domingo, 6 de julho de 2025

Cúpula do Brics 2025 começa no Brasil com foco em clima e economia global

 

Lula recebe o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na cerimônia de abertura da 17ª Cúpula do Brics no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução

Neste domingo (6), chefes de Estado e representantes de mais de 30 países participam da 17ª Cúpula de Líderes do Brics, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.

O encontro acontece sob a presidência brasileira e tem como objetivo discutir temas prioritários da política internacional, com foco em desenvolvimento sustentável, cooperação global e governança.


Entre os assuntos centrais da reunião está a proposta de uma declaração conjunta defendendo o multilateralismo, a reforma de organismos internacionais como a ONU e medidas concretas para o combate às mudanças climáticas.

A cúpula também deve abordar temas como inteligência artificial, financiamento climático e erradicação de doenças.
Brics: composição e objetivo

O Brics é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Além disso, há dez países parceiros, como Cuba, Vietnã e Bolívia.

O bloco busca ampliar a cooperação econômica e política, fortalecendo a atuação conjunta dos países em desenvolvimento.

Presidência brasileira

A presidência do Brasil definiu seis temas prioritários para o evento: saúde global, finanças e comércio, mudanças climáticas, inteligência artificial, segurança multilateral e fortalecimento institucional do grupo.

O governo Lula pretende apresentar avanços nessas áreas por meio de propostas coordenadas com os demais líderes.

Próximos passos

Na segunda-feira (7), último dia do evento, a agenda será voltada para temas ambientais, como a preparação para a COP30, e a saúde global.

A expectativa é que o grupo chegue a um consenso em pautas sensíveis, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e o conflito na Palestina, consolidando um documento final com propostas alinhadas.

Fonte: DCM

Pai de seis filhos americanos, brasileiro deixa os EUA por medo de deportação

 

Frilei Brás se despede da família nos EUA antes de embarcar de volta ao Brasil – Foto: The Boston Globe

Frilei Brás decidiu deixar os Estados Unidos após quase duas décadas vivendo no país. Pai de seis filhos americanos e casado com uma brasileira, ele se apresentou voluntariamente às autoridades migratórias em maio, como fazia todos os anos. No entanto, desta vez, recebeu uma ordem de deportação com prazo de apenas 15 dias para sair. “Fui obrigado a acatar e comprei a passagem. Não tinha escolha”, afirmou Brás, que hoje vive em Central de Minas (MG).

O mineiro chegou aos EUA em 2005 e mantinha uma vida ativa na comunidade brasileira. Tinha empresa registrada, pagava impostos, liderava um programa de rádio e mantinha uma escolinha de futebol. Em 2018, foi notificado pelas autoridades, mas continuava em liberdade por não ter antecedentes criminais. Apesar disso, com a política migratória do governo Trump, passou a ser pressionado a sair do país. “Na sala, colocaram tornozeleira e disseram que eu deveria me considerar sortudo por não ser levado preso”, contou.

Durante o processo, Brás relatou que as informações dos agentes eram confusas. “Disseram que eu teria dois meses, depois mudaram para 15 dias”, relatou. Um dos momentos mais difíceis foi a despedida da família. “Reuni todos na sala de casa para uma oração antes de ir para o aeroporto”, disse.

No voo de volta, Brás teve uma crise de choro. “Não sei quando vou ver minha família de novo”, desabafou. Sua esposa, que tem problemas de saúde, e os filhos, com idades entre 1 e 19 anos, continuam nos EUA e recebem ajuda de amigos enquanto ele tenta se reestruturar no Brasil. “Um agente ameaçou deportar todo mundo, mas eles são cidadãos americanos. Foi uma pressão psicológica enorme”, relatou.

Segundo Brás, o tratamento dado aos imigrantes é impessoal e baseado em metas. “Disseram que têm que fazer 3 mil prisões por dia. Não importa sua história, você vira apenas um número”, criticou. Ele afirma que muitos brasileiros estão optando por voltar ao Brasil diante do medo e da insegurança. “Conheço gente que comprou passagem por conta própria. É uma crise de ansiedade coletiva”, disse.

