sábado, 23 de agosto de 2025

Moraes diz que “impunidade, omissão e covardia” são caminhos falsos e não resolvem problemas

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante evento do Lide no Rio de Janeiro. Foto: reprodução
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (22) que “impunidade, omissão e covardia” são caminhos falsos que corroem os valores democráticos e não resolvem crises institucionais. A fala ocorreu durante um fórum do grupo Lide, no Rio de Janeiro.

Moraes destacou que a democracia brasileira resistiu a ataques recentes e segue sustentada por pilares fundamentais: imprensa livre, eleições periódicas e Judiciário independente.

“O Brasil, infelizmente, tem histórico de golpismo e há 37 anos um Estado Democrático de Direito e estabilidade institucional. Não tranquilidade, mas instrumentos importantes para garantir essa normalidade”, disse o magistrado.

Sem citar diretamente a tentativa de golpe de Estado ou as sanções impostas pelos Estados Unidos, Moraes reforçou que não há solução em atentar contra as instituições.

“A história do Brasil e do mundo nos ensina que impunidade, omissão e covardia podem, num primeiro momento, parecer o caminho mais rápido para acabar com os problemas. É um caminho falso. Impunidade nunca deu certo na história para nenhum país do mundo”, afirmou.

O ministro ressaltou ainda que a Constituição de 1988, apesar de ser a que mais sofreu alterações no mundo, garantiu estabilidade ao país: “Nenhuma grande democracia passou por dois impeachments em 37 anos, com presidentes de espectros opostos, sem ruptura institucional”.

Para Moraes, democracia significa liberdade com responsabilidade: “Democracia é o governo da liberdade com responsabilidade igual para todos. Não se pode atentar contra a democracia e, se der certo, instaurar uma ditadura, e se não der, voltar para casa como se nada tivesse acontecido”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

VÍDEO – Moraes rebate Mendonça e repudia “judiciário vassalo, covarde”


O ministro do STF Alexandre de Moraes, em discurso hoje. Foto: Reprodução/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um discurso incisivo nesta sexta-feira (22) em resposta às indiretas de seu colega de Corte, André Mendonça.

No encontro promovido pelo Grupo Lide, Moraes, sem citar nomes, repudiou a ideia de um “judiciário vassalo, covarde” e afirmou que apenas uma magistratura independente é digna de respeito.

Mais cedo, no mesmo evento, o ministro indicado por Bolsonaro havia dito que “um bom juiz tem que ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo” e que decisões judiciais devem contribuir para “gerar a paz social, e não caos, incerteza e insegurança”.

“Eu posso garantir aos senhores e às senhoras que no Brasil o Judiciário é independente e é corajoso”, disse Moraes. “Os ataques podem continuar a ser realizados de dentro ou de fora. Pouco importa”.

Em sua fala, o relator dos processos da trama golpista também comparou tentativas de enfraquecer o sistema de Justiça no Brasil ao que ocorreu em regimes autoritários, como na Hungria, onde milhares de juízes e promotores foram afastados sob pretexto de conter supostos abusos. Ele ressaltou que tais métodos são típicos de “autocratas” e “ditadores”, e garantiu que, no Brasil, não terão êxito.

“Todos aqui se recordam de Goebbels”, prosseguiu o ministro. “Uma mentira dita mil vezes vira uma verdade. E ele nem tinha à época os algoritmos direcionados ideologicamente das big techs. Imagina se tivesse. Essa confusão sempre foi feita para atacar os pilares da democracia”.

Goebbels era o principal especialista em comunicação da Alemanha nazista, tendo sido ministro da Propaganda de Hitler.

O magistrado também destacou o sistema eleitoral brasileiro como motivo de orgulho nacional. Segundo ele, o país é o único no mundo que consegue apurar rapidamente o resultado de eleições com mais de 158 milhões de eleitores. Para Moraes, eleições periódicas, imprensa livre e um Judiciário independente são pilares que asseguram a democracia.

