segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Lula dispara e lidera todos os cenários para 2026, diz nova pesquisa


       O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos os cenários simulados pelo Instituto Paraná Pesquisas para a disputa presidencial de 2026, de acordo com o levantamento divulgado nesta segunda-feira (27).

No principal cenário de primeiro turno, Lula aparece com 37% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 31%. Em seguida, surgem Ciro Gomes (PSB), com 7,5%; Ratinho Júnior (PSD), com 6%; Romeu Zema (Novo), com 4,7%; e Ronaldo Caiado (União Brasil), com 3,2%. Os que não souberam ou não opinaram somam 4,8%, enquanto brancos e nulos totalizam 5,8%.

Paraná Pesquisas - eleição presidencial - outubro - cenário 1
Paraná Pesquisas – eleição presidencial – cenário 1. Foto: Reprodução
Em outro cenário, com Michelle Bolsonaro (PL) no lugar do ex-presidente, Lula mantém 37,3%, contra 28% da ex-primeira-dama. Ratinho Júnior tem 8,5%, Ciro Gomes 8,2%, Ronaldo Caiado 4,2% e Romeu Zema 2%. Indecisos e votos brancos ou nulos totalizam pouco mais de 11%.

Paraná Pesquisas - eleição presidencial - outubro - cenário 2
Paraná Pesquisas – eleição presidencial – cenário 2. Foto: Reprodução

Quando o adversário é Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula amplia a vantagem e chega a 37,4%, contra 22,3% do governador paulista. Ciro Gomes aparece com 9%, seguido por Ratinho Júnior (8,1%), Romeu Zema (5,7%) e Ronaldo Caiado (4,1%).

Paraná Pesquisas - eleição presidencial - outubro - cenário 3
Paraná Pesquisas – eleição presidencial – cenário 3. Foto: Reprodução

Já no cenário com Flávio Bolsonaro (PL), o presidente tem sua maior dianteira: 37,6% contra 19,2% do senador. Ratinho Júnior soma 9,6%, Ciro Gomes 8,9%, Zema 6,2% e Caiado 4,8%.

Segundo turno

Nas simulações de segundo turno, Lula aparece numericamente à frente em todos os cenários, mas empata tecnicamente com Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas — já que a diferença fica dentro da margem de erro. Contra Bolsonaro, Lula tem 44,9% das intenções, ante 41,6% do ex-presidente.

Paraná Pesquisas - Lula x Bolsonaro - segundo turno - outubro
Paraná Pesquisas – Lula x Jair Bolsonaro – segundo turno. Foto: Reprodução
Em um eventual embate com Michelle Bolsonaro, Lula aparece com 44,7%, enquanto ela registra 41,6%. Já contra Tarcísio de Freitas, o petista soma 44,9%, ante 40,9% do governador. O maior distanciamento ocorre no confronto com Flávio Bolsonaro: Lula alcança 46,7%, e o senador fica com 37%.

Paraná Pesquisas - Lula x Michelle - segundo turno - outubro
Paraná Pesquisas – Lula x Michelle – segundo turno. Foto: Reprodução
Paraná Pesquisas - Lula x Tarcísio - segundo turno - outubro
Paraná Pesquisas – Lula x Tarcísio de Freitas – segundo turno. Foto: Reprodução
A pesquisa confirma o favoritismo de Lula tanto no primeiro quanto no segundo turno, em linha com outros levantamentos recentes.

O resultado foi divulgado poucos dias depois de o presidente confirmar oficialmente que disputará a reeleição em 2026 — anúncio feito à imprensa durante sua viagem à Indonésia, enquanto a pesquisa ainda estava em andamento.

O levantamento ouviu 2.020 eleitores entre os dias 21 e 24 de outubro em 162 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: DCM

Após reunião com Lula, EUA listam exigências para suspender o tarifaço ao Brasil; entenda


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Foto: Divulgação

Após o encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia, diplomatas brasileiros e americanos iniciaram negociações para um possível acordo comercial e de investimentos. As conversas foram retomadas sem anúncio imediato de redução das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Com informações do colunista Jamil Chade, no UOL.

