terça-feira, 26 de agosto de 2025

Eduardo ataca aliados que falam em substituir Bolsonaro em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

À medida que se aproxima o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), no processo sobre a tentativa de golpe de Estado, o deputado Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais uma mensagem direcionada a aliados que defendem a retirada do pai da corrida presidencial de 2026.

Para o parlamentar, que está radicado nos Estados Unidos desde fevereiro, qualquer articulação nesse sentido não será admitida nem considerada um gesto de apoio ao ex-presidente.

“Há uma curiosidade no ar: quanto mais próximo do julgamento do meu pai, mais pessoas têm falado sobre substituí-lo na corrida presidencial. E, de maneira descarada, essas mesmas pessoas ainda dizem que é para o bem de Bolsonaro, porque o apoiam. Se houver necessidade de substituir JB, isso não será feito pela força nem com base em chantagem”, escreveu Eduardo.

O deputado afirmou que os movimentos por uma eventual substituição soam como tentativa de pressionar a família Bolsonaro em um momento de fragilidade.

“Acho que já deixei claro que não me submeto a chantagens. Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de ‘única salvação’, porque não iremos nos submeter. Não há ganho estratégico em fazer esse anúncio agora, a poucos dias do seu injusto julgamento”, declarou.

Eduardo também comparou o julgamento no STF a uma forma de coerção contra Bolsonaro, que pode impactar sua elegibilidade em 2026. Segundo ele, a ação judicial funciona como “faca no pescoço” do ex-presidente, pressionando-o a desistir da corrida presidencial antes do tempo.

“O julgamento é a faca no pescoço de JB, é o ‘meio de pressão eficaz’ para forçar Bolsonaro a tomar uma decisão da qual não possa mais voltar atrás. Quem compactua com essa nojeira pode repetir mil vezes que é pró-Bolsonaro, mas não será percebido como apoiador e muito menos como merecedor dos votos bolsonaristas”, afirmou.

No mesmo texto, Eduardo ressaltou que não pretende criar divisões dentro da direita, mas advertiu que qualquer tentativa de forçar a saída de seu pai do cenário eleitoral será considerada traição. “São com atitudes – e não com palavras – que mostramos quem somos. Antes de mais nada, caminhar com Bolsonaro significa ter princípios, coerência e valores”, disse.

Ele ainda reforçou que a decisão sobre os próximos passos políticos caberá exclusivamente ao núcleo familiar e aos aliados mais próximos. “Aviso desde já, para depois não virem com a ladainha de que eu estou desunindo a direita ou sendo radical: na base da chantagem vocês não irão levar nada”, concluiu.

Fonte: DCM

Família e aliados divergem sobre ida de Bolsonaro a julgamento no STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação
A poucos dias do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista da qual é acusado, Jair Bolsonaro enfrenta um dilema que divide aliados, familiares e integrantes do PL. O ex-presidente avalia se comparece ao plenário da Corte quando os ministros iniciarem a análise da ação penal.

A possibilidade carrega forte peso simbólico, mas também riscos de desgaste político e pessoal. Dentro do PL, a ala mais radical defende a presença de Bolsonaro.

Deputados e senadores próximos argumentam que sua imagem no STF reforçaria a narrativa de perseguição política e de enfrentamento às instituições, estratégia que mobiliza sua base mais fiel. “A ausência pode ser lida como fragilidade política”, afirmam parlamentares desse grupo, que enxergam no gesto uma demonstração de coragem.

Já aliados mais pragmáticos recomendam cautela. Para esse setor, a presença de Bolsonaro não acrescentaria nada do ponto de vista jurídico, já que o julgamento segue independentemente da sua participação. Pelo contrário, poderia oferecer munição aos adversários, transformando a cena do ex-presidente sentado no banco dos réus em símbolo negativo.

Também há receio de que a presença estimule protestos inflamados, num momento considerado sensível pelo próprio partido. A família do ex-presidente também se divide. Michelle tem defendido que ele adote uma postura discreta, acompanhando as sessões de casa.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle Bolsonaro. Foto: Divulgação
O argumento central é preservar a saúde do marido, que enfrenta crises recorrentes de soluço que podem evoluir para vômitos. “Assistir de casa permitiria pausas necessárias durante as longas sessões”, tem argumentado a ex-primeira-dama.