Fonte: DCM

“Pode Espalhar”: programa do PT dará apoio jurídico à militância virtual do partido

 

O presidente Lula em cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nesta semana o projeto “Pode Espalhar”, voltado à formação de uma rede de influenciadores digitais que apoiem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. A iniciativa prevê o oferecimento de suporte jurídico aos criadores de conteúdo que atuarem publicamente na defesa do partido e da atual gestão federal. Com informações da Veja.

A ação é coordenada pela Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT e financiada com recursos públicos oriundos do fundo partidário. Segundo o comunicado oficial, advogados e orientadores jurídicos estarão à disposição especialmente durante o período eleitoral, com o objetivo de garantir respaldo legal aos militantes digitais alinhados com a narrativa do governo.

O projeto visa organizar e ampliar a atuação de apoiadores nas redes, reunindo aqueles que já produzem conteúdo favorável ao governo Lula. A proposta é criar o “Clube de Influência do Time Lula”, uma rede com acesso a conteúdo direcionado e orientação jurídica. A campanha adotará como principal mote a ideia de um embate entre os 99% da população e o 1% mais rico.

O secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto,quando foi candidato à prefeitura de São Paulo. Foto: Divulgação/PT
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, os influenciadores poderão expressar apoio direto ao governo sem que isso caracterize campanha eleitoral antecipada. “Se precisar de advogado, vocês podem acionar a nossa rede que vamos tentar providenciar orientação ou defesa”, afirmou. A estrutura jurídica, segundo ele, estará preparada para responder a eventuais processos ou notificações.

A iniciativa contou com o aval da cúpula petista, incluindo o presidente nacional do PT, Humberto Costa (PE), e o secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto (SP). A ideia é consolidar uma base digital que responda rapidamente a ataques ou críticas contra o governo, e que dissemine o discurso de enfrentamento à elite econômica.

Jilmar Tatto revelou que a criação do “Pode Espalhar” foi motivada pela recente derrubada no Congresso de um projeto do presidente Lula que previa o aumento do IOF sobre os mais ricos. Para o dirigente, a resistência parlamentar ao projeto evidenciou os interesses das camadas mais privilegiadas da sociedade e motivou a necessidade de comunicação mais ativa nas redes.

A campanha pretende evidenciar quem paga e quem se beneficia no atual modelo tributário brasileiro. Segundo Tatto, a proposta barrada no Legislativo afetaria cerca de 150 mil pessoas com aumento de impostos, para ampliar a distribuição de renda a mais de 30 milhões de brasileiros. “Queremos mostrar quem paga a conta no Brasil”, disse o secretário.

Fonte: DCM com informações do revista Veja

VÍDEO: Jornalista viraliza ao defender o Nordeste e a distribuição de renda na CNN

 

Elisa Veeck em comentário na CNN Brasil. FOTO: Reprodução/CNN

Durante sua participação na programação da CNN Brasil, a jornalista Elisa Veeck fez um discurso contundente em defesa dos nordestinos, ao abordar a xenofobia enfrentada por essa população. O vídeo com os comentários viralizou nas redes sociais após ser exibido no início desta semana, diretamente dos estúdios em São Paulo.

Elisa denunciou o preconceito estrutural e recorrente contra o povo nordestino, especialmente em grandes centros urbanos do Sudeste. Ela rebateu estigmas alimentados por setores da extrema direita e criticou com veemência a criminalização de programas de distribuição de renda.

A jornalista destacou a resistência e o esforço diário do trabalhador nordestino, sugerindo que os críticos passassem um dia no sertão, lidando com a seca e o trabalho árduo no campo. “Gostaria que você tivesse calos nas mãos por ficar o dia inteiro com uma enxada, tentando fazer nascer do chão algo para o seu filho comer”, afirmou.

Ao rebater o argumento de que nordestinos não buscam emprego, Elisa lembrou que São Paulo abriga cerca de 4 milhões de pessoas vindas do Nordeste, que migraram em busca de oportunidades. “Você acha que eles vieram para cá a passeio?”, questionou, com firmeza.

