quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Governo Lula lança vídeo contra operação no Rio e defende inteligência no combate ao crime

Campanha nas redes critica ação com 121 mortes e afirma que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, defendendo a PEC da Segurança

Corpos espalhados pelas ruas de comunidade do Rio após chacina policial deixar ao menos 119 mortos - 29/10/2025 (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Após anunciar, nesta quarta-feira (29), uma parceria com o governo do Rio de Janeiro para instalar um escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado, o governo federal divulgou um vídeo nas redes sociais criticando a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha.

A operação, que ocorreu na terça-feira (28), deixou 121 mortos, sendo considerada a ação policial mais letal da história do país, segundo a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. Entre as vítimas, estão quatro policiais.

“Mais inteligência e menos sangue”

O vídeo, intitulado “Explicando a operação policial no Rio de Janeiro com… inteligência”, reconhece o medo da população diante do crime organizado, mas argumenta que matar criminosos não resolve o problema. Em tom pedagógico, o governo afirma que o crime “destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violências nas cidades”, mas ressalta que “matar 120 pessoas não adianta nada. Mesmo se forem todos bandidos, amanhã tem outros 120 fazendo o trabalho”.

Com tom irônico, o vídeo acrescenta que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, explicando que o combate eficaz deve atacar “o cérebro e o coração” das organizações criminosas. Como exemplo, menciona uma operação do Ministério Público e da Receita Federal, realizada em agosto, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis e no mercado financeiro.

“Combate ao crime, para funcionar, precisa de mais inteligência e menos sangue”, conclui o vídeo.

Fonte: Brasil 247

PF envia investigação ao STF após citação a Pacheco; entenda


O senador e ex-presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco. Foto: Divulgação

A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal a investigação da Operação Rejeito após localizar uma anotação manuscrita que menciona o nome do senador Rodrigo Pacheco. O material foi encontrado no celular do delegado federal Rodrigo Teixeira, preso no dia 17 de setembro durante a ação que apura um esquema ligado ao setor de mineração em Minas Gerais. O envio ocorreu conforme o procedimento aplicado quando surgem referências a autoridades com foro no Supremo.

Segundo a Polícia Federal, a anotação integra um organograma que descreve uma suposta estrutura criminosa no segmento de lavra e licenciamento ambiental. O esquema teria movimentado cerca de R$ 1,5 bilhão por meio de corrupção de servidores públicos em órgãos ambientais e na Agência Nacional de Mineração. Entre os nomes apontados, aparecem empresários do setor e o ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages, que foi preso na operação.

A defesa do senador afirmou que seu escritório de advocacia atuou na defesa de Lages e da empresa Global Mineração entre 2020 e 2024 em procedimentos criminais. Em nota, Pacheco declarou que mantém relação de amizade com o ex-deputado desde 2014 e disse desconhecer o motivo do material ter sido remetido ao Supremo.

“Não posso comentar sobre um papel manuscrito de autoria incerta. O que me estranha é isso aparecer e ser vazado agora, veiculando o nome de diversas autoridades sem nenhum critério e lastro em prova. Sobre a tramitação e a razão de estar no Supremo, desconheço. Não tenho como afirmar. De qualquer forma, sobre esse contexto, o que posso afirmar é que conheço o ex-deputado João Alberto, desde 2014, da atividade político-partidária, bem como que meu escritório de advocacia, que levava meu nome, atuou em sua defesa e de sua empresa em procedimentos de natureza penal, inclusive perante tribunais, até o ano de 2024. Nada além disso”, afirmou em nota.

Além da anotação com o organograma, os investigadores localizaram outro registro que menciona o sobrenome do senador em associação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais e ao Tribunal Regional Federal, sem detalhamento de processos. A Polícia Federal encaminhou as informações ao juiz responsável pelo caso, que remeteu o material ao gabinete do ministro Dias Toffoli, onde aguarda análise.

Trecho da anotação encontrada pela PF com menção ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Reprodução
Junto ao documento, seguiram também pedidos de habeas corpus apresentados pelas defesas de investigados que seriam apreciados em primeira instância. A transferência visa definir se a investigação deve continuar em Minas Gerais ou passar a tramitar no Supremo em razão da citação a autoridade com prerrogativa de foro. O procedimento não implica presunção de conduta ilícita por parte do parlamentar.

