quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Lula detona Congresso: “trabalhadores pagam 27,5% de imposto e os ricos não querem pagar 12%”

Presidente critica parlamentares por rejeitarem aumento da tributação sobre grandes empresas e fintechs

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 25/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Durante entrevista à Rádio Piatã FM nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao Congresso Nacional após a rejeição de uma proposta que aumentaria a tributação sobre os setores mais ricos da economia, incluindo fintechs e big techs. O chefe do Executivo afirmou que a decisão representa uma derrota para o povo brasileiro e um obstáculo à redução das desigualdades sociais.

Lula lamentou a resistência dos parlamentares em aprovar uma alíquota maior para grandes empresas do setor financeiro e tecnológico. O presidente afirmou que a proposta original previa a cobrança de 18%, mas que, mesmo após negociação para reduzir o percentual para 12%, o texto foi rejeitado.

“Ontem o Congresso Nacional poderia ter aprovado para que os ricos pagassem um pouco mais de imposto. Estávamos propondo 18% [de alíquota], foi negociado para as fintechs e as big techs pagarem apenas 12% e ainda sim eles não quiseram e recusaram pagar”, declarou Lula.

O presidente comparou a resistência dos grandes grupos econômicos à carga tributária paga pela classe trabalhadora. “É engraçado porque o povo trabalhador paga 27,5% de Imposto de Renda do seu salário. E os ricos não querem pagar 12%, 18%. Então eles acham: ‘nós derrotamos o governo’. Não derrotaram o governo. Derrotaram o povo brasileiro, a possibilidade de melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro tirando mais dinheiro dos ricos e distribuindo para os pobres”, afirmou.

Lula destacou que as políticas de inclusão social implementadas pelo seu governo são as mais abrangentes da história do país e que o aumento da arrecadação sobre os mais ricos é fundamental para financiar programas sociais e reduzir a desigualdade. “Nunca houve na história do Brasil políticas de inclusão social que chegassem perto daquilo que a gente está fazendo. E é exatamente essa inclusão que faz com que as pessoas mais pobres subam um degrau na escala social”, pontuou.

Mesmo diante da derrota legislativa, o presidente adotou um tom de serenidade e afirmou que o governo continuará buscando alternativas para garantir que o sistema financeiro contribua mais com os cofres públicos. “Ontem liguei para o Haddad e para a Gleisi Hoffmann e disse o seguinte: ‘olha, vamos relaxar. Não vamos perder nosso final de semana discutindo o que aconteceu no Congresso Nacional’”, relatou.

Lula também antecipou que pretende retomar o debate sobre a tributação do setor financeiro ao retornar de uma série de viagens oficiais. “Eu estou indo à Bahia, depois a São Paulo, depois vou a Roma e volto na quarta-feira a Brasília. Aí sim vou reunir o governo para discutir como é que a gente vai propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs — porque tem fintechs hoje maiores que bancos — paguem o imposto devido a esse país”, concluiu.

O que previa a medida

O texto da MP 1303, relatado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), propunha a tributação de fundos exclusivos, apostas esportivas e criptoativos, além de regras mais rígidas para investimentos de alta renda e investidores estrangeiros.

Durante a tramitação, o governo cedeu em diversos pontos após negociações com a base aliada e partidos do Centrão. Entre as mudanças, foram mantidas isenções para letras de crédito do agronegócio e do setor imobiliário (LCA e LCI), e retirado o aumento na taxação das empresas de apostas (bets).

Mesmo com as concessões, o texto enfrentou resistência de parlamentares de partidos como PP, União Brasil e Republicanos, que fecharam questão contra a proposta sob o argumento de evitar aumento da carga tributária.