Fontes próximas às tratativas afirmaram que o governo americano apresentou exigências específicas como condição para a suspensão do chamado “tarifaço”. Entre os pedidos estão a redução da tarifa de 18% sobre o etanol americano, maior acesso a minérios estratégicos brasileiros, incluindo terras raras, e garantias de investimentos de empresas nacionais nos EUA.

A Casa Branca também busca ampliar o acesso de companhias americanas a licitações públicas no Brasil, especialmente diante das negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Essa seria uma tentativa de equilibrar vantagens competitivas concedidas a parceiros europeus.

      Casa Branca – Divulgação

Os EUA apontam o setor de etanol como prioridade. A medida atenderia produtores de milho afetados pela queda de exportações para a China, que, segundo dados oficiais, recuaram quase 40% entre junho de 2024 e junho de 2025. A Casa Branca avalia que o Brasil poderia representar um mercado alternativo relevante.

Outro ponto de interesse é o acesso americano a terras raras, minerais considerados essenciais para a indústria tecnológica. Trump teria sugerido um modelo semelhante ao acordo firmado entre EUA e Austrália, que prevê investimentos bilionários no setor de mineração e processamento.

Diplomatas brasileiros classificaram o diálogo entre Lula e Trump como positivo, mas reconheceram que a crise comercial ainda não foi solucionada. Representantes do setor privado manifestaram frustração com a ausência de um anúncio concreto, embora defendam a continuidade das negociações para reduzir as barreiras impostas pelos EUA.

Fonte: DCM com informações do UOL

“Golpe duro”: Lindbergh ironiza bolsonaristas após encontro de Lula com Trump

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias – Gabriel Paiva/Divulgação

Em publicação no X neste domingo (26), o senador Lindbergh Farias comentou o encontro entre Lula e Donald Trump na Malásia e ironizou o impacto da reunião entre o presidente brasileiro e o ex-líder americano sobre os apoiadores de Jair Bolsonaro. “Ver o ‘ídolo’ deles recebendo Lula com respeito deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado”, escreveu.

Segundo Lindbergh, o encontro simboliza a volta de um Brasil que “fala de igual pra igual com o mundo”. O senador destacou que Lula foi firme ao cobrar o fim das tarifas impostas pelos Estados Unidos e defendeu a soberania nacional “com altivez e firmeza”.

Ele acrescentou que as equipes dos dois governos iniciaram tratativas para um novo acordo comercial voltado à proteção de empregos e da indústria brasileira, e afirmou que Lula age “com pragmatismo e responsabilidade”, buscando revogar sanções políticas e econômicas sem abrir mão da autonomia do país:

O encontro entre Lula e Trump na Malásia simboliza a volta de um Brasil que fala de igual pra igual com o mundo. Lula foi firme ao cobrar o fim das tarifas abusivas impostas pelos EUA e deixou claro que o país está aberto ao diálogo. Quem defende a soberania negocia com altivez e firmeza.

As equipes dos dois governos começam a negociar imediatamente um novo acordo comercial, capaz de proteger os empregos e a indústria nacional. Lula age com pragmatismo e responsabilidade, buscando saídas concretas para revogar as sanções políticas e econômicas sem abrir mão da autodeterminação do Brasil.

E dá pra imaginar o clima na família Bolsonaro neste domingo… ver o “ídolo” deles recebendo Lula com respeito, depois de dedicarem anos de bajulação e subserviência, deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado.

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula é surpreendidos por jornalistas estrangeiros na Malásia: “Parabéns pra você”

Lula sendo parabenizado por jornalistas. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta segunda-feira (27) uma intensa agenda diplomática no Sudeste Asiático marcada por acordos comerciais, encontros bilaterais e homenagens. Ao chegar à Cúpula do Leste Asiático, em Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente foi surpreendido por uma cena inusitada: jornalistas estrangeiros cantaram parabéns para ele, que completa 80 anos nesta segunda-feira.

O momento foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais do presidente. “Na chegada à Cúpula do Leste Asiático, ganhei um parabéns inesperado dos jornalistas estrangeiros”, escreveu Lula na publicação. O vídeo mostra os profissionais quebrando o protocolo ao cantar “happy birthday to you”, a versão em inglês de “parabéns para você”.


