segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Bolsonaro vai acompanhar julgamento no STF? Entenda obstáculos


Jair Bolsonaro assiste a julgamento no STF ao lado de seu advogado, Celso Vilardi, em março. Foto: Antônio Augusto/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro avalia, junto a aliados e advogados, se comparecerá presencialmente ao julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar em 2 de setembro. Ele confidenciou a pessoas próximas que gostaria de estar na corte em algumas sessões, como forma de encarar os ministros que considera seus algozes, segundo a Folha de S.Paulo.

A decisão ainda depende de cálculos políticos, da orientação da defesa e de sua condição de saúde. A presença de Bolsonaro na Corte é vista por aliados como uma estratégia para demonstrar força em um processo que pode condená-lo a mais de 40 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A ideia, segundo esse grupo, não seria acompanhar todo o julgamento, que deve durar duas semanas, mas marcar presença no primeiro e no último dia. Como está em prisão domiciliar, ele precisaria de autorização do relator Alexandre de Moraes para comparecer.

A saúde de Bolsonaro preocupa. Segundo relatos, ele tem enfrentado crises de soluço acompanhadas de vômitos, o que poderia dificultar sua permanência em sessões longas do STF. O boletim médico mais recente apontou tratamento para hipertensão, refluxo e medidas preventivas contra broncoaspiração. Essas questões têm pesado na decisão final.

A experiência de março, quando Bolsonaro surpreendeu ao comparecer à sessão em que o tribunal recebeu a denúncia contra ele, também serve de parâmetro. Na ocasião, ele se sentou na primeira fila e, dias depois, se tornou réu no processo.

Jair Bolsonaro durante julgamento da denúncia da PGR sobre a trama golpista no Supremo, em março. Foto: Antonio Augusto/STF

O gesto foi comparado à estratégia de Donald Trump nos Estados Unidos, que se apresentou pessoalmente em julgamentos penais, onde a presença é obrigatória. No Brasil, essa decisão é opcional.

Caso não vá ao Supremo, Bolsonaro assistirá às sessões de casa, em sua prisão domiciliar em Brasília, onde vive com Michelle Bolsonaro, a filha Laura e a enteada Letícia. Seus filhos têm livre acesso ao local, e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) costuma visitá-lo diariamente.

Pessoas próximas relatam que o ex-presidente está irritado, sente-se injustiçado e vive dias de tensão crescente à medida que se aproxima a data do julgamento.

As visitas à residência estão restritas a uma por dia e precisam de autorização de Moraes. Apenas familiares diretos podem entrar sem solicitação prévia. O ex-presidente tem tentado conversar com lideranças do PL, como Valdemar Costa Neto e Sóstenes Cavalcante, mas aliados reclamam da demora nas respostas do ministro a esses pedidos.

O cenário se agrava com o indiciamento recente do ex-presidente e de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pela Polícia Federal, sob suspeita de obstrução do julgamento. O relatório trouxe à tona mensagens entre os dois e o pastor Silas Malafaia, expondo discussões e xingamentos.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

A surpresa e a decepção da nova convocação da Seleção Brasileira; veja lista

Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira. Foto: CBF

O técnico Carlo Ancelotti anunciou nesta segunda (25) a convocação da Seleção Brasileira para os dois últimos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O Brasil, já classificado e ocupando a terceira colocação com 25 pontos, terá os confrontos contra o Chile, no dia 4 de setembro no Maracanã, e contra a Bolívia, no dia 9 em El Alto.

A principal novidade é o retorno de Lucas Paquetá, enquanto Neymar ficou fora da lista. Ancelotti explicou que a escolha foi motivada por um desejo de analisá-lo melhor em campo. “Está na lista porque não o conheço, e quero conhecer. Tem muita qualidade técnica, pode jogar em diferentes posições. Quero aproveitar esse tempo para conhecê-lo melhor”, afirmou.

Sobre Neymar, o treinador disse que a ausência não é motivo de preocupação. “Todo mundo conhece. Ele precisa chegar em boa condição física para ajudar a seleção e tentar fazer o melhor na Copa do Mundo”, prosseguiu.