A defesa de Teixeira contestou a prisão e alegou que desavenças internas na corporação motivaram o pedido de custódia. Segundo os advogados, não há elemento concreto que indique interferência do delegado em apurações conduzidas pela Polícia Federal. O espaço permanece aberto para manifestações dos demais citados no material enviado ao Supremo.

Fonte: DCM

VÍDEO – Manicure diz que cabeça de sobrinho foi achada em árvore após chacina no Rio

 

Corpos enfileirados em praça na Penha, zona norte do Rio – Eduardo Anizelli/Folhapress
A manicure Beatriz Nolasco, moradora do complexo do Alemão, afirmou nesta quarta-feira (29) que o corpo do sobrinho, Yago Ravel Rodrigues, de 19 anos, foi encontrado sem a cabeça durante buscas em uma área de mata após a megaoperação realizada na terça-feira (28) no Rio de Janeiro.

De acordo com a contagem oficial, 119 pessoas morreram na ação. A família informou que o jovem trabalhava como mototaxista e não tinha antecedentes criminais registrados. Com informações da Folha.




Segundo o relato, Beatriz esteve na região e mostrou vídeos que registram o momento em que a cabeça de Yago é recolhida. Outro vídeo, mostra a cabeça entre dois galhos de uma árvore. “A cabeça estava pendurada em uma árvore. Foi um morador que pegou a cabeça dele e colocou no saco. Fazer operação é ok, mas o que aconteceu foi uma chacina”, declarou. O material circulou entre moradores que acompanhavam as buscas por parentes.

A premissa da operação foi atingir integrantes do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão e é tratada pelos governos estadual e federal como a mais letal da história do estado. Autoridades afirmaram que a ação deslocou confrontos para área de mata com objetivo de reduzir riscos para residentes. Vídeos mostram dezenas de corpos reunidos por moradores em uma praça da Penha após a operação.

Moradores portestam contra o governador Cláudio Castro. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que a Ouvidoria e a Corregedoria estão disponíveis para receber denúncias, com garantia de anonimato. A corporação afirmou que todas as informações serão encaminhadas às autoridades de investigação. Órgãos estaduais também relataram apreensões de armas e prisões ao longo da operação.

No centro do Rio, familiares compareceram à sede do Detran para cadastro obrigatório antes do reconhecimento dos corpos no Instituto Médico-Legal. Segundo relatos, mais de cem pessoas aguardavam atendimento, a maioria mulheres, incluindo mães, irmãs e companheiras.

Entidades de direitos humanos acompanham o atendimento às famílias, e técnicos do Ministério Público iniciaram uma perícia independente. A perícia oficial permanece sob responsabilidade da Polícia Civil. O acompanhamento inclui registro de ferimentos, condições dos corpos e informações de identificação repassadas por parentes.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Governo do RJ admite falta de perícia e usa “contexto” para definir mortos como criminosos

 

Moradors protestam em rua onde estavam os corpos de homens que morreram durante ação da Polícia na última terça-feira (28) no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou nesta quarta-feira (29) que autoridades utilizaram informações de contexto, como horário, local e vestimentas, para classificar como criminosos os mortos em operação no Complexo da Penha e do Alemão, realizada na terça-feira (28). Segundo o governo, 119 pessoas morreram, incluindo quatro policiais, e os corpos chegaram ao Instituto Médico-Legal ao longo do dia.

Santos declarou que, mesmo sem perícia concluída, as equipes consideraram elementos como uso de coletes balísticos e roupas camufladas. “Há base para dizer que os 115 mortos são criminosos. Claro que a gente vai fazer a pesquisa, mas não é um fato se, eventualmente, algum deles não tiver antecedentes criminais, se tornar vítima ou inocente. A história do Rio de Janeiro já mostrou que criminosos, apesar de vasta vida criminosa, não tem antecedentes”, disse.

“A gente não consegue imaginar um inocente utilizando um colete balístico, mesmo se não tiver com arma naquele momento. A gente não consegue imaginar um inocente usando um uniforme camuflado”, completou.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a contagem dos mortos ocorre conforme os corpos são catalogados no IML. Ele informou que moradores retiraram corpos da área de mata antes da chegada de peritos e disse que essa remoção poderá ser analisada em inquérito. Moradores retiraram roupas de alguns corpos para auxiliar a identificação por tatuagens e cicatrizes.

