quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Deputada do PT diz ser alvo de “campanha de ódio” após Nikolas acusá-la de agressão

Os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Camila Jara (PT-MS). Foto: Reprodução

A deputada federal Camila Jara (PT-MS) anunciou nesta quinta-feira (7) que solicitou proteção da Polícia Legislativa após se tornar alvo de uma “campanha de ódio de proporção alarmante”. A medida foi tomada após um incidente com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o protesto de parlamentares bolsonaristas na Mesa Diretora da Câmara, na noite de quarta-feira (6). A petista também informou que pedirá escolta policial em Mato Grosso do Sul, seu estado de atuação.

O conflito ocorreu quando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se levantava da cadeira da Mesa Diretora. Em vídeo que circula nas redes sociais, Camila aparece perto de Nikolas, que cai no chão.

O deputado mineiro compartilhou as imagens em suas redes, acusando ela de empurrá-lo com tom irônico: “Imagina se é o contrário? Esquerda sendo esquerda. Camila Jara, parabéns por mostrar ao Brasil quem realmente você é. Obrigado!”.

Em outra publicação, após a resposta da parlamentar, Nikolas fez críticas pessoais a ela: “Na lógica da esquerda, caráter é medido em quilos e altura. Abaixo de 50 kg, pode mentir, agredir e posar de vítima”. Ele se referia ao físico da petista, que tem 1,60m e 49kg.


Em nota oficial, a assessoria de Camila Jara afirmou que a parlamentar “reagiu ao empurra-empurra da mesma forma que qualquer mulher reagiria em um tumulto, quando um homem a pressiona contra a multidão”. O texto nega que tenha havido um soco ou qualquer ato de violência deliberada, classificando as acusações como distorções.

“A deputada, com 1,60 m, 49 kg e em tratamento contra um câncer, foi injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco”, diz a nota. O comunicado também alerta para as consequências da exposição: “O resultado dessa campanha de perseguição foram centenas de comentários ofensivos e ameaças à integridade física e até mesmo à vida da deputada Camila Jara”.

Fonte: DCM

Após fim do motim bolsonarista, Alcolumbre aprova isenção do IR


O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Após a desocupação do plenário por bolsonaristas, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retomou os trabalhos da Casa nesta quarta (7) e aprovou, de forma simbólica, o projeto que isenta do Imposto de Renda (IR) quem recebe até dois salários mínimos. A sessão foi encerrada logo após a votação, considerada a principal pauta do dia.

Alcolumbre chegou ao Congresso por volta das 11h dizendo que iria “trabalhar” e abriu a sessão sem comentar diretamente o protesto da oposição. Ele conduziu a votação com celeridade, aprovando não só a isenção, mas também acordos comerciais pendentes. A proposta do IR substitui uma medida provisória que perderia a validade na próxima segunda-feira.

O projeto agora segue para sanção presidencial. A isenção, que já estava em vigor, precisou ser formalizada após o reajuste do salário mínimo para R$ 1.520 (o equivalente a R$ 3.036 para dois salários). Com isso, cerca de 15 milhões de brasileiros ficam livres do tributo.

Alcolumbre criticou a ocupação do plenário e afirmou que não aceitará intimidações, prometendo “ser duro” contra ações que impeçam os trabalhos legislativos.

Bolsonaristas criaram motim no Congresso Nacional e impediram votações. Foto: Felipe Pereira/UOL

Segundo o UOL, a atuação do presidente do Senado foi vista como positiva por aliados do governo. O líder Jaques Wagner (PT-BA) avaliou que ele saiu fortalecido do episódio, ao contrário do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apontado por interlocutores do Planalto como “fraco” por não conseguir conter a crise.

Além do Senado, a Câmara dos Deputados também foi palco de protestos. Parlamentares da oposição ocuparam a Mesa Diretora exigindo a votação do projeto de anistia a investigados por atos golpistas. A movimentação, articulada pelo PL, contou com apoio de lideranças do PP e do União Brasil.

Paralelamente, o governo pretende avançar na indicação de nomes para agências reguladoras a partir da próxima semana. Segundo Jaques Wagner, há 17 documentos parados na Comissão de Infraestrutura e a meta é destravar pelo menos as mais urgentes em breve. O atraso ocorreu por conta da paralisação.

