terça-feira, 8 de julho de 2025

Alvo de operação da PF, deputado Júnior Mano nega envolvimento em suposto esquema de desvio de emendas

Em nota, a assessoria do parlamentar afirma que Júnior Mano não tem participação em licitações nem ordenação de despesas em prefeituras

                (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) negou qualquer envolvimento com fraudes em licitações ou contratos administrativos após ser alvo, nesta terça-feira (8), de uma operação da Polícia Federal (PF) autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de esquemas com verbas parlamentares e processos licitatórios.

Em nota divulgada à imprensa, a assessoria do parlamentar afirmou que ele não exerce funções administrativas em prefeituras e que não participa de comissões de licitação nem tem qualquer atribuição relacionada à ordenação de despesas. “Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”, diz o texto, de acordo com o Metrópoles.

A assessoria também destacou que Júnior Mano “reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, além de expressar “confiança nas instituições”, com menção específica ao Poder Judiciário e à Polícia Judiciária Federal. Ao final da nota, o deputado afirma ter “plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.”

A operação Underhand cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, incluindo a residência oficial do parlamentar em Brasília, um imóvel em Fortaleza e seu gabinete na Câmara dos Deputados. As ordens judiciais também foram executadas nos municípios cearenses de Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio.

De acordo com a Polícia Federal, “o núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo.”

A apuração chegou ao STF após a PF identificar indícios de que o deputado estaria “diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, utilizadas para alimentar o esquema de (compra de votos) e consolidar sua base de apoio político.” Ainda segundo a corporação, as verbas desviadas teriam sido destinadas a prefeituras específicas.

O nome de Júnior Mano apareceu na investigação após uma denúncia feita pela prefeita de Canindé durante a campanha de 2022. Ela apontou supostos crimes eleitorais atribuídos ao deputado e a um aliado, que atualmente ocupa o cargo de prefeito em Choró, também no Ceará.

Conforme a denúncia, Júnior Mano repassava emendas ao prefeito, que ficaria responsável por “lavar” os recursos. As suspeitas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral, segundo informou a Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Júnior Mano tinha "papel central" em suposto esquema de desvios de emendas, diz PF

Operação Underhand cumpre mandados em seis cidades e congelou R$ 54,6 milhões em contas ligadas ao suposto esquema
                       Deputado Júnior Mano (PSB-CE) (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) se tornou o principal foco da Operação Underhand, deflagrada nesta terça-feira (8) pela Polícia Federal (PF), que apura um esquema de manipulação eleitoral e desvio de recursos públicos em pelo menos 50 municípios do Ceará.

Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo, um relatório da PF aponta que o parlamentar já era investigado desde dezembro de 2023, pela suspeita de exercer “papel central” em um esquema de corrupção coordenado pelo ex-prefeito eleito de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto do Choró (PSB), atualmente foragido.

De acordo com relatório da PF, Júnior Mano estaria diretamente envolvido no desvio de emendas parlamentares, as quais seriam utilizadas para alimentar um esquema de compra de votos e garantir sustentação política. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em seis cidades: Fortaleza (CE), Brasília (DF), Nova Russas (CE), Eusébio (CE), Canindé (CE) e Baixio (CE).

Além das buscas, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao caso. Segundo os investigadores, a medida tem como objetivo impedir a movimentação de recursos supostamente ilícitos e preservar ativos para eventual ressarcimento ao erário.

O inquérito que mira o deputado teve início a partir de denúncias apresentadas pela ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), ao Ministério Público. Ela relatou a existência de uma rede de empresários operando desvios de emendas parlamentares em 51 cidades cearenses. Em seu depoimento, Ximenes afirmou que o deputado atuava em conluio com Bebeto do Choró para desviar e “lavar” os recursos públicos.

Ainda de acordo com a reportagem, em um relatório datado de 18 de dezembro de 2024, a Polícia Federal confirmou os indícios de envolvimento direto de Júnior Mano no esquema. O documento descreve o parlamentar como alguém que “exercia papel central na manipulação dos pleitos eleitorais, tanto por meio da compra de votos quanto pelo direcionamento de recursos públicos desviados de empresas controladas pelo grupo criminoso”.

