Para Correia, mais do que um fato judicial, o episódio simboliza um marco institucional: a democracia, segundo ele, venceu
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada na manhã deste sábado (22), representa, na avaliação do deputado federal Rogério Correia (PT-MG), um marco na defesa do Estado Democrático de Direito. Em declaração enfática, ele afirmou: “É um dia realmente para comemorar, um dia de comemorar a democracia no Brasil.”
A medida foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF após apresentar risco de fuga, evidenciado pela tentativa de romper a tornozeleira eletrônica durante a madrugada — fato que pesou na decisão judicial.
Correia lembrou que integrou a CPMI do Golpe e disse que a prisão preventiva consolida anos de investigação sobre ataques às instituições.
“A prisão preventiva coroa o conjunto de evidências acumuladas. É um dia para comemorar a democracia no Brasil.”
O deputado afirmou que o episódio da tornozeleira reforça o entendimento de tentativa de fuga, como mencionado pelo ministro Moraes.
“Isso pode pressupor (...) uma tentativa, um possível tentativo de fuga.”
O parlamentar atribuiu à convocação de atos por aliados de Bolsonaro — feita às vésperas da prisão — um caráter de instabilidade institucional.
“Eles convocam um ato (...) para tentar ter um estopim de algo que justifique uma quebra do Estado Democrático ou mesmo a fuga de Bolsonaro.”
Correia criticou ainda o uso de linguagem religiosa nas mobilizações:
“Ele usa um versículo da Bíblia para dizer que está chamando o senhor das guerras. (...) Acredite quem quiser. Porque orações no dia 8 de janeiro é o que não existiu.”
O deputado rebateu discursos de que Bolsonaro seria alvo injusto ou estaria fragilizado.
“Os bolsonaristas agora estão querendo imputar a Bolsonaro uma condição de vítima desse processo. (...) Pode até achar que ele esteja um coitado. Então é preciso relembrar tudo o que ocorreu nesse período.”
Para ele, diante do risco concreto de fuga e do histórico de confrontos institucionais, a prisão era inevitável:
“Não tinha outra opção a fazer, a não ser representação nessa prisão. Acho mais que é justa a prisão preventiva.”
Como se trata de uma prisão preventiva — e não de cumprimento de pena — a medida busca impedir obstrução da investigação, destruição de provas ou evasão. Bolsonaro já era alvo de diferentes frentes de apuração desde o fim do mandato, mas, com a detenção, o processo entra em seu ponto mais crítico e aumenta a pressão sobre aliados.
Para Correia, mais do que um fato judicial, o episódio simboliza um marco institucional:
A democracia, segundo ele, venceu.
Fonte: Brasil 247
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