Fonte: DCM com informações do UOL

Bolsonaro tem crise e quer visita de médico em prisão domiciliar


                          O ex-presidente Jair Bolsonaro em hospital. Foto: Reprodução

Em meio à prisão domiciliar e a uma nova crise de saúde, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização permanente para receber visitas de seu médico pessoal. A defesa pretende enviar ainda nesta semana uma petição ao ministro Alexandre de Moraes pedindo que o cirurgião Cláudio Birolini e outros três profissionais de saúde possam vê-lo sem necessidade de aval prévio.

Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, aliados relataram que Bolsonaro voltou a apresentar crises intensas de soluço, problema que o acompanha desde seu atentado em 2018. O quadro teria se agravado após a decisão de Moraes que impôs a prisão domiciliar, sob alegação de descumprimento de medidas cautelares ligadas ao inquérito sobre tentativa de golpe de Estado.

O cirurgião Cláudio Birolini foi responsável pela última cirurgia de Bolsonaro e tem acompanhado sua saúde desde as complicações causadas pela facada.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Cláudio Birolini, médico responsável por sua última cirurgia. Foto: Reprodução

Atualmente, apenas familiares diretos (como filhos, netos e noras) e advogados podem visitar Bolsonaro sem autorização prévia. Já outras pessoas, incluindo políticos e amigos próximos, precisam protocolar pedido no STF, e aguardar decisão do relator. Foi o caso de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo, que teve seu pedido liberado por Moraes nesta quinta (7).

Além de Tarcísio, o ministro também autorizou visitas da vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), e de parlamentares como Luciano Zucco (PL-RS) e Geraldo Junio (PL-MG), desde que respeitadas restrições como a proibição de celulares e gravações no local. Os encontros ocorrerão entre os dias 8 e 14 de agosto, em dias distintos.

Bolsonaro manifestou ao STF que tem interesse em receber todos os visitantes cujos pedidos forem protocolados na Corte.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a última segunda (4) por descumprimento de medidas cautelares impostas no mês passado. Antes da nova decisão, apenas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) havia recebido permissão para visitá-lo e encontrou o ex-presidente nesta terça (5).

Fonte: DCM

Senadores pedem afastamento de Marcos do Val e relatam temor por segurança: 'anda armado e mostra remédios controlados'

Lideranças no Senado defendem licença médica de 180 dias para o parlamentar investigado e alvo de medidas cautelares impostas pelo STF

                       Senador Marcos do Val (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Durante uma reunião a portas fechadas com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), senadores manifestaram preocupação crescente com a instabilidade institucional provocada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), investigado pela Polícia Federal e alvo de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)., além de afirmar temerem pela própria segurança.

Segundo a coluna do Octavio Guedes, do g1, em relatos feitos diretamente a Alcolumbre, alguns parlamentares expressaram receio com a própria integridade física diante da conduta do colega de plenário. Eles afirmaram que Do Val costuma se vangloriar de portar arma de fogo e, com frequência, exibe a interlocutores uma grande quantidade de medicamentos controlados que diz ingerir diariamente.

A reunião ocorreu nesta quarta-feira (6) e teve como objetivo articular uma saída política para o impasse. A proposta que ganhou maior adesão entre os senadores foi a de recorrer das decisões do STF que afetam diretamente o mandato de Do Val, ao mesmo tempo em que se abre caminho para uma licença de 180 dias sob o argumento de necessidade de tratamento médico.

A estratégia foi confirmada pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, e por Cid Gomes (PDT-CE). Ambos anunciaram que o Senado ingressará com recurso no STF para tentar suspender parte das sanções impostas — entre elas, o bloqueio de salário e da cota parlamentar.

“O presidente [Alcolumbre] nos comunicou que a Advocacia do Senado foi orientada a recorrer junto ao STF para recuperação de salário e da cota parlamentar. Mas, por outro lado, será apreciada uma representação, em virtude da conduta do senador, que pode acarretar sua suspensão”, declarou Randolfe.

Ainda de acordo com a reportagem, os senadores também fizeram questão de desvincular o caso de Marcos do Val do debate sobre as prerrogativas do Congresso em revisar decisões do Supremo — assunto que voltou à pauta após a oposição relembrar o precedente do senador Aécio Neves, em 2017. No entanto, lideranças concordam que, no caso de Do Val, a situação transbordou o campo político e ingressou em um cenário de risco e imprevisibilidade.