Entre os filhos, há posições diferentes. O senador Flávio Bolsonaro, que atua na articulação política da família, recomenda que o pai não compareça, avaliando que a ausência pode ser mais prudente. Já Carlos e Eduardo têm manifestado preferência pela presença de Jair no STF, seguindo a linha de enfrentamento que mobiliza apoiadores.

Nos bastidores, advogados reforçam que a decisão de ir ou não ao plenário é política, não jurídica. A defesa avalia que o comparecimento não muda em nada o rumo do processo nem interfere na análise dos ministros. A presença, portanto, teria apenas valor estratégico e de imagem.

Para pessoas próximas ao ex-presidente, o impasse revela o equilíbrio difícil entre a manutenção da narrativa de perseguição e os riscos de exposição em um julgamento que tende a ser acompanhado em escala nacional e internacional.

Fonte: DCM

Rogério Correia critica plano de trabalho da CPMI do INSS: 'tendencioso'


Deputado do PT avalia que a forma como o relator tem conduzido a votação dos requerimentos compromete as investigações

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou nesta terça-feira (26) o plano de trabalho apresentado na CPMI do INSS, classificando-o como "tendencioso". Em entrevista ao UOL News, o parlamentar ressaltou que a forma como o relator tem conduzido a votação dos requerimentos favorece apenas um lado político e compromete a amplitude das investigações.

Correia destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, (PT) ao ser informado sobre a atuação de uma quadrilha no sistema de consignados do INSS, agiu de imediato em conjunto com a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério da Previdência para suspender descontos irregulares. "O que o presidente Lula fez foi, ao saber que essa quadrilha estava agindo, desarticulou, junto com a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e o ministro Volnei [Volnei Queiroz], e hoje colocou as coisas onde deviam ser colocadas e paralisou o processo ao paralisar os descontos", afirmou.

O parlamentar ressaltou que a existência de fraudes não foi espontânea, mas fruto de uma estrutura organizada. "Ter uma quadrilha atuando no governo não é novidade. Agora, esse processo existiu, não espontaneamente, ele foi montado. E esta montagem vai levar também às figuras importantes de serem aqui investigadas", declarou.

Para Correia, a seleção de requerimentos feita até agora aponta para uma condução parcial da CPMI. "Eu também já estranhei por que o requerimento que convoca Paulo Guedes não foi colocado entre os ministros. Então, evidentemente, aí já é tendenciosamente um lado que o relator assume para a colocação dos requerimentos", criticou.

O deputado relatou ainda que apenas pedidos do relator foram colocados em votação, sem espaço para outras propostas apresentadas por membros da comissão. "Hoje ele colocou para votar apenas os requerimentos do relator, nenhum outro requerimento. Todos são do relator a ser votado hoje, uma quantidade muito grande, o que significa que nós não sabemos depois se o presidente vai colocar, ou quando, outros requerimentos de votação", disse.

“Então vamos ver como é que é o andamento disso, mas a nossa intenção, além de eleger o vice-presidente, é ter um controle maior de plano de trabalho e de requerimentos aprovados que possam dizer realmente o que aconteceu e punir os responsáveis”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL News

Investigação sobre emendas parlamentares gera reação de Alcolumbre: "agressão à democracia"

Decisão do ministro do STF Flávio Dino levou a abertura de inquérito para analisar uso de quase R$ 700 milhões em recursos públicos

      Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), saiu em defesa das emendas parlamentares durante um seminário sobre gastos tributários realizado nesta terça-feira (26) na Câmara dos Deputados. A manifestação ocorre dias depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinar a abertura de investigação pela Polícia Federal para apurar 964 emendas que não tiveram plano de trabalho registrado, somando R$ 694 milhões.