Moraes concluiu afirmando que ataques internos ou externos não enfraquecerão a Justiça no Brasil. “Eu posso garantir aos senhores e senhoras que no Brasil, o Judiciário é independente e é corajoso”, disse, reforçando que qualquer tentativa de enfraquecer a magistratura será responsabilizada.

Abaixo, o vídeo:
Fonte: DCM

VÍDEO – Mendonça ataca Moraes com indireta em evento de Doria


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça durante discurso em evento do grupo Lide, no Rio de Janeiro, nesta sexta (22). Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça atacou Alexandre de Moraes, seu colega na Corte, durante discurso no 24º Fórum Empresarial do Lide (grupo fundado pelo ex-governador João Doria), no Rio de Janeiro, nesta sexta (22). Sem citar nomes, ele afirmou que “um bom juiz tem que ser reconhecido pelo respeito, não pelo medo”.

Mendonça declarou que decisões judiciais devem contribuir para “gerar a paz social, e não caos, incerteza e insegurança”. Ao abordar o tema Estado democrático de Direito, o magistrado afirmou: “Não são os interesses individuais, mas a governança está na lei e a racionalidade deve estar presente”.

Ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, ele ainda sugeriu que Moraes tem causado desequilíbrio entre os Poderes. “O Estado de direito foi concebido a partir da ideia de um sistema institucional de freios e contrapesos. Na nossa Constituição, se fala em independência e harmonia entre os poderes”, prosseguiu.

O ministro também defendeu a contenção do Judiciário e criticou o que chama de “ativismo judicial”. “O Estado de Direito impõe a autocontenção, o que se contrapõe ao ativismo judicial. O ativismo judicial implica no reconhecimento implícito de que o Judiciário tem a prevalência sobre os demais poderes”, acrescentou.

A fala de Mendonça ainda cita a narrativa da extrema-direita de “perseguição” e ataques à liberdade de expressão. Ele afirmou que o Estado de Direito depende de que os cidadãos possam “expor suas ideias sem serem perseguidos por suas falas públicas ou de terem suas falas privadas expostas de maneira ilegítima”.

Veja o discurso na íntegra:



Durante o discurso, Mendonça também defendeu reformas estruturais e mudanças no próprio Judiciário. “Se algo não está dando certo, é preciso haver uma reflexão séria de reforma das instituições. Não apenas uma reforma administrativa, mas uma reforma do Estado, que perpasse Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, agências reguladoras, a fim de haver estabilidade”, concluiu.

Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a Corte, Mendonça têm divergido dos colegas em alguns julgamentos na Corte, como na análise de processos contra alguns réus do 8 de janeiro, no Marco Civil da Internet e na condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por porte ilegal de arma de fogo.

Além do ministro, também participaram do evento desta sexta os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto; do PP, Ciro Nogueira; e do União Brasil, Antônio Rueda.

Fonte: DCM

STF torna réu homem que chamou Moraes de “sacrificador de crianças” e “satanista”


              Alexandre de Moraes, ministro do STF – Reprodução

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Glaudiston da Silva Cabral. Ele é acusado de proferir ofensas a ministros da Corte, chamando Alexandre de Moraes de “sacrificador de crianças” e “satanista”. O julgamento ocorre no plenário virtual e tem o magistrado como relator. Com informações da CNN Brasil.

Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o relator para tornar Glaudiston réu, enquanto o voto de Luiz Fux ainda é aguardado. A denúncia envolve crimes de associação criminosa e incitação ao crime, com base em declarações feitas em vídeos publicados pelo acusado.

De acordo com Moraes, Glaudiston incentivou a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constituídos e defendeu a prática de um golpe de Estado. Em suas falas, ele acusou o ministro de participar de “rituais de magia negra com sacrifício de crianças” e ainda atacou o STF chamando os ministros de “11 vagabundos”.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

Por 9 a 2, STF condena Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão e perda do mandato

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) – Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda do mandato. A decisão foi tomada por 9 votos a 2, com base no voto do ministro Gilmar Mendes, relator do processo. A parlamentar foi considerada culpada pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.

