sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Lindbergh cobra bloqueio de salário de Eduardo Bolsonaro por exercer mandato dos EUA: “Não existe mandato à distância

Senador critica deputado por tentar exercer mandato dos EUA e pede bloqueio de salário e cota parlamentar

Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) usou suas redes sociais, nesta sexta-feira (29), para criticar duramente a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em publicação no X (antigo Twitter), reproduzida pelo Brasil 247, Lindbergh destacou que Eduardo está há mais de seis meses nos Estados Unidos e tenta agora exercer o mandato de forma remota, sem qualquer respaldo legal ou regimental.

Segundo Lindbergh, não existe previsão constitucional para parlamentares desempenharem funções à distância, uma vez que o mandato deve respeitar o princípio da territorialidade. “Não há previsão constitucional e nem regimental, pois não existe mandato à distância, por força do princípio da territorialidade”, afirmou o senador. Ele ainda criticou a autodefinição de Eduardo como “o parlamentar mais respeitado no exterior”. Para o petista, o deputado atua de fora do país não em benefício do Brasil, mas para conspirar contra a democracia, pressionar os Poderes e até solicitar sanções internacionais contra autoridades brasileiras.

Pedido de bloqueio de salário e cota parlamentar

Lindbergh protocolou requerimento para que a Mesa Diretora da Câmara rejeite imediatamente qualquer tentativa de exercício remoto do mandato. Além disso, pediu a suspensão do pagamento de salário e do uso da cota parlamentar por Eduardo Bolsonaro, considerando a permanência contínua e irregular no exterior.

“Isso fere os princípios da legalidade e da moralidade (art. 37 da Constituição) e constitui grave desvio de finalidade, que pode ensejar improbidade administrativa e dano ao erário”, reforçou o senador em sua manifestação.

Fonte: Brasil 247

Pacheco supera Nikolas e lidera disputa em Minas com apoio de Lula, mostra AtlasIntel

Pesquisa indica que senador abre vantagem em cenários em que é apoiado pelo presidente; disputa segue acirrada contra nomes ligados a Bolsonaro e Zema

       Rodrigo Pacheco e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Uma nova pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (29), aponta o senador Rodrigo Pacheco (PSD) na liderança da corrida pelo governo de Minas Gerais em 2026, especialmente quando aparece associado ao apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No cenário de primeiro turno, Pacheco tem 32,8% das intenções de voto, à frente do deputado Nikolas Ferreira (PL), com 30,1%, e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), com 14,1%. Ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) soma 8,3%, seguido de Mateus Simões (Novo), com 5,3%.
O fator Lula, porém, faz diferença. Num cenário estimulado em que Pacheco aparece formalmente apoiado pelo presidente, ele chega a 44,5%, contra 41,4% de Cleitinho, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o vice-governador Mateus Simões, lançado com o aval do governador Romeu Zema (Novo), teria 9,9%.




O resultado confirma a leitura política de que a bênção do presidente pode ser determinante na definição da eleição mineira. Em entrevista nesta sexta-feira à Rádio Itatiaia, Lula voltou a defender o nome de Pacheco, a quem chamou de “figura política mais importante de Minas” e disse que, se disputar, “só não será governador se não quiser”.

Cenários de segundo turno

Nas simulações de segundo turno, os números revelam um embate equilibrado. Contra Nikolas Ferreira, Pacheco empata dentro da margem de erro: 49% [Nikolas] a 48% [Pacheco]. Já diante de Cleitinho, perde por 50% a 46%. O senador, no entanto, abre vantagem folgada contra Mateus Simões, vencendo por 46% a 27%, embora haja 27% de indecisos ou votos nulos neste cenário.

O levantamento da AtlasIntel foi realizado entre os dias 20 e 25 de agosto de 2025, com 2.035 entrevistas no estado. A margem de erro é de ±2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Lula reforça defesa do nome

Lula tem reiterado sua preferência por Pacheco para a disputa estadual, destacando sua atuação na presidência do Senado e o papel decisivo em negociações como o acordo da dívida de R$ 191 bilhões de Minas com a União. Segundo o petista, parte dos recursos será revertida em investimentos sociais, sobretudo em educação.