Segundo Alcolumbre, tratar os repasses como ilícitos representa um risco às instituições democráticas. “A criminalização do Orçamento do Estado brasileiro ou do Congresso Nacional é a criminalização da democracia, da política e das instituições. Esse é um momento delicado da história, em que temos que defender as instituições, defender a democracia e o Estado brasileiros. Essas agressões também são [agressões] à nossa democracia e ao povo brasileiro”, afirmou o parlamentar, de acordo com a Folha de S. Paulo.

O inquérito anunciado por Dino foi motivado por decisão do STF que exige que as chamadas “emendas Pix” sejam executadas somente com aprovação de um plano de trabalho. Além da nova investigação, já tramitam na Corte mais de 80 inquéritos envolvendo possíveis irregularidades em emendas parlamentares. Entre eles está o caso que levou a Polícia Federal a investigar a cúpula da Câmara dos Deputados durante a presidência de Arthur Lira (PP-AL). À época, os líderes da Casa tentaram manter em sigilo a autoria de parte das emendas, prática considerada inconstitucional pelo Supremo.

Na fala desta terça-feira, Alcolumbre defendeu que o debate sobre o tema seja conduzido sem excessos. “É preciso ter equilíbrio e deixar de criminalizar por criminalizar”, disse. De acordo com interlocutores próximos ao presidente do Senado, suas críticas não foram direcionadas a Dino.

O senador ressaltou ainda a importância social das emendas parlamentares, principalmente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos. “Muitas vezes é uma emenda de um deputado ou senador que chega aos rincões do Brasil para fazer uma unidade de saúde, uma estrada, uma ponte, onde o Estado brasileiro sequer sabe que aquela ponte era necessária”, completou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

CPMI do INSS fixa conclusão para 28 de março de 2026 e define seis frentes de investigação

Relator Alfredo Gaspar apresenta plano de trabalho com foco em fraudes previdenciárias desde 2015, mapeando envolvidos, danos e falhas institucionais

       Alfredo Gaspar (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), estabeleceu 28 de março de 2026 como data-limite para a votação do relatório final e detalhou seis eixos de apuração. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o documento — com 16 páginas — fixa o marco temporal a partir de 2015, abrangendo as gestões de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao justificar a amplitude da investigação, Gaspar afirmou: “não nos furtaremos a investigar fatos que ocorreram em quatro gestões governamentais”.

Parlamentares governistas solicitaram uma conversa com o relator para sugerir ajustes no texto do plano de trabalho. A deliberação sobre o cronograma e as frentes de apuração foi conduzida em coordenação com a presidência da CPMI, no Senado, ocupada por Carlos Viana (Podemos-MG).

O plano de trabalho divulgado no dia 26 delimita fases de coleta, cruzamento e análise de dados, oitivas e diligências, para então consolidar um relatório até 28 de março de 2026. A expectativa do relator é que a combinação de quebra de sigilos autorizadas, cooperação com órgãos de controle e análise tecnológica ajude a desmontar o esquema e a recuperar parte dos recursos desviados.

Os seis eixos que orientarão a CPI do INSS são:

1) Mapeamento do esquema e do modus operandi

A CPMI pretende identificar como funcionavam as fraudes, incluindo falsificação de assinaturas, criação de entidades de fachada e outros mecanismos usados para viabilizar descontos indevidos e desvios em massa.

2) Identificação e responsabilização dos envolvidos

O relator quer apurar a participação de servidores do INSS, Dataprev e Ministério da Previdência, além de empresários do setor financeiro, integrantes dos Três Poderes e demais agentes. Preliminarmente, o plano aponta papel “destacado” de três nomes: Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, Domingos Sávio de Castro e Maurício Camisot.

3) Impacto nas vítimas e no erário

O colegiado vai dimensionar a quantidade de beneficiários atingidos e mensurar os prejuízos individuais e coletivos, quantificando o alcance social e financeiro das fraudes.

4) O caminho do dinheiro

A apuração seguirá o rastro dos valores, estimados em R$ 6,3 bilhões, para localizar destinatários e recuperar ativos. Nas palavras do relator: “A eficiência e tecnologia avançada dos meios de investigação, com a amplitude de possibilidade de obtenção de dados, serão fundamentais para descoberta e recuperação dos ativos criminosamente obtidos”.