A lista reúne nomes já consolidados, como Alisson, Marquinhos, Casemiro e Raphinha, além de jovens apostas, como Estêvão, de apenas 17 anos, e João Pedro. A convocação reforça a mescla entre experiência e renovação que Ancelotti vem buscando desde que assumiu o comando da equipe.

Veja os convocados:

     ● Goleiros: Alisson, Bento, Hugo Souza;
   ●Defensores: Alexsandro Ribeiro, Alex Sandro, Caio Henrique, Douglas Santos, Fabrício Bruno, Gabriel Magalhães, Marquinhos, Vanderson, Wesley;
   ●Meias: Andrey Santos, Bruno Guimarães, Casemiro, Joelinton, Lucas Paquetá;
   ●Atacantes: Estêvão, Gabriel Martinelli, João Pedro, Kaio Jorge, Luis Henrique, Matheus Cunha, Raphinha, Richarlison.

Fonte: DCM

Governo Lula contrata escritório nos EUA para tentar barrar sanções impostas por Trump

AGU busca apoio jurídico internacional para contestar tarifas de 50% e punições aplicadas a autoridades brasileiras

      Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

A Advocacia-Geral da União (AGU) está em processo de contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos com o objetivo de tentar reverter as sanções aplicadas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entre as medidas adotadas pela Casa Branca, estão tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e punições a autoridades nacionais com base na Lei Magnitsky, que prevê restrições financeiras e de circulação contra indivíduos acusados de violações graves de direitos humanos e corrupção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a AGU, o escritório estadunidense terá a missão de atuar “administrativa e judicialmente em defesa do Estado brasileiro”, tanto em cortes dos EUA quanto em negociações extrajudiciais junto à administração federal. A iniciativa surge em meio ao agravamento das tensões entre Brasília e Washington.

O governo brasileiro avalia que as medidas de Trump foram incentivadas por pressões políticas, especialmente a partir da atuação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem dialogado diretamente com parlamentares e integrantes da Casa Branca. O objetivo seria influenciar a imposição de sanções contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF), vinculadas ao processo que investiga Jair Bolsonaro por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.

O lobby, prática legalizada nos Estados Unidos, permite que grupos de interesse busquem influenciar decisões governamentais. Apesar disso, a AGU nega que a contratação de advogados esteja relacionada a esse tipo de atuação, reforçando que a defesa será conduzida apenas no campo jurídico.

A contratação do escritório internacional foi bem recebida por setores empresariais brasileiros, que vêm debatendo com o governo formas de atenuar os impactos das tarifas impostas por Trump. Sem um canal de diálogo efetivo entre os dois governos, a solução jurídica foi vista como uma saída estratégica para proteger o comércio exterior e conter prejuízos bilionários.

No dia 15 de julho, pouco depois de Donald Trump anunciar as tarifas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a AGU publicou uma portaria no Diário Oficial da União estabelecendo regras para a contratação de especialistas no exterior. O documento, assinado pelo ministro Jorge Messias, criou um mecanismo para agilizar a escolha de escritórios estrangeiros com notória especialização e reconhecida experiência em disputas internacionais.

Além das tarifas comerciais, ministros do STF e outras autoridades brasileiras foram alvo direto das medidas de Trump. O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, sofreu sanções financeiras com base na Lei Magnitsky e teve sua entrada barrada nos Estados Unidos. Apesar disso, Moraes afirmou que não pretende recorrer da decisão no país norte-americano. Caso mude de posição, poderá contar com o suporte do escritório a ser contratado pela AGU.

A legislação brasileira permite que a AGU dispense licitação em casos de contratação de advogados no exterior, desde que haja comprovação de especialização. Para gerir esse processo, foi criada a Comissão de Seleção de Advogado ou Especialista para Defesa da República no Exterior (Cadex), que analisa propostas e histórico profissional antes da formalização do contrato.