O julgamento ocorreu no plenário virtual e teve como último voto o do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. As divergências vieram dos ministros Nunes Marques, que propôs a desclassificação do crime de constrangimento, e André Mendonça, que afastou a condenação por porte ilegal e sugeriu apenas oito meses de detenção pelo constrangimento.

O caso envolve a perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro de 2022, durante o segundo turno das eleições.

Essa é a segunda condenação da bolsonarista no Supremo. Em 2023, a Primeira Turma do tribunal já havia condenado a deputada a 10 anos e oito meses de prisão por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos na plataforma.

Atualmente, Carla Zambelli está presa na Itália, após fugir do Brasil. Ela é alvo de um processo de extradição em território italiano, relacionado à condenação pelo caso do CNJ.

Fonte: DCM

Nova investigação da PF pode atingir Michelle, Malafaia e noras de Bolsonaro


Silas Malafaia, Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro em atos bolsonaristas. Foto: Reprodução

Uma possível nova investigação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL) e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode alcançar nomes próximos ao ex-presidente, incluindo o pastor Silas Malafaia e familiares diretos. Com informações de Folha de S.Paulo.

O relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 15 de agosto cita indícios de envolvimento de Michelle Bolsonaro, Heloísa Bolsonaro e Fernanda Bolsonaro em movimentações financeiras, além de aliados como o influencer Paulo Figueiredo, neto do último ditador militar, João Figueiredo.

De acordo com a PF, Malafaia trocou mensagens com Bolsonaro sobre estratégias de pressão política em favor de uma anistia e teve o celular e o passaporte apreendidos por ordem do STF. Já Michelle e Heloísa são apontadas como responsáveis por repassar valores entre pai e filho, em operações que podem ter servido para mascarar a origem de recursos ilícitos.

Paulo Figueiredo, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em frente à sede do Departamento de Estado (EUA). Foto: Reprodução

O documento também menciona a atuação de Fernanda Bolsonaro na elaboração de um rascunho de pedido de asilo político endereçado ao presidente argentino Javier Milei.

O relatório, com 170 páginas, foi concluído no dia 15 de agosto e indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo, obstrução de Justiça, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e atentado à soberania nacional.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisará o material e poderá arquivar, pedir novas diligências ou apresentar denúncia formal contra os investigados.

O caso se soma ao inquérito da tentativa de golpe de 2022 e 2023, no qual Bolsonaro e aliados foram acusados de articular, dentro e fora do país, estratégias para deslegitimar o resultado eleitoral e pressionar por uma ruptura institucional.

Segundo a PF, as provas reunidas indicam que Eduardo Bolsonaro teria atuado nos Estados Unidos para influenciar autoridades estrangeiras e reforçar ações de apoio ao pai no Brasil.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

“A defesa de Bolsonaro é uma piada”, diz líder do PT sobre risco de fuga do inelegível


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Lindbergh Farias – Reprodução

Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara nos Deputados, rebateu a resposta da defesa de Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o risco de fuga apresentado pelo pedido de asilo político na Argentina.

Nas redes sociais, o parlamentar classificou os argumentos dos advogados do ex-presidente como “piada” e disse que existem atos concretos que comprovam a possiblidade de fugir:

“A defesa de Bolsonaro é uma piada. Quer dizer que não há risco de fuga? Ele já se refugiou na embaixada da Hungria e foi flagrado com minuta de pedido de asilo político. Isso não é “teoria da conspiração”, mas atos concretos de quem tenta escapar da lei. Não seria novidade: Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli já fugiram.

O risco atual é concreto: a embaixada dos EUA fica a minutos de sua casa. Há indícios de articulações diplomáticas paralelas, contatos com advogados estrangeiros e histórico de tentativas de obter proteção fora do Brasil. Quem age assim não demonstra submissão ao processo penal, mas planejamento para frustrá-lo.

Não existe lawfare. O que há é aplicação da lei penal para quem descumpriu medidas cautelares, manteve contato clandestino com investigados e tentou usar terceiros para violar restrições impostas pelo STF. O caso é de prisão preventiva, para proteger a ordem pública, assegurar a aplicação da lei e resguardar a democracia.”.