SENSACIONAL: Elisa Veeck sobre a xenofobia diária sofrida pelos nordestinos e o estigma criado pela extrema direita sobre os programas de distribuição de renda pic.twitter.com/z9A6nUGOtf


A jornalista também lembrou o papel central da mão de obra nordestina no crescimento econômico do Sudeste, especialmente na construção civil e em outras áreas essenciais. Segundo ela, boa parte da infraestrutura da região foi erguida com o suor de trabalhadores que deixaram suas terras em busca de sustento.

Outro ponto marcante de sua fala foi a crítica aos que desqualificam os programas de transferência de renda. Para ilustrar, Elisa citou a história de Maria, uma mulher nordestina que perdeu a filha de quatro meses por falta de recursos até para um caixão. A bebê foi enterrada em uma caixa de tomate.

Elisa concluiu que, se políticas públicas de apoio à população de baixa renda já estivessem implementadas à época, a filha de Maria estaria viva e teria 26 anos. A jornalista usou o exemplo para mostrar o impacto direto e humano das decisões econômicas e sociais. Recentemente, a mesma profissional também teve um comentário seu repercutindo amplantamente nas redes, no qual ela defendia a ideia de que “igualdade incomoda”.

Defesa do Bolsa Família

A profissional fez ainda uma firme defesa das políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, ao citar um caso emblemático que acompanhou de perto: “Maria enterrou a filha de 4 meses… aliás, ela não enterrou, porque não tinha dinheiro para comprar um caixão. A filhinha dela foi levada numa caixinha de tomate.” Em seguida, concluiu: “Fala para ela que programa de distribuição de renda não tem sentido. Se já existisse na época, a filha da Maria estaria viva e teria 26 anos.”

Fonte: DCM

Valdemar descarta Eduardo Bolsonaro e diz que Michelle seria única a vencer Lula

 

Valdemar da Costa Neto no evento PL Mulher. Foto: Reprodução/Tiktok
Neste sábado (5), durante evento do PL Mulher em Guarulhos (SP), o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, declarou que Michelle Bolsonaro é a única candidata da sigla com potencial de vencer Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026 — além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral. A fala foi feita diante da própria Michelle e de lideranças femininas da legenda.

Com a declaração, Valdemar esvazia de forma direta as pretensões de Eduardo Bolsonaro, também filiado ao partido, de disputar a sucessão presidencial. O dirigente afirmou que todas as pesquisas internas do PL indicam vitória de Michelle sobre Lula em eventual segundo turno. “Depois do Bolsonaro, ela é a única que bate o Lula no segundo turno em todas as pesquisas que nós fizemos”, afirmou.

Valdemar também elogiou o desempenho político da ex-primeira-dama, destacando que ela tem superado as expectativas desde sua entrada formal na vida partidária. Apesar da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o dirigente reforçou que o ex-presidente continua sendo o nome prioritário da legenda para 2026 — e que, caso não possa concorrer, será ele quem definirá o substituto. “Se acontecer uma injustiça no Brasil e o impedirem, quem escolhe o candidato não é o partido, é o presidente Bolsonaro, porque ele é que tem os votos”, disse.

Pesquisas divulgadas em junho por três institutos mostraram cenários de segundo turno equilibrados entre Lula e possíveis adversários, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro, com empates técnicos nos levantamentos.

Valdemar concluiu reafirmando apoio incondicional a Jair Bolsonaro e a qualquer nome que ele indicar. Nos bastidores, ganha força a ala do partido que defende protagonismo de Michelle na disputa, com o argumento de que ela já conquistou espaço próprio e não deve recuar.


“Deixar o PL”

Um dos principais aliados de Eduardo Bolsonaro (PL), o comentarista e empresário Paulo Figueiredo, usou as redes sociais para sugerir publicamente que o deputado federal deixe o Partido Liberal. Em publicação no X (antigo Twitter), ele afirmou: “Se eu fosse o Eduardo Bolsonaro, já estaria em discussões abertas para deixar o PL.” A fala ocorre em meio ao fortalecimento de Michelle Bolsonaro como nome preferido da cúpula do partido para disputar a Presidência em 2026.