Ainda de acordo com a reportagem, o contrato ainda está em fase final de ajustes, e detalhes sobre valores ou prazos não foram divulgados oficialmente. A expectativa é que a AGU anuncie a contratação nos próximos dias.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Valdemar Costa Neto diz que minuta de asilo foi "mandada" a Bolsonaro, mas evita identificar autor

Polícia Federal localizou a minuta no aparelho apreendido com Jair Bolsonaro e incluiu o material no relatório que embasou o indiciamento

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Bolsonaro (Foto: Reprodução | REUTERS/Adriano Machado)

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse durante evento do ESfera Brasil, nesta segunda-feira (25), em São Paulo, que a minuta de um pedido de asilo político à Argentina “foi enviada” a Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Metrópoles, Valdemar confirmou que sabe quem encaminhou o texto, mas preferiu não identificar o autor. A Polícia Federal (PF) encontrou a minuta no celular de Bolsonaro, apreendido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e incluiu o material no relatório que fundamentou o indiciamento do ex-mandatário na semana passada

“Mandaram para ele, agora que eu entendi”. Em seguida, acrescentou: “Eu sei quem foi mas não quero falar. Mandaram para ele no celular. Não foi ele, porque ele nunca quis ir para lá, e se ele for para lá, ele não precisa pedir asilo, é só atravessar um rio que o Milei [presidente da Argentina, Javier Milei] vai falar Bolsonaro”, disse Valdemar.

A minuta do pedido de asilo aparece, segundo a PF, como um rascunho salvo no aparelho de Bolsonaro em fevereiro de 2024, poucos dias após a deflagração de uma operação enquanto ele estava em Angra dos Reis (RJ). No texto, Bolsonaro afirma ser alvo de perseguição no Brasil “por motivos e por delitos essencialmente políticos” e cita medidas cautelares determinadas pelo STF.

Valdemar ainda comparou o ex-mandatário a Che Guevara, uma figura histórica da esquerda latino-americana. “Estão transformando o Bolsonaro em um Che Guevara. O que eu quero dizer, não com o que o Che Guevara fez, porque ele era de esquerda, mas no prestígio que ele tinha. Porque ele tinha um carisma tão grande que o Fidel teve que ficar livre dele em Cuba, porque ele atrapalhava a vida do Fidel”, afirmou.

No plano jurídico, a PF indiciou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio de restrição ao exercício dos poderes constitucionais. As conclusões integram o inquérito atrelado à Ação Penal 2668, que apura uma tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. Após o indiciamento, caberá à Procuradoria-Geral da República analisar o relatório policial e decidir sobre eventual denúncia.

O contexto internacional também foi mencionado no noticiário. As medidas ocorreram em meio a sanções dos Estados Unidos a autoridades brasileiras e a manifestações do governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que classificou as ações contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas”.

As declarações de Valdemar repercutiram entre políticos presentes ao Esfera Brasil. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, reconheceu a força eleitoral de Bolsonaro e disse que ele “conquistou” um peso que pode ser decisivo nas definições do primeiro turno. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como possível herdeiro do campo bolsonarista em 2026, evitou citar diretamente o aliado e apresentou um slogan que projeta um eventual programa de governo, remetendo ao legado desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lindbergh aciona PGR contra ataques do bolsonarismo ao Banco do Brasil: “ofensiva criminosa”

“Quem ataca o BB ataca o povo e a soberania nacional”, disse o deputado

Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), denunciou uma campanha orquestrada de desinformação contra o Banco do Brasil. Em publicação nesta segunda-feira (25), o parlamentar classificou a ofensiva bolsonarista como uma tentativa criminosa de sabotar a confiança na instituição financeira.

Segundo Farias, o ataque ao Banco do Brasil vai além da disputa política. “Essa ofensiva não é política, é criminosa. Querem gerar caos, pânico e desordem, abrindo caminho para mais instabilidade e chantagem contra o Estado brasileiro. É crime grave contra o sistema financeiro nacional e cabe prisão preventiva para conter a escalada e garantir a ordem econômica”, afirmou.

◆ Representação à PGR

O parlamentar anunciou que apresentará uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os responsáveis pela difusão das informações falsas. A medida terá como base o artigo 3º da Lei 7.492/86, que criminaliza a divulgação de informações falsas ou prejudicialmente incompletas sobre instituições financeiras, com pena de reclusão de dois a seis anos, além de multa.