5) Falhas institucionais e controle

Os deputados irão investigar por que denúncias internas sobre descontos irregulares teriam sido ignoradas por diretores e presidentes ao longo dos anos e por que o INSS não identificou antes a natureza sistêmica das fraudes.

6) Medidas preventivas e aperfeiçoamento legislativo

A CPMI avaliará propostas já em tramitação para reforçar a proteção dos beneficiários, além de sugerir novas mudanças legais voltadas à transparência, rastreabilidade e controle, com foco em prevenir a repetição dos crimes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Lula deve fazer discurso em defesa da soberania nacional na ONU

Presidente fará abertura da Assembleia Geral em Nova York e deve destacar multilateralismo, clima e paz mundial

Luiz Inácio Lula da Silva - 30/07/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve usar seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro, para reafirmar a soberania brasileira e defender uma ordem internacional mais equilibrada. A informação foi antecipada pela CNN Brasil.

Por tradição, o Brasil é o primeiro país a falar na tribuna da ONU em Nova York. Na sequência, será a vez do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar de dividir a atenção com o mandatário norte-americano, Lula não deve mencionar Trump ou os EUA diretamente, mas deve enviar recados sobre a necessidade de respeito à autonomia das nações e contra qualquer tentativa de interferência em assuntos internos.

⊛ Defesa da soberania e do multilateralismo

Lula deve reiterar que o Brasil “não está disposto a ser tratado como subalterno” em negociações internacionais. O presidente também deve enfatizar a importância do multilateralismo como ferramenta para enfrentar crises globais e buscar soluções conjuntas para os conflitos em andamento.

Além da pauta geopolítica, Lula deve reforçar a relevância das ações contra a mudança climática. O presidente pretende destacar o papel do Brasil como anfitrião da COP-30, que acontecerá em 2025, e apresentar o país como liderança global nas discussões ambientais.

⊛ Compromisso com a paz e o meio ambiente

A expectativa é de que o discurso inclua um forte apelo pelo fim das guerras atuais, com destaque para a necessidade de diálogo e diplomacia. Lula deve também ressaltar que a preservação ambiental é um dos principais caminhos para o desenvolvimento sustentável, colocando o Brasil como peça-chave no enfrentamento da crise climática.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

Flávio Dino determina que a Câmara explique urgência na votação do ‘PL da adultização'


Ministro do STF pede informações à Câmara após mandado de segurança de Marcos Pollon; urgência foi simbólica e texto retorna ao Senado

     Flávio Dino (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que a Câmara dos Deputados apresente informações sobre o rito que levou à aprovação do regime de urgência do chamado “pl da adultização”. A medida decorre de mandado de segurança apresentado pelo deputado Marcos Pollon (PL-MS), que contesta o procedimento conduzido pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), conforme informou o g1.

A solicitação de Dino é um passo processual para instruir a análise do pedido do parlamentar. A determinação ocorre após uma tramitação acelerada: a urgência foi aprovada no dia 19, em votação simbólica e sem encaminhamento de bancadas, o que gerou protestos da oposição; no dia seguinte, os deputados aprovaram o mérito do projeto e o texto voltou ao Senado por ter sido modificado na Câmara.

◎ O que motivou a disputa

A aprovação do requerimento de urgência em poucos minutos — sem debate em plenário — levou partidos de oposição a pedir o registro nominal de votos. O pedido, contudo, foi negado sob o argumento de que foi apresentado depois do resultado simbólico, o que acirrou os ânimos no plenário e virou alvo do questionamento judicial de Pollon.

◎ O que diz o projeto

Apresentado originalmente no Senado (PL 2.628/2022), o texto estabelece diretrizes de segurança para crianças e adolescentes em ambientes digitais. Entre as obrigações previstas aos provedores e plataformas estão: 

• verificação confiável de idade e identidade para impedir acesso de menores a conteúdos pornográficos; 
• regras específicas para o tratamento de dados de crianças e adolescentes e vedação à criação de perfis comportamentais para direcionamento de publicidade; 
• vínculo obrigatório das contas de usuários até 16 anos a um responsável legal; 
• mecanismos de controle parental, com alertas visíveis quando ativados, e limitações de tempo de uso; 
• processos para reportar conteúdos e crimes contra crianças e adolescentes às autoridades competentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

PGR deve defender manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro no STF

Manifestação do procurador-geral é aguardada após prazo dado por Alexandre de Moraes

Paulo Gonet, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) posição favorável à continuidade da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL)., segundo interlocutores próximos do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ouvidos pelo jornal O Globo. A avaliação é de que há uma baixa probabilidade de que a instituição se manifeste pela conversão da medida em prisão preventiva.