O presidente também citou a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), como possível vice de Pacheco. “Uma chapa Pacheco e Marília seria imbatível”, disse Lula.

Fonte: Brasil 247

Lula tem mais de 10 pontos de vantagem contra Tarcísio em Minas Gerais, diz pesquisa

Levantamento AtlasIntel para as eleições presidenciais de 2026 mostra o governador Zema bastante atrás

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Contagem (MG) - 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto para a Presidência em Minas Gerais, com 42,6%, seguido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 32%. O governador mineiro Romeu Zema ocupa a terceira posição, com 9,6% das intenções de voto. Os dados são da pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (29).

O levantamento também indicou que Aécio Neves é o político mais rejeitado em Minas Gerais, com 54,4% de rejeição, seguido pelo deputado federal Nikolas Ferreira (45,7%) e pelo senador Cleitinho Azevedo (37,3%).

A pesquisa ouviu 2.035 pessoas entre os dias 20 e 25 de agosto e apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247

Lula acusa Nikolas Ferreira de “defender o crime organizado” com campanha de fake news sobre o PIX

Presidente ainda prometeu “mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado” no país e avisou: “Bolsonaro que tome cuidado”

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou, nesta sexta-feira (29), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) de ter atuado em defesa do crime organizado ao espalhar desinformação sobre mudanças no sistema do PIX. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Lula disse que o parlamentar mineiro fez campanha contra medidas da Receita Federal que buscavam ampliar o combate a esquemas ilegais.

“Tem um deputado que fez uma campanha contra a mudança que a Receita Federal propôs, e agora está provado que o que ele estava fazendo era defender o crime organizado. E nós não vamos dar trégua”, afirmou o presidente, sem citar o nome de Nikolas no ar, mas deixando clara a referência.

◉ Operação contra o ‘andar de cima’

Durante a entrevista, Lula exaltou a operação realizada nesta semana pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo, classificada como a mais importante em 525 anos de história do Brasil. Segundo ele, a ação mirou os setores mais poderosos do crime organizado.

“Ontem fizemos a operação mais importante da história para pegar, como diz o Haddad, o ‘andar de cima’. Até agora só íamos no andar de baixo. Agora queremos saber quem efetivamente faz parte do crime organizado. E quem fizer, vai aparecer”, declarou.

O presidente ressaltou que a estratégia envolve maior rigor na fiscalização das fintechs e o cruzamento de informações financeiras para desarticular redes sofisticadas. “O crime organizado hoje é muito sofisticado. Está na política, no futebol, na Justiça, em tudo quanto é lugar. É uma verdadeira multinacional. Mas nós vamos chegar lá”, disse.

◉ Alerta a Bolsonaro

Lula aproveitou para enviar um recado direto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nós vamos mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado neste país, e o ex-presidente que tome cuidado”, advertiu.

Segundo o chefe do Executivo, o combate às organizações criminosas deve servir também de impulso para a aprovação da PEC da Segurança no Congresso Nacional. “O que aconteceu ontem foi muito importante. Acho que vai facilitar a aprovação da PEC. Queremos saber como o governo federal pode ajudar, junto aos governadores, a fazer a polícia mais eficiente”, afirmou.

◉ Democracia e fake news

Ao ser questionado sobre o cenário eleitoral de 2026, Lula disse não temer adversários e relembrou disputas históricas contra Ulysses Guimarães, Paulo Maluf, Leonel Brizola e Aureliano Chaves. Para ele, o verdadeiro embate das próximas eleições será entre quem defende a democracia e quem aposta em mentiras e manipulação.

“Essas eleições serão definitivas para o país: quem quer manter o Estado Democrático de Direito ou quem quer a implantação de mentiras. Por isso não podemos permitir que fake news como as feitas sobre o PIX se tornem armas do crime organizado”, concluiu.


Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Lula debocha de Tarcísio: “Sem Bolsonaro, ele não é nada”


O presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula fez críticas diretas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao comentar as movimentações para a eleição presidencial de 2026. Em entrevista à rádio Itatiaia nesta sexta-feira (29), Lula afirmou que Tarcísio “não é nada” sem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que seguirá o que o aliado determinar.