A viagem do presidente incluiu passagens pela Indonésia e pela Malásia, com compromissos que reforçam o papel do Brasil na diplomacia global. Durante a visita, Lula firmou acordos nas áreas de semicondutores, ciência e tecnologia, energia, agricultura sustentável e inovação.

Também foram assinados sete instrumentos de cooperação com a Malásia e oito novas parcerias com a Indonésia, além da abertura de seis novos mercados para produtos brasileiros. “É mais uma viagem exitosa do governo brasileiro ao exterior. Temos um potencial extraordinário em todas as áreas para crescer a relação com a Indonésia e a Malásia”, afirmou o presidente em coletiva.

Lula destacou o entusiasmo dos líderes locais em estreitar laços com o Brasil. Segundo ele, o primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, demonstrou “enorme disposição em ampliar a cooperação”, enquanto o presidente indonésio, Prabowo Subianto, manifestou interesse em aprofundar a parceria na produção de alimentos e em projetos de biocombustíveis.

O presidente ressaltou que vê o Sudeste Asiático como uma região estratégica para o comércio e a inovação, e que o Brasil está disposto a ser um “parceiro confiável e duradouro” na construção de uma agenda de desenvolvimento sustentável.

Durante sua passagem por Kuala Lumpur, Lula também participou da 20ª Cúpula da Ásia do Leste e foi recebido em um jantar de gala oferecido por Anwar Ibrahim e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.

O evento reuniu chefes de Estado e representantes de potências regionais para discutir temas como segurança alimentar, energia verde e estabilidade política na região. Em seu discurso, Lula defendeu a ampliação do comércio entre países emergentes e reafirmou o compromisso do Brasil com a paz e a cooperação internacional.

Fonte: DCM

O réu da trama golpista que desistiu de recorrer da condenação no STF

 

O tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal. Foto: Tom Molina/STF

Entre os oito condenados do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, apenas Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), decidiu não recorrer da condenação imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

A avaliação no entorno de Cid é de que ele foi o único entre os réus do núcleo crucial a sair em vantagem no julgamento. Sua pena de dois anos de reclusão em regime aberto, prevista no acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal (PF), foi mantida, afastando o risco de perda de patente e de expulsão das Forças Armadas.

Antes mesmo do julgamento, Cid havia pedido baixa do Exército, alegando que não tinha mais motivação para continuar na carreira. O processo de desligamento deve ser concluído nos próximos meses.

Enquanto isso, os demais réus receberam penas bem mais altas, que variam de 16 anos e um mês, no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), até 27 anos e três meses, aplicados a Bolsonaro — a maior pena entre todos os condenados pelos atos de 8 de Janeiro.

Por isso, não haveria razão para Cid apresentar embargos de declaração, recurso usado apenas para apontar contradições ou omissões no acórdão.

Já a defesa de Jair Bolsonaro deve recorrer ao STF questionando a dosimetria da pena e defendendo a absorção dos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de direito em uma única condenação — estratégia que tenta reduzir o tempo de prisão e evitar o cumprimento da pena no Complexo da Papuda, em Brasília.

O prazo para apresentação dos recursos termina nesta segunda-feira (27). A expectativa é de que os embargos sejam analisados no plenário virtual nos próximos dias e rejeitados pelos ministros.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Reprodução


Cláusulas mantidas no acordo


Apesar das críticas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do ministro Luiz Fux, o STF manteve todas as quatro cláusulas do acordo de delação premiada de Cid, assinado em 2023. Entre os benefícios preservados estão a restituição de bens e valores, a extensão das vantagens a familiares — pai, esposa e filha maior — e a proteção da Polícia Federal ao colaborador e seus parentes.

O tribunal reconheceu que a delação de Cid trouxe informações cruciais sobre o cronograma e a divisão de tarefas do golpe, sendo “fortemente corroborada” por provas obtidas pela PF, como mensagens, áudios e documentos apreendidos.

Mesmo com a homologação do acordo, Cid enfrentou resistência dentro da própria PGR. Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet criticou o militar por “comportamento contraditório, omissões e resistência ao cumprimento integral das obrigações pactuadas”.

