“Agora não tem mais intermediário”, reforçou o presidente
Durante entrevista coletiva na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou de forma positiva sua recente reunião com o presidente Donald Trump e afirmou que as relações entre Brasil e Estados Unidos caminham para uma nova fase de entendimento direto entre os dois líderes. “Se depender de mim e do Trump vai ter acordo”, declarou Lula, destacando que “agora não tem mais intermediário, é o presidente Lula com o presidente Trump”.
Lula afirmou que, em breve, não haverá mais problemas nas relações bilaterais e ressaltou que as diferenças ideológicas não impedem boas relações entre os países. “O fato de termos posições ideológicas diferentes não nos impede de ter boas relações”, observou o presidente, acrescentando que entregou por escrito tudo o que pensa sobre a relação entre as duas nações.
Segundo Lula, o encontro foi marcado por respeito e franqueza, com uma conversa focada em temas políticos e econômicos de interesse mútuo. “Foi surpreendentemente boa a relação com o presidente Trump”, avaliou.
Defesa das instituições e equilíbrio comercial
O presidente também disse ter sido firme ao afirmar que são impensáveis as punições a ministros da Suprema Corte brasileira, consideradas inaceitáveis sob qualquer perspectiva diplomática. Lula destacou ainda que é infundada a visão de que o Brasil tem superávit comercial com os Estados Unidos, defendendo uma análise equilibrada sobre o fluxo de trocas entre os dois países.
Sobre a disputa comercial em curso, Lula reiterou que o objetivo do Brasil é suspender a taxação imposta e abrir espaço para negociar um entendimento duradouro. Ele reconheceu o direito de cada país defender seus interesses, mas enfatizou a importância do diálogo. “Um presidente tem o direito de taxar outros países quando sofre prejuízos”, ponderou.
Encerrando a coletiva, Lula afirmou que o espírito de negociação deve prevalecer nas relações bilaterais. “Se tem uma coisa que eu aprendi na minha vida é negociar. Vamos ter uma relação exemplar, como nos últimos 200 anos”, concluiu o presidente.
Fonte: Brasil 247