O senador foi alvo de uma operação da Polícia Federal na segunda-feira (4), logo após retornar de uma viagem de cerca de dez dias aos Estados Unidos — realizada em descumprimento à ordem expressa do STF que o impedia de deixar o país. Segundo apurou a TV Globo, Do Val resistiu inicialmente à colocação da tornozeleira eletrônica no desembarque, mas acabou cumprindo a ordem judicial.

Entre as medidas determinadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes estão o uso obrigatório de tornozeleira, recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana, proibição de utilizar redes sociais, bloqueio de contas bancárias, cartões, PIX, salário e verbas de gabinete, além do cancelamento do passaporte diplomático. Ele também é investigado por ofensas e ataques dirigidos a agentes da Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Motim bolsonarista no Congresso demonstra “quem sãos os verdadeiros ditadores”, avaliam ministros do STF

Ministros avaliam que ação da oposição confirma perfil golpista e não deve alterar julgamento de Bolsonaro

       Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e André Mendonça (Foto: Antonio Augusto/STF)

Durante o momento mais tenso no plenário da Câmara dos Deputados, quando Hugo Motta (Republicanos-PB) ainda estava impedido de reassumir a presidência da Casa, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se perguntavam: "São esses baderneiros que desejam voltar à Presidência da República?” As informações são do g1.

Segundo interlocutores, a tentativa de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de interferir no comando da Câmara e do Senado apenas reforça, na visão dos ministros, o perfil autoritário e golpista do grupo. Essa característica, de acordo com os relatos, já havia ficado evidente durante a investigação da Polícia Federal e a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que resultaram na ação penal conhecida como ação do golpe.

Um interlocutor de magistrados relatou que, para os ministros, os apoiadores de Bolsonaro acusam o STF de exercer uma “suprema ditadura”, mas demonstraram no próprio plenário “quem são os verdadeiros ditadores”, ao defenderem um ex-presidente que discutiu um golpe ainda durante seu mandato.

Ainda segundo o STF, as articulações de parlamentares bolsonaristas para tentar beneficiar Bolsonaro não devem ter efeito. A avaliação é que a ação penal do golpe já está em fase final no tribunal e não há mais possibilidade de retirá-la de tramitação.

Além disso, ministros consideram improvável que o Congresso aprove uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que elimine o foro privilegiado de presidente e vice-presidente da República. A proposta atualmente pronta para votação mantém o foro presidencial e, portanto, não favorece Bolsonaro.

Caso uma nova PEC fosse apresentada com o objetivo de acabar com o foro para presidentes, ela teria de começar do zero e enfrentaria resistências da base governista. Isso impediria sua tramitação rápida — e, na prática, não permitiria que fosse votada antes do julgamento da ação penal, previsto para ocorrer em setembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Itaipu assenta famílias indígenas Avá-guarani em Terra Roxa com compra de terras para reparação histórica

Sessenta famílias foram instaladas em área de 220 hectares no Oeste do Paraná; meta é adquirir 3 mil hectares com investimento de R$ 240 milhões

Foto ilustrativa da produção de alimentos de base ecológica em comunidade indígena (Foto: Divulgação/Projeto Opaná: Chão Indígena )

A Itaipu Binacional deu início a um processo de reparação histórica com o assentamento de 60 famílias indígenas Avá-guarani em uma área de 220 hectares no município de Terra Roxa, no Oeste do Paraná. A informação é da assessoria da Itaipu, que destacou que o terreno foi adquirido com recursos próprios da empresa. A ação marca o primeiro passo de um plano mais amplo, que prevê a compra de até 3 mil hectares de terras para as comunidades indígenas da região, com investimento total de R$ 240 milhões.

As famílias beneficiadas pertencem a três comunidades indígenas — duas delas já residiam na área e uma será deslocada a uma distância de aproximadamente dois quilômetros, para a Fazenda Brilhante. A regularização do território põe fim a conflitos fundiários históricos e atende a uma antiga demanda dos povos originários.

Segundo o diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari, o acordo foi fundamental não apenas para encerrar uma disputa judicial, mas também para acelerar o processo de justiça social. “Estamos aguardando as negociações dos órgãos públicos para podermos cumprir nossos compromissos com os povos originários”, afirmou Delazari.