Corpos enfileirados em praça na Penha, zona norte do Rio – Eduardo Anizelli/Folhapress
De acordo com autoridades, a operação concentrou ações na Serra da Misericórdia. Agentes formaram um cordão de policiamento entre área urbana e floresta, estratégia apelidada de “muro do Bope”. A versão oficial afirma que suspeitos ficaram encurralados enquanto tentavam atravessar zonas controladas por facções.

Durante a madrugada e a manhã, moradores transportaram dezenas de corpos para uma praça próxima. Segundo relatos, famílias retiraram itens de vestimenta dos mortos após reconhecimento visual. Representantes locais afirmaram que a prática foi adotada para agilizar a identificação pelos parentes.

O governo informou que os laudos periciais serão concluídos posteriormente. Enquanto isso, classificações preliminares seguirão sendo feitas com base em ‘contexto’.

Fonte: DCM

TSE marca para terça julgamento que pode cassar Cláudio Castro


       O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) – Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima terça-feira, 4 de novembro, o julgamento do recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral que pede a cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A inclusão do caso na pauta ocorreu nesta quarta-feira (29), um dia após a chacina que deixou pelo menos 119 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital. O processo será relatado pela ministra Isabel Galotti.

O recurso pretende reverter decisão tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) em maio do ano passado. Na ocasião, Castro e outros investigados foram absolvidos no processo que apura supostas contratações irregulares na Fundação Ceperj e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro durante a campanha eleitoral de 2022. O Ministério Público sustenta que houve desvio de finalidade no uso de servidores temporários.

No documento enviado ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, afirma que Castro teria obtido vantagem na disputa ao promover contratações sem amparo legal e descentralização de recursos para entidades desvinculadas da administração pública. Segundo a procuradoria, essas medidas caracterizariam uso indevido da máquina estadual.

Moradores portestam contra o governador Cláudio Castro. Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress.

A defesa do governador argumenta que o tema já foi analisado pelo TRE e que as acusações foram rejeitadas por falta de comprovação. Após a manifestação do Ministério Público Eleitoral favorável à cassação, Castro declarou que permanece confiante. Segundo o governador, o tribunal regional rejeitou a ação por “total inconsistência e falta de provas”.

Parlamentares e autoridades do sistema de justiça têm discutido estratégias de compartilhamento de informações e pedidos de esclarecimento sobre as mortes registradas. O Supremo Tribunal Federal determinou o envio de explicações formais sobre a ação, incluindo detalhes operacionais e registros em vídeo.

A expectativa é de que o julgamento no TSE ocorra ainda em sessão pública de novembro. Caso o recurso seja aceito, o governador poderá perder o mandato e ficar inelegível. A decisão caberá ao plenário da corte eleitoral, que analisará os votos dos ministros nas próximas semanas.

Fonte: DCM

Tarifaço: 55% acreditam que EUA vão rever tarifas após reunião Lula-Trump

Levantamento do Real Time Big Data mostra que a maioria dos brasileiros confia em mudanças nas tarifas após reunião entre os presidentes

Lula e Trump se encontram em Kuala Lumpur, Malásia - 26/10/2025 (Foto: Reuters)

A maioria dos brasileiros acredita que os Estados Unidos poderão rever as tarifas impostas aos produtos nacionais após o recente encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente norte-americano Donald Trump.

Segundo pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgada pela CNN Brasil nesta quinta-feira (30), 55% dos entrevistados afirmaram acreditar em uma revisão das medidas tarifárias adotadas por Washington. Por outro lado, 41% consideram que os norte-americanos manterão as sanções comerciais.

As tarifas foram implementadas em agosto, quando o governo dos Estados Unidos anunciou a aplicação de um imposto de 50% sobre produtos brasileiros. A decisão foi vista como uma retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, além de críticas à atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em processos que envolvem empresas norte-americanas.