Fonte: DCM

Defesa de Bolsonaro diz que pedido de asilo na Argentina não foi tentativa de fuga



A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou esclarecimentos nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que investiga a coação de autoridades durante a ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Os advogados do inelegível contestaram o indiciamento feito pela Polícia Federal (PF), argumentando que não há elementos probatórios suficientes contra o ex-presidente. Eles também solicitaram a reconsideração da prisão domiciliar do réu, destacando que ele cumpriu todas as medidas cautelares nos últimos 18 meses.

O pedido de esclarecimento foi determinado pelo STF pelas suspeitas de descumprimento de medidas cautelares, planejamento de fuga e reiteração de condutas ilícitas evidenciadas pelo mais recente relatório da Polícia Federal. A defesa negou que a existência de um rascunho de pedido de asilo na Argentina, encontrado no celular de Bolsonaro, configurasse tentativa de evasão.

A casa onde o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre pena e com a tornozeleira eletrônica. Foto: BNews SP – Divulgação Reprodução/ Instagram

Segundo os advogados, o documento seria apenas um rascunho datado de fevereiro de 2024, anterior à instauração das medidas cautelares. Desde então, Bolsonaro compareceu a todos os atos exigidos, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmando que ambos teriam atuado de forma coordenada para pressionar ministros do STF e parlamentares. A investigação aponta que a articulação visava interferir no julgamento da ação penal e favorecer interesses próprios, como evitar condenações criminais.

Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, se manifestou nas redes sociais, criticando o indiciamento e afirmando que as conversas privadas entre ele, o pai e aliados não configuram crime. O relatório da PF aponta áudios e mensagens que evidenciam tentativas de intimidar autoridades, incluindo articulações com o pastor Silas Malafaia.

O julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe está marcado para começar em 2 de setembro no STF. Jair Bolsonaro e outros aliados respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Encontrado pela PF, O rascunho de pedido de asilo político tinha 33 páginas e indicava urgência na apreciação pelo presidente argentino Javier Milei. O documento apontava temor por perseguição política e prisão iminente. Metadados revelaram que o arquivo foi criado por um usuário identificado como “Fernanda Bolsonaro”, possivelmente a nora do ex-presidente.

Fonte: DCM

Polícia argentina cumpre mandados em escândalo de propina ligado à irmã de Javier Milei


Mandados em Buenos Aires envolvem a Agência Nacional de Deficiência e farmácia investigada; áudios citam Karina Milei em esquema de corrupção

      Javier e Karina Milei (Foto: Reuters/Agustin Marcarian)

A Polícia da Cidade de Buenos Aires realizou, nesta sexta-feira (22), 14 mandados de busca em meio às investigações sobre um esquema de propina que atinge pessoas próximas ao presidente da Argentina, Javier Milei. As informações foram divulgadas pelo jornal Clarín e pelo portal Metrópoles. Entre os alvos, está a secretária-geral da Presidência e irmã do chefe de Estado, Karina Milei.

As operações foram autorizadas pelo juiz federal Sebastián Casanello, a pedido do procurador Franco Picardi. Os agentes estiveram na sede da Agência Nacional de Deficiência (ANDIS), na farmácia Suizo Argentina e em residências de investigados. O caso ganhou força após o vazamento de áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-diretor da ANDIS, afastado na quinta-feira (21), nos quais ele detalha a existência de pagamentos ilegais envolvendo aliados de Milei.

◉ Operação e apreensões

Segundo fontes ligadas à investigação, os policiais recolheram quase US$ 200 mil em dinheiro vivo, além de computadores, documentos de compras e contratos. Parte do montante foi encontrada em envelopes dentro de um veículo ligado ao empresário Emmanuel Kovalivker, dono da farmácia Suizo Argentina.

