveio para conter os ânimos. Posteriormente, Janones defendeu-se de forma irônica, dizendo que se referia a Nikolas como “Nikole” por respeitar como o deputado “se identifica”, numa referência ao discurso transfóbico que o parlamentar do PL fez no Dia da Mulher em 2023, ao usar uma peruca para zombar da população trans.

Apesar do episódio e da tentativa de justificar os ataques como ironia política, o relator do caso, deputado Fausto Santos Jr. (União-AM), recomendou a suspensão por três meses — prazo inferior aos seis meses inicialmente previstos, mas equivalente à punição aplicada em maio ao deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES).

A representação contra ele foi apresentada diretamente pela Mesa Diretora da Câmara, sob a liderança do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que já havia sinalizado que não toleraria mais episódios de desrespeito em plenário.
Acusações cruzadas e boletim de ocorrência

Em paralelo à decisão do Conselho de Ética, Janones move uma queixa-crime contra os deputados Sargento Gonçalves (PL-RN) e Giovani Cherini (PL-RS), acusando-os de agressões físicas e verbais durante o mesmo episódio. Segundo o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia de Polícia do DF, o deputado do Avante teria sido cercado por cerca de 20 parlamentares e agredido com chutes, socos e toques em suas partes íntimas.

A investigação, que está sendo conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal, apura os crimes de injúria, agressão e importunação sexual.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Justiça rejeita ação contra Lula sobre uso irregular de aviões da FAB

Juíza afirma que não há provas de irregularidades em viagens de familiares do presidente e arquiva processo sem julgamento do mérito

Brasília (DF), 08/07/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Justiça Federal em Brasília decidiu, nesta terça-feira (15), arquivar uma ação popular movida pelo deputado estadual Carmelo Melo (PL-CE) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob a alegação de suposto uso irregular de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por familiares do chefe do Executivo. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Segundo o parlamentar, os filhos do presidente, Fábio Luís e Luís Cláudio, além da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, teriam viajado em aviões oficiais da FAB sem ocupar cargos públicos ou estarem envolvidos em compromissos de caráter oficial, o que violaria princípios constitucionais da administração pública, como a moralidade e a impessoalidade.

No entanto, a juíza Iolete Maria Fialho de Oliveira, responsável por analisar o pedido, decidiu rejeitar a ação já na fase inicial. De acordo com a magistrada, os argumentos apresentados por Carmelo Melo “se baseiam apenas em reportagens jornalísticas”, sem qualquer comprovação material ou documento oficial que apontasse para eventuais desvios ou prejuízos aos cofres públicos.

Ainda conforme a reportagem, a magistrada também ressaltou que os atos administrativos gozam de “presunção de legalidade” e que, no caso em questão, essa presunção não foi superada. “Não se pode admitir a continuação de uma ação popular sem a mínima demonstração de irregularidade ou dano ao erário”, escreveu a juíza. Com a decisão, o processo foi encerrado sem que o mérito das acusações fosse analisado. Ainda cabe recurso às instâncias superiores.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Maior grupo empresarial dos EUA pressiona Trump a suspender tarifa sobre o Brasil

 

O presidente dos EUA Donald Trump. Foto: Divulgação

A U.S. Chamber of Commerce, maior associação empresarial dos Estados Unidos, e a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) divulgaram nesta terça-feira (15) um comunicado conjunto pedindo ao presidente Donald Trump que suspenda a tarifa de 50% anunciada contra produtos brasileiros.

As entidades alertam que a medida, prevista para entrar em vigor em agosto, pode causar “danos graves” à relação econômica entre os dois países e estabelecer “um precedente preocupante”. No texto, as organizações destacam que o Brasil é um dos dez principais destinos das exportações americanas, com cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços enviados anualmente.

Segundo os dados divulgados, mais de 6.500 pequenas empresas dos EUA seriam diretamente impactadas pela tarifa, além de outras 3.900 companhias americanas que mantêm investimentos no Brasil. O aumento nos custos afetaria cadeias produtivas essenciais, reduzindo a competitividade de setores estratégicos e encarecendo produtos para os consumidores norte-americanos.

Produtos importados do Brasil para os EUA. Foto: Divulgação
As entidades também criticam o uso de sanções econômicas como instrumento de retaliação política. “Impor tais medidas em resposta a tensões políticas mais amplas corre o risco de causar danos reais a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos”, afirmam no comunicado.