De acordo com o levantamento, a pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre os dias 28 e 29 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

O encontro entre Lula e Trump, marcado por discussões sobre comércio, meio ambiente e segurança global, reacendeu expectativas de reaproximação econômica entre os dois países. Analistas veem na reunião um possível ponto de inflexão nas relações bilaterais, especialmente diante do impacto que as tarifas têm gerado sobre exportações brasileiras de aço, soja e carne.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro vê chance de anular condenação após revisão criminal na 2ª Turma do STF; entenda

       O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) prepara uma nova ofensiva jurídica para tentar anular sua condenação por tentativa de golpe de Estado, apostando na revisão criminal, que pode levar o caso à Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) — hoje considerada mais favorável ao ex-presidente.

O movimento pode adiar o desfecho do processo e reabrir a discussão sobre as sentenças impostas pela Primeira Turma.

A revisão criminal é um instrumento que permite reavaliar condenações já transitadas em julgado — quando não há mais recursos disponíveis. O pedido só pode ser feito em situações excepcionais, quando há provas novas, indícios de falsidade nas evidências usadas para a condenação ou violação da lei.

Especialistas ouvidos pelo Estadão, porém, avaliam que essas hipóteses não se aplicam diretamente ao caso de Bolsonaro, mas reconhecem que as defesas podem usar o dispositivo para tentar reabrir o julgamento.

O regimento interno do STF determina que revisões criminais sejam distribuídas à turma oposta à que proferiu a decisão — o que transferiria o caso à Segunda Turma, agora integrada por Luiz Fux, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

Com a mudança recente — Fux passou à Segunda Turma após o anúncio da aposentadoria de Luís Roberto Barroso —, juristas acreditam que o novo colegiado pode oferecer maior margem de interpretação favorável à defesa.

◉ Julgamento dos embargos e novo movimento das defesas

A condenação de Bolsonaro está na fase final de embargos de declaração, cujo julgamento foi marcado pela Primeira Turma para 7 de novembro. Essa etapa serve para apontar supostos erros ou omissões na decisão, mas dificilmente altera o resultado, já que os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin rejeitaram as teses da defesa em fases anteriores.

Encerrado esse ciclo e com a execução da pena determinada por Moraes, abre-se o caminho para o pedido de revisão criminal, que seria o primeiro passo de uma nova estratégia jurídica.

O criminalista Marcelo Crespo, da ESPM, explica que o instrumento “só é cabível após o trânsito em julgado” e, conforme o regimento, deve ser analisado “pela turma oposta à que julgou o caso, para evitar que os mesmos ministros revisem a própria decisão”.

Crespo afirma que, “com a atual composição, é provável que o tema ganhe contornos políticos”, apontando o potencial impacto da mudança de Fux na correlação de forças do tribunal.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Gabriela Biló/Folhapress

◉ Turmas e possíveis efeitos políticos

As turmas do STF são responsáveis por julgar os casos criminais. No julgamento do núcleo central da trama golpista, Fux votou pela absolvição de seis dos oito réus, o que reforça a percepção de que a Segunda Turma tende a ser mais receptiva às teses das defesas.

Para o professor Gustavo Badaró, da USP, autor de um parecer usado pela defesa de Bolsonaro, o argumento mais provável na revisão será o de que a decisão “contrariou a lei penal ou as provas dos autos”. “Será interessante observar como o tribunal vai se comportar diante dessa nova configuração. O resultado é imprevisível”, afirmou.

Segundo advogados de três réus, a estratégia é ingressar com revisão criminal acompanhada de pedido de efeito suspensivo, para que os condenados aguardem em liberdade enquanto o caso é reavaliado.

◉ Debate sobre a atuação de Fux e próximos passos

Há divergência entre juristas sobre se Luiz Fux poderá atuar na revisão, já que ele participou do julgamento original na Primeira Turma. Parte dos advogados entende que sim, por se tratar de uma nova ação; outros consideram que isso configuraria conflito de competência.

Badaró defende que “o novo processo seria analisado no mesmo grau de jurisdição, sem configurar impedimento formal”, mas reconhece que o pedido de efeito suspensivo tem poucas chances de prosperar. “Às vezes os tribunais concedem esse benefício, mas é exceção, não regra”, disse.