Farias reforçou que o Banco do Brasil é “coluna vertebral do país” ao garantir crédito agrícola no Plano Safra, apoiar pequenas empresas, financiar exportações, executar políticas públicas e assegurar estabilidade financeira em tempos de crise. “Quem ataca o BB ataca o povo e a soberania nacional”, destacou.

◆ Ofensiva contra o Banco do Brasil

O contexto da denúncia envolve uma onda de fake news que circula em grupos bolsonaristas. O Banco do Brasil identificou uma ação coordenada para espalhar boatos e incentivar correntistas a retirar recursos em massa, em manobra semelhante às chamadas corridas bancárias. Entre os boatos, circulam alegações de que a instituição seria alvo de sanções internacionais e poderia ser desligada do sistema Swift, o que gerou preocupação entre clientes.

Em vídeo disseminado nas redes, o advogado Jeffrey Chiquini chegou a recomendar que correntistas retirassem imediatamente seus recursos, alegando sem provas que o banco seria “sancionado pela Lei Magnitsky e desligado do sistema Swift global”.

◆ Reação oficial do Banco do Brasil

Diante da escalada da desinformação, o Banco do Brasil reagiu em nota oficial. A instituição assegurou que cumpre integralmente as normas nacionais e internacionais e destacou sua experiência de mais de oito décadas em operações no exterior.

“Declarações enganosas ou inverídicas que tenham como objetivo prejudicar a imagem do Banco do Brasil não serão toleradas”, afirmou o comunicado. O banco ainda alertou à Advocacia-Geral da União (AGU) que a campanha de fake news ameaça o Estado de direito, a segurança jurídica e a estabilidade econômica do país.

 

Fonte: Brasil 247

Após ação da PF, Malafaia envia vídeos aos EUA acusando Moraes de 'perseguição religiosa'

Pastor bolsonarista afirma ter encaminhado quatro gravações dubladas em inglês para denunciar ações do ministro do STF

      Silas Malafaia (Foto: Abr)

O pastor bolsonarista Silas Malafaia declarou que gravou e enviou às autoridades dos Estados Unidos quatro vídeos dublados em inglês, nos quais acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de promover perseguição religiosa. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Malafaia também comparou a atuação da Polícia Federal (PF) a uma “gestapo”, em referência à polícia política do regime nazista.

O pastor-empresário foi alvo de uma operação da PF na semana passada, determinada por Moraes, que incluiu a apreensão de seu celular, a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, além do cancelamento de seus passaportes e a proibição de contato com Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

No despacho que autorizou a operação, Moraes afirmou que existem “fortes indícios de participação” de Malafaia em tentativas de atrapalhar investigações envolvendo Jair Bolsonaro e seus aliados. Segundo o ministro, o pastor teria articulado estratégias com representantes do governo dos EUA para pressionar a cúpula do Judiciário brasileiro.

Em sua defesa, Malafaia afirma que o bloqueio de seus passaportes e a apreensão de cadernos com anotações teológicas representam ataques diretos à sua fé e ao livre exercício de sua atividade religiosa. “Passei a ser vítima de uma farsa, de pura perseguição. Quando apreendem material teológico, estão mexendo na minha ferramenta de trabalho religioso. Quando apreendem meu passaporte, impedem minha missão pastoral, inclusive um casamento que celebrarei em Boston, no fim de setembro”, declarou.

O pastor disse, ainda, que os vídeos enviados às autoridades estadunidenses têm o objetivo de “mostrar a perseguição que líderes religiosos estão sofrendo no Brasil”. Ele também acusou Moraes de permitir a divulgação de conversas privadas mantidas com Jair e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “O vazamento é crime e vou exigir medidas contra os responsáveis”, afirmou.

De acordo com a Polícia Federal, Malafaia teria atuado como orientador e auxiliar da família Bolsonaro em estratégias para pressionar o Congresso e o Supremo a concederem anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A PF aponta que a finalidade dessas ações seria interferir diretamente no julgamento da ação penal em que Jair Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado no Brasil.