Elas reforçam que a imposição da tarifa afetaria itens vitais para a indústria e a população dos EUA, ampliando os custos para famílias e comprometendo o desempenho de empresas locais.

Como solução, a U.S. Chamber of Commerce e a Amcham defendem a abertura imediata de um canal de negociação de alto nível entre os governos de Brasil e Estados Unidos, com diálogo direto entre os presidentes. Desde que Trump assumiu seu novo mandato, em janeiro, não houve contato direto com o presidente Lula.

Fonte: DCM

VÍDEO – Trump diz que não é amigo de Bolsonaro, mas volta a defendê-lo

 

Donald Trump em conversa com jornalistas na Casa Branca. Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender publicamente o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (15), classificando mais uma vez as investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “caça às bruxas”. As declarações ocorrem após o anúncio das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que deve entrar em vigor em 1º de agosto.

Questionado por jornalistas sobre o pedido de condenação apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Trump afirmou: “O presidente Bolsonaro não é um homem desonesto. Ele ama o povo do Brasil. Ele lutou muito pelo povo do Brasil”. O republicano acrescentou: “Eu acredito que é uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo”.

Embora tenha feito a defesa do ex-presidente brasileiro, Trump afirmou que não considera Bolsonaro um aliado próximo: “Não é que… olha, ele não é como um amigo meu, ele é alguém que eu conheço. E eu o conheço como um representante de milhões de pessoas. Os brasileiros são ótimas pessoas”.


As declarações foram dadas após Trump ser questionado sobre o andamento do processo que investiga Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Na segunda-feira (14), a PGR pediu formalmente a condenação do ex-presidente, alegando que ele liderou uma “organização criminosa” para desestabilizar a democracia.

Na carta publicada nas redes sociais de Trump, destinada ao presidente Lula (PT) na última quarta-feira (9), o republicano associou o tarifaço a questões políticas, afirmando, sem apresentar provas, que a decisão foi tomada “em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.

A justificativa, no entanto, é contestada por especialistas. Dados comerciais mostram que, desde 2009, os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil, exportando mais do que importando. Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticaram a medida, afirmando que não há motivos econômicos para tamanha taxação e que a decisão pode prejudicar empregos no Brasil.

Fonte: DCM

VÍDEO – Mourão abandona bolsonaristas de vez e detona Trump por tarifaço

 

Hamilton Mourão durante fala no Senado. Foto: reprodução

Em um rompimento claro com o núcleo mais íntimo do bolsonarismo, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente, afirmou nesta terça-feira (15) que não aceita a interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos assuntos internos do Brasil, referindo-se às tarifas de 50% impostas como retaliação pelo tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu não aceito que o Trump venha meter o bedelho num caso que é interno nosso. Há uma injustiça sendo praticada contra o presidente Bolsonaro? Há uma injustiça sendo praticada, mas compete a nós brasileiros resolvermos isso”, declarou Mourão durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

As declarações do ex-vice-presidente aprofundam o isolamento político de Bolsonaro e seus filhos, o deputado licenciado Eduardo (PL-SP) e o senador Flávio (PL-RJ), no cenário da crise tarifária.

Enquanto inicialmente governadores de direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), apoiaram as críticas de Trump ao governo do presidente Lula (PT), muitos agora admitem os impactos econômicos da medida e buscam soluções diplomáticas.

Veja o momento da fala de Mourão:


Mourão classificou a abordagem de Trump como abandono do “soft power” (poder suave) em favor da coerção econômica, destacando que as tarifas também prejudicarão os consumidores americanos. “O poder bruto da coerção e do dinheiro está sendo usado de forma que afeta ambos os países”, avaliou o senador.

A postura de Mourão contrasta com a estratégia da família Bolsonaro, que tem defendido a anistia como única solução para a crise. Eduardo Bolsonaro, atualmente nos EUA, foi um dos articuladores das medidas de Trump, que em carta citou explicitamente a situação do ex-presidente brasileiro: “Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”.

O senador gaúcho também se manifestou sobre o pedido de condenação de Bolsonaro pela PGR, entregue na segunda-feira (14). Em suas redes sociais, Mourão classificou o processo como “claramente político” e com o objetivo de “tirar o ex-presidente do contexto político nacional”.

Fonte: DCM