Já o criminalista Renato Vieira avalia que Fux deveria alegar suspeição por já ter vínculo com o caso: “Em meu juízo, essencialmente ele seria impedido, sim. Mas é um tema que certamente será alvo de questionamento. E, com a revisão, um novo capítulo se abre no Supremo”.

Fonte: DCM

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Ipardes lança coletânea de notas técnicas sobre o PIB da cultura, economia verde e turismo

Publicação traz informações sobre o PIB estadual nas três áreas, além do Índice de Desempenho das Atividades Turísticas no Paraná e os impactos socioeconômicos das operações de fomento realizadas pela Secretaria Estadual da Cultura. Informações vão subsidiar políticas públicas e ofertar conhecimento sobre a realidade paranaense à população.

Ipardes lança coletânea de notas técnicas sobre o PIB da cultura, economia verde e turismo
Foto: IPARDES

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), vinculado à secretaria estadual do Planejamento (SEPL), lançou nesta semana a “Coletânea de Notas Técnicas – 2023-2024”. A publicação traz informações sobre o Produto Interno Bruno (PIB) paranaense nas áreas da cultura, economia verde e atividades turísticas, além do Índice de Desempenho das Atividades Turísticas no Paraná (IDAT-PR) e os impactos socioeconômicos das operações de fomento realizadas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC).

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, afirmou que a coletânea tem grande relevância para a elaboração de políticas públicas do Estado. “É mais um produto importante que o Ipardes coloca à disposição da sociedade, alinhado à nossa missão de realizar estudos e pesquisas socioeconômicas e socioambientais para orientar e subsidiar a formulação de políticas públicas estaduais e prover conhecimento sobre a realidade paranaense à sociedade em geral”, comentou.

Para o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, a publicação contribui para a tomada de decisões e o planejamento do Paraná para os próximos anos. “Com essa iniciativa, a secretaria e o Ipardes reforçam sua competência na obtenção de dados estratégicos em setores como Cultura, Economia Verde e Turismo, com o objetivo de melhorar o planejamento e, consequentemente, proporcionar melhor qualidade de vida à população”, disse.

CULTURA – As notas técnicas do órgão são breves abordagens sobre temas relevantes para a agenda de pesquisa e planejamento do Estado. No caso da cultura, o objetivo foi medir a dimensão deste setor no Paraná em termos econômicos, oferecendo informações adicionais para a elaboração de políticas públicas para o segmento. O relatório traz dados de 2010 a 2021.

De acordo com a publicação, o PIB da cultura paranaense alcançou R$ 9,5 bilhões em 2021, uma participação de 1,7% no valor total do Produto Interno Bruto do Estado, que foi de R$ 550 bilhões. Nesse período, o setor cultural ainda sofria com os impactos da pandemia.

No campo de fomento feito pela SEEC, foram identificados acréscimos anuais ao agregado econômico que variaram de R$ 35 milhões (2020) a R$ 80,5 milhões (2024), em alinhamento aos volumes de crédito efetivamente destinados à área. No campo tributário, estima-se que R$ 3,1 milhões em ICMS ingressaram nos cofres públicos do Estado no ano passado.

ECONOMIA VERDE E TURISMO – Já a economia verde, modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e ampliar o uso racional de recursos naturais, registrou PIB de R$ 140,1 bilhões em 2020, correspondendo a 32,9% do PIB total do Estado a preços básicos (valor que a atividade econômica adiciona aos bens e serviços, sem incluir impostos sobre os produtos e subsídios).

No turismo, a participação no PIB estadual em 2021 foi de 2,54%, com R$ 12,03 bilhões de um total de R$ 474,5 bilhões, resultado melhor que o registrado em 2020 (2,25% - R$ 9,6 bilhões), primeiro ano da pandemia de Covid-19. O Ipardes também destaca que de 2010 a 2021, mais de 95% do valor total decorreu das atividades do turismo ligadas ao setor de serviços.

Em 2021, cerca de 52% do valor do PIB a preços básicos das atividades turísticas paranaenses estava atrelado às atividades de alojamento e alimentação, 21% às atividades de transporte, armazenagem e correio e 20% às atividades administrativas e serviços complementares.