Apesar da gravidade das suspeitas, até o momento não foram expedidos mandados de prisão. A prioridade, segundo o Ministério Público, é reunir provas como registros de licitação, contratos e dispositivos eletrônicos que possam confirmar a existência de um esquema estruturado de cobrança de propina no governo.

◉ Denúncias e acusados

A denúncia foi formalizada pelo advogado Gregorio Dalbón, representante da ex-presidente Cristina Kirchner. Além de Karina Milei, também são citados no processo o próprio presidente Javier Milei, o funcionário da Secretaria-Geral Eduardo “Lule” Menem, Spagnuolo e Kovalivker.

As acusações envolvem crimes como corrupção passiva, administração fraudulenta, associação ilícita e violação à Lei de Ética Pública. Até agora, a Casa Rosada não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

IBGE comprova queixa antiga das mulheres: faltam homens no Brasil; entenda

      Pessoas idosas. Foto: ilustração


Dados da PNAD Contínua 2024 do IBGE revelam que o Brasil possui apenas 92 homens para cada 100 mulheres, confirmando a queixa recorrente de mulheres acima de 40 anos sobre a escassez de parceiros. A diferença torna-se mais acentuada em faixas etárias avançadas: no Rio de Janeiro, entre pessoas com mais de 60 anos, há apenas 70 homens para cada 100 mulheres, enquanto em São Paulo a proporção é de 77 para 100.

O analista do IBGE William Kratochwill explicou o fenômeno: “Nascem mais homens do que mulheres, mas, ao longo da vida, os homens tendem a morrer mais cedo, sobretudo por mortes violentas e acidentes”. Já as mulheres têm maior longevidade “porque tendem a se cuidar mais”. O último Censo (2022) já mostrava 6 milhões de mulheres a mais na população brasileira.

As exceções são Tocantins (105,5 homens/100 mulheres) e Santa Catarina (100,9/100), onde atividades como agronegócio e mineração atraem mão de obra masculina. Globalmente, a tendência se repete: nascem 3% a 5% mais homens, mas a maior exposição masculina a riscos e menor cuidado com a saúde invertem a proporção na idade adulta.

O professor Paul Dolan, da London School of Economics, oferece uma perspectiva inusitada: “Mulheres solteiras e sem filhos tendem a ser mais felizes e saudáveis do que as casadas”. Segundo ele, homens beneficiam-se mais do casamento ao ganharem apoio emocional e cuidados, enquanto mulheres frequentemente acumulam sobrecarga de tarefas domésticas e profissionais.

Fonte: DCM

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Veja a lista dos 10 maiores doadores de Jair Bolsonaro, que recebeu R$ 44 milhões

O próprio partido do ex-mandatário, uma empresa de saúde e outra do agronegócio foram as três principais doadoras. Confira o ranking na íntegra

Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF (Foto: Reuters)

O PL foi o principal doador de recursos para Jair Bolsonaro (PL) no período de 1º de março de 2023 a 5 de junho de 2025. O partido transferiu R$ 1,1 milhão para as contas do ex-mandatário, que tenta conseguir mais dinheiro para possíveis investimentos em mobilizações e em deslocamentos, com o objetivo de ter mais apoio de políticos e da população no sentido de pressionar o Supremo Tribunal Federal a anistiar pessoas envolvidas em planos golpistas.

A Polícia Federal obteve a lista dos maiores doadores com base em números do Conselho do Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Bolsonaro recebeu cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas em pouco mais de dois anos, de grandes valores a transferências menores, por PIX. O ranking foi publicado nesta sexta-feira (22) no Portal Uol.

Atualmente, Bolsonaro é réu no inquérito da trama golpista, cumpre medidas cautelares e será julgado em 2 de setembro. A segunda maior doadora do ex-mandatário foi a Onco Star SP. A empresa do setor da saúde, da Rede D'Or São Luiz, do médico Jorge Moll Filho, transferiu R$ 50.000. Em terceiro lugar ficou Rogério Martins Berti, empresário do agronegócio, de SP (R$ 34.6 mil).