Já o gestor do Programa de Sustentabilidade Indígena da Itaipu, Paulo Porto, classificou a ação como um marco. “Esse é apenas o primeiro passo em busca da reparação histórica junto às comunidades Avá-guarani do Oeste do Paraná”, disse. “Nossa expectativa é concluir a aquisição de terras e, na sequência, iniciar as benfeitorias junto aos demais entes do Governo Federal. Estamos felizes por cumprir esta entrega histórica.”

Após a entrega das áreas, a Itaipu continuará a apoiar as comunidades por meio de um convênio com o Projeto Opaná: Chão Indígena. O objetivo é promover segurança alimentar com base agroecológica, garantir acesso à água e fomentar uma educação antirracista. As ações devem beneficiar comunidades indígenas de diversos municípios paranaenses, como Guaíra, Terra Roxa, Santa Helena, Itaipulândia, entre outros.

Terras em nome da União e acordo homologado pelo STF

As terras adquiridas são registradas em nome da União, com usufruto exclusivo das comunidades indígenas. A iniciativa resulta de um acordo entre diversos órgãos e entidades: Ministério dos Povos Indígenas, Ministério Público Federal (MPF), comunidades Avá-guarani, União, Advocacia-Geral da União (AGU), Incra, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Conselho Nacional de Justiça e a própria Itaipu Binacional. O termo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação foi articulada no âmbito do Procedimento de Resolução de Controvérsia, da Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal, e está vinculada à Ação Civil Originária (ACO) 3.555, movida pela AGU e em tramitação no STF. A ação busca reparação por violações aos direitos humanos sofridas pelas comunidades indígenas após a formação do reservatório da usina hidrelétrica, em 1982.

Com a consolidação dos assentamentos e a continuidade dos investimentos, a expectativa é que o processo represente um avanço na reparação dos danos históricos causados aos povos indígenas da região, garantindo-lhes dignidade, autonomia e segurança territorial.

Fonte: Brasil 247

Júlia Zanatta admite que usou sua bebê como escudo humano

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) com seu bebê na cadeira de Hugo Motta, na Câmara. Foto: Reprodução

A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) admitiu nas redes sociais que usou sua bebê de 4 meses como escudo humano durante a ocupação do plenário organizada por parlamentares da oposição nesta quarta-feira (6).

“Os que estão atacando minha bebê não estão preocupados com a integridade da criança (nenhum abortista jamais esteve); eles querem é INVIABILIZAR o exercício profissional de uma MULHER usando SIM uma criança como escudo”, escreveu a bolsonarista no X.



A deputada, que antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização, justificou o gesto como forma de apresentar a filha a Brasília “em meio ao turbilhão”. Segundo ela, o momento é “injusto e cruel”.




“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional, circunstâncias que contrariam o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, escreveu Reimont no documento enviado ao Conselho Tutelar de Brasília.

Reimont, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, também afirmou que a bolsonarista “ocupou de forma irregular e deliberadamente confrontacional a mesa diretora” da Casa.

O objetivo dos bolsonaristas era obstruir as atividades legislativas do dia em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), pressionar para que o projeto de lei que visa anistiar os golpistas do 8 de Janeiro seja pautado e pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: DCM

Se Motta e Alcolumbre cederem à chantagem dos golpistas, o Brasil acabou

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado – Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados viveu nesta semana um espetáculo de chantagem orquestrada por parlamentares bolsonaristas que agiram, sem disfarces, como sabotadores da ordem institucional. Com ocupação da Mesa Diretora, obstrução contínua e uso de símbolos infantis — inclusive bebês de colo — como escudos políticos, o grupo tentou impor a qualquer custo a inclusão de um projeto de anistia a Jair Bolsonaro na pauta do Legislativo.

O episódio da queda de Nikolas Ferreira (PL-MG), após ser empurrado pela deputada Camila Jara (PT-MS), escancarou a escalada de tensão promovida pela extrema direita. Ferreira, que tem mais de 28 milhões de seguidores nas redes, tratou o caso como agressão. O vídeo viralizou e se transformou em munição para inflamar ainda mais os apoiadores do golpismo. Enquanto isso, Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, fazia malabarismos para retomar o controle da Casa sem aplicar sanção efetiva a nenhum dos envolvidos.