“O Bolsonaro tem uma força na extrema-direita muito forte. É o Tarcísio. Ele vai fazer o que o Bolsonaro quiser. Até porque sem o Bolsonaro, ele não é nada, ele sabe disso”, disse Lula. A fala de Lula foi uma resposta ao levantamento AtlasIntel/Bloomberg divulgado na quinta (28), que mostrou Tarcísio tecnicamente empatado com ele, mas numericamente à frente.

Apesar dos números, Lula minimizou a pesquisa e afirmou que “é muito cedo para você analisar pesquisas”. “A história está cheia de gente que seria eleita presidente no ano anterior e quando concorre não tem nenhum voto. Não é fácil ser candidato em um país megadiverso como o Brasil, de culturas muito diferentes”, prosseguiu.

Veja:

O governador foi questionado sobre a fala de Lula, da dependência do ex-presidente e sobre as eleições presidenciais de 2026. “Nem ligo, não perco nem um minuto pensando nisso”, disse Tarcísio à CNN Brasil.

Na entrevista, o petista também aproveitou para citar outros governadores cotados para 2026 e fez críticas a Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. “Eu acho que as pessoas devem se candidatar. É importante. O Zema, se ele tiver a performance que ele teve no Roda Vida, vai ser um desastre para ele”, declarou.

Segundo Lula, a disputa deve reunir diversos nomes do campo conservador. “O Tarcísio quer ser candidato, o Caiado, o Zema, o Ratinho quer ser. Que seja todo mundo. Ainda vai aparecer mais candidato. Quanto mais aparecer, melhor”, afirmou.

Ele voltou a dizer que só buscará a reeleição se tiver certeza que vai vencer a disputa. “Se eu for candidato, pode ter certeza que é para ganhar”, apontou. Ele disse que ainda existem outras opções dentro e fora do PT para disputar o Planalto, caso não entre na corrida.

Fonte: DCM

PGR alerta para “risco de fuga”, mas rejeita polícia dentro da casa de Bolsonaro


O ex-presidente Jair Bolsonaro no portão de sua casa, no condomínio Solar de Brasília. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que há “risco concreto de fuga” do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas defendeu que a prisão domiciliar já imposta é suficiente. Para ele, não há necessidade de colocar policiais dentro da residência do ex-mandatário.

A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator do processo e decidirá sobre as medidas a serem adotadas. Gonet pediu apenas o reforço do monitoramento no entorno da casa de Bolsonaro.

Segundo o PGR, a prisão preventiva em unidade prisional ou a presença física de agentes no interior da residência configurariam medidas excessivas e não justificadas no momento. “Observo que não se aponta situação crítica de segurança no interior da casa. Ao que se deduz, a preocupação se cingiria ao controle da área externa à casa”, escreveu.

Ele argumentou que, mesmo com o julgamento da ação penal se aproximando, não há motivo para uma medida do tipo e que a privacidade do ex-presidente deve ser preservada.

“Não se mostra à Procuradoria-Geral da República indeclinável que se proceda a um incremento nas condições de segurança no interior da casa em que o ex-presidente da República se encontra. Justifica-se, não obstante, o acautelamento das adjacências, como a rua em que a casa está situada e até mesmo da saída do condomínio”, pontuou.

Policiais sem uniforme e armas na porta da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: g1

Em relação ao lado externo da propriedade, Gonet não se opôs a reforços de vigilância: “Esses agentes, porém, devem ter o seu acesso a essas áreas livre de obstrução, em caso de pressentida necessidade. O monitoramento visual não presencial, em tempo real e sem gravação, dessa área externa à casa contida no terreno cercado, também se apresenta como alternativa de cautela”.

O documento da PGR também menciona preocupações da Polícia Federal sobre um possível plano de fuga de Bolsonaro para a Argentina. O alerta se baseia em uma minuta de pedido de asilo que teria sido preparada para ser enviada ao presidente argentino, Javier Milei.

“É sabido, igualmente, que o ex-presidente já demonstrou proximidade com dirigentes de países estrangeiros, tendo acesso facilitado a embaixadas, como se viu, com relação à da Hungria, em outra oportunidade”, destacou Gonet.