O quarto maior doador foi José Alves Filhos, sócio da farmacêutica Vitamedic, de GO (R$ 19.001,00). Na quinta posição apareceu Marcos C. de Oliveira Venda, com R$ 14.132,00. Ele é da empresa Shoppinteligente, varejista de material elétrico, de SP).

Na sexta colocação ficou José Luiz Calheiros de Albuquerque* (R$ 10,1 mil), seguido por Pedro R. Antunes Freitas* (R$ 9,9 mil), e por João Bosco Jofre* (de SP), com R$ 9.001,00.

Em novo lugar ficou Sérgio Cardoso de Almeida Neto (empresário do setor imobiliário, de SP). Ele transferiu R$ 4.900,00. Outro empresário - Sérgio Cardoso de Almeida Filho (do agronegócio, de SP) doou R$ 4.900,00.

Entenda

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em mais uma frente de investigação que revela a articulação da extrema direita contra a democracia. Segundo os investigadores, o pastor Silas Malafaia teria orientado a família Bolsonaro a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de anistia para envolvidos nas tentativas de golpe de Estado. Embora não figure como alvo formal do inquérito, o religioso tem se notabilizado nos últimos anos como um dos mais fiéis apoiadores de Jair Bolsonaro.

No processo que apura a tentativa de ruptura institucional, conduzido no STF, Jair Bolsonaro será julgado no próximo dia 2 de setembro. O ex-presidente encontra-se em prisão domiciliar e responde a medidas cautelares por risco de fuga e por tentativas de atrapalhar as investigações.

As apurações revelam ainda que Bolsonaro e seu filho mantêm interlocução direta com aliados do presidente norte-americano Donald Trump, em um movimento de interferência estrangeira contra o Brasil. Desses contatos resultaram medidas hostis contra o país: um tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos e a suspensão de vistos de ministros do STF para entrar em território norte-americano.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o plano golpista, tornou-se o principal alvo dessa ofensiva da extrema direita norte-americana. Além do aumento de tarifas e da suspensão de vistos, Washington anunciou a aplicação da chamada Lei Magnitsky contra o magistrado — instrumento criado em 2012 e ampliado em 2016 para permitir que os EUA imponham sanções unilaterais a cidadãos de outros países, sob acusação de corrupção ou violação de direitos humanos, mesmo sem decisão judicial.

Na prática, a medida determina o bloqueio de eventuais bens ou ativos financeiros do ministro em território norte-americano e proíbe que instituições financeiras dos EUA realizem transações em seu nome. A decisão, porém, foi recebida com desdém por Moraes, que afirmou a interlocutores que não possui qualquer patrimônio nos Estados Unidos.

As sanções impostas pelos EUA contra o Brasil e contra integrantes do Supremo reforçam a escalada de ataques da extrema direita internacional à soberania nacional e às instituições democráticas brasileiras. Ao mesmo tempo, evidenciam o alinhamento entre o bolsonarismo e o trumpismo em uma estratégia conjunta de desestabilização política e econômica.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Como a PF recuperou áudios apagados de Bolsonaro e Malafaia


O ex-presidente Jair Bolsonaro mandando áudio. Foto: reprodução

A perícia forense computacional tornou-se peça crucial nas investigações da Polícia Federal, como no inquérito sobre a tentativa de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As conversas do réu com familiares e aliados, reveladas no inquérito da PF, chamaram atenção para um detalhe técnico que costuma passar despercebido: o trabalho dos peritos digitais.

São esses especialistas que conseguem recuperar arquivos, mesmo depois de apagados, e transformar celulares, computadores e outros dispositivos em peças centrais para as investigações.

O funcionamento desse trabalho lembra as histórias de Sherlock Holmes, que unia matemática, química e lógica para solucionar mistérios. Hoje, os investigadores da era digital usam a perícia forense computacional para acessar dados em dispositivos eletrônicos, reconstituindo provas que muitas vezes os investigados acreditam ter eliminado.

Quando um mandado de busca e apreensão é cumprido, os agentes coletam computadores, celulares, pen drives e outros aparelhos. Diferente da imagem antiga de policiais passando noites em frente ao computador, hoje o processo conta com equipamentos sofisticados, fornecidos por empresas de países como Israel e Canadá.

