segunda-feira, 19 de maio de 2025

Maioria das associações sob investigação no INSS fechou acordos durante governo Bolsonaro, revela CGU

Levantamento foi feito com um universo inicial de 1,5 milhão de beneficiários que solicitaram ressarcimento por cobranças não autorizadas

(Foto: Marcello Casal Jr./Ag. Brasil)

A investigação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre os descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reforça a tese de que o escândalo teve origem no governo anterior, comandado por Jair Bolsonaro. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, a maior parte das fraudes estão ligadas a sindicatos e associações que celebraram acordos de cooperação com o INSS entre os anos de 2021 e 2022, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O levantamento da CGU tem como base um levantamento feito com um universo inicial de 1,5 milhão de beneficiários que solicitaram ressarcimento por cobranças não autorizadas.

A associação que mais se destacou pelas práticas fraudulentas foi a Associação de Aposentados Mutualista para Benefícios Coletivos (Ambec). Segundo os dados levantados, a entidade, que em 2020 tinha apenas três associados, passou a realizar descontos irregulares em massa a partir de 2022. Naquele ano, foram descontados R$ 25 milhões de beneficiários do INSS. Dois anos depois, em 2024, a cifra disparou para R$ 231 milhões, um aumento de quase dez vezes.

Ainda segundo a reportagem, as descobertas poderão ser utilizadas pelo governo Lula para responsabilizar ex-integrantes da gestão anterior, como Onyx Lorenzoni e José Carlos Oliveira, que ocuparam o cargo de ministro da Previdência durante o período em que os acordos foram firmados. O escândalo veio à tona no mês passado, quando foi deflagrada a operação "Sem Desconto", que apura o envolvimento dessas entidades na cobrança ilegal de valores de aposentados e pensionistas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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