Fonte: Brasil 247

“Sem saída”: Aliados abandonam Zambelli e já tratam extradição como inevitável


A deputada licenciada Carla Zambelli no Tribunal de Apelações de Roma, na Itália. Foto: Reprodução/TV Globo

A mais recente decisão da Justiça italiana de manter presa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) consolidou a percepção, entre seus aliados, de que não há mais saída. Nos bastidores, o entorno da parlamentar reconhece que a extradição é praticamente inevitável e que as sucessivas derrotas na Itália enfraqueceram de vez a narrativa de perseguição política, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Fontes próximas à deputada bolsonarista admitem, em caráter reservado, que o processo de extradição deve avançar. A mesma leitura é feita por interlocutores do governo brasileiro, que acompanham o caso em Roma.


O tribunal manteve o entendimento da Corte de Apelação de Roma, que, em agosto, determinou o regime fechado ao apontar risco de fuga. A deputada está há mais de dois meses detida no complexo penitenciário de Rebibbia, nos arredores de Roma.

“Pelo menos no Judiciário ela não convence”, disse uma fonte do governo brasileiro que acompanha o caso. “Eles não parecem estar interessados em defender uma criminosa que disse ser intocável na Itália.”

◆ Processo de extradição deve se arrastar por meses

A decisão da Corte de Cassação não interfere diretamente na tramitação do processo de extradição, que ainda depende de um parecer da Procuradoria-Geral da Itália. Após a manifestação do órgão, a Corte de Apelação de Roma analisará o mérito do caso.

Se o julgamento for desfavorável à deputada, a defesa ainda poderá recorrer novamente à Corte de Cassação, que dará a palavra final sobre a extradição — um processo que deve se prolongar por alguns meses.

◆ Cassação do mandato no horizonte

Paralelamente à situação na Itália, Zambelli enfrenta um pedido de cassação que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Mesmo aliados admitem que a perda do mandato é dada como certa dentro da Casa.

“Zambelli é odiada por muita gente na Câmara”, disse um interlocutor da deputada, que acredita que ela será rifada até mesmo pelo próprio PL. O entorno de Jair Bolsonaro também atribui a ela parte da culpa pela derrota do ex-presidente nas eleições de 2022.

Bolsonaro afirma que Zambelli o traiu - 23/02/2023 - Mônica Bergamo - Folha
Jair Bolsonaro e Carla Zambelli. Foto: Reprodução
Um dia antes do segundo turno daquele pleito, Zambelli perseguiu e apontou uma arma para um apoiador de Lula em uma rua no bairro dos Jardins, em São Paulo. Na capital paulista, o petista obteve quase meio milhão de votos a mais que Bolsonaro.

◆ Condenação no STF

A parlamentar também é alvo de uma condenação de 10 anos de prisão imposta por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento na invasão hacker do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na última quinta-feira (2), terminou a licença de 127 dias do mandato que Zambelli havia tirado após sua fuga do Brasil, em uma tentativa de evitar o cumprimento da pena.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Lula diz que insistirá em taxação de fintechs após queda da MP dos super-ricos


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (9) que vai insistir em uma nova proposta para aumentar os impostos sobre fintechs, mesmo após o Congresso Nacional rejeitar a Medida Provisória (MP) que previa a elevação da carga tributária sobre o sistema financeiro e empresas de apostas.

“Eu fico muito triste, porque ontem o Congresso poderia ter aprovado para que os ricos pagassem um pouco mais de imposto. A gente estava propondo uma alíquota de 18%, foi negociado para que as fintechs pagassem apenas 12%, e ainda assim eles não quiseram e recusaram pagar”, disse Lula durante entrevista à Rádio Piatã FM.

O presidente criticou o resultado da votação e afirmou que os parlamentares não atingiram o governo, mas a população. “Os ricos não querem pagar 12%, não querem pagar 18%. Eles estão achando que ontem derrotaram o governo. Não derrotaram o governo, derrotaram o povo brasileiro”, afirmou.

Lula contou que conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, logo após a votação, pedindo calma diante da derrota. “Ontem liguei para o Haddad, para a Gleisi, disse para a gente relaxar, não perder o fim de semana discutindo sobre o que aconteceu no Congresso”, relatou.

☆ Governo prepara novas medidas de arrecadação

Segundo Lula, o governo vai se reunir na próxima semana para discutir novas medidas de arrecadação. “A gente vai propor que o sistema financeiro, sobretudo as fintechs, que elas paguem o imposto devido”, declarou o presidente.


