A prisão foi cumprida na manhã deste sábado (22), a pedido da Polícia Federal
8/11/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento da Ação Penal 2696 referente ao Núcleo 3 da trama golpista (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma para a próxima segunda-feira (24), com o objetivo de referendar a decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações foram divulgadas pelo UOL.
A prisão foi cumprida na manhã deste sábado (22), a pedido da Polícia Federal, e resultou na condução de Bolsonaro à Superintendência da PF em Brasília. Ele deve permanecer em uma Sala de Estado — espaço reservado a autoridades de alta patente, como ex-presidentes da República. Estruturas semelhantes já foram utilizadas anteriormente por Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer.Segundo a apuração divulgada pelo UOL, a decisão de Moraes ocorre em meio à avaliação de que Bolsonaro teria violado o uso da tornozeleira eletrônica e apresentado “elevado risco de fuga” durante a madrugada anterior à prisão. O ministro apontou ainda que a convocação de uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas proximidades do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, aumentou o risco de aglomeração e de conflito, colocando em risco participantes e agentes policiais.
A Polícia Federal interpretou o ato como um potencial fator de desordem e possível tentativa de mobilizar apoiadores para interferir na fiscalização das medidas cautelares impostas ao ex-presidente.A defesa de Jair Bolsonaro afirmou, por meio de nota, que ainda não teve acesso integral ao pedido da Polícia Federal encaminhado a Moraes e declarou que busca informações sobre os fundamentos jurídicos da prisão preventiva.
A análise da Primeira Turma do STF na próxima segunda-feira será determinante para confirmar ou não a decisão individual de Moraes. Até lá, Bolsonaro permanece sob custódia na PF, enquanto o processo avança em um dos momentos mais tensos do cenário político e jurídico recente.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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