Segundo os investigadores, o esquema seria liderado por Bebeto do Choró, que teria utilizado sua posição como prefeito eleito e aliado político de Mano para operacionalizar a fraude eleitoral. A Polícia Federal afirma que a rede envolvia empresas controladas por integrantes do grupo, que recebiam os recursos oriundos de emendas parlamentares e os redirecionavam para abastecer campanhas e garantir apoio político nas eleições municipais. A assessoria do deputado federal Júnior Mano foi procurada pela reportagem por e-mail, mas ainda não se manifestou sobre a operação.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Fausto Macedo, no jornal O Estado de S. Paulo

Gilmar Mendes autoriza acesso a celulares do deputado Júnior Mano, alvo de operação da PF

Operação mira fraudes em licitações com o uso de emendas parlamentares. Decisão também inclui o bloqueio de até R$ 54 milhões pertencentes aos investigados

                Deputado Júnior Mano (PSB - CE) (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (8) a liberação dos dados obtidos nos celulares apreendidos com o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) e outros cinco alvos de uma operação da Polícia Federal. A decisão também inclui o bloqueio de até R$ 54 milhões pertencentes às pessoas físicas e jurídicas investigadas. As informações são do jornal O Globo.

O caso, que tramita sob sigilo no STF, investiga um suposto esquema de fraude em licitações em municípios do Ceará, associado ao desvio de verbas oriundas de emendas parlamentares. Além de autorizar o acesso aos dados dos aparelhos, Gilmar Mendes ordenou a abertura de uma apuração específica sobre os desvios dessas emendas.

Os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado, incluindo seu gabinete na Câmara dos Deputados, o apartamento funcional em Brasília e sua residência particular no Ceará.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o grupo sob investigação é acusado de manipular o direcionamento de recursos públicos a municípios cearenses, exigindo em troca pagamentos ilícitos. Além disso, as empresas envolvidas estariam participando de processos licitatórios fraudados para favorecer o esquema.

Embora os recursos de emendas parlamentares estejam no centro das apurações, a operação tem como foco principal a suspeita de financiamento ilegal de campanhas eleitorais no pleito municipal de 2024. De acordo com os investigadores, os contratos públicos firmados pelo grupo teriam sido utilizados como forma de caixa 2 para campanhas no estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Quem é Júnior Mano, deputado alvo de operação da PF por suspeita de fraudes em licitações no Ceará

Investigação apura desvio de verbas públicas por meio de contratos fraudulentos; R$ 54,6 milhões foram bloqueados por determinação do STF

                  Júnior Mano (Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados)

 A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (8) uma operação que investiga um suposto esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos no estado do Ceará. O principal alvo da ação é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE). As informações são da CNN Brasil.

Ao todo, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu 15 mandados de busca e apreensão, cumpridos em Brasília (DF) e em cinco cidades cearenses: Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. A operação também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, para impedir a movimentação de recursos de origem ilícita e garantir a reparação de danos ao erário.

As investigações apontam que o grupo teria articulado o direcionamento de verbas públicas para determinados municípios do Ceará mediante contrapartidas financeiras ilícitas. A suspeita é de que empresas ligadas ao esquema tenham sido favorecidas em processos licitatórios conduzidos de forma fraudulenta. Os crimes investigados incluem organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com finalidade eleitoral.

Quem é Júnior Mano? - Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior, conhecido como Júnior Mano, foi eleito deputado federal pelo Ceará em 2022 com 216.531 votos. À época, ele era filiado ao PL (Partido Liberal), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, e se tornou o segundo parlamentar mais votado do estado, atrás apenas de André Fernandes (PL), que obteve 229 mil votos.

Em 2024, Júnior Mano foi expulso do PL após apoiar publicamente a candidatura de Evandro Leitão (PT) à prefeitura de Fortaleza — adversário direto de André Fernandes. O deputado chegou a organizar um evento político em apoio ao petista, reunindo, segundo ele próprio, 41 prefeitos cearenses para declarar voto a Leitão.

Após a expulsão, Mano se filiou ao PSB, partido pelo qual permanece exercendo o mandato. Até o momento, ele não se pronunciou oficialmente sobre a operação da Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Hugo Motta gastou R$ 110 mil do Fundo Partidário com jatinho para ir a festa de aniversário

Presidente da Câmara fretou aeronave com recursos do Fundo Partidário e nega qualquer irregularidade no uso dos valores

          Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), utilizou R$ 110 mil de dinheiro público para fretar um jatinho com destino a Belém (PA), onde participou da festa de 80 anos do senador Jader Barbalho (MDB-PA), realizada em 26 de outubro de 2024, um sábado.