Paulo Figueiredo é neto do general João Figueiredo, último presidente do regime militar (1964–1985), e se apresenta como uma das principais vozes da ala mais radical do bolsonarismo. Foragido nos Estados Unidos, ele é réu em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação na trama golpista.

O ex-Jovem Pan é o principal articulador político de Eduardo Bolsonaro no exterior e mantém interlocução com setores da extrema direita internacional.

Fonte: DCM

Conheça os diferentes tipos de linguiça e suas características na culinária brasileira


      Tipos de linguiça mineira artesanal. Foto: Reprodução

Presente no churrasco, na feijoada ou no pão com vinagrete, a linguiça é um dos embutidos mais versáteis da cozinha brasileira. Feita com carne moída (geralmente suína ou bovina) temperada e embutida em tripas naturais ou artificiais, ela varia muito de sabor, textura e uso conforme o tipo.

A linguiça toscana é uma das mais populares: feita com carne suína bem temperada, é ideal para grelha ou assados. A calabresa, mais curada e defumada, tem sabor marcante e picante, muito usada em pizzas, farofas e molhos. Já a paio, de origem portuguesa, é mais grossa e firme, usada especialmente em cozidos como a feijoada. A linguiça cuiabana se destaca pelo recheio de queijo, que derrete durante o preparo, e a linguiça fina, também chamada de aperitivo, é ótima para petiscos.

Outras variações incluem linguiças de frango, com ervas, com pimenta, defumadas ou artesanais. Cada tipo traz uma combinação de temperos e processos que influenciam no aroma, na suculência e na maneira de preparo.

Fonte: DCM

Vídeos virais impulsionam rejeição a Hugo Motta nas redes, aponta estudo

Hugo Motta em sessão na Câmara para votar projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF. Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo


O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta uma intensa crise de imagem nas redes sociais. Segundo levantamento da agência Ativaweb, divulgado nesta semana, Motta tornou-se alvo de uma onda massiva de rejeição digital, com características simbólicas e abrangência nacional. O estudo analisou interações públicas entre os dias 24 e 30 de junho, em plataformas como Facebook, Instagram, X e TikTok.

Foram examinadas mais de 2,5 milhões de menções ao parlamentar por meio de ferramentas de inteligência artificial, análise semântica e mineração de dados em tempo real. Os dados indicam que a rejeição não está ligada a espectros ideológicos tradicionais. De acordo com Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, a crise de imagem enfrentada por Motta é “do povo contra o sistema”. O deputado, segundo ele, foi simbolicamente transformado em vilão de um descontentamento coletivo.

Um dos principais catalisadores da crise foram vídeos com apelo emocional e estética informal que viralizaram ao contrapor o deputado à população de baixa renda. Esses conteúdos ajudaram a transformar um tema técnico — o orçamento público — em um símbolo de desigualdade e injustiça social. Motta acabou sendo retratado como representante de interesses elitistas, reforçando o sentimento de revolta entre os usuários.

“Congresso da mamata” com propaganda pró-governo federal feita por IA. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O estudo identificou que 68% das interações analisadas eram puramente emocionais, com uso de linguagem simbólica, agressiva e altamente replicável. Foram expressões como “amigo dos ricos”, “Eduardo Cunha 2.0”, “mamata institucional” e “vergonha nacional” que dominaram o discurso público. O fenômeno foi descrito como viral, com alto grau de coordenação e precisão na distribuição dos conteúdos.

A análise destacou ainda que o fenômeno não se deu de forma espontânea, mas teve natureza orgânica aliada a técnicas de disseminação eficientes. Houve segmentação do público e uso de algoritmos para maximizar o alcance dos conteúdos. Essa movimentação criou um ambiente digital hostil, no qual qualquer menção ao nome de Motta provocava reações negativas em larga escala.

Além do rastreamento de palavras-chave, a Ativaweb utilizou agrupamento semântico e triagem de perfis para distinguir críticas estruturadas de manifestações emocionais. Essa metodologia permitiu mapear não apenas o volume, mas a intensidade da insatisfação com o parlamentar. Maracajá destaca que “não foi um algoritmo que destruiu a imagem de Hugo Motta. Foi o sentimento coletivo de um povo que cansou da política para poucos”.