Esses sistemas permitem copiar todo o conteúdo de um dispositivo, criando uma “imagem” digital idêntica ao original. É como uma ressonância magnética: todos os arquivos, de fotos a documentos, ficam preservados para posterior análise.


Uma das maiores curiosidades é sobre a possibilidade de recuperar dados apagados. O mito de que deletar significa destruir completamente um arquivo já foi derrubado há tempos. Em geral, quando algo é excluído, o documento não desaparece imediatamente: ele vai para a lixeira e só é substituído quando novos dados ocupam aquele espaço.

Softwares especializados conseguem reunir fragmentos e reconstruir arquivos, como se fosse uma colagem de papéis rasgados. Essa técnica é fundamental em casos de corrupção, fraudes ou, como no atual inquérito, na investigação de ataques ao Estado Democrático de Direito.

A criptografia do WhatsApp também gerou dúvidas, já que mensagens de áudio atribuídas a Bolsonaro e ao pastor Silas Malafaia apareceram na investigação. O aplicativo realmente utiliza criptografia de ponta a ponta durante a transmissão, o que significa que o conteúdo só pode ser lido no celular do remetente e no do destinatário, nem mesmo funcionários da empresa têm acesso. No entanto, a partir do momento em que a mensagem chega ao aparelho de destino, ela passa a estar sujeita às condições de armazenamento.

Foi esse ponto que permitiu à PF acessar conversas de investigados. Malafaia, por exemplo, afirmou ter entregado não só o celular, mas também a senha, o que facilitou a extração dos dados. Para usuários comuns, isso pode ser apenas um detalhe, mas em investigações de grande porte essa diferença é determinante.

Autoridades internacionais, bilionários e executivos de grandes empresas geralmente adotam medidas extras, como a criptografia do armazenamento em várias camadas, para proteger segredos comerciais ou informações sensíveis. No entanto, a PF não encontrou indícios de práticas avançadas desse tipo no material apreendido no caso de Bolsonaro e seus aliados.

Fonte: DCM

Preço da cesta básica cai em 15 das 27 capitais, mostra pesquisa


       Pacotes de arroz em supermercado. Foto: Reprodução

O preço da cesta básica registrou queda em 15 das 27 capitais brasileiras em julho, enquanto 12 cidades tiveram alta, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada pelo Dieese em parceria com a Conab. Esta foi a primeira vez que o levantamento contemplou todas as capitais e o Distrito Federal e não apenas 17 municípios.

As reduções mais expressivas ocorreram em Florianópolis (-2,6%), Curitiba (-2,4%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Campo Grande (-2,1%). Já as maiores altas foram registradas em capitais do Nordeste, como Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%) e João Pessoa (1,8%).

Apesar das variações, São Paulo continua liderando o ranking da cesta básica mais cara, com custo de R$ 865,90. Na sequência aparecem Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48). Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74) e Salvador (R$ 635,08).

A comparação entre julho de 2024 e julho de 2025 mostrou aumento em todas as 17 capitais que já participavam da pesquisa, com variação de 2% em Belém até 19,5% em Recife. No acumulado de 2025 até julho, também houve alta em todas as cidades analisadas, de 0,3% em Goiânia a 11,4% em Recife.

Compras em supermercado. Foto: Reprodução

Com base na cesta mais cara, em São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal em julho deveria ser de R$ 7.274,43 para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas. Esse valor equivale a 4,79 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 1.518. Atualmente, um trabalhador que recebe o piso nacional comprometeu 50,9% da renda líquida para adquirir a cesta básica.

Entre os produtos analisados, arroz, feijão e café tiveram quedas em várias capitais. O arroz caiu até 7,1% em Porto Velho, enquanto o feijão apresentou retração em 24 cidades, com destaque para Vitória (-6,9%) e Florianópolis (-5,2%). O café em pó recuou em 21 capitais, como Belo Horizonte (-8,1%).