Ainda de acordo com a reportagem, as gravações feitas por Malafaia devem ser publicadas em suas redes sociais nesta segunda-feira (25).

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Itamaraty formaliza à Itália pedido de extradição de ex-assessor de Alexandre de Moraes

Documento enviado pelo governo brasileiro pede a extradição de Eduardo Tagliaferro, acusado pela PGR de crimes contra o Estado Democrático de Direito

     (Foto: Reprodução/Facebook)

O Ministério das Relações Exteriores encaminhou nesta segunda-feira (25) ao governo da Itália o pedido oficial de extradição de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a embaixada brasileira em Roma protocolou a solicitação por meio de nota verbal junto à Farnesina, o Ministério dos Assuntos Exteriores italiano.

O pedido teve origem em uma solicitação de Moraes, enviada ao Ministério da Justiça, que repassou o documento ao Itamaraty para formalização. Tagliaferro, que atualmente vive na Itália — o mesmo destino escolhido pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao fugir do Brasil — prepara ainda uma denúncia contra Moraes para apresentar ao Parlamento Europeu.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Tagliaferro de uma série de crimes, entre eles violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigações de infração penal envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com a denúncia, segundo a reportagem, o ex-assessor teria repassado informações sigilosas obtidas durante o período em que atuou ao lado de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a PGR, esses vazamentos tinham como objetivo dificultar investigações e beneficiar interesses próprios e de terceiros.

Em abril deste ano, a Polícia Federal indiciou Tagliaferro pela divulgação de conversas privadas de Moraes com servidores do TSE e do STF, consideradas pela investigação como violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública.

Nas redes sociais, Tagliaferro tem reforçado o discurso de perseguição política. Em postagem feita no fim de julho, afirmou que revelaria os “bastidores” do gabinete de Moraes. “Tenho bastante coisa contra o ministro, que destruiu minha vida e de várias pessoas”. disse. O ex-assessor conta com apoio de grupos ligados a Jair Bolsonaro (PL) e se alinha a vozes que questionam decisões de Moraes, apontando supostos abusos do magistrado.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a permanência de Tagliaferro na Itália faz parte de uma estratégia articulada por investigados que deixaram o Brasil para fortalecer ataques contra o trabalho das autoridades. Para Gonet, a conduta de Tagliaferro deixa claro seu alinhamento com uma organização criminosa cujo objetivo é “potencializar reações ofensivas contra o legítimo trabalho das autoridades brasileiras responsáveis pelas investigações e ações penais que seguem em curso regular”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trama golpista: Moraes abre prazo para alegações finais de kids pretos

Réus respondem por crimes como golpe de Estado e organização criminosa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo para que acusação e defesas apresentem as alegações finais na ação penal que tem como alvo o chamado Núcleo 3 de uma trama golpista cujo objetivo seria manter o ex-presidente Jair Bolsonaro ilegalmente no poder.

O grupo é formado por um policial federal e nove militares que teriam participado do planejamento de operações para consumar o golpe, todos integrantes ou ex-integrantes das Forças Especiais do Exército, cujos membros são conhecidos como kids pretos, numa referência à tradicional farda com a boina na cor preta.

Todos respondem por cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), os integrantes desse núcleo seriam responsáveis por executar planos golpistas, entre os quais o plano Punhal Verde e Amarelo, que segundo a acusação teria o objetivo de assassinar o próprio Moraes, em novembro de 2022, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin.

A parte das alegações finais é uma das últimas etapas antes do julgamento final da ação penal. Ao intimar acusação e defesa, Moraes declarou encerrada a instrução processual do caso. Isso quer dizer que todos os testemunhos foram dados e todas as providas produzidas.

Nas alegações finais, tanto acusação e defesa têm a oportunidade de apresentar as versões finais sobre os fatos investigados. O prazo legal é de 15 dias para a acusação, seguido por mais 15 dias para as defesas.