Apesar do risco citado, o procurador considerou que as medidas propostas pela PF, como monitoramento interno na casa, não se sustentam juridicamente. Ele recomendou a Moraes que limite o reforço às áreas externas, deixando de lado qualquer presença de policiais no interior da residência. O ministro ainda não se pronunciou sobre a manifestação da PGR.

Fonte: DCM

Pesquisa Nexus: 48% dos brasileiros defendem estreitamento de relações com os BRICS

Levantamento mostra também que população brasileira se divide quanto ao uso do dólar americano como moeda no comércio internacional

Fotografia de Chefes de Estado e de Governo dos países-membros, parceiros e de engajamento externo do BRICS (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Os BRICS – bloco econômico formado pelo Brasil e outros 10 países, entre eles os também fundadores Rússia, Índia, China e África do Sul – entraram na pauta política, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor uma taxação maior a países que têm negociado com o bloco. Em julho, a cidade do Rio de Janeiro sediou a 17ª Cúpula do BRICS.

Pesquisa inédita da Nexus aponta que 48% dos brasileiros defendem um estreitamento maior das relações políticas e econômicas com os integrantes do BRICS, desenvolvendo ainda mais parcerias e acordos comerciais. Outros 33% são favoráveis a um afastamento do bloco econômico e a buscar outros parceiros internacionais, enquanto 18% não souberam ou quiseram responder.

O apreço pelos BRICS é maior entre o público masculino entrevistado (52% são a favor do estreitamento das relações, enquanto 35% são contrários e 11% não souberam responder) do que no universo feminino, onde 44% são a favor, 33% contra e 23% não opinaram.

No público jovem (16 a 24 anos), o apoio ao estreitamento de relações foi de 53% contra 29%. Por sua vez, a população acima dos 60 anos é a que menos nutre apoio e se mostrou dividida – 39% defendem mais parcerias com o BRICS e 38% preferem outros parceiros internacionais e 22% não souberam/quiseram responder à pergunta.

“Quase metade da população apoia o fortalecimento dos BRICS, mas significativos ⅓ são contrários. Isso é reflexo da polarização política, pois 1 em cada 3 brasileiros são contrários provavelmente apenas porque não concordam com o governo, e não necessariamente porque entendem que os BRICS sejam desvantajosos para o Brasil”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Para aqueles que declararam ter votado no presidente Lula no segundo turno das eleições de 2022, o apoio aos BRICS foi de 55%, enquanto 29% optaram pelo distanciamento do Brasil com o bloco e 16% não souberam responder. Já no eleitorado do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma inversão de tendência: 44% querem distanciamento do bloco, e 42% desejam mais aproximação com o bloco formado pela China, Rússia, Índia e mais sete países além do Brasil. “O cruzamento com o voto na eleição de 2022 é um sinal claro de como a polarização política interfere nesse debate”, reforça Tokarski.

◈ Brasileiros se dividem quanto ao uso do dólar

A preferência pelo estreitamento das relações com o BRICS não é a mesma quando o assunto é a utilização do dólar no comércio internacional. A pesquisa da Nexus detectou uma clara divisão da população sobre o assunto.

Atualmente, 44% dos brasileiros se declararam favoráveis a procurar novas alternativas para substituir o dólar americano no comércio internacional. Por sua vez, 43% preferem a manutenção da moeda, por ser a mais utilizada no mundo, trazendo segurança e estabilidade às negociações. Outros 12% não souberam responder ao tema.

Mulheres são mais inclinadas a buscar novas alternativas (45%) do que a manter a utilização do dólar (39%). Esse é o mesmo sentimento da população entre 41 e 59 anos (48% contra 40%) e do Nordeste (49% a 36%).

Já entre homens, os dados da Nexus mostram que a predileção é pela continuidade do uso da moeda americana (48% contra 44%). Essa também é uma tendência do público de 16 a 24 anos (48% a 42%), do Sul (48% a 40%), daqueles que recebem mais de cinco salários mínimos (52% a 46%).

◈ Jovens entre 16 e 24 anos são os que melhor avaliam EUA e China

A pesquisa da Nexus também mediu a imagem de Estados Unidos e China na opinião dos brasileiros. Para 46%, a visão dos americanos é positiva, enquanto 43% acham negativa. Já os chineses são bem avaliados por 45% e vistos negativamente por 43%.