Para Gonet, Cid teria adotado uma “narrativa seletiva” durante a investigação, omitindo fatos relevantes e causando “prejuízos ao interesse público”. Ele também mencionou suspeitas de que o tenente-coronel teria usado uma conta no Instagram para manter contato com a defesa de outro réu, “em aparente afronta às restrições impostas por Moraes”.

A defesa de Cid negou qualquer irregularidade, reafirmando que o acordo foi voluntário, cumprido integralmente e que os benefícios deveriam ser preservados — argumento aceito pelo STF.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Vamos ajudar no tema Venezuela porque a América do Sul deve ser mantida como zona de paz”, diz Lula

O presidente afirmou que o Brasil está à disposição para contribuir com o diálogo e destacou a importância de preservar a estabilidade regional

       Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

Durante entrevista coletiva na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está disposto a colaborar na busca por uma solução pacífica para a crise na Venezuela, ressaltando o compromisso histórico do país com a preservação da paz na América do Sul. “Vamos ajudar no tema Venezuela porque a América do Sul deve ser mantida como zona de paz”, disse Lula.

O presidente relatou que colocou a questão da Venezuela nas conversas que manteve com outros líderes e observou que a situação no país vizinho vem se agravando. Segundo ele, é essencial que a comunidade internacional atue com equilíbrio e respeito à soberania dos povos da região. Nas útlimas semanas, os Estados Unidos têm ameaçado atacar a Venezuela, usando como pretexto o tema do narcotráfico.

“É importante levar em conta a experiência do Brasil”, afirmou Lula, lembrando que em seu primeiro mandato o país participou ativamente da criação do Grupo dos Amigos da Venezuela, iniciativa diplomática voltada à mediação de conflitos e à construção de consensos políticos.

O papel do Brasil como mediador

Lula destacou que o Brasil se coloca à disposição para ajudar sempre que for necessário e reafirmou a posição do país como uma zona de paz e de diálogo. “Se precisar, estamos à disposição”, disse o presidente, ao reforçar que a América do Sul deve seguir como um continente de cooperação e integração, e não de enfrentamentos.

O chefe de Estado encerrou sua declaração afirmando que o Brasil quer manter a América do Sul como uma zona de paz, com base na diplomacia, no respeito mútuo e na solução pacífica das controvérsias, reafirmando a tradição brasileira de atuar como mediador em momentos de tensão regional.
Fonte: Brasil 247

“Se depender de mim e do Trump vai ter acordo”, diz Lula

“Agora não tem mais intermediário”, reforçou o presidente

     Lula e Trump (Foto: Ricardo Stuckert)


Durante entrevista coletiva na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou de forma positiva sua recente reunião com o presidente Donald Trump e afirmou que as relações entre Brasil e Estados Unidos caminham para uma nova fase de entendimento direto entre os dois líderes. “Se depender de mim e do Trump vai ter acordo”, declarou Lula, destacando que “agora não tem mais intermediário, é o presidente Lula com o presidente Trump”.

Lula afirmou que, em breve, não haverá mais problemas nas relações bilaterais e ressaltou que as diferenças ideológicas não impedem boas relações entre os países. “O fato de termos posições ideológicas diferentes não nos impede de ter boas relações”, observou o presidente, acrescentando que entregou por escrito tudo o que pensa sobre a relação entre as duas nações.

Segundo Lula, o encontro foi marcado por respeito e franqueza, com uma conversa focada em temas políticos e econômicos de interesse mútuo. “Foi surpreendentemente boa a relação com o presidente Trump”, avaliou.

Defesa das instituições e equilíbrio comercial

O presidente também disse ter sido firme ao afirmar que são impensáveis as punições a ministros da Suprema Corte brasileira, consideradas inaceitáveis sob qualquer perspectiva diplomática. Lula destacou ainda que é infundada a visão de que o Brasil tem superávit comercial com os Estados Unidos, defendendo uma análise equilibrada sobre o fluxo de trocas entre os dois países.

