sábado, 22 de novembro de 2025

VÍDEO mostra comboio da PF chegando no condomínio de Bolsonaro


      Comboio da PF passando pela entrada do condomínio de Bolsonaro. Foto: R7

O portal R7 registrou, às 6h deste sábado (22), o momento em que a Polícia Federal entrou no condomínio onde Jair Bolsonaro mora, em Brasília, para cumprir o mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. As imagens mostram um comboio formado por carros e vans da PF chegando ao local ainda antes do nascer do sol, em uma operação rápida e silenciosa que durou menos de meia hora.

O ex-presidente foi detido por volta das 6h, conforme nota divulgada pela Polícia Federal. Ele foi levado diretamente para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde permanece em sala especial reservada para autoridades. A corporação destacou que cumpriu ordem do Supremo Tribunal Federal conforme determina o procedimento legal para prisões preventivas.


A medida não marca o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses à qual Bolsonaro foi condenado em setembro, por tentativa de golpe de Estado e liderança de organização criminosa. A condenação ainda não transitou em julgado, e o processo segue em fase de recursos. Segundo fontes da PF, a prisão decretada neste sábado não tem relação direta com essa sentença, mas sim caráter cautelar.

A decisão de Moraes traz detalhes que motivaram o pedido urgente da PF. O ministro relatou que, às 00h08 deste sábado, o Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF a violação da tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu Moraes.

A manifestação citada pelo ministro foi convocada na véspera por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que chamou aliados para uma “vigília” em frente ao condomínio do ex-presidente.

A suposta reunião religiosa, marcada para as 19h deste sábado, foi interpretada pela Polícia Federal e pelo STF como potencial catalisadora de confusão, com risco de confrontos, aglomeração descontrolada e tentativa de obstrução da fiscalização das medidas cautelares.

Moraes afirmou na decisão que o episódio representava a repetição do “modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, que, segundo ele, se apoia em mobilizações populares para criar tumulto e buscar vantagens pessoais. Para o ministro, a convocação de Flávio tinha aparência de ato religioso, mas conteúdo político. A decisão afirma que a conduta “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” para interferir no cumprimento da prisão domiciliar anterior.

A prisão preventiva pode ser decretada quando há necessidade de garantir a ordem pública, preservar a instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. Para Moraes, todos esses requisitos estavam presentes. O risco de fuga, especialmente após a violação da tornozeleira, foi considerado central.

Fonte: DCM

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