“Esse dado chama a atenção. Historicamente, os Estados Unidos sempre tiveram entre os brasileiros uma imagem melhor do que a China. Ver que essas percepções hoje se equivalem é um forte indicativo de desgaste da imagem norte-americana, que perdeu parte da admiração para os chineses”, explica Marcelo Tokarski.

Os dados da pesquisa também mostram que 23% dos brasileiros têm imagem positiva dos dois países e 21% têm imagem negativa dos dois países. Por outro lado, 23% dos entrevistados têm imagem positiva só dos EUA e 22% possuem imagem positiva só da China. Outros 11% não souberam responder ou não quiseram responder.

Os jovens de 16 a 24 anos nutrem melhor avaliação aos Estados Unidos (58% veem positivamente aquele país e 34% não são favoráveis) e à China (57% contra 36%). A imagem de ambas as nações é desfavorável entre os brasileiros acima de 60 anos. Destes, 46% veem os Estados Unidos com maus olhos, enquanto 38% avaliam positivamente. Sobre a China, 45% não aprovam e 40% são favoráveis.

A imagem americana é mais positiva para jovens de 16 a 24 anos (58% x 34%), moradores do Sul (56% x 37%), pessoas com ensino superior (52% x 39%) e homens (50% x 42%). Já a visão mais negativa dos EUA está centrada no Nordeste (54% x 35%), em pessoas com ensino fundamental (51% x 35%), de idade entre 41 e 59 anos (50% x 40%) e mulheres (45% x 43%).

Os chineses são melhor avaliados dentre jovens de 16 a 24 anos (57% x 36%), pessoas com ensino superior (53% x 39%), homens (52% x 40%), pessoas que recebem de dois a cinco salários mínimos (50% x 40%) e moradores do Sudeste (48% x 42%).

A imagem da China é mais negativa entre quem recebe até um salário mínimo (49% x 36%), no Nordeste (49% x 42%), com ensino fundamental (45% x 38%) e acima dos 60 anos (45% x 40%).

◈ Para 56% dos brasileiros, a liderança dos EUA é negativa

O impacto político e econômico e a liderança de Estados Unidos e China para o Brasil também foi medido pela pesquisa da Nexus. Os americanos ficaram em desvantagem: 56% avaliam a liderança do país como negativa e 32% veem como positiva. Já a liderança chinesa é vista como positiva por 47%, enquanto 39% enxergam de forma ruim.

“Embora em termos de imagem positiva os dois países ‘empatem’, atualmente mais brasileiros aprovam o papel que a China exerce sobre o Brasil mais do que aprovam o papel dos EUA. Aqui, a atual política norte-americana parece ter tido forte impacto na opinião pública brasileira”, destaca Tokarski.

A rejeição à liderança americana se mostrou maior entre nordestinos (63% x 25%), pessoas que ganham até um salário mínimo (62% x 23%), na faixa de 41 a 59 anos (61% x 34%) e mulheres (58% x 28%).

Por sua vez, a liderança dos chineses apresentou seus maiores índices entre pessoas de ensino superior (54% x 39%), que recebem de dois a cinco salários mínimos (52% x 37%) e têm entre 16 e 24 anos (52% x 37%).

◈ Brasileiros se dividem quanto à aproximação comercial

Considerando que Estados Unidos e China são atualmente os dois maiores parceiros comerciais do Brasil, há uma divisão clara na opinião dos entrevistados sobre qual a melhor nação para estreitar relações comerciais.

43% preferem uma relação mais firme com os americanos, enquanto 42% são pró-chineses. Nessa pergunta, 12% não souberam responder e 2% não responderam.

Os EUA ganharam preferência entre pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos (50% x 44%), de 16 a 24 anos (49% x 42%), do Sul (47% x 38%) e com ensino médio (46% x 41%). Já a aproximação com a China foi mais recomendada por pessoas nordestinas (47% x 37%), de 41 a 59 anos (45% x 39%), que ganham de um a dois salários mínimos (43% x 39%) e com ensino fundamental (41% x 37%).

Por sua vez, a liderança dos chineses apresentou seus maiores índices entre pessoas de ensino superior (54% x 39%), que recebem de dois a cinco salários mínimos (52% x 37%) e têm entre 16 e 24 anos (52% x 37%).