Já a carne bovina de primeira teve comportamento misto: alta em 11 capitais, como Boa Vista (2%) e Salvador (1,8%), e queda em 16, sendo a maior em Belém (-2,9%). O Dieese destacou que a demanda externa continua forte, mas o ritmo mais lento de abate e as tarifas de 50% dos EUA sobre a carne brasileira têm impactado os preços no mercado interno.

Fonte: DCM

“Bateu de cara no chão”: filho de Zambelli se desespera e pede direitos humanos para a mãe

 

Carla e João Zambelli. Foto: reprodução
João Zambelli, filho da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), divulgou um vídeo falando sobre os supostos problemas de saúde que estariam afetando a mãe, presa na Itália desde 29 de julho. Ele confirmou que a bolsonarista desmaiou durante uma audiência judicial: “Sim, foi verdade: ela caiu, desmaiou e bateu de cara no chão”. João listou síndromes e doenças crônicas não especificadas que complicam a permanência dela no sistema prisional italiano.

O jovem comparou a situação ao caso do ex-deputado Daniel Silveira, preso no Brasil: “Minha preocupação é minha mãe passar pelo que Daniel Silveira está passando. Tortura, coação, difamação e todo tipo de injustiça”. Zambelli enfatizou que a prioridade é o bem-estar da deputada, mas evitou detalhar quais condições médicas específicas ela teria, mencionando apenas “doenças e síndromes” não identificadas.

A defesa de Carla Zambelli já havia contratado o psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro, conhecido por atuar em casos high-profile como os de Suzane von Richthofen e Flordelis, para embasar pedidos de prisão domiciliar. A estratégia jurídica alega fragilidade na saúde mental e física da parlamentar, tanto para evitar a extradição quanto para contestar processos no Brasil.

Fonte: DCM

Mensagens mostram como Bolsonaro tentou salvar mandato de Eduardo; veja


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, seu filho. Foto: Reprodução

A Polícia Federal encontrou diálogos do ex-presidente Jair Bolsonaro em que conversa com aliados para tentar estender a licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em março. Ele enviou áudios para o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, e para um assessor do próprio filho.

“Ô Gordo, me acha no regimento de vocês aí a licença por até quatro meses. Tira uma fotografia e manda pra mim. Eu quero preparar aqui, botar uma vírgula, para poder ser prorrogado por mais um período. Tá ok?”, diz a transcrição do áudio. Na sequência, o assessor envia a imagem de um documento a Bolsonaro.

Jair Bolsonaro pede para que assessor de Eduardo busque formas de prorrogar licença do deputado. Foto: Reprodução
Em outro diálogo, ele manda um áudio ao líder do PL na Câmara: “Sóstenes, abusando da tua boa vontade aí, vê se a gente pode nesse dispositivo aí do regimento interno ir prorrogando por igual período, mais quatro meses. Vê se é possível aí”.

Mensagem do ex-presidente Jair Bolsonaro a Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara. Foto: Reprodução/GloboNews

O parlamentar então promete conversar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a possibilidade. Os diálogos ocorreram em 1º de julho e a articulação visava garantir que Eduardo voltasse ao Brasil com um mandato na Câmara para evitar complicações com a Justiça.

Bolsonaro vinha estudando formas de manter o cargo do filho desde junho. Segundo a CNN Brasil, ele já havia citado a possibilidade de “recuperar o mandato dele e ficar fora do Brasil” em uma mensagem a assessores.

No dia 5 daquele mês, ele ainda encaminhou para Eduardo e outros 47 deputados federais uma mensagem pedindo apoio a um projeto, de Evair Vieira de Melo (PP-ES), que modifica o Regimento Interno da Câmara dos Deputados e permite que deputados possam exercer os cargos fora do país, sem perder os mandatos.

As mensagens fazem parte do inquérito da Polícia Federal que motivou o indiciamento de Jair e Eduardo na última quarta (20). Eles são acusados de tentar interferir no julgamento da trama golpista.

Fonte: DCM