Primeira-dama destaca barreiras enfrentadas por mulheres e defende ampliar presença feminina nos espaços de decisão
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, defendeu a expansão da participação feminina nos espaços de decisão durante entrevista concedida à CNN Brasil. Ao tratar da desigualdade de gênero ainda presente no país, Janja destacou que a transformação depende de estímulo contínuo e da superação de barreiras históricas que dificultam o acesso das mulheres a posições de liderança.
☉ Desigualdade na política e tratamento distinto
Durante a entrevista, a primeira-dama criticou a reação diferenciada diante de mulheres que cogitam disputar cargos eletivos no governo. Segundo ela, a normalização vale apenas quando se trata de homens. “Se um ministro homem quiser sair candidato, é uma normalidade. Agora, se uma ministra mulher quiser sair candidata, por que tem essa surpresa?”, questionou.
Janja lembrou que apenas 18% dos assentos do Congresso Nacional são ocupados por mulheres, percentual que considera extremamente baixo para um país com maioria feminina. Para ela, o ambiente legislativo permanece marcado pela cultura masculina e pela violência de gênero dirigida a deputadas, senadoras e vereadoras.
☉ Pressão por mais lideranças femininas
A primeira-dama afirmou, ainda, que deseja ver mais mulheres em posições estratégicas dentro do governo federal, embora reconheça que nomeações envolvem negociações políticas complexas. “A gente precisa se colocar de uma forma que a gente possa ter mulheres ali, para que elas possam ser escolhidas”, disse.
Ao comentar a indicação de mais um homem para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), Janja afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conhece sua opinião, mas destacou o contexto político. “Ele é o presidente da República e eu respeito a decisão dele. É preciso entender o momento político”, afirmou.
☉ Políticas afirmativas e avanço de mulheres negras
Janja também ressaltou que políticas afirmativas, como cotas e concursos públicos, têm ampliado o acesso feminino — especialmente de mulheres negras — a funções de maior visibilidade. Para ela, a mudança é gradual e depende de persistência para superar desigualdades estruturais.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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