◈ Brasileiros se dividem quanto à aproximação comercial

Considerando que Estados Unidos e China são atualmente os dois maiores parceiros comerciais do Brasil, há uma divisão clara na opinião dos entrevistados sobre qual a melhor nação para estreitar relações comerciais.

43% preferem uma relação mais firme com os americanos, enquanto 42% são pró-chineses. Nessa pergunta, 12% não souberam responder e 2% não responderam.

Os EUA ganharam preferência entre pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos (50% x 44%), de 16 a 24 anos (49% x 42%), do Sul (47% x 38%) e com ensino médio (46% x 41%). Já a aproximação com a China foi mais recomendada por pessoas nordestinas (47% x 37%), de 41 a 59 anos (45% x 39%), que ganham de um a dois salários mínimos (43% x 39%) e com ensino fundamental (41% x 37%).

◈ Metodologia

A Nexus entrevistou 2.005 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre os dias 15 e 19 de agosto. A margem de erro da amostra é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247

Tensão política cresce em Brasília com cerco às fintechs

Congresso resiste a novas regras de fiscalização após operação da PF expor fraudes envolvendo o PCC

      (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O avanço da fiscalização sobre fintechs reacendeu as tensões no Congresso Nacional. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1,reportagem do g1, parte da classe política vinha atuando para barrar tanto a elevação de tributos quanto o aumento da supervisão sobre essas empresas digitais de serviços financeiros. Investigadores ressaltam, porém, que essa defesa não significa participação direta de parlamentares em crimes de lavagem de dinheiro, mas pode indicar que alguns deles mantêm investimentos nessas instituições, atraídos pelo alto retorno das aplicações.

A ofensiva do governo ganhou força com a megaoperação "Operação Carbono Oculto", deflagrada nesta quinta-feira (28) pelo Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e polícias Federal, Civil e Militar. A ação, realizada em dez estados, desmantelou uma rede ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que adulterava combustíveis e lavava recursos ilícitos por meio de fintechs. Os investigados são acusados de crimes fiscais, ambientais e econômicos.

De acordo com um assessor que acompanha as apurações, as empresas financeiras digitais vinham sendo usadas como esconderijo para movimentações suspeitas.

“As fintechs eram um paraíso para quem queria esconder suas aplicações financeiras. Agora, isso vai acabar e revelar quem está atuando de forma irregular nessas empresas”, afirmou.

As revelações aumentam a pressão sobre o Congresso, que há meses discute novas normas de regulação. Parte dos parlamentares resiste às medidas, mas integrantes da equipe econômica defendem que a fiscalização é essencial para coibir fraudes e dar mais transparência ao setor.

No início do ano, a Receita Federal já havia publicado uma instrução normativa obrigando fintechs a enviar dados detalhados das transações financeiras de seus clientes. A regra previa ainda que operações atípicas via Pix fossem comunicadas ao fisco. Para investigadores, a polêmica campanha contra o Pix registrada nos primeiros meses de 2025 pode ter sido articulada justamente para frear esse avanço da fiscalização.

Ainda conforme a reportagem, a resistência política está associada também à proximidade entre parlamentares e instituições financeiras digitais. A defesa feita por essas lideranças pode estar ligada à preservação de investimentos pessoais, o que ajuda a explicar a tensão crescente em Brasília.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

R$ 52 bilhões, 2.500 postos e 1400 agentes: os números da Operação Carbono Oculto

Viaturas da PF e da Receita em frente a prédio na Faria Lima – Amanda Perobelli/Reuters

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (28) a Operação Carbono Oculto, que revelou um esquema bilionário do Primeiro Comando da Capital (PCC) envolvendo fraudes no setor de combustíveis e no mercado financeiro.

De acordo com as investigações, entre 2020 e 2024 a organização criminosa movimentou cerca de R$ 52 bilhões por meio de fintechs e fundos de investimento. Apenas uma dessas instituições financeiras registrou R$ 46 bilhões em transações não rastreáveis. O Ministério Público estima ainda R$ 7,6 bilhões em sonegação fiscal.

O patrimônio do PCC foi calculado em aproximadamente R$ 30 bilhões, distribuídos em ao menos 40 fundos de investimento, muitos deles fechados e com apenas um cotista, para dificultar a identificação dos reais beneficiários.