O posicionamento de Gonet é esperado depois que o ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu, nesta segunda-feira (25), prazo de 48 horas para que a PGR se pronunciasse sobre os esclarecimentos apresentados pela defesa de Bolsonaro. Os advogados do ex-mandatário negam que ele tenha descumprido medidas cautelares impostas pela Corte e rejeitam a tese de que ele tenha planejado solicitar asilo político à Argentina. As explicações foram exigidas por Moraes após relatório da Polícia Federal (PF) apontar indícios de desrespeito às condições estabelecidas em decisões anteriores.

A manifestação da PGR deve ser encaminhada nesta quarta-feira (28). Enquanto isso, a própria Procuradoria já apresentou parecer favorável ao reforço do monitoramento das medidas cautelares, em resposta a um pedido do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), que havia alertado para um possível risco de fuga.

O parlamentar encaminhou um ofício à PF, que imediatamente comunicou o Supremo e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sobre a solicitação. No despacho, Paulo Gonet defendeu que o monitoramento seja permanente e em tempo real, recomendando à Polícia Federal o destacamento de equipes em prontidão integral.

Embora tenha reforçado a necessidade de vigilância constante, Gonet ressaltou que o processo deve respeitar limites. Segundo ele, o monitoramento precisa ser realizado “com cuidado”, de modo a não invadir a esfera privada de Bolsonaro e não causar transtornos à vizinhança do ex-mandatário. A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi determinada em 4 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, no contexto das investigações conduzidas pelo STF e pela Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“Do lado do povo brasileiro” deve ser o novo slogan do governo Lula

Ministro Sidônio Palmeira apresenta o lema que sucede “União e Reconstrução” e será divulgado em vídeo institucional

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto - 30/7/25 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Na manhã desta terça‑feira (26 de agosto de 2025), durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, apresentou aos colegas o novo slogan do governo Lula. A informação foi divulgada inicialmente pela coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Segundo relatos recolhidos entre ministros e integrantes da Secom, o novo lema será “Do lado do povo brasileiro”, que substituirá o anterior “União e Reconstrução”. Nos próximos dias, um vídeo institucional do governo trará o novo slogan e, adicionalmente, a frase “Brasil dando a volta por cima”. A divulgação está prevista para o domingo, 31 de agosto.

Contexto e motivações

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, o slogan oficial do governo era “União e Reconstrução”, adotado em janeiro de 2023 como símbolo de superação e recomeço após o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Desde então, a Secom liderada por Sidônio Palmeira vinha sinalizando, em diferentes ocasiões, a necessidade de avançar para uma nova fase comunicacional. Em março, por exemplo, o mote “Brasil dando a volta por cima” foi testado internamente como guia para os porta‑vozes do governo, sem, contudo, substituir oficialmente o lema vigente.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

O esquema de segurança montado no STF para julgamento de Bolsonaro

Jair Bolsonaro durante julgamento da denúncia da PGR sobre a trama golpista no Supremo, em março. Foto: Antonio Augusto/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) prepara um esquema especial de segurança para o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no processo da trama golpista, marcado para começar em 2 de setembro. Entre as medidas estão varreduras nas casas dos ministros, restrição de acesso à Praça dos Três Poderes e reforço no policiamento do tribunal, com agentes dentro da sede da Corte.

Cerca de 30 policiais requisitados de outros tribunais já estão em Brasília, integrados ao efetivo da Polícia Judicial. Para abrigar os agentes, o Supremo montou dormitórios improvisados, com beliches, para garantir presença permanente no local. A expectativa é que eles permaneçam no tribunal por pelo menos dois meses, com chance de prorrogação.