A proposta rejeitada previa aumento de imposto sobre fintechs, tributação de títulos de investimento e cobrança retroativa de empresas de apostas online.

Com a decisão da Câmara, o governo calcula impacto negativo de R$ 46,5 bilhões no Orçamento até 2026 — sendo R$ 31,6 bilhões em frustração de receitas e R$ 14,9 bilhões em contenção de gastos.

☆ Articulação do Centrão para favorecer Tarcísio

A Câmara dos Deputados decidiu, por 251 votos a 193, deixar caducar a medida provisória editada como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A votação foi marcada por articulações políticas que, segundo bastidores, fortaleceram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como potencial adversário de Lula em 2026.

Partidos do Centrão se mobilizaram para dar protagonismo a Tarcísio nas negociações. De acordo com relatos de líderes partidários, o governador ligou para deputados e presidentes de partidos para garantir que a MP fosse rejeitada.

Fonte: DCM

“Nossos adversários devem estar mais preocupados que eu”, ironiza Lula sobre 2026

Presidente afirma que decisão sobre candidatura depende do partido e da saúde, mas indica disposição para disputar novo mandato

       Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante entrevista à Rádio Piatã FM nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ainda não decidiu se será candidato à reeleição em 2026, mas deixou claro que se depender de sua disposição atual, entrará na disputa. O petista disse que a definição passará por uma avaliação coletiva dentro do partido e pela sua condição pessoal, mas garantiu que se estiver com o mesmo vigor de hoje, não hesitará em concorrer.

Lula destacou que o fator determinante será sua motivação política. “Não depende só de mim. Depende do partido, de outras pessoas que estão comigo. Eu sou um homem de 80 anos de idade. Um homem ou uma mulher que tem uma causa não consegue impedir que os anos passem, mas se tiver uma causa para lutar, não ficam velhos”, afirmou.

O presidente ressaltou que, caso mantenha a mesma energia e vontade, disputará o pleito “para ganhar as eleições”. “Se eu, no momento de decidir, estiver com a motivação que estou hoje, com o vigor que tenho hoje, com a vontade que tenho hoje, não tenho dúvida de que serei candidato a presidente da República para o quarto mandato. Mas vai depender… Não vou mentir para mim e para o povo brasileiro. Agora, se estiver do jeito que estou, sinceramente serei candidato para ganhar as eleições”, disse.

Lula ainda provocou seus possíveis adversários. “Tenho certeza que nossos possíveis adversários devem estar muito mais preocupados do que eu, porque eles sabem que vai ser difícil derrotar a gente na eleição”, declarou o presidente, em tom confiante.

O petista também abordou o futuro político de integrantes do governo e defendeu a renovação de lideranças. “Eu tenho vários ministros importantes que eu não gostaria que deixassem o governo. Mas eu também não tenho direito de exigir sacrifício de um ministro que tem possibilidade de se eleger. Então quem quiser ser candidato será liberado. Não vou impedir o surgimento e o crescimento de novas lideranças do Brasil, porque o Brasil está precisando muito”, afirmou.

Ao comparar o cenário atual com seu segundo mandato (2006–2010), Lula destacou os avanços obtidos desde o seu retorno ao Planalto e afirmou que o país voltou a crescer sob sua gestão. “Se você me comparar hoje com o segundo governo meu, de 2006 a 2010, não tem comparação. Naquele tempo a economia cresceu 7,5%. Nós geramos a maior quantidade de empregos que já tinha sido gerada nesse país. Quando voltamos, pegamos um país semi-destruído. Mas veja que coisa interessante: desde que deixei a Presidência em 2010, o Brasil não tinha crescido acima de 3%. Só foi crescer quando voltei. Cresceu 3,2%, 3,4%, e esse ano vai continuar”, avaliou.