Esses recursos foram usados na compra de imóveis de alto valor, incluindo fazendas no interior de São Paulo e uma residência de luxo em Trancoso (BA), além de usinas de álcool, caminhões de transporte e até um terminal portuário.

As fraudes se estendiam ao setor de combustíveis, atingindo cerca de 2.500 postos em São Paulo, número equivalente a 30% do total do estado. A adulteração incluía concentrações de até 90% de metanol, substância tóxica e altamente inflamável cujo limite permitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de 0,5%.

       Agentes da Polícia Federal – Divulgação/PF

A importação e desvio clandestino desse produto pelo Porto de Paranaguá (PR) foram identificados como eixo central do esquema. Além da adulteração, os consumidores eram lesados por fraudes quantitativas, com bombas que registravam mais combustível do que efetivamente abastecido.

O Ministério Público e a Receita Federal também identificaram práticas de emissão de notas fiscais falsas em lojas de conveniência, usadas para justificar artificialmente a aquisição de postos de gasolina. Entre 2020 e 2024, as importações ilícitas de combustíveis somaram R$ 10 bilhões.

A ação mobilizou 1.400 agentes em oito estados e teve como alvos 350 pessoas físicas e jurídicas. Foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, dos quais seis foram cumpridos até o momento. Entre os líderes do esquema apontados pelas autoridades estão Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, que não haviam sido localizados. A Receita Federal autuou em R$ 891 milhões empresas ligadas ao grupo.

Entre as companhias envolvidas, estão o Grupo Aster/Copape, responsável por usinas e postos de combustíveis, o BK Bank, fintech que operava contas ocultas, e fundos como o Reag, utilizados para blindagem patrimonial. As investigações apontam ainda que 42 alvos atuavam diretamente na Avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo, demonstrando a infiltração do PCC em estruturas tradicionais do mercado de capitais.

Fonte: DCM

Carla Zambelli terá de pagar R$ 10 mil ao X, de Elon Musk; saiba o motivo

 

A deputada licenciada Carla Zambelli no início da sessão no Tribunal de Apelações de Roma na quarta-feira (27). Foto: Reprodução/TV Globo

O X, de Elon Musk, está cobrando cerca de R$ 10 mil de Carla Zambelli (PL-SP). Os advogados da rede social apresentaram à Justiça do Distrito Federal um pedido para que a deputada federal, atualmente presa na Itália, pague R$ 10.133,97 em até 15 dias, conforme informações do blog de Ancelmo Gois, do Globo.

A cobrança é resultado de uma condenação em processo aberto em 2024. Zambelli havia processado o X por permitir mensagens críticas de eleitores, mas não compareceu às audiências marcadas no Brasil após fugir para a Europa. A ausência levou à extinção do processo por desídia, e ela ainda foi condenada por litigância de má-fé.

Zambelli segue presa em Roma após decisão da Corte de Apelação da Itália nesta quinta-feira (28). O tribunal concluiu que existe o “grau máximo” de risco de fuga caso fosse solta, motivo pelo qual determinou sua permanência na prisão. A medida foi anunciada após audiência com três juízes italianos.

No processo, foram analisados laudos médicos apresentados pela defesa da parlamentar. Os magistrados concluíram que Zambelli tem condições de permanecer sob custódia. Segundo o documento, o perito destacou que a equipe da unidade prisional garante “a administração correta de terapias farmacológicas, o monitoramento básico e especializado constante da saúde e a administração correta e consistente das terapias estabelecidas”.

O caso também envolve o pedido de extradição feito pelo Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, formalizou a solicitação, já que a deputada foi condenada duas vezes pela Corte.

O processo segue em análise pela Justiça italiana, que decidirá se autoriza ou não o retorno da parlamentar ao Brasil.

       O bilionário Elon Musk, dono do X. Foto: Reprodução

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Escuta da PF expõe esquema do PCC com combustíveis: “Precisa ver como sonegar isso”


Agentes da Polícia federal, em conjunto com as receitas federal e estadual fizeram buscas e apreensões em endereços na Faria Lima, em São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

Uma frase registrada em uma escuta da Operação Carbono Oculto revela como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) tratavam fraudes no setor de combustíveis. A investigação expõe um esquema que movimentava desde importações irregulares até a adulteração de gasolina em postos de grandes redes. Com informações da Folha de S.Paulo.