A decisão pelo reforço foi motivada pelo aumento das ameaças contra ministros com a proximidade do julgamento e pela possibilidade de condenação de Bolsonaro. O STF considera que a atual Polícia Judicial precisa de ampliação no efetivo permanente e estuda contratar ao menos 40 novos policiais para compor o quadro fixo de segurança.

Outro fator de preocupação é a coincidência do julgamento com as comemorações do 7 de Setembro. A data cairá entre as duas semanas de sessões, e grupos bolsonaristas já convocaram manifestações que podem concorrer com os desfiles cívico-militares. O tribunal avalia que os ataques e pressões contra a Corte podem continuar mesmo após a decisão, prolongando o clima de tensão.

Grades na praça dos Três Poderes, em frente ao STF, em Brasília. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A segurança teme, sobretudo, ações isoladas, como a de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, que em 2023 se explodiu em frente ao STF. Para evitar dar notoriedade a esse tipo de ação, os agentes passaram a chamar indivíduos desse perfil de “ratos solitários”, em vez de “lobos solitários”.

Por isso, as grades de proteção instaladas ao redor do prédio, retiradas simbolicamente em 2024, foram recolocadas e devem permanecer indefinidamente.

O tribunal também se prepara para a possibilidade de Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, decidir comparecer pessoalmente ao julgamento. Ele confidenciou a aliados o desejo de encarar os ministros que considera adversários. Caso isso aconteça, o esquema de segurança será reforçado ainda mais, diante do potencial de comoção e mobilização política em torno de sua presença.

As sessões do julgamento foram marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, prevê que a análise do caso dure até duas semanas. A decisão final deve coincidir com a posse de Edson Fachin na presidência do STF, no fim do mês, o que aumenta o peso político do processo.

Fonte: DCM

CPMI do INSS convoca “Careca” e dez ex-presidentes do instituto para depor sobre fraudes

Colegiado que investiga fraudes no INSS também aprovou plano de trabalho

Brasília (DF), 26/08/2025 - Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, nesta terça-feira (26), a convocação de dez ex-presidentes do instituto, além de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ele é apontado como principal articulador do esquema que lesou aposentados e pensionistas.

A lista de convocados inclui os presidentes do INSS que atuaram nos governos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também foram aprovadas as convocações do advogado Eli Cohen, responsável por denunciar fraudes no órgão, e do empresário Maurício Camisotti, apontado como sócio oculto de uma entidade e suposto beneficiário das irregularidades na Previdência.

Além deles, três ex-ministros da Previdência Social serão convidados a depor: Eduardo Gabas, que integrou o governo Dilma; José Carlos Oliveira, do governo Bolsonaro; e Carlos Lupi, ex-ministro no governo do presidente Lula.

Fonte: Brasil 247

Lula: Eduardo Bolsonaro é um traidor e deveria ter sido expulso da Câmara há tempos

A declaração foi feita durante reunião com os 38 ministros de seu governo, no Palácio do Planalto, em Brasília

       Presidente Lula (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom contra o clã Bolsonaro nesta terça-feira (26), ao afirmar que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “é um traidor” e deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados “há muito tempo”. A declaração foi feita durante reunião com os 38 ministros de seu governo, no Palácio do Planalto, em Brasília, encontro que serviu para avaliar o andamento de projetos e planejar as entregas da gestão no período que antecede as eleições de 2026.

Segundo Lula, o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo representa “uma das maiores traições que a pátria já sofreu”. Ele acusou o parlamentar de trabalhar contra os interesses nacionais. “Eduardo Bolsonaro deveria ter sido expulso da Câmara. Ele está insuflando outro Estado contra o Brasil. No campo da política, isso precisa ser enfrentado. Ele adotou os Estados Unidos como pátria, nega a sua pátria e tenta insuflar o ódio de alguns americanos contra o povo brasileiro”, afirmou.

O presidente ainda ironizou a postura do deputado: “Se gostássemos de imperador, o Brasil seria uma monarquia ainda. Queremos o Brasil republicano”.

