Condenado por tentativa de golpe, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro permanecerá na ativa sem dar expediente
O Exército brasileiro voltou atrás e desistiu de conceder as férias previstas para o tenente-coronel Mauro Cid a partir de novembro. A informação é do site Metrópoles. Agora, em vez de se afastar por 60 dias, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro permanece agregado — um mecanismo que o mantém na ativa, porém sem a obrigação de cumprir expediente.
A reversão ocorre poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento de Cid por participação na suposta trama golpista investigada pela Corte. Inicialmente, o Exército havia informado que o militar sairia de férias após a decisão judicial, medida que buscava evitar “constrangimentos” dentro da corporação, já que Cid delatou colegas de farda no âmbito do inquérito.
A intenção, segundo reportagem, era impedir que o tenente-coronel retornasse às atividades imediatamente após colaborar com as investigações. No entanto, a Força recuou e decidiu adiar o afastamento até que o STF declare a extinção da pena imposta ao militar.
Mauro Cid foi condenado a dois anos de prisão, conforme estipulado em seu acordo de delação premiada. Parte da pena, porém, já teria sido cumprida durante o período em que ele ficou preso preventivamente, motivo pelo qual sua defesa solicitou formalmente a extinção da condenação.
Enquanto a situação não se resolve, o Exército publicou nesta semana uma portaria determinando a “agregação” de Cid. A medida, comum em casos específicos, permite que o militar permaneça vinculado à instituição sem exercer funções cotidianas.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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