Em um dos diálogos, dois investigados discutem a ideia de introduzir combustível sintético em São Paulo. Sem se preocupar com detalhes técnicos, um deles resumiu a prioridade do grupo: “Precisa ver como sonegar isso”.

Para o procurador do Gaeco, João Paulo Gabriel, o caso mostra que o PCC já não se limita a postos de bandeira branca. “Tem [fraude] em postos de grandes redes. Isso [da bandeira branca] é passado. O negócio deles é fraudar, não importa como”, disse.

Deflagrada na última quinta-feira (28), a operação cumpriu mais de 350 mandados em oito estados contra pessoas e empresas ligadas ao esquema.

Segundo a Receita Federal, o metanol entrava no Brasil pelo porto de Paranaguá (PR) com destino declarado a empresas químicas, mas era desviado para adulterar combustíveis. Em alguns casos, o nível da substância chegava a 50%, quando o limite permitido pela ANP é de 0,5%.

O Ministério Público afirma que até as máquinas de pagamento das lojas de conveniência de postos controlados pelo grupo transferiam recursos à facção. Estima-se que metade dos 44 mil postos no Brasil atuem sem bandeira, o que facilita a fraude.

O Sindicom, sindicato das distribuidoras, comemorou a ação e afirmou: “O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente”.

Polícia civil, Federal e Receita Federal se concentram para saída de megaoperação Carbono Oculto, com participação da Receita Federal. Foto: reprodução

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Itamaraty comunicará EUA sobre início do processo de reciprocidade nesta sexta-feira

Palácio do Itamaraty, em Brasília. Foto: Pablo Jacob

O Itamaraty comunicará nesta sexta-feira (29) ao governo de Donald Trump o início do processo de reciprocidade em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, conforme informações da CNN Brasil.

A decisão foi tomada após aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e coloca em movimento a Lei da Reciprocidade Econômica, sancionada neste ano.

Na noite de quinta-feira (28), o Ministério das Relações Exteriores acionou a Camex (Câmara de Comércio Exterior) para dar início às consultas e investigações que embasarão possíveis contramedidas. O comunicado oficial poderá ser feito pela embaixada americana em Brasília ou diretamente a Washington.

Segundo o governo, o procedimento abre espaço para a manifestação dos EUA e para negociações diplomáticas durante todo o processo.

Lula responde ameaça de nova taxa de Trump a quem regulamentar big techs: 'não são nosso patrimônio'
Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução

A Camex terá até 30 dias para elaborar um relatório técnico avaliando se as medidas americanas se enquadram na lei. Caso a conclusão seja positiva, será instalado um grupo específico para sugerir retaliações que podem atingir não apenas o comércio de bens, mas também serviços e propriedade intelectual.

Integrantes do governo reforçam que a abertura do processo não significa rompimento do diálogo, mas a necessidade de preservar a posição do Brasil frente às sobretaxas.

O pedido para acionar a lei foi feito pelo chanceler Mauro Vieira, que argumentou a Lula sobre a necessidade de antecipar os trâmites devido à complexidade do processo.

A discussão contou ainda com os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), que integram o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Dívida pública bruta do Brasil sobe a 77,6% do PIB em julho, diz BC

Em julho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 66,566 bilhões

       Moedas de reais (Foto: Reuters/Bruno Domingos)


Reuters - A dívida bruta do Brasil registrou alta em julho e ficou acima do esperado, enquanto o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário mais forte do que o projetado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou julho em 77,6 %, contra 76,6 % no mês anterior. Já a dívida líquida do setor público foi a 63,7%, de 62,9%.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 77,0% para a dívida bruta e de 63,4% para a líquida.

Em julho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 66,566 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 60,2 bilhões.

O desempenho mostra que o governo central teve rombo de R$ 56,361 bilhões no mês, enquanto Estados e municípios registraram déficit primário de R$ 8,148 bilhões e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 2,058 bilhões, mostraram os dados do Banco Central.

Fonte: Brasil 247 com Reuters