Do lado do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da CCJ, mantém na gaveta dezenas de projetos que poderiam endurecer a resposta institucional a esse tipo de prática antidemocrática. Mas se Motta e Alcolumbre cederem um milímetro às exigências dos sequestradores do Congresso, o precedente será devastador. A extrema direita aprenderá que basta tumultuar, gritar, colar esparadrapos ou usar bebês como símbolo para frear ou manipular o funcionamento do Parlamento.

Não se trata de uma disputa ordinária de pautas. Trata-se da tentativa explícita de capturar o Legislativo para transformá-lo em instrumento de blindagem de um grupo político ameaçado pela Justiça. A anistia que exigem é uma confissão: o golpismo não quer julgamento, quer perdão sem responsabilidade. E está disposto a tomar o Congresso como refém para conseguir isso.

Cabe à presidência das duas Casas uma decisão urgente: ou reagem com firmeza agora, ou verão o Parlamento se transformar num palco de chantagens semanais. Um centímetro de concessão a esse tipo de ação é um passo a mais rumo à rendição institucional.

Fonte: DCM

Lula e Janja exibem "O Agente Secreto" no Alvorada com presença de Wagner Moura e Kleber Mendonça

Filme premiado em Cannes será apresentado a ministros e convidados. Estreia nacional está marcada para 6 de novembro

     Wagner Moura em 'O Agente Secreto' (Foto: Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva irão receber, nesta quinta-feira (7), convidados no Palácio da Alvorada para uma sessão especial do longa-metragem O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho.

Segundo o jornal O Globo, entre os confirmados para o evento estão o diretor Kleber Mendonça Filho, o ator Wagner Moura — protagonista do filme —, além de Alice Carvalho, também integrante do elenco. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, acompanhará a exibição no palácio presidencial, que contará ainda com a presença de outros ministros do governo.

Considerado um dos principais lançamentos do cinema brasileiro em 2025, O Agente Secreto abrirá a 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que ocorrerá entre os dias 12 e 20 de setembro, celebrando os 60 anos do evento. A estreia comercial do filme no Brasil está prevista para 6 de novembro.

O longa é ambientado no final da década de 1970, período da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória de Marcelo (interpretado por Wagner Moura), um especialista em tecnologia que tenta fugir de um passado obscuro. Ao retornar ao Recife em busca de tranquilidade, ele se depara com uma atmosfera marcada por tensão e vigilância. Completam o elenco nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Hermila Guedes, Thomás Aquino e Udo Kier.

No circuito internacional, O Agente Secreto teve sua estreia mundial no prestigiado Festival de Cannes, onde conquistou os prêmios de melhor direção, para Kleber Mendonça Filho, e melhor ator, para Wagner Moura. A produção também foi exibida ao ar livre nos jardins do Museu do Louvre, em Paris, durante o festival Cinéma Paradiso Louvre, além de participar do Festival de Cinema New Horizons, em Wroclaw (Polônia), e do Festival de Cinema de Sydney, na Austrália.

O reconhecimento internacional impulsionou as expectativas para o lançamento nacional, e a sessão no Alvorada reforça o prestígio do filme não apenas no meio cultural, mas também no cenário político.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Deputado aciona Conselho Tutelar após Júlia Zanatta levar bebê a motim na Câmara

 

A deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) com a filha bebê durante a ocupação do plenário organizada pela oposição na Câmara. Foto: Reprodução

O deputado federal Reimont (PT-RJ) usou as redes sociais para afirmar que acionou o Conselho Tutelar após a deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) levar a filha bebê para a ocupação do plenário organizada por parlamentares da oposição nesta quarta-feira (6).

“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional, circunstâncias que contrariam o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, escreveu Reimont no documento enviado ao Conselho Tutelar de Brasília.

Reimont, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, também afirmou que a bolsonarista “ocupou de forma irregular e deliberadamente confrontacional a mesa diretora” da Casa.



Zanatta levou sua filha de 4 meses ao plenário e publicou um vídeo nas redes sociais com a bebê sentada na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Estamos aqui, não vamos sair”, disse a parlamentar.