Sobre a disputa comercial em curso, Lula reiterou que o objetivo do Brasil é suspender a taxação imposta e abrir espaço para negociar um entendimento duradouro. Ele reconheceu o direito de cada país defender seus interesses, mas enfatizou a importância do diálogo. “Um presidente tem o direito de taxar outros países quando sofre prejuízos”, ponderou.

Encerrando a coletiva, Lula afirmou que o espírito de negociação deve prevalecer nas relações bilaterais. “Se tem uma coisa que eu aprendi na minha vida é negociar. Vamos ter uma relação exemplar, como nos últimos 200 anos”, concluiu o presidente.
Fonte: Brasil 247

Trump parabeniza Lula pelos 80 anos e diz que reunião foi “muito boa”


        Donald Trump em entrevista no Air Force One. Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

A bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho do Japão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez as primeiras declarações após o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorrido no domingo (26) na Malásia. O republicano classificou a conversa como “muito boa” e disse que o Brasil demonstrou “vontade de fechar um acordo” sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

“Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver, agora eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. Mas tivemos uma ótima reunião”, afirmou Trump a jornalistas, mostrando cautela sobre o futuro das negociações.

Durante o voo, ele também aproveitou para felicitar Lula pelos 80 anos. “E feliz aniversário. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante, mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário”, disse.

Lula, por sua vez, se mostrou otimista. Em entrevista coletiva concedida na manhã de segunda-feira (27), já em Kuala Lumpur, o presidente afirmou acreditar que o acordo com os Estados Unidos pode ser fechado nos próximos dias: “Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”.

Donald Trump, presidente dos EUA, e Lula, do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

O brasileiro ressaltou que as decisões de Washington foram baseadas em informações incorretas. “O que não pode é acontecer o que aconteceu com o Brasil, com base em informações equivocadas, tomar uma decisão de taxar o Brasil em 50%. Ele sabe disso porque eu tive a oportunidade de dizer, agora não tem mais intermediário. Agora é o presidente Lula com o presidente Trump”.

O petista contou ainda que, durante o encontro, Trump fez comentários elogiosos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que a conversa seguiu em tom institucional.

“Disse pra ele que foi o julgamento [de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal] sério, com provas contundentes. Disse a gravidade do que tentaram fazer, do plano para matar a mim, meu vice e o ministro Alexandre de Moraes. E que tiveram um direito de defesa que não tive. Ele sabe que ‘rei morto, rei posto’. Bolsonaro faz parte do passado”, disse Lula.

Fonte: DCM

Às vésperas da prisão, Bolsonaro está em depressão e com crises de choro

Ex-presidente melhorou fisicamente, mas vive um quadro de fragilidade emocional e chora com frequência diante da iminência da decisão do STF

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Às vésperas de ter sua pena definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta uma fase de profunda instabilidade emocional. De acordo com reportagem publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, aliados próximos relatam que Bolsonaro tem chorado com frequência e se mostrado abatido diante da perspectiva de prisão.

Embora tenha se recuperado fisicamente de uma crise aguda de soluço, que o obrigava a interromper conversas e até provocava vômitos, o quadro psicológico do ex-presidente piorou significativamente. Pessoas que o visitaram recentemente afirmam que ele demonstra sinais claros de depressão e fragilidade emocional.

Crise política e isolamento

Além do desgaste pessoal, Bolsonaro enfrenta um cenário político adverso. O projeto de anistia que seus apoiadores tentavam aprovar no Congresso está parado, assim como a proposta de redução de penas. A reportagem destaca ainda que o apoio do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao bolsonarismo “já não parece firme”, e que a direita brasileira está rachada, sem uma liderança clara de unidade.

Esse contexto tem aumentado o sentimento de isolamento e derrota no entorno do ex-presidente, que vive o momento mais difícil desde que deixou o Palácio do Planalto.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Trama golpista: Bolsonaro e 7 réus devem apresentar recursos até hoje

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Termina nesta segunda-feira (27) o prazo para que as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus apresentem recursos contra a condenação por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os advogados devem protocolar os chamados embargos de declaração, primeiro passo da fase recursal no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os embargos de declaração são utilizados quando as defesas alegam dúvidas, omissões ou contradições na decisão dos ministros. O prazo começou a correr após a publicação do acórdão do julgamento no Diário da Justiça.