Lula também reiterou o compromisso do governo com políticas de inclusão social e desenvolvimento sustentável. “Estamos fazendo mais do que fizemos nos outros governos. Mais políticas de inclusão social, de participação da sociedade, de cuidado com o clima, cuidado da saúde, da educação”, afirmou.

A entrevista ocorreu no mesmo dia em que a pesquisa Genial/Quaest confirmou a liderança de Lula em todos os cenários para a eleição presidencial de 2026. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (9), mostra o presidente à frente de todos os possíveis concorrentes, com estabilidade nas intenções de voto pelo segundo mês consecutivo.

Realizada entre os dias 2 e 5 de outubro, com 2.004 entrevistas presenciais em todas as regiões do país, a sondagem tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Lula aparece com vantagem de nove pontos sobre Ciro Gomes (PDT), 10 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL) — atualmente inelegível —, e 12 pontos à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL).

O presidente também supera Ratinho Júnior (PSD) por 13 pontos; Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Eduardo Bolsonaro (PL) por 15 pontos; e Eduardo Leite (PSD) por 23 pontos. Em comparação ao levantamento anterior, feito em setembro, Lula ampliou levemente sua margem sobre Tarcísio, consolidando a liderança nas projeções para 2026.

A pesquisa também apontou Eduardo Bolsonaro como o nome com maior índice de rejeição entre todos os pré-candidatos testados, reforçando o cenário de vantagem para o atual presidente na corrida sucessória.

Fonte: Brasil 247

Lula sobre conversa com Trump: “disse que ele tinha sido mal informado”

Presidente relata telefonema cordial com o líder americano e defende relação respeitosa entre Brasil e Estados Unidos

     Donald Trump e Lula (Foto: REUTERS)


Durante entrevista à Rádio Piatã FM nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou detalhes de sua recente conversa com o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, o diálogo foi surpreendentemente cordial e marcou o início de uma nova fase nas relações diplomáticas entre os dois países.

O presidente relatou que a aproximação começou com um rápido encontro entre os dois líderes durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, seguido por um telefonema no dia do aniversário de 80 anos de Lula. Lula destacou o tom amistoso da conversa e afirmou que o diálogo abriu espaço para um relacionamento mais equilibrado entre Brasília e Washington.

“Te confesso que fiquei surpreso com o resultado da conversa, porque era uma coisa que parecia que não iria acontecer, parecia impossível. Nós nos encontramos rapidamente no salão de espera lá na ONU e tivemos uma conversa de 30 segundos e ele disse que ‘pintou um clima’. O dado concreto é que ele me telefonou e no telefonema havia uma expectativa de que ia ter muita discussão”, contou Lula.

De acordo com o presidente, o telefonema ocorreu de maneira “gentil e civilizada”, e os dois trocaram elogios em tom descontraído. “Ele me ligou da forma mais gentil que um ser humano pode lidar com o outro. Eu o tratando de forma civilizada e ele me tratando de forma civilizada. Ele não sabia, mas eu estava completando 80 anos no dia que ele telefonou”, relatou.

Lula aproveitou o contato para propor uma comunicação mais direta entre os dois. “Eu disse para ele: ‘presidente, precisamos nos tratar sem liturgia. Você me chama de ‘você’ e eu chamo você de ‘você’. Afinal de contas, estou completando 80 anos hoje e você vai fazer 80 anos no dia 14 de junho. Então somos dois senhores de 80 anos, presidimos as duas maiores democracias do Ocidente e precisamos passar para o resto do mundo cordialidade, harmonia, e não discórdia e briga’”, declarou.

O presidente afirmou que aproveitou a ocasião para tratar de questões comerciais e pedir a revisão das tarifas impostas aos produtos brasileiros. “Eu falei com ele aquilo que eu deveria falar, que era preciso retirar taxação dos produtos brasileiros, que ele tinha sido mal informado”, disse Lula, em referência à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo, que articularam as sanções contra o Brasil junto ao governo norte-americano.

Segundo o petista, o telefonema também abriu caminho para novos diálogos entre as duas administrações. “Ainda ontem a pessoa que ele indicou, que é o secretário de Estado, Marco Rubio, ligou para o meu ministro Mauro Vieira, talvez comecem a ter conversas a partir de agora, e vamos ver se a gente começa a se acertar”, revelou.