Após essa etapa, caberá a Moraes, como relator, elaborar seu voto e liberar o processo para julgamento pela Primeira Turma, composta por cinco ministros: além do próprio relator, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Uma vez liberada a ação penal, não há prazo determinado para que o julgamento seja marcado. (Com informações do Brasil 247 com Agência Brasil)

Saiba quem são os réus do Núcleo 3:


Bernardo Romão Correa Netto (coronel);

Estevam  Theophilo (general);

Fabrício Moreira de Bastos (coronel);

Hélio Ferreira (tenente-coronel);

Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);

Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);

Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);

Wladimir Matos Soares (policial federal).
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil




Moraes solicita manifestação da PGR sobre reforço policial na casa de Bolsonaro

STF pede parecer sobre necessidade de intensificar segurança diante de risco de fuga do ex-mandatário

         Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie, em até cinco dias, sobre o pedido de reforço policial na residência de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a CNN Brasil, a solicitação chegou ao STF por meio da Polícia Federal (PF), em documento assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues. O pedido foi elaborado após requerimento do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que apontou a necessidade de intensificar a vigilância em torno do endereço de Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.

No ofício, a PF destacou a urgência do reforço no policiamento ostensivo e discreto na casa do ex-presidente, além da manutenção e checagem constante do sistema de monitoramento eletrônico. A corporação apontou como risco concreto a possibilidade de Bolsonaro tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos de sua residência em Brasília, com o objetivo de solicitar asilo político.

Segundo a PF, “tal circunstância poderia frustrar o cumprimento da ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal”, razão pela qual recomendou a ampliação imediata da segurança.

Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, monitorado por tornozeleira eletrônica. O ex-mandatário só pode receber visitas de familiares e advogados, sendo necessária autorização judicial para encontros com outras pessoas. O despacho de Alexandre de Moraes foi publicado no âmbito da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, na qual Bolsonaro é acusado de participação ativa.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lupi diz querer depor na CPMI do INSS: "estou à disposição"

Primeiro encontro da CPMI está marcado para esta terça-feira (26), quando serão analisados requerimentos de convites e convocações

      Carlos Lupi (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (25) que está disposto a comparecer de imediato à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Estou à disposição”, disse Lupi à CNN Brasil.

O também presidente nacional do PDT contou ter solicitado à senadora Leila Barros (PDT-DF) que levasse à comissão sua manifestação de interesse em colaborar com as investigações desde o início. “Quero prestar esclarecimentos”, afirmou. O primeiro encontro da CPMI está marcado para esta terça-feira (26), quando serão analisados requerimentos de convites e convocações. No caso do ex-ministro, governistas devem trabalhar para que seu comparecimento seja feito por convite, e não por convocação, uma vez que ele já sinalizou voluntariamente sua presença.

Lupi também comentou o cenário político que se desenha em torno da comissão. Ele demonstrou apreensão com a vitória da oposição, que conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da CPMI e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator. Segundo o ex-ministro, a condução das apurações não deveria ser contaminada por interesses eleitorais. “Estão transformando [a crise do INSS] em debate de disputa eleitoral. E isso não é bom para a apuração dos fatos”, declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

PDT critica pesquisa da Quaest sem Requião Filho na disputa pelo governo do PR

Sem o pré-candidato do PDT, pesquisa da Quaest no Paraná coloca Sergio Moro como favorito

     Requião Filho (Foto: Eduardo Matysiak)

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, apresentou uma queixa ao diretor-geral do instituto de pesquisas Quaest, que divulgou um levantamento sem incluir o nome de Requião Filho, pré-candidato do partido ao governo do Paraná.

O senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR) foi apontado como o favorito na disputa pelo governo estadual, de acordo com a pesquisa divulgada na última sexta-feira (22). Segundo o levantamento, Moro tem 38% das intenções de voto, contra 8% de Paulo Eduardo Martins (Novo), 7% de Enio Verri (PT) e 6% de Guto Silva (PSD). A pesquisa mostra que 28% dos entrevistados votariam em branco ou nulo, enquanto 13% não souberam responder.

Contudo, o levantamento não contou com o nome de Requião Filho, o que, segundo o PDT, gerou uma distorção nos resultados. "O PDT garantirá a sua pré-candidatura ao Governo e solicito que seu nome figure nas futuras pesquisas de intenção de voto para verificação dos cenários majoritários", reforçou Lupi na nota.