Esse tipo de recurso, embora raramente mude o resultado final, pode, em alguns casos, provocar redução de pena ou extinção da punição, se os argumentos forem aceitos. O STF, no entanto, costuma rejeitar embargos usados apenas para reabrir o debate sobre o caso.

O julgamento dos recursos não tem prazo definido. Cabe ao relator, ministro Alexandre de Moraes, decidir quando liberar o processo para a pauta da Primeira Turma. O ministro Flávio Dino, que preside o colegiado, pode definir se a análise ocorrerá em sessão presencial ou virtual.

◎ Possíveis próximos passos


Após os embargos de declaração, as defesas ainda poderão apresentar embargos infringentes, recurso permitido apenas quando houver dois votos divergentes no julgamento. No caso da tentativa de golpe, essa condição não foi atendida, o que deve limitar as alternativas jurídicas dos condenados.

O envio dos embargos suspende os demais prazos processuais até a análise completa pela Primeira Turma. Caso os recursos sejam rejeitados, as condenações passam a ser definitivas.

Primeira Turma do STF julga denúncia sobre trama golpista. Foto: Gustavo Moreno/STF

◎ Execução das penas

Com o fim dos recursos, o STF dará início à execução das penas impostas. Entre as punições estão:

  • Prisão de 16 a 27 anos;
  • Indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos;
  • Multas individuais;
  • Perda do mandato de deputado de Alexandre Ramagem (PL-RJ);
  • Perda de cargos na Polícia Federal de Ramagem e Anderson Torres;
  • Suspensão dos direitos políticos;
  • Comunicação ao Superior Tribunal Militar para declarar a perda de postos e patentes dos militares envolvidos.
As decisões da Primeira Turma só serão aplicadas após o trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de novos recursos.

Fonte: DCM

VÍDEO: “Em três reuniões comigo, Trump vai perceber que Bolsonaro era nada”, diz Lula


      Lula em coletiva na Malásia. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na madrugada desta segunda-feira (27), que o líder estadunidense Donald Trump “sabe que ‘rei morto, é rei posto'” e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “faz parte do passado da política brasileira”. Lula destacou que, durante a reunião com Trump, ressaltou que o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação sobre o plano de golpe “foi muito sério, com provas muito contundentes”.

Segundo o presidente, ele explicou ao chefe de Estado estadunidense que o processo foi conduzido com rigor e transparência, sem espaço para alegações infundadas da oposição. “Eu ainda disse para ele que, em três reuniões comigo, vai perceber que o Bolsonaro não era nada”, disse o brasileiro.

Na mesma reunião, foi discutido o aspecto comercial entre Brasil e Estados Unidos: “Os Estados Unidos não têm débito com o Brasil. Em todo o G20, só três países possuem relação comercial significativa com eles: Brasil, Reino Unido e Austrália. Isso é a base para retomarmos negociações”, afirmou.

Lula comentou também que deixou claro a gravidade do plano, mencionando ameaças direcionadas a ele próprio, ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. “Eu disse para ele a gravidade do que eles tentaram fazer no Brasil. Disse a ele que eles têm um plano para matar a mim, para matar meu vice-presidente, matar Alexandre de Moraes”, disse Lula.

Ele acrescentou: “O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. Converso com tom político, de interesse do meu país, e não pessoal”.

A reunião entre Lula e Trump ocorreu no domingo (26) na Malásia, durante a cúpula da Association of Southeast Asian Nations (ASEAN). Foi o primeiro encontro oficial entre eles para tratar das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras e de sanções contra autoridades brasileiras.

Em entrevista logo após o encontro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, avaliou o encontro como positivo e reiterou que Lula voltou a solicitar a suspensão das tarifas enquanto se desenvolve o processo de negociação.

O diálogo entre Brasil e Estados Unidos tende a avançar rapidamente após o encontro. As declarações de Lula indicam uma possível virada nas relações comerciais e diplomáticas entre os dois países, com a agenda voltada para negociações e definição de novos marcos de cooperação.

