domingo, 26 de outubro de 2025

Lula celebra encontro com Trump e diz que equipes vão discutir tarifaço “imediatamente”

           Os presidentes dos EUA e do Brasil, Donald Trump e Lula – Reprodução


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (26) ter tido uma “ótima reunião” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro, realizado durante a 47ª Cúpula da Asean, marcou a primeira conversa presencial entre os dois desde a breve interação na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Em mensagem nas redes sociais, o petista destacou que a reunião tratou de forma “franca e construtiva” da agenda comercial e econômica entre os dois países. Segundo ele, foi acertado que as equipes brasileiras e americanas se reunirão imediatamente para buscar soluções para as tarifas e sanções impostas a autoridades brasileiras.

A reunião começou às 15h30 no horário local (4h30 em Brasília) e durou cerca de 50 minutos, no Centro da Cidade de Kuala Lumpur (KLCC). Participaram do lado brasileiro o chanceler Mauro Vieira, o assessor Márcio Elias Rosa e o diplomata Audo Faleiro. Representando os Estados Unidos, estiveram o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Scott Bessent e o representante de Comércio Jamieson Greer.

Segundo Mauro Vieira, Lula afirmou não haver temas proibidos e reiterou o pedido de suspensão do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros enquanto durarem as negociações. A medida americana foi adotada após sanções impostas a autoridades brasileiras em decorrência do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Durante os primeiros minutos do encontro, Lula e Trump falaram com jornalistas. Questionado sobre uma possível redução das tarifas, Trump respondeu: “Vamos discutir isso por um tempo. Sabemos o que cada um quer.” O republicano afirmou ainda ser “uma honra” estar com o presidente do Brasil e disse acreditar que “alguns bons acordos” poderão surgir.

A conversa é vista como tentativa de reaproximação entre Brasília e Washington após meses de tensão comercial. As equipes técnicas dos dois governos devem se reunir nos próximos dias para detalhar os termos de um possível acordo.

Fonte: DCM

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