O PDT realizará um encontro na sexta-feira (29), com a presença de Lupi, em Curitiba-PR.

Fonte: Brasil 247

STF deve manter prisão domiciliar de Bolsonaro até o fim do julgamento

Às vésperas do julgamento na Primeira Turma, avaliação no STF é que não haverá novas medidas contra o ex-mandatário; sessões começam em 2 de setembro

       Jair Bolsonaro à mesa (Foto: Carlos Moura / Ag. Senado)

A uma semana do início do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa predominante na Corte é de manutenção do atual quadro, sem novas medidas cautelares. Bolsonaro, contudo, deve permanecer em prisão domiciliar até a conclusão do julgamento.

Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, ministros e assessores próximos entendem que não faria sentido agravar a situação do ex-mandatário neste momento processual, quando a ação penal do chamado “núcleo crucial” — apontado como responsável pelo planejamento de uma tentativa de golpe de Estado — se aproxima da fase de deliberação. Após o parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, caberá ao relator Alexandre de Moraes proferir a decisão nos pontos sob sua relatoria.

No plano jurídico imediato, a defesa de Bolsonaro apresentou novos esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes e reforçou o pedido para revogar a prisão domiciliar. O primeiro requerimento ainda não foi apreciado pelo relator. De acordo com a reportagem, a expectativa interna é que o regime domiciliar seja mantido pelo menos até o desfecho do julgamento do núcleo central do caso.

O calendário definido pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, prevê o início do julgamento em 2 de setembro, com sessões também reservadas para os dias 3, 9, 10 e 12 do mesmo mês. A pauta reúne Bolsonaro e outros sete réus. A sinalização de que não haverá um recrudescimento de medidas antes da deliberação colegiada é lida, nos bastidores, como tentativa de preservar o rito e evitar contestações sobre suposto endurecimento cautelar às vésperas do julgamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Focus: mercado corta projeções de inflação para 2025, 2026 e 2027; veja números


     Banco Central do Brasil. Foto: Reprodução

O mercado financeiro voltou a reduzir as projeções de inflação para os próximos anos, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (25). Para 2025, a expectativa de alta de preços caiu pela 13ª semana consecutiva. Também houve revisão para baixo nas estimativas de 2026 e 2027.

De acordo com os dados, a previsão da inflação para 2025 passou de 4,95% para 4,86%. Para 2026, caiu de 4,40% para 4,33% e, em 2027, de 4% para 3,97%. Já a projeção para 2028 permanece em 3,80%.

☆ Inflação ainda acima da meta

Apesar do recuo, a inflação segue pressionada. Em julho, o índice avançou 0,26%, acumulando 5,23% em 12 meses, acima do teto da meta. Em junho, o acumulado havia chegado a 5,35%, registrando o primeiro estouro desde a adoção do regime de meta contínua, que avalia o cumprimento mês a mês.

Se o índice permanecer acima do limite fixado por seis meses consecutivos, o Banco Central considera a meta descumprida.

Cédulas de 50 e 100 reais

Cédulas de R$ 50 e R$ 100. Foto: Reprodução

☆ PIB em desaceleração

O Focus também revisou para baixo a expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2025, que passou de 2,21% para 2,18%. Para 2026, a projeção caiu de 1,87% para 1,86%, enquanto 2027 e 2028 seguem estimados em 1,87% e 2%, respectivamente.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, com destaque para o agronegócio. Já no primeiro trimestre de 2025, o PIB avançou 1,4%, mas a expectativa do Ministério da Fazenda é de expansão de 2,5% neste ano, enquanto o BC projeta 2,1%.

☆ Expectativa de juros segue estável

Na política monetária, o mercado manteve, pela nona semana seguida, a projeção da Selic em 15% ao ano para 2025, após a decisão do Copom, em julho, de interromper o ciclo de altas.

Para os anos seguintes, as expectativas permanecem:

  • 2026: 12,50% ao ano;
  • 2027: 10,50% ao ano;
  • 2028: 10% ao ano.
A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 16 e 17 de setembro.