No mesmo encontro, Lula também se posicionou sobre declarações recentes do presidente dos EUA Donald Trump, que ameaçou países que desafiem o domínio de empresas de tecnologia estadunidenses . “Trump ameaça qualquer país. Disse que quem ameaçar suas big techs será penalizado. Isso pode ser um problema, porque quem quiser entrar em nosso espaço aéreo ou marítimo tem que prestar contas às nossas legislações. É assim que vamos fortalecer nossa soberania e democracia”, declarou.

O presidente frisou ainda que o Brasil está disposto a negociar em pé de igualdade em qualquer mesa internacional. “O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, estão à disposição para sentar com qualquer país sobre a questão comercial. Só não vamos ser tratados como subalternos. Isso não vamos aceitar. Nosso compromisso é com o povo brasileiro”, disse Lula.


Fonte: Brasil 247

“Não somos subalternos”: Lula defende soberania e detona Eduardo e Trump em reunião ministerial


      O presidente Lula em abertura de reunião ministerial. Foto: Reprodução

O presidente Lula reuniu seus 38 ministros nesta terça (26), no Palácio do Planalto, para alinhar a execução de ações prioritárias do governo até 2026. O encontro, cuja abertura foi transmitida pela imprensa, serviu também de palco para novas críticas sobre a guerra em Gaza e contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

As críticas de Lula ganharam força após declarações recentes do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que atacou o petista por sua postura em relação ao conflito no Oriente Médio, chamando-o de “antissemita declarado e apoiador do Hamas”.

Lula apontou que o Brasil não aceita ser tratado como um país inferior em negociações internacionais. “Somos um país soberano, temos uma constituição, uma legislação, quem quiser entrar, no nosso espaço, tem que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação”, disse o petista.

Segundo ele, ministros como Geraldo Alckmin (vice-presidente e chefe da pasta de Desenvolvimento), Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) trabalham continuamente para negociar em condições de igualdade, mas nunca em posição de submissão.

“Estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja o assunto que for, sobretudo na questão comercial. Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém”, prosseguiu.

As críticas de Lula ganharam força após declarações recentes do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, que rebateu a postura brasileira em relação ao conflito no Oriente Médio. Para Lula, é inaceitável que interesses externos tentem ditar a política nacional. Ele reforçou que o Brasil está disposto a dialogar, mas não a abrir mão de sua independência.

O presidente também aproveitou a reunião para detonar a família Bolsonaro, especialmente o deputado Eduardo (PL-SP). Ele voltou a classificá-lo como “traidor da pátria” por sua articulação golpista nos Estados Unidos para interferir no julgamento do pai, Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF).

“É, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus. Não conheço na história desse país algum momento em que um traidor da pátria teve a desfaçatez de mudar para o país, que ele está adotando como pátria, negando a sua pátria e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro”, acrescentou.
Durante o encontro, Lula disse acreditar que Eduardo já deveria ter sido cassado pela Câmara dos Deputados e pediu que seus ministros passem a reforçar, em entrevistas e pronunciamentos, a defesa da soberania nacional. “Se a gente gostasse de imperador, não tinha acabado com o Império”, acrescentou.

Além das questões políticas e diplomáticas, o presidente tratou de projetos centrais de seu mandato. Entre eles, está a proposta que isenta do Imposto de Renda (IR) trabalhadores que ganham até R$ 5 mil, cuja aprovação depende do Congresso. O avanço das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também está entre as prioridades.

O governo monitora ainda os efeitos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Diante da dificuldade em negociar com Washington, Lula orientou sua equipe a buscar alternativas em outros mercados e fortalecer parcerias comerciais.

Fonte: DCM

Bolsonaro é abandonado nas redes sociais às vésperas do julgamento no STF

    O ex-presidente Jair Bolsonaro usando seu celular. Foto: reprodução


O bolsonarismo, que por quase uma década dominou as redes sociais com narrativas virais e hegemonia no discurso digital, enfrenta queda visível no engajamento às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A desmobilização nas plataformas, somada às decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Silas Malafaia, expõe um movimento sem a mesma capacidade de reação que marcou a ascensão política da extrema-direita.

Essa mudança de cenário ocorre a apenas uma semana do início do processo considerado o mais importante da história