Segundo Tácio Lorran, do Metrópoles, o parlamentar embarcou em Brasília às 11h15 e desembarcou em Belém para marcar presença no evento. Retornou à capital federal no mesmo dia, às 16h15. O relatório de voo aponta que ele era o único passageiro da aeronave, cujo custo foi integralmente bancado pelo Republicanos com verba do Fundo Partidário — recurso que, por lei, deve ser destinado a despesas administrativas e de manutenção das legendas políticas.

À época do deslocamento, Hugo Motta estava em plena campanha para se eleger presidente da Câmara. A festa promovida por Jader Barbalho também contou com a presença de outras figuras centrais da política nacional, como o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), do mesmo partido.

A utilização de verba pública para bancar a ida a um evento de caráter privado contrasta com o discurso do deputado, que tem cobrado responsabilidade fiscal do governo federal e defendido a redução de gastos na máquina pública. Em junho deste ano, conforme também noticiado pelo Metrópoles, Hugo Motta gastou R$ 27 mil em um jantar oferecido a cerca de 30 parlamentares, com um custo médio de R$ 904 por convidado.

Deputado nega uso irregular de recursos públicos - Procurado para comentar o caso, o gabinete de Hugo Motta negou qualquer ilegalidade no uso dos recursos partidários para o deslocamento até Belém. Em nota, afirmou:

"O pagamento foi realizado de forma regular, em conformidade com a legislação vigente e com as normas internas do partido, não havendo qualquer irregularidade ou impropriedade nos procedimentos adotados”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Pressão de Trump não muda "absolutamente nada" no julgamento de Bolsonaro, garantem ministros do STF

Em uma agressão à soberania brasileira, presidente norte-americano usou as redes sociais para pressionar a Justiça em favor de Bolsonaro

Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Em mais uma investida retórica contra o sistema de Justiça brasileiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação na plataforma Truth Social nesta segunda-feira (7) em que classificou como “perseguição” e “caça às bruxas” o processo judicial movido contra Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado. A fala gerou reações imediatas do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reforçou a soberania nacional e rechaçou qualquer tentativa de interferência externa.

Apesar das declarações de Trump, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo jornal O Globo avaliam que a manifestação do mandatário norte-americano não altera “em absolutamente nada” o andamento da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. O julgamento está em sua fase final e, segundo os magistrados, segue dentro dos trâmites legais, garantindo ampla defesa a todos os réus.

☉ Trump acusa perseguição e exalta Bolsonaro - Na publicação, Trump declarou estar acompanhando a situação judicial de Bolsonaro no Brasil. “Ele não tem culpa de nada, exceto de ter lutado pelo povo. Conheci Jair Bolsonaro e ele era um líder forte, que realmente amava seu país — além de um negociador muito duro em questões comerciais”, escreveu o presidente dos EUA. Segundo ele, o processo deveria ser resolvido nas urnas, e não na Justiça.

Bolsonaro, por sua vez, respondeu com entusiasmo nas redes sociais, agradecendo o apoio: “obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência”, escreveu, classificando sua situação judicial como “uma aberração jurídica e clara perseguição política”.

☉ Reação firme de Lula e silêncio estratégico do STF - A resposta mais incisiva veio do presidente Lula. Em nota, o Palácio do Planalto afirmou: “somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei — sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito.” Em entrevista durante o encerramento da reunião do BRICS no Rio de Janeiro, Lula foi ainda mais direto: “esse país tem leis, regras e um dono chamado povo brasileiro, portanto dê palpite na sua vida, e não na nossa".

O STF, por sua vez, adotou a estratégia do silêncio institucional. De acordo com fontes da Corte, a manifestação de Trump é encarada como ato político e, portanto, fora do escopo de atuação do tribunal. Além disso, ministros destacaram que Bolsonaro e os demais acusados vêm exercendo plenamente seu direito à defesa, inclusive com postura mais moderada durante os depoimentos recentes.

☉ Reações no governo e contexto diplomático - Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), classificou as falas de Trump como “equivocadas” e aconselhou o presidente norte-americano a cuidar dos próprios problemas. Já o advogado-geral da União, Jorge Messias, declarou que “este governo não aceita tutela, nem admite pressões externas que tentem ditar os rumos do país, e muito menos tolerará pressões indevidas contra nossas instituições democráticas”.

As declarações de Trump vieram um dia após o encerramento da cúpula do BRICS, cuja declaração final criticou a “imposição de medidas coercitivas unilaterais contrárias ao direito internacional”, ainda que sem menções diretas à Casa Branca. Coincidentemente, Trump anunciou uma tarifa adicional de 10% aos países que, segundo ele, adotarem “políticas antiamericanas”, o que foi lido nos bastidores como uma resposta à atuação do BRICS.