Fonte: DCM

Janja intensifica agenda com mulheres evangélicas em Brasília

Primeira-dama se reúne nesta segunda (25) em Ceilândia com integrantes da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito

          Primeira-dama Janja Lula Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A primeira-dama Rosângela da Silva segue empenhada em fortalecer o diálogo do governo Lula (PT) com lideranças religiosas. Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, ela tem novo encontro marcado com mulheres evangélicas nesta segunda-feira (25), em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal.

O compromisso será com integrantes da “Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito”, grupo com o qual Janja já manteve reuniões em diferentes cidades do país. A agenda faz parte de uma série de encontros promovidos pela esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com lideranças femininas evangélicas, buscando ampliar a interlocução entre o governo federal e esse segmento religioso.

◎ Reuniões anteriores em Salvador e no Rio de Janeiro

Na última semana, Janja participou de um encontro com mulheres evangélicas na Igreja Batista Adonai, localizada no bairro de Cazajeiras, em Salvador (BA). Na ocasião, esteve acompanhada da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), e da primeira-dama da Bahia, Tatiana Velloso.

Antes disso, em julho, a primeira-dama já havia realizado atividade semelhante no Rio de Janeiro, também ao lado de Anielle Franco. Nessas agendas, o objetivo tem sido criar espaços de escuta e aproximação com lideranças femininas ligadas a diferentes denominações evangélicas.

◎ Estratégia de aproximação

As reuniões têm caráter político e social, uma vez que os evangélicos compõem parcela significativa da população brasileira e exercem forte influência no cenário político. A iniciativa da primeira-dama busca reduzir resistências e abrir canais de diálogo com grupos que historicamente demonstram distanciamento em relação ao governo Lula.

O encontro desta segunda-feira em Ceilândia é mais um capítulo dessa estratégia, reafirmando o esforço da primeira-dama em ampliar pontes entre o Palácio do Planalto e setores evangélicos de base.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Hugo Motta acelera discussão da reforma administrativa na Câmara e diz que tema é inadiável

Presidente da Câmara cita urgência e anuncia debate

       Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados abrirá debate formal sobre a reforma administrativa. A iniciativa foi anunciada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que afirmou que a discussão “não pode mais ser adiada”. As informações são do g1.

No mesmo contexto, o relator do tema, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), já apresentou, em entrevista à GloboNews, pontos centrais do seu texto — como o fim das férias de 60 dias para categorias específicas, a limitação dos salários de entrada a 50% do teto da carreira e a criação de tabelas claras de remuneração nos três Poderes. Essas linhas gerais foram repercutidas por diversos veículos ao longo da última semana.

Em suas redes, Motta justificou a urgência da pauta com críticas ao desempenho do Estado. Segundo ele, “o Brasil precisa de coragem para enfrentar suas verdades. E uma delas é inescapável: o Estado brasileiro não está funcionando na velocidade da sociedade”. Em outra publicação, escreveu: “A cada dia, a vida real cobra mais do que a máquina pública consegue entregar. E quando o Estado falha, é o cidadão quem paga a conta”. As declarações reforçam a linha adotada pelo presidente da Câmara em compromissos públicos recentes, nos quais tem sustentado que há “momento propício” para avançar na reforma.

● O que está na mesa

De acordo com o que o relator já divulgou, o pacote reúne mudanças distribuídas entre uma PEC, um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária, com foco em reduzir privilégios, corrigir distorções salariais e dar transparência ao serviço público. Entre os pontos em debate estão:

  • Fim das férias de 60 dias hoje existentes em determinadas carreiras, com unificação de 30 dias anuais;
  • Salário inicial limitado a aproximadamente metade do teto de cada carreira;
  • Tabelas de remuneração padronizadas e públicas para cargos do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Pedro Paulo tem argumentado que as medidas buscam atacar “penduricalhos”, dar previsibilidade ao gasto de pessoal e aproximar desempenho e progressão funcional, além de reforçar critérios objetivos para quadros e carreiras. Segundo o relator, a ideia é “corrigir privilégios do funcionalismo, reduzir desigualdades salariais e ampliar a transparência”.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1