Embora a rejeição venha se manifestando de forma generalizada, a pesquisa mostrou que o discurso encontrou maior eco em influenciadores digitais de perfis independentes, distantes de partidos ou grupos ideológicos tradicionais. Essa descentralização fortaleceu o apelo popular da crítica e dificultou ações de contenção por parte da equipe de comunicação do deputado.

Um dos vídeos feitos por IA:

Fonte: DCM

VÍDEO: Como Lula e Haddad, Paulo Guedes também já defendeu a taxação dos super-ricos

 

Paulo Guedes, ex-ministro da Economia – Foto: Reprodução

Internautas resgataram um vídeo em que o ex-ministro da Economia do então governo Bolsonaro, Paulo Guedes, aparece defendendo publicamente a taxação dos super-ricos.

A fala, feita durante entrevista ao Flow Podcast, voltou à tona após críticas da ala bolsonarista às propostas do atual governo e à derrubada do decreto sobre o reajuste do IOF.

“Você não tem que ter vergonha de ser rico. Você tem que ter vergonha de não pagar imposto”, diz Guedes na ocasião.

O ex-ministro critica o sistema tributário brasileiro e afirma que milionários pagam pouco ou nenhum imposto sobre lucros e dividendos. “Sessenta mil pessoas receberam 300 bilhões e pagaram zero”, afirma.

O vídeo, compartilhado por usuários nas redes, também foi repostado pelo jurista Lenio Luiz Streck, que apontou a contradição nas críticas feitas atualmente à política de taxação progressiva.



O decreto que visava mudanças no IOF foi derrubado após votação na Câmara dos Deputados, presidida atualmente pelo deputado Hugo Motta (Republicanos).

A ação, no entanto, foi suspensa temporariamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Alexandre de Moraes também determinou que Executivo e Legislativo se manifestem no prazo de cinco dias, explicando os motivos que levaram o governo a elevar as alíquotas e o Congresso a derrubar os decretos presidenciais.


A pesquisa, baseada em dados da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2017-2018 do IBGE, mostra que a estrutura fiscal brasileira reforça desigualdades históricas, com o IOF sendo parte desse problema.

Os dados também revelam que, mesmo entre o 1% mais rico da população, persistem disparidades tributárias. Homens negros nessa faixa pagam proporcionalmente mais impostos que brancos, pois recebem maior parte da renda via salário (sujeito à tributação), enquanto brancos têm mais rendimentos por dividendos (isentos).

Fonte: DCM

Compra de armas por CACs cai 91% no governo Lula

Apesar da redução, a estimativa é de que cerca de 1,5 milhão de armas de fogo estejam em posse de aproximadamente 980 mil CACs no país

           (Foto: © Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados)

A política de controle de armas adotada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou uma queda drástica na aquisição de armamentos por CACs — caçadores, atiradores e colecionadores — em comparação com o último ano da gestão Jair Bolsonaro (PL). Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, o número de novas armas compradas caiu 91% entre 2022 e 2024: de 448.319 para 39.914.

Apesar da tendência de queda, chama atenção o crescimento específico na compra de fuzis. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025, o total de novos registros desse tipo de arma saltou de 1.063 (em 2024) para 1.248, alta de 17,4%. A marca supera todo o ano anterior.

A redução nas aquisições já havia começado em 2023, quando o governo Lula revogou normas da gestão anterior e impôs critérios mais rígidos. Naquele ano, foram adquiridas 176.870 armas, o que representa uma redução de 77% na comparação com 2022. Em 2025, até abril, foram registradas 18.065 novas armas. Entre os modelos mais comprados sob Lula, as pistolas continuam liderando, seguidas por carabinas, espingardas, revólveres e fuzis.