Ainda no campo turístico, o Índice de Desempenho das Atividades Turísticas no Paraná foi criado com o objetivo de acrescentar elementos à análise das futuras ações para a promoção do setor no Estado. As cidades que obtiveram os maiores desempenhos no IDAT em 2022 foram Curitiba, Guaratuba, Matinhos, Foz do Iguaçu, Maringá, Porto Rico, Fernandes Pinheiro, Verê, Santa Terezinha de Itaipu, Guaíra, Iretama, Cornélio Procópio, Ribeirão Claro e Iguaraçu, com notas entre 0,494 e 1,000. A publicação traz dados dos 399 municípios paranaenses.

Fonte: AEN

VÍDEO – Boulos toma posse e pede silêncio por vítimas de chacina

Posse do novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

Guilherme Boulos (PSOL) tomou posse como ministro da Secretaria-Geral da Presidência nesta quarta-feira (29), em Brasília, e pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da operação policial no Rio de Janeiro. No discurso, afirmou que não haverá diálogo com quem “ataca a democracia” e que sua missão é “colocar o governo na rua”, com foco em agendas pelo país.

Boulos mencionou a origem financeira do crime organizado e citou a operação “Carbono Oculto”, da Polícia Federal, ao falar sobre lavagem de dinheiro no mercado. Ele também defendeu a revisão da escala 6×1 de trabalho. Segundo o novo ministro, a Secretaria-Geral deve intensificar a interlocução com movimentos sociais e com trabalhadores de aplicativos, motoristas e pequenos empreendedores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia, mas não falou sobre a operação no Rio, que registrou mais de cem mortos segundo números oficiais divulgados nesta quarta (29). Integrantes do governo avaliaram a possibilidade de adiar a posse em razão do episódio, mas a solenidade foi mantida no Palácio do Planalto.

A cerimônia reuniu ministros como Fernando Haddad, Alexandre Silveira, Mauro Vieira, Marina Silva e Simone Tebet, além do vice-presidente Geraldo Alckmin. Também estiveram presentes o ministro do STF Gilmar Mendes, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e lideranças de movimentos sociais. Boulos substitui Márcio Macêdo no comando da pasta.

Enquanto ocorria a posse, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, seguiram para o Rio para tratar da operação. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tem ida ao estado prevista para quinta-feira (30). Segundo o governo do Rio, o balanço de mortos foi atualizado ao longo do dia.

De acordo com auxiliares, Boulos deve percorrer capitais e periferias em agendas oficiais e não pretende disputar a reeleição à Câmara em 2026 para atuar na campanha de Lula. Com a mudança, o PSOL passa a ter dois ministros no governo federal, ao lado de Sônia Guajajara, titular de “Povos Indígenas”.

Fonte: DCM

Nikolas celebra chacina no Rio com foto do Carandiru: “Maior faxina da história”


      O deputado federal Nikolas Ferreira (PL). Foto: Reprodução

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) publicou nas redes sociais uma imagem do presídio do Carandiru, em São Paulo, nesta terça-feira (28), com a legenda “se algum dia chegarmos lá, minha ideia é essa”. O local foi onde ocorreu a execução de 111 presos em 1992. O governo do Rio de Janeiro atualizou para mais de 130 o número de mortos da chacina nos complexos da Penha e do Alemão.

Em vídeo divulgado posteriormente, o parlamentar afirmou que a ação representou “a maior faxina da história do Rio” e que “os criminosos que morreram não voltarão a cometer crimes”. Na Câmara dos Deputados, Nikolas declarou que, para ele, “a cada sessenta que morrer, deveria ter morrido muito mais”, em referência aos dados apresentados pelas autoridades estaduais nesta quarta-feira (29).

O comentário repercutiu enquanto moradores levavam dezenas de corpos retirados de áreas de mata até a Praça São Lucas, na Penha, para reconhecimento. O governo fluminense informou que perícias serão realizadas para confirmar a relação entre as mortes e os confrontos. Até o momento, o deputado não respondeu a questionamentos de jornalistas sobre as postagens.

Fonte: DCM

Fracasso: secretário confirma fuga de líder do CV durante chacina no Rio


Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefão do Comando Vermelho. Foto: Reprodução

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou nesta quarta-feira (29) que a operação nos complexos da Penha e do Alemão não conseguiu prender Edgar Alves Andrade, o Doca, identificado como liderança do Comando Vermelho. A chacina deixou 121 mortos, segundo o governo estadual. De acordo com Santos, o suspeito utiliza integrantes da facção como barreira para dificultar o avanço policial durante confrontos.

