
O presidente Lula (PT) indicou a aliados que deve escolher o advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), após conversa com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na noite de segunda-feira (17), conforme informações do Globo.
A expectativa no governo é que o anúncio ocorra antes de o petista viajar para a cúpula do G20, na África do Sul, no sábado (22).
Embora Pacheco seja o favorito entre os senadores para ocupar o Supremo, Lula expressou a ele sua preferência por Messias. Segundo aliados, o presidente ainda gostaria de contar com Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais, mas o senador reiterou que pretende encerrar sua vida pública ao final do mandato, em 2026.
Como não houve acordo político, o Planalto avalia que as resistências ao nome de Messias podem aumentar entre parlamentares. Se confirmado, Messias passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e precisará de ao menos 41 votos no plenário.

Votação apertada de Gonet
A difícil recondução de Paulo Gonet ao comando da PGR, aprovada por 45 votos a 26, acendeu alerta no governo sobre a margem de segurança no Senado. Foi o placar mais apertado para o cargo desde a redemocratização, aumentando a percepção de que Messias pode enfrentar um cenário semelhante.
Apesar da preferência explícita de senadores por Pacheco — manifestada publicamente pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em outubro — Lula não demonstra disposição em alterar a escolha.
Além disso, a sucessão de Luís Roberto Barroso tornou-se a quarta mais demorada entre as indicações feitas por Lula em seus três mandatos. O presidente tem levado mais tempo para decidir: Flávio Dino esperou 58 dias e Cristiano Zanin, 51.
Antes, apenas Cármen Lúcia havia exigido mais de 40 dias. Os demais ministros nomeados por Lula foram escolhidos em menos de 20 dias.
Fonte: DCM
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