Atualmente, estima-se que cerca de 1,5 milhão de armas estejam em posse de aproximadamente 980 mil CACs no país. Destas, a imensa maioria foi comprada durante o governo Bolsonaro, responsável pelo registro de 932.551 novas armas entre 2019 e 2022. Já no governo Lula, o número registrado até abril de 2025 é de 234.849. No caso dos fuzis, 48.517 foram adquiridos na era Bolsonaro. Desde então, 3.626 unidades desse armamento pesado foram compradas sob Lula.

O presidente assinou, ainda em 2023, um decreto prevendo a criação de um programa de recompra de armas, com o objetivo de reduzir a circulação. Entretanto, o plano segue em análise no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Para Bruno Langeani, consultor sênior do Instituto Sou da Paz, os dados indicam que o endurecimento das regras a partir de 2023 teve efeito. “Mais do que manter a redução, o essencial é garantir que todos que registram armas cumpram integralmente os requisitos, especialmente as condições psicológicas, ocupação lícita e a ausência de antecedentes criminais”, afirma.

Langeani destaca o aumento nas compras de fuzis como um alerta: “Será fundamental que a Polícia Federal investigue onde e em quais perfis essas compras estão concentradas, assim como deve acompanhar os 48 mil fuzis comprados durante o governo anterior”. A transição da responsabilidade de fiscalização dos CACs, antes sob o Exército, foi oficialmente atribuída à Polícia Federal em 1º de julho deste ano, e deve ser concluída até 29 de agosto.

Entretanto, cerca de 7.600 armas de uso restrito adquiridas na gestão Bolsonaro ainda não foram recadastradas ou não tiveram seus registros finalizados junto à PF — o que equivale a cerca de 15% do total desse tipo em posse de CACs.

A PF contratou 579 profissionais terceirizados para assumir a nova função, número inferior aos 3.000 cargos solicitados pelo Ministério da Justiça. Para compensar o déficit, está em andamento um concurso público, além de reestruturações internas e criação de delegacias especializadas.

Segundo Fabrício Schommer Kerber, diretor de Polícia Administrativa da PF, o foco é manter a verificação contínua da idoneidade dos CACs. “Só neste ano, 70 pessoas com registro já foram presas por diversos crimes”, afirmou. Kerber ressaltou, no entanto, que a PF “não assumiu essa atribuição para buscar fraudes ou desvios, e sim para prestar um serviço aos brasileiros”.

Roberto Uchôa, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que a mudança para a Polícia Federal representa avanço, mas alerta que focar apenas na queda da compra de armas é insuficiente. “O desafio não é apenas frear a aquisição de novas armas, mas também gerenciar o vasto arsenal que já se encontra em mãos privadas”, declarou. Para ele, enquanto o desvio de armamentos de CACs para o crime organizado persistir e os índices de homicídios por armas de fogo se mantiverem altos, “a tarefa de aprimorar o controle estará longe de ser concluída”.

Em 2023, segundo a reportagem, ao menos 8% das armas apreendidas em crimes no estado de São Paulo pertenciam a CACs. Além disso, 5.200 pessoas condenadas conseguiram obter, renovar ou manter registros de CAC, conforme relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Com quase 3 milhões de filiados, PT vai às urnas para escolher seu novo presidente

Os quatro canddiatos à presidência do PT: Edinho Silva, Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira – Fotomontagem BdF

Com cerca de 2,9 milhões de filiados aptos a votar, o Partido dos Trabalhadores (PT) realiza neste domingo (6) sua eleição nacional para escolha do novo presidente da legenda. O processo, que mobiliza as bases do partido em todo o país, tem como favorito o ex-ministro Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara (SP) e aliado próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A votação ocorre por meio de voto direto dos filiados, em uma dinâmica considerada rara entre os grandes partidos brasileiros. A expectativa é que a apuração dos votos se estenda até segunda-feira (7), quando será conhecido o nome que sucederá o senador Humberto Costa (PE), presidente interino desde a saída de Gleisi Hoffmann, nomeada ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais.

Além da escolha do novo presidente, os filiados também elegem os dirigentes dos diretórios estaduais e municipais, além de indicar a corrente interna do partido com a qual se identificam. São quatro grandes tendências em disputa: Construindo um Novo Brasil (CNB), de Edinho Silva; Novo Rumo, de Rui Falcão; Articulação de Esquerda, de Valter Pomar; e Movimento PT, de Romênio Pereira.