O governo oferece recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à captura de Doca, que possui mais de 20 mandados de prisão relacionados a investigações de homicídios. Ele nasceu na Paraíba, foi criado na Vila Cruzeiro, e é considerado fugitivo do sistema carcerário. Moradores relataram que ainda há corpos em áreas de mata.

Em outubro de 2023, autoridades apontaram Doca como mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de um quarto profissional na Barra da Tijuca. As vítimas participavam de um congresso e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras. Segundo o governo estadual, 113 pessoas foram presas, incluindo residentes de outros estados.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos
Santos afirmou que a identidade de todas as vítimas ainda não está definida. Famílias deverão comparecer aos locais determinados para reconhecimento. Ele informou também que não é possível determinar quantos mortos ou presos estavam entre os mandados a serem cumpridos durante a ação.

Segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, houve registro de mortos em área de mata, e a perícia deve indicar relação entre os óbitos e a operação. Testemunhas relataram retirada de dezenas de corpos durante a madrugada, transportados por moradores até a Praça São Lucas, na Penha.

Santos declarou que o Ministério da Defesa negou o envio de blindados. Ele afirmou que a Polícia Federal foi comunicada sobre o planejamento da operação há mais de 60 dias devido à presença de possíveis alvos federais. Segundo o governo estadual, mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Fonte: DCM

Deputado do PT pede prisão preventiva de Cláudio Castro após chacina no Rio


     O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Foto: Divulgação

O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHMIR), encaminhou, nesta quarta-feira (29), ofício ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando a abertura imediata de investigação criminal contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, em razão da operação policial que deixou mais de 130 mortos nos Complexos do Alemão e da Penha, no último dia 28.

O documento pede, ainda, a adoção de medidas cautelares e a avaliação sobre a possibilidade de prisão preventiva do governador.

Assinam o ofício o presidente da CDHMIR, deputado Reimont (PT-RJ), e os deputados Talíria Petrone (PSOL-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Tadeu Veneri (PT-PR), Luiz Couto (PT-PB), Glauber Braga (PSOL-RJ), Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O deputado Reimont. Foto: Divulgação
De acordo com o texto, há fortes indícios de que a operação extrapolou os parâmetros de legalidade, proporcionalidade e respeito aos direitos humanos, com denúncias de execuções sumárias e graves violações ao direito à vida e à integridade física de moradores das comunidades afetadas.

“A magnitude dos fatos e o risco de reiteração de novas chacinas exigem resposta imediata das instituições democráticas”, afirma Reimont.

O documento também aponta indícios de motivação político-eleitoral na ação e questiona o não uso integral dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) destinados ao Rio de Janeiro.

A CDHMIR se coloca à disposição da Procuradoria-Geral da República para colaborar com informações, depoimentos e relatórios preliminares. “O Estado não pode agir como violador dos direitos que tem o dever de proteger”, aponta Reimont.

Fonte: DCM

VÍDEO: Ratinho anuncia dupla cidadania e residência permanente no Paraguai


O apresentador Ratinho. Foto: Divulgação

O apresentador e empresário Carlos Massa, de 69 anos, conhecido nacionalmente como Ratinho, anunciou que agora é residente permanente do Paraguai. A novidade foi revelada em um vídeo publicado nas redes sociais, no qual ele aparece ao lado de sua advogada. “Sou cidadão brasileiro, mas também sou paraguaio”, afirmou o comunicador, enquanto a profissional confirmou o novo status legal.

A informação repercutiu na imprensa paraguaia. O portal ‘El Nacional’ destacou que empresários brasileiros vêm buscando residência no país vizinho, impulsionados por “benefícios fiscais” e um “ambiente econômico mais atrativo.”

Ratinho é um dos apresentadores mais conhecidos da TV brasileira e pai do governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD). Além de comandar o ‘Programa do Ratinho no SBT’, ele possui emissoras de rádio, canais regionais de televisão e extensas propriedades rurais espalhadas pelo país.

Fonte: DCM