Fonte: DCM

domingo, 26 de outubro de 2025

Casa Branca destaca encontro Lula-Trump e perspectiva de "relações boas"

Governo Trump publica foto dos dois presidentes sorrindo após a reunião na Malásia

PresidenteLula durante reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN, na Malásia (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma discussão construtiva sobre a agenda comercial e econômica entre os dois países durante reunião bilateral na Malásia, neste domingo (26).

Autoridades dos dois países vão iniciar, ainda neste domingo, um processo de negociação visando a retirada das tarifas comerciais impostas pelos EUA ao Brasil, de acordo com a agência Reuters.

Nas redes sociais, o encontro ganhou destaque, com uma postagem no X da Casa Branca, acompanhada de uma declaração de Trump sobre a perspectiva de melhora nas relações.

Por @WhiteHouse, no X - O presidente Trump se encontra com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula da ASEAN. "É uma grande honra estar com o Presidente do Brasil... Acho que conseguiremos fechar bons negócios para ambos os países... Sempre tivemos um bom relacionamento — acho que continuará assim."
Fonte: Brasil 247

Diante de Trump, Lula agiu como o líder da soberania nacional, diz Gleisi

Ministra destacou que os bolsonaristas que festejavam os ataques dos EUA ao Brasil, estão sem argumentos

30-09-2025 - Brasília (DF) - A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: SRI via Flickr)


A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, destacou os avanços obtidos nas negociações bilaterais entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada mais cedo neste domingo (26) na Malásia.

Gleisi afirmou que foram obtidos avanços sobre a lei Magnitsky dos Estados Unidos, aplicada pela administração Trump para sancionar juízes da Suprema Corte brasileira, por conta da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de extrema direita do republicano.

Gleisi ressaltou que os bolsonaristas, que festejavam os ataques dos EUA ao Brasil, estão mais uma vez sem argumentos diante do êxito da reunião, na qual o presidente Lula manteve uma postura firme de defesa da soberania nacional.

"O encontro do presidente Lula com Donald Trump destravou as negociações sobre as tarifas comerciais e abriu caminho para o diálogo sobre as sanções da Magnitisky e sobre um outro tema importantíssimo: a preservação da América Latina como zona de paz. Lula mostrou mais uma vez como deve agir um verdadeiro líder, defendendo os interesses do país e da região, sem abrir mão da soberania nacional e com a máxima dignidade pessoal. Momento para lembrar que, há apenas três meses, Bolsonaro, sua família e seus aliados, como Tarcísio Freitas, festejavam os ataques injustos ao nosso país e aos ministros do STF. Parabéns, presidente Lula!", escreveu Gleisi nas redes sociais.
Fonte: Brasil 247

EUA avaliam como "superar" sanções a juízes brasileiros

Declaração do secretário Marco Rubio aconteceu antes de encontro entre o presidente brasileiro e o líder norte-americano, realizado neste domingo (26)

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Jerusalém - 23/10/2025 (Foto: Fadel Senna/Pool via REUTERS)

Antes da reunião realizada neste domingo (26) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que o republicano pretendia discutir questões ligadas à atuação do Judiciário brasileiro.

De acordo com Rubio, o encontro não se limitaria a temas econômicos, mas também incluiria pontos de atrito envolvendo decisões judiciais no Brasil que, segundo ele, afetaram empresas e cidadãos dos Estados Unidos.

“Olha, o Brasil é um país grande e importante. Acreditamos que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil nos escolher como parceiro preferencial no comércio, em vez da China — por causa da geografia, da cultura, do alinhamento em muitos aspectos. Obviamente, temos algumas questões com o Brasil, particularmente sobre como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital nos Estados Unidos e os indivíduos localizados nos Estados Unidos por meio de postagens em redes sociais. Teremos que resolver essas questões também. Isso se tornou parte de tudo isso”, afirmou.

O secretário destacou ainda que o governo norte-americano busca uma solução diplomática para reduzir as tensões relacionadas ao tema. “O presidente vai explorar se há maneiras de superar tudo isso, porque acreditamos que será benéfico fazê-lo. Vai levar algum tempo”, disse.

Fonte: Brasil 247