A apuração é centralizada na sede nacional do partido, em Brasília, que recebe as cédulas de todas as regiões do país. A corrente interna com maior percentual de votos passa a ter maioria no diretório nacional, composto por 90 membros, e influencia diretamente a formação da executiva nacional, órgão máximo de decisões da legenda.

O presidente Lula ao lado de seu candidato na eleição petista, Edinho Silva. Foto: Ricardo Stuckert

Essa estrutura interna será responsável por formular a estratégia eleitoral do PT para 2026, quando Lula deve tentar a reeleição. Edinho, se confirmado no cargo, deve desempenhar papel-chave na articulação política para ampliar alianças com partidos de centro e acalmar os setores mais conservadores do Congresso.

Segundo aliados, Edinho também deverá oferecer respaldo político ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo pautas de responsabilidade fiscal que possam suavizar a relação entre o Planalto e o mercado financeiro. Entre os desafios está a reaproximação com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem se distanciado do governo federal ao longo de 2024.

Cada corrente interna do PT terá representação proporcional à votação recebida, podendo realizar eleições internas para indicar seus representantes. Esse sistema reforça o pluralismo da legenda, mas também exige negociações intensas entre os grupos para garantir governabilidade interna.

A posse do novo presidente está marcada para agosto, quando a nova direção deve iniciar um ciclo decisivo para o futuro político do partido, com foco em manter a liderança de Lula no cenário nacional e reforçar as bases do PT nas disputas municipais de 2026.

Fonte: DCM

Yakisoba: o prato oriental que conquistou o Brasil

 

O prato oriental de origem chinesa Yakisoba. Foto: Reprodução
O yakisoba, que em japonês significa literalmente “macarrão frito”, é um prato de origem chinesa popularizado no Japão e depois adotado com entusiasmo no Brasil, especialmente em feiras e festivais. A versão brasileira é uma mistura saborosa de macarrão, legumes salteados e carne, tudo envolto em um molho espesso e aromático, que combina o agridoce com o salgado de forma equilibrada.

Para preparar, usa-se o macarrão tipo lámen ou próprio para yakisoba, cozido al dente. Em outra panela, salteiam-se tiras finas de carne bovina, frango ou ambos, com óleo de gergelim e alho. Depois entram os legumes: cenoura em tiras, brócolis, couve-flor, repolho, pimentão e cebola, sempre respeitando o tempo de cocção de cada um para manter a textura crocante.

O toque final é o molho: uma mistura de molho shoyu, molho de ostra, açúcar, amido de milho dissolvido e um pouco de água, que engrossa ao ser aquecido e envolve todos os ingredientes. Por fim, tudo é incorporado ao macarrão e servido quente, com um fio de óleo de gergelim ou gergelim torrado por cima.

O yakisoba virou tradição em festas de bairro e é símbolo da influência nipo-brasileira na gastronomia urbana — rápido, nutritivo e cheio de sabor.

Fonte: DCM

As 7 pimentas mais populares do Brasil: sabor, ardência e tradição na cozinha


Pimenta dedo-de-moça, cumari, malagueta, tabasco jalapeño, biquinho e murupi. Foto: Reprodução
O Brasil é um país de paladar intenso e variado, e as pimentas ocupam um lugar especial na culinária regional. Aromáticas, picantes ou apenas saborosas, elas dão personalidade a molhos, ensopados e pratos típicos de Norte a Sul. Conheça as 7 pimentas mais populares do país e como usá-las:

A malagueta é uma das mais tradicionais, com ardência alta e sabor marcante. Presente em molhos e conservas, é muito usada em pratos baianos e nordestinos. Já a dedo-de-moça, com picância média e sabor mais suave, é ótima para refogados, moquecas e geleias. A biquinho, pequena e vermelha, não arde e é ideal para quem busca sabor sem picância, sendo comum em conservas e saladas.