A parlamentar, que antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização, justificou o gesto como forma de apresentar a filha a Brasília “em meio ao turbilhão”. Segundo ela, o momento é “injusto e cruel”.


Bolsonaristas passaram a noite no Congresso ocupando as mesas diretoras da Câmara e do Senado. O objetivo era obstruir as atividades legislativas do dia em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pressionar para que o projeto de lei que visa anistiar os golpistas do 8 de Janeiro seja pautado, além de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: DCM

Escudo humano: Bolsonarista Júlia Zanatta ocupa cadeira de Motta com bebê de 4 meses


   A deputada Julia Zanatta (PL-SC) com seu bebê na cadeira de Hugo Motta na Câmara Federal – Reprodução

O deputado Reimont (PT-RJ) fez uma denúncia grave nesta quarta-feira (6): parlamentares da extrema-direita estariam colocando bebês como escudo sobre a mesa da presidência da Câmara, numa tentativa desesperada de impedir a retomada dos trabalhos legislativos.

A cena ocorreu durante a obstrução promovida por bolsonaristas em reação à prisão domiciliar decretada contra Jair Bolsonaro pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) levou sua filha de 4 meses ao plenário e publicou um vídeo nas redes sociais com a bebê sentada na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Estamos aqui, não vamos sair”, disse a parlamentar, comemorando o bloqueio da pauta do dia. Em tom de deboche, disse que, se dependesse dela e da filha, só iriam à votação temas como “armamento civil, prisão pra bandido e anistia”.

Para Reimont, há um limite entre protesto e irresponsabilidade. “Colocar bebês como escudo em cima da mesa da presidência da Câmara é cruzar a linha da decência. Isso não é resistência política, é espetáculo grotesco”, afirmou. Outros parlamentares também condenaram o uso de crianças em atos políticos com potencial de confronto físico ou risco institucional.

Zanatta, que antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização, justificou o gesto como forma de apresentar a filha a Brasília “em meio ao turbilhão”. Segundo ela, o momento é “injusto e cruel”. Em sua publicação, escreveu que “é difícil explicar tudo isso para as crianças”. A dificuldade, para muitos, está justamente em compreender a decisão de expor uma bebê a um ambiente deliberadamente hostil.

“Estou com a minha neném ali. Estou esperando a bolsa dela para trocá-la, inclusive. Este é um momento muito importante, por isso vim com ela para a Câmara: não podemos ser ameaçados de retirada com o uso de força policial”, disse a um jornalista da Globo.

”Estamos exercendo um direito garantido na democracia, que é o de fazer obstrução, e merecemos ser respeitados. Tenho certeza de que o Hugo Motta, que é um presidente aberto ao diálogo, vai nos respeitar, nos ouvir e pautar a anistia”.

A Câmara precisa reagir com firmeza e recuperar sua normalidade, sob pena de virar piada internacional.

Fonte: DCM

Nikolas cai durante motim na Câmara e acusa deputada do PT


Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante tumulto no plenário da Câmara – Foto: Reprodução

Uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados terminou com a queda de Nikolas Ferreira (PL-MG), após ser empurrado pela deputada Camila Jara (PT-MS). O episódio ocorreu na noite de terça-feira (6), por volta das 22h30, durante a retomada dos trabalhos legislativos após dois dias de obstrução promovida pela oposição. Parlamentares bolsonaristas pressionavam pela inclusão de um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro na pauta de votações.

O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentava concluir um discurso apelando ao diálogo e à normalidade institucional. Atrás dele, Nikolas e outros deputados oposicionistas formaram um cordão de isolamento para impedir a aproximação de parlamentares governistas. Camila Jara tentou atravessar o bloqueio e, ao forçar passagem, empurrou Nikolas, que caiu.

Nikolas alegou, nas redes sociais, que foi agredido pela colega. Compartilhou imagens do momento e comentou: “Imagina se é o contrário? Esquerda sendo esquerda. Camila Jara, parabéns por mostrar ao Brasil quem realmente você é.” O vídeo viralizou entre seus seguidores — ele tem mais de 28 milhões apenas no X, antigo Twitter.

Camila Jara ainda não se pronunciou. Apoiadores da deputada alegam que houve um tumulto generalizado, sem intenção deliberada de agressão. Já aliados de Nikolas tratam o episódio como violência política.

Fonte: DCM