Lula enfatizou que o Brasil busca uma relação amistosa e de cooperação com os Estados Unidos, sem abrir mão da soberania nacional. “O Brasil não quer briga com os Estados Unidos. O Brasil quer paz e amor. Quer crescer e se desenvolver. Nós não temos contencioso com nenhum país do mundo e não queremos ter. E os Estados Unidos, é uma aliança de 201 anos, uma coisa muito forte. Queremos manter uma relação boa, democrática, civilizada, respeitosa, sem abrir mão do nosso conceito de democracia e da nossa soberania”, afirmou.

Lula adotou um tom bem-humorado ao comentar a conversa com Trump, dizendo que o norte-americano “deve ter saudade do café, do suco de laranja…”. Em seguida, reforçou que o foco do governo é cuidar do povo brasileiro. “Independente dos produtos, o que é importante é o seguinte: o mundo está muito conturbado, nervoso. As pessoas estão ficando desacreditadas. O que precisamos mostrar para as pessoas é eficiência, compromisso com as pessoas. Por isso eu não governo o Brasil. Eu cuido do Brasil”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

Operação da PF atinge Sindicato Nacional dos Aposentados

Entidade tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Lula

Polícia Federal prende acusados de ataques bilionários a bancos e frustra plano contra a Caixa (Foto: Agência Brasil )

O Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), entidade que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (9). A operação apura irregularidades em descontos irregulares de benefícios do INSS e cumpre mandados de busca e apreensão na sede do sindicato em São Paulo, além de outros estados. As informações são do Metrópoles.

Ao todo, a PF executa 66 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em oito unidades da Federação: São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.

⊛ Investigação mira fraudes e organização criminosa

Segundo a Polícia Federal, a operação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre supostos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa e ocultação de patrimônio.

A corporação também informou que busca esclarecer o envolvimento de dirigentes sindicais na manipulação de informações previdenciárias. O Sindnapi ainda não se pronunciou sobre a operação.

⊛ Relatório do Coaf aponta movimentações suspeitas

Ainda de acordo com a reportagem, um documento elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Banco Central, indica que o Sindnapi teria usado “artifícios para burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos destinatários finais” dos valores movimentados em operações investigadas pela PF.

As suspeitas incluem o pagamento de comissões a dirigentes do sindicato a cada desconto feito nos benefícios de aposentados vinculados à entidade. De acordo com o Metrópoles, o valor total dessas comissões pode ter ultrapassado R$ 4,1 milhões.

⊛ Dirigentes são citados em relatório e CPI do INSS

Entre os beneficiados, segundo o documento, estariam a esposa do presidente do sindicato, Milton “Cavalo” Baptista de Souza, e o marido da coordenadora jurídica da entidade, a advogada Tonia Andrea Inocentini Galleti.

Milton Baptista, que preside o Sindnapi, tem depoimento marcado para esta quinta-feira na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula vence todos adversários no 1° turno e abre 12 pontos sobre Tarcísio no 2º, diz Quaest

 

O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução
A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9), mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança em todos os eventuais cenários de primeiro e segundo turno simulados para a disputa presidencial de 2026.

O levantamento aponta estabilidade pelo segundo mês consecutivo, repetindo o cenário de setembro. O petista passou a liderar em todos os cenários pesquisados desde agosto.

Nos confrontos diretos simulados, Lula aparece com vantagem em todos os cenários de segundo turno. Ele tem nove pontos à frente de Ciro Gomes (PDT), 10 de Jair Bolsonaro (PL), 12 de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL), 13 de Ratinho Júnior (PSD), 15 de Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União) e Eduardo Bolsonaro (PL), e 23 pontos sobre Eduardo Leite (PSD).

É a maior diferença registrada entre Lula e Tarcísio desde maio, quando o petista tinha 41% das intenções de voto, contra 40% do governador paulista.

Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenários do 1º turno

O levantamento traçou oito eventuais cenários na pesquisa estimulada para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2026:

Cenário 1 – Com Lula e Bolsonaro

  • Lula (PT): 35%
  • Jair Bolsonaro (PL): 26%
  • Ratinho Júnior (PSD): 10%
  • Ciro Gomes (PDT): 9%
  • Romeu Zema (Novo): 3%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 10%

Cenário 2 – Com Lula e Michelle

  • Lula (PT): 36%
  • Michelle Bolsonaro (PL): 21%
  • Ciro Gomes (PDT): 10%
  • Ratinho Júnior (PSD): 10%
  • Romeu Zema (Novo): 4%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 12%
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 3 – Com Lula e Tarcísio

  • Lula (PT): 39%
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 18%
  • Ciro Gomes (PDT): 12%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 4%
  • Romeu Zema (Novo): 4%
  • Indecisos: 5%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 18%
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 4 – Com Lula e Eduardo Bolsonaro

  • Lula (PT): 35%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 15%
  • Ratinho Júnior (PSD): 12%
  • Ciro Gomes (PDT): 11%
  • Romeu Zema (Novo): 5%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 4%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 14%
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 5 – Com Lula, Tarcísio e Eduardo Bolsonaro

  • Lula (PT): 42%
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 19%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 17%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 18%
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 6 – Com Lula, Eduardo Bolsonaro e Ratinho

  • Lula (PT): 41%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 20%
  • Ratinho Júnior (PSD): 17%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 18%
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 7 – Com Lula, Eduardo Bolsonaro e Zema

  • Lula (PT): 43%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 22%
  • Romeu Zema (Novo): 11%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 20%

Cenário 8 – Com Lula, Eduardo Bolsonaro e Caiado

  • Lula (PT): 43%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 23%
  • Ronaldo Caiado (União): 10%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 20%

Cenários do 2º turno

Cenário 1 – Lula e Ciro Gomes

  • Lula (PT): 41% (eram 40% em setembro)
  • Ciro Gomes (PDT): 32% (eram 33%)
  • Indecisos: 3% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 24% (eram 24%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 2 – Lula e Bolsonaro

  • Lula (PT): 46% (eram 47% em setembro)
  • Jair Bolsonaro (PL): 36% (eram 34%)
  • Indecisos: 2% (eram 2%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 16% (eram 17%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 3 – Lula e Tarcísio

  • Lula (PT): 45% (eram 43% em setembro)
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 33% (eram 35%)
  • Indecisos: 3% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 19% (eram 19%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 4 – Lula e Michelle Bolsonaro

  • Lula (PT): 46% (eram 47% em setembro)
  • Michelle Bolsonaro (PL): 34% (eram 32%)
  • Indecisos: 2% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 18% (eram 18%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 5 – Lula e Ratinho Júnior

  • Lula (PT): 44% (eram 44% em setembro)
  • Ratinho Júnior (PSD): 31% (eram 32%)
  • Indecisos: 3% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 22% (eram 21%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 6 – Lula e Romeu Zema

  • Lula (PT): 47% (eram 45% em setembro)
  • Romeu Zema (Novo): 32% (eram 32%)
  • Indecisos: 3% (eram 4%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 18% (eram 19%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 7 – Lula e Ronaldo Caiado

  • Lula (PT): 46% (eram 46% em setembro)
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 31% (eram 31%)
  • Indecisos: 3% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 20% (eram 20%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 8 – Lula e Eduardo Bolsonaro

  • Lula (PT): 46% (eram 47% em setembro)
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 31% (eram 29%)
  • Indecisos: 3% (eram 3%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 20% (eram 21%)
Imagem
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Cenário 9 – Lula e Eduardo Leite


  • Lula (PT): 45% (eram 45% em setembro)
  • Eduardo Leite (PSD): 22% (eram 26%)
  • Indecisos: 4% (eram 4%)
  • Branco/Nulo/Não vai votar: 29% (eram 25%)

Metodologia

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em todas as regiões do país.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: DCM