A jalapeño, de origem mexicana, ganhou espaço no Brasil, especialmente em receitas tex-mex e hambúrgueres artesanais, oferecendo ardência moderada e sabor herbal. A murupi, típica da Amazônia, é intensa e aromática, usada em tucupi, peixes e caldeiradas. A pimenta-do-reino, embora originária da Índia, é amplamente consumida em todo o Brasil como condimento seco ou moído, com uso universal. Por fim, a cumari do Pará tem ardência forte e perfume único, usada em peixes, conservas e pratos amazônicos.

Cada uma dessas pimentas traz um tipo de calor e sabor, compondo o rico mosaico da cozinha brasileira — da suavidade à explosão de ardência.

Fonte: DCM

‘Odeio pobre’: após viralizar, pastor bolsonarista do PR diz que foi mal interpretado

 

O pastor Nicoletti, da Igreja Recomeçar. Foto: Reprodução/Instagram

Durante uma conferência realizada em 25 de maio, no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu (PR), o pastor Nicoletti da Igreja Recomeçar, fez declarações polêmicas que repercutiram nas redes sociais. Ele afirmou “odiar pobre”, disse que “Jesus nunca foi pobre” e chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “nove dedos ladrão”. O vídeo com as falas foi amplamente compartilhado e gerou críticas e manifestações nas redes sociais.

O conteúdo do vídeo mostra o pastor fazendo críticas à pobreza e a programas sociais, durante sua pregação. Ele defendeu que “dar esmola é patrocinar a escravidão” e que a verdadeira transformação social ocorre por meio do que chamou de “desbloqueio de mentalidade”. Para Nicoletti, os pobres não são apenas carentes de recursos, mas vítimas de um sistema que os faz acreditar que o mundo lhes deve algo e que os mais ricos são os culpados por sua condição.

Em outro momento da fala, o pastor menciona o presidente Lula ao abordar o tema da corrupção. Segundo ele, “todo ladrão tem discurso de ajudar pobre” e complementa dizendo que isso não se aplica apenas ao “nove dedos”, mas também a “cristãos ladrões dentro da igreja”, que “roubam no altar” e ao mesmo tempo criticam a corrupção no meio político.

A repercussão do vídeo gerou reações mistas no perfil do pastor no Instagram. Em uma publicação em que aparece com crianças africanas durante uma missão, seguidores deixaram tanto mensagens de apoio quanto de repúdio. Alguns o chamaram de “mercador da fé” e “filhote de Belzebu”, enquanto outros o defenderam, elogiando sua fé e simplicidade.

Após a viralização, Nicoletti alegou que suas palavras foram tiradas de contexto. Em entrevista ao UOL, esclareceu que não odeia pessoas pobres, mas sim a “pobreza como sistema opressor”. Segundo ele, sua intenção era criticar uma estrutura que “limita vidas, mata sonhos e prende pessoas à escassez”, e reforçou seu “amor pelas pessoas” como motivação principal de sua pregação.

O pastor também pediu desculpas pela declaração sobre o presidente. Afirmou que foi uma “expressão pessoal de indignação” e reconheceu que a fala não foi apropriada. Disse ainda que a declaração não representa a posição da Igreja Recomeçar, que, segundo ele, “respeita a autoridade civil e defende o diálogo construtivo, mesmo quando há divergências políticas”.

Sobre programas sociais como o Bolsa Família, Nicoletti afirmou não ser contra sua existência, mas criticou o que considera a dependência criada por discursos políticos. Para ele, “ajuda que não liberta, escraviza”. Ele defende que a igreja tem papel em “capacitar”, e não apenas em “socorrer”, promovendo expansão de consciência ao invés de reforçar ciclos de dependência.

Ao justificar a afirmação de que “Jesus nunca foi pobre”, o pastor citou passagens bíblicas que, segundo ele, demonstram que Cristo teve provisão suficiente durante sua vida. Ele lembrou os presentes dados pelos magos, a posse de uma túnica de alto valor e a existência de um tesoureiro entre os discípulos. Nicoletti também compartilhou sua trajetória pessoal de pobreza no interior do Paraná e disse que seu objetivo é promover transformação espiritual e econômica por meio da fé.

Fonte: DCM com informações do UOL