☉ Eduardo Bolsonaro articula nos EUA contra Moraes - O episódio também reaqueceu a articulação internacional contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a manifestação de Trump é “a primeira de outras ações que virão”. Morando nos Estados Unidos, Eduardo tem pressionado congressistas e autoridades norte-americanas a adotarem sanções contra o ministro brasileiro, por suposta violação de liberdades.

Em maio, o secretário de estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, mencionou publicamente a possibilidade de aplicar sanções com base na Lei Magnitsky — dispositivo que permite aos EUA punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. Entre as sanções possíveis estão bloqueios de bens, cartões e redes sociais.

Em fevereiro, a empresa de Trump entrou com uma ação na Justiça americana contra Moraes, após o ministro determinar o bloqueio de plataformas como a Truth Social e a Rumble, por descumprimento de ordens judiciais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo vai ao STF para manter decreto do IOF e cobra lealdade de partidos aliados

Rui Costa diz que Congresso quebrou acordo com o Planalto e defende repaginar relação com base

     Rui Costa (Foto: Casa Civil (Ascom))

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal insistirá junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela manutenção integral do decreto que aumentou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) — medida recentemente derrubada pelo Congresso Nacional. A declaração foi dada em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido na noite desta segunda-feira (7). Segundo Costa, a decisão do Legislativo rompeu um acordo prévio firmado com o Executivo.

“O combinado não sai caro”, afirmou o ministro. “Havia pacto e acordo. Estava pactuado que não haveria votação até o momento em que fomos surpreendidos”, criticou, responsabilizando os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pela articulação que resultou na revogação da medida.

A controvérsia em torno do decreto foi levada ao STF, e o ministro Alexandre de Moraes decidiu, na última sexta-feira (4), suspender os efeitos tanto do decreto presidencial quanto do projeto de decreto legislativo (PDL) que o anulava, buscando uma conciliação entre os Poderes. Rui Costa, no entanto, foi claro: o governo defenderá o texto na íntegra. “Sim, (vamos defender) a integralidade do decreto até porque a negociação sobre o mérito nós já tínhamos feito”.

Segundo o ministro, o cerne da disputa não se resume à política fiscal, mas à preservação das prerrogativas do Executivo. “Não se trata apenas de defender o IOF como instrumento regulatório. Se o governo não conseguir mais editar decreto, não conseguir fazer portaria, acabou o governo. Isso precisa ser discutido. O fundamental é garantir a capacidade de governar do presidente”, argumentou.

Além da defesa da medida, Rui Costa lançou duras críticas aos partidos da base governista — como MDB, PSD e União Brasil — que, mesmo ocupando ministérios, votaram contra o decreto. Para ele, a crise de confiança exige uma reavaliação das alianças. “É preciso repaginar a relação e fazer uma DR com os partidos”, disse. “A relação tem que ser olho no olho, e o combinado é para ser cumprido. Quando você compõe um governo, compõe não só para usufruir as coisas boas de um governo, tem que estar ajustado com esse governo”.

O ministro também contestou a legalidade do instrumento usado pelo Congresso para barrar o decreto: “Nesse caso, o PDL não teve amparo legal”, afirmou.

Rui Costa ainda aproveitou o espaço para criticar o modelo orçamentário vigente, que, segundo ele, foi deturpado durante o governo Bolsonaro. “A relação entre Executivo e Congresso vem se deteriorando há anos”, disse. “O volume de emendas nas mãos dos parlamentares não existe em nenhum outro lugar do mundo.” E ironizou: “É esse modelo em que nós pegamos quase metade do Orçamento livre de uma nação e se aplica em um efeito aerosol de emendas parlamentares?”

Questionado sobre o projeto aprovado pelo Congresso que amplia de 513 para 530 o número de deputados federais, o ministro afirmou que o presidente Lula ainda não tomou uma decisão. “Ele ainda vai se debruçar sobre o assunto, o prazo dele é ainda na próxima semana, no dia 16”, explicou, sinalizando, porém, que “é pouco provável” que a proposta seja sancionada.

Sobre as eleições de 2026, Rui Costa foi categórico: “Lula vai enfrentar 50 tons de Bolsonaro. São variações de Bolsonaro”. Ele também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apontado como possível candidato da direita. “Ele está alinhado em seus pensamentos e ações com Bolsonaro”.

O ministro comentou ainda a recente declaração do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em apoio a Jair Bolsonaro e com críticas ao Judiciário brasileiro. “Não cabe a presidente de outra nação entrar e opinar sobre a atuação do Judiciário e muito menos ameaçar países com tarifas. O Brasil é livre”, declarou.

Por fim, Rui Costa encerrou a entrevista falando sobre seu futuro político e o cenário na Bahia. Disse não ter intenção de disputar novamente o governo do estado e declarou apoio ao atual governador Jerônimo Rodrigues (PT): “O candidato será Jerônimo”.

Com firmeza, Costa reafirmou a defesa da autoridade do Executivo, da soberania nacional e da liderança de Lula. A entrevista, originalmente veiculada pela TV Cultura, evidencia os desafios do governo na manutenção de sua base, na disputa por espaço institucional e na construção de um projeto político para 2026.

Fonte: Brasil 247

PF faz operação na Câmara dos Deputados contra fraudes em licitações no Ceará

Operação mira organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos em contratos fraudulentos. Deputado Júnior Mano é um dos alvos

                        Júnior Mano (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (8), a Operação Underhand, que cumpre mandados de busca e apreensão no âmbito de uma investigação que apura a atuação de uma organização criminosa envolvida em fraudes em processos de licitação no estado do Ceará.

Um dos alvos da ação é a Câmara dos Deputados, em Brasília. No total, 15 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sendo executados na capital federal e em cinco cidades cearenses: Fortaleza, Nova Russas, Canindé e Baixio. Segundo o g1, o parlamentar alvo da ação é o deputado Júnior Mano (PSB-CE). A apuração conta com o suporte técnico da Controladoria-Geral da União (CGU).

Também foi determinado o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas,. As condutas investigadas envolvem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral.

fonte: Brasil 247 com informações do G1

STF ignora críticas de Trump e reafirma soberania brasileira diante de ataques ao julgamento de Bolsonaro

Ministros minimizam declarações do presidente dos EUA sobre suposta perseguição a Bolsonaro e dizem que resposta cabe à diplomacia e ao governo Lula

            Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) optaram por não responder institucionalmente às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da tentativa de golpe de Estado. As informações são da Folha de S.Paulo, em reportagem publicada nesta segunda-feira (7).

Segundo a apuração do jornal, os magistrados avaliaram que o comentário de Trump na rede Truth Social integra uma narrativa política sem efeitos práticos e não justifica uma reação formal da Corte. “A resposta cabe à diplomacia ou ao presidente da República”, disse um dos ministros ouvidos sob condição de anonimato. A avaliação predominante é de que não houve qualquer medida concreta por parte do governo norte-americano que merecesse atenção jurídica ou institucional do STF.

Trump afirmou que o Brasil estaria cometendo uma “coisa horrível” em relação ao tratamento dado a Bolsonaro, e acusou a Corte brasileira de perseguição. “Tenho assistido, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, escreveu Trump em sua publicação.

Um ministro do Supremo classificou a declaração como "abusiva", mas ponderou que o efeito é apenas simbólico e pode, inclusive, “aumentar a antipatia” da opinião pública em relação a Bolsonaro, piorando sua situação.

A análise entre os magistrados é de que Trump está tentando mobilizar sua base aliada internacional, mas sem impacto jurídico sobre o processo judicial em curso no Brasil. O ex-presidente Bolsonaro é investigado por sua participação na trama golpista que visava subverter o resultado das eleições de 2022.

Ainda segundo a Folha, esse tipo de pressão internacional contra o STF não é novidade. Em maio, o então secretário de Estado americano, Marco Rubio, ameaçou restringir a entrada nos EUA de “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos”, mencionando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso Bolsonaro. Já em fevereiro, o Departamento de Estado norte-americano criticou a decisão do ministro de bloquear a plataforma de vídeos Rumble, bastante usada por influenciadores de direita.

Apesar da tentativa de ingerência externa, os ministros têm se mantido discretos. Em ocasiões anteriores, como em fevereiro, Alexandre de Moraes reagiu em plenário com firmeza, sem citar os EUA diretamente. Reforçou que o Brasil é um país soberano desde 1822 e não aceitará imposições externas. Na mesma ocasião, o ministro Flávio Dino saiu em defesa do colega, recordando que os integrantes do Supremo juram defender a Constituição e os princípios de autodeterminação dos povos, não intervenção e igualdade entre os Estados — fundamentos do artigo 4º da Carta Magna.

Pelo lado do Executivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou. “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano”, afirmou o petista em nota oficial. Em entrevista coletiva após a cúpula do BRICS, Lula foi questionado sobre o post de Trump e reagiu com desdém: “Tenho coisa mais importante para comentar”.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também rebateu a postura de Trump. “O tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro, que batia continência para sua bandeira e não defendia os interesses nacionais”, declarou.

Nos bastidores, integrantes do governo observam que enfrentamentos retóricos com os Estados Unidos podem ter efeitos políticos positivos para Lula, reforçando a imagem de um governante que defende a soberania nacional. Além disso, auxiliares do Planalto acreditam que o presidente dos EUA busca fortalecer laços com a base bolsonarista, o que explicaria a interferência verbal em assuntos internos do Brasil.

Nos círculos bolsonaristas, a fala de Trump gerou euforia. Grupos aliados ao ex-presidente pressionam para que os EUA adotem sanções contra Alexandre de Moraes. O ex-assessor de Trump, Jason Miller, estaria entre os articuladores dessa ofensiva, que busca desgastar o Supremo Tribunal Federal e fortalecer narrativas de perseguição.

Apesar disso, o ambiente no STF segue marcado por cautela e institucionalidade. Ministros avaliam que o silêncio pode ser a melhor resposta para evitar a politização do Judiciário em meio à turbulência internacional e às investidas retóricas da extrema direita.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

segunda-feira, 7 de julho de 2025

“Nós contra eles” cresce nas redes após Trump defender Bolsonaro, diz pesquisa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução


A critica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos processos do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro (PL) teve um efeito colateral inesperado: acabou favorecendo a estratégia digital do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu partido, o PT.

Embora a intenção do republicano fosse defender o ex-chefe do governo brasileiro, sua manifestação acabou fortalecendo o discurso do “nós contra eles”, amplamente explorado pela base lulista nas redes sociais.

Segundo levantamento da Real Time Big Data encomendado pela Coluna do Estadão, a resposta de Lula à declaração de Trump gerou um engajamento acima da média em poucas horas. Em menos de cinco horas, a postagem do petista no X ultrapassou um milhão de visualizações.

Mais surpreendente foi o índice de reações positivas: 54% dos comentários, curtidas, repostagens e envios por direct foram de apoio ao presidente, em contraste com a tradicional polarização das redes.

O cientista político Bruno Soller explica que, embora Lula enfrente resistência em parte da opinião pública, a alta rejeição internacional a Trump acaba beneficiando o presidente brasileiro: “As pessoas estão com dificuldade de fazer qualquer defesa do atual governo e do presidente Lula. Mas Trump tem uma rejeição muito grande, e isso ajuda Lula nas redes. Então, colocar-se como antagonista dá força a Lula e gera um conforto para as pessoas defendê-lo”.

Para Soller, esse tipo de embate internacional reforça a narrativa central da campanha de Lula, que tem apostado em uma estratégia emocional e identitária. “É o sindicalista contra o milionário, o pequeno contra o grande, o Brasil contra os Estados Unidos. Aí não é briga só sobre classes. É padrão global para engajamento”, destacou.


A publicação analisada pelo instituto foi a mensagem do mandatário em resposta direta à fala de Donald Trump: “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”.

O norte-americano, por sua vez, havia postado na Truth Social uma longa mensagem em apoio a Bolsonaro, classificando o processo judicial contra o ex-presidente como perseguição política: “O Brasil está fazendo uma coisa terrível no tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro… Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo POVO”, escreveu, acusando as autoridades brasileiras de promoverem uma “caça às bruxas”.

Apesar da repercussão internacional, ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pela Coluna do Estadão afirmaram que os comentários de Trump são “irrelevantes” para os julgamentos em curso. Segundo os magistrados, o STF não irá se manifestar sobre o assunto, mantendo o silêncio institucional e delegando a resposta ao campo político — o mesmo em que a provocação foi feita.

Print de post de Trump na Truth Social
Post de Trump na Truth Social – Reprodução

Fonte: DCM

Moraes mantém prisão de réu por tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília

 

Alan Diego dos Santos se apresentou às autoridades. Foto: Divulgação


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues. Ele é um dos condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022, às vésperas dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A defesa havia solicitado a revogação da prisão ou a conversão em medidas cautelares, mas o pedido foi rejeitado. Moraes acatou parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios suficientes da participação direta de Alan no atentado frustrado.

De acordo com as investigações, Alan foi o responsável por instalar o artefato explosivo no caminhão, enquanto ocupava o banco do carona de um veículo. Após a ação, ele teria feito duas ligações por telefone público, o que, segundo Moraes, reforça o risco à ordem pública representado pela sua liberdade.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Reprodução


O episódio passou a ser tratado como crime contra o Estado Democrático de Direito. Inicialmente, Alan havia sido condenado a 5 anos e 4 meses de prisão pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Posteriormente, o caso foi transferido ao STF.

Com a nova denúncia oferecida pela PGR, os crimes atribuídos ao réu incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e infrações previstas na Lei Antiterrorismo. Moraes entendeu que a gravidade da conduta justifica a manutenção da prisão.

Alan Diego foi preso no dia 26 de junho, no estado do Mato Grosso. A decisão do STF também abrange os demais envolvidos no caso, com base nas investigações que indicam articulação para um atentado com motivações políticas.’

Fonte: DCM

“Perdeu, mané”: Moraes autoriza assistência religiosa para “Débora do Batom”

 

Estátua “A Justiça”, pichada com a frase “Perdeu, mané”. Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil


Por Andre Richter, em Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (7) a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a receber assistência religiosa em casa.

Débora foi condenada a 14 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e por pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício sede da Corte. Desde março deste ano, ela cumpre prisão domiciliar por ter filhos menores de idade.

Na decisão, Moraes disse que a assistência religiosa está prevista na legislação e é um direito dos apenados. Com a autorização, a defesa de Débora deverá indicar o nome dos pastores, as datas e horários das visitas.

“Todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa, nos termos do que dispõe o preceito constitucional, razão pela qual inexiste óbice ao deferimento do pedido”, decidiu o ministro.

Débora Rodrigues dos Santos. Foto: Reprodução/processo judicial


Na mesma decisão, Moraes negou pedido da defesa para que Débora seja autorizada a se deslocar para clínicas e postos de saúde para consultas e realização de exames quando necessário.

Ao analisar o pedido, Moraes disse que as solicitações de atendimento médico não podem ser genéricas, devem indicar o estado de saúde de Débora e apresentar documentos comprobatórios.

Em abril deste ano, a Primeira Turma do STF julgou recurso e manteve a condenação a 14 anos de prisão.

Com o fim do julgamento, a cabeleireira está condenada pelos crimes de crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Fonte: DCM com Agência Brasil


Alexandre de Moraes mantém prisão de kid preto pela trama golpista

 Militar do Exército é réu no processo julgado pelo STF

Alexandre de Moraes - 20/05/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta segunda-feira (7) a prisão do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, um dos réus no processo da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com as investigações, o militar é um dos acusados de participar das ações do Punhal Verde-Amarelo, plano golpista que, segundo a Polícia Federal (PF), seria executado para matar diversas autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente Geraldo Alckimin, e o ministro Moraes.

Oliveira faz parte do Comando de Operações Especiais do Exército, tropa conhecida como “kids pretos”.

Ao negar pedido de soltura feito pela defesa do militar, Moraes disse que a prisão é necessária para resguardar o andamento do processo criminal.

"Verifica-se a necessidade de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal, tendo sido corroborado pelo oferecimento da denúncia em face do custodiado, inexistindo qualquer fato superveniente que possa afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar", afirmou.

Rafael Martins de Oliveira é um dos réus do núcleo 3 da acusação da trama golpista.

De acordo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os denunciados desse núcleo são acusados de planejarem "ações táticas" para efetivar o plano golpista. O grupo é formado por 11 militares do Exército e um policial federal.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Favorito de Lula, Edinho Silva é eleito presidente nacional do PT até 2029

 

O ex-prefeito de Araraquara e agora presidente eleito do PT, Edinho Silva, durante cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress
O ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi eleito neste domingo (6) presidente nacional do PT até 2029. Candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Edinho venceu a eleição interna no primeiro turno, superando adversários como o deputado federal Rui Falcão, além de Valter Pomar e Romênio Pereira. A posse deve ocorrer no início de agosto, durante o encontro nacional da legenda em Brasília.

A eleição contou com cerca de 3 milhões de filiados aptos a votar. Apesar de o resultado de Minas Gerais ainda não ter sido computado — por conta do adiamento determinado pela Justiça Eleitoral —, a vitória de Edinho foi confirmada com margem suficiente. A assessoria do partido divulgou nota oficial no fim da tarde de segunda (7) anunciando o resultado preliminar.

Aliado histórico de Lula, Edinho terá papel decisivo na condução do partido durante as eleições de 2026, quando o atual presidente deve disputar a reeleição. A tendência, como nas campanhas anteriores, é que o novo presidente do PT também assuma a coordenação da candidatura. Ele prometeu trabalhar pela unidade do partido e reforçou a necessidade de alianças com legendas da base governista.

O presidente Lula e Edinho Silva. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Durante sua campanha, Edinho defendeu que o partido se prepare para o futuro sem Lula como candidato. “O sucessor do presidente Lula não será um nome. O sucessor do presidente Lula será o PT”, declarou. Ele também destacou a urgência de propostas para áreas estratégicas, como segurança pública e transição energética, além da aproximação com a nova classe trabalhadora e comunidades evangélicas.

A vitória também representa uma sinalização política para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vinha enfrentando resistência interna durante a gestão de Gleisi Hoffmann. Em 2023, sob comando da atual ministra das Relações Institucionais, o partido divulgou documento criticando a política fiscal do governo. Com Edinho, a expectativa é de maior estabilidade no diálogo entre PT e governo.

Apesar do perfil conciliador, Edinho terá desafios dentro da própria corrente CNB (Construindo um Novo Brasil). Ele não conseguiu emplacar nomes de sua confiança em cargos estratégicos como a Secretaria de Finanças. A composição completa da direção partidária deve ser definida até 26 de julho. Lula, que já havia manifestado apoio desde o ano passado, foi o principal fiador da candidatura vencedora.

Fonte: DCM

Conselho de Ética da Câmara avalia cassação de Gilvan da Federal nesta terça

 Deputado do PL-ES chamou a ministra Gleisi Hoffmann de “amante” e pode perder o mandato; ele está suspenso por 90 dias desde a agressão verbal

Deputado Gilvan da Federal (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)


Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta terça-feira (8) para deliberar sobre o processo que pode levar à cassação do mandato de Gilvan da Federal (PL-ES).

O deputado está suspenso por 90 dias desde que ofendeu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a quem chamou de “amante” durante sessão plenária.

A representação contra Gilvan sustenta que o parlamentar ultrapassou os limites da liberdade de expressão ao fazer “insinuações ultrajantes e depreciativas”. Segundo a denúncia, a conduta ofende a dignidade da Câmara e compromete o decoro parlamentar, podendo resultar na punição máxima: a perda definitiva do mandato.

Mesmo afastado, Gilvan segue sendo alvo do processo disciplinar. Em sua defesa, ele alegou que a acusação é “genérica e imprecisa” e responsabilizou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) pela origem do conflito. “A confusão foi iniciada por ele”, afirmou.

A expectativa é que o Conselho de Ética delibere sobre o prosseguimento da representação e indique as possíveis sanções. Se a cassação for recomendada, caberá ao plenário da Câmara decidir em votação secreta.

Fonte: Brasil 247

Mulher é indiciada no Paraná após jogar ácido em partes íntimas do ex

Mulher ataca ex com ácido nas partes íntimas no Paraná. Foto: Divulgação

Uma mulher de 38 anos foi indiciada pela Polícia Civil do Paraná por lesão corporal grave, após atacar seu ex-companheiro com ácido durante uma relação sexual em Ponta Grossa. O incidente ocorreu no dia 9 de junho, quando o casal, que havia se separado, se encontrou para discutir questões relacionadas a um celular. Com informações do Metrópoles.

Após uma discussão, eles mantiveram relações sexuais, momento em que a mulher jogou uma substância corrosiva no órgão genital do homem, afirmando que se tratava de um “estimulante sexual”. A vítima, um homem de 36 anos, sofreu queimaduras de terceiro grau e necrose no pênis, sendo internado após passar por uma cirurgia plástica para tentar reparar os danos. Ainda não há previsão de alta.

A mulher, que foi indiciada pela polícia, nega a versão apresentada pelo ex-companheiro. Ela alega que foi pressionada a se encontrar com ele, sob a ameaça de que ele difamaria sua reputação para o novo parceiro. Ela também afirma que a relação sexual não foi consensual e que, ao tentar se defender, arremessou o frasco de vidro que estava na residência dele.

O delegado Derick Moura explicou que, apesar das alegações de ameaça, a mulher deveria ter acionado as autoridades, uma vez que tinha uma medida protetiva em vigor. A investigação considerou que a ação foi desproporcional, e a atitude da acusada pode comprometer permanentemente as funções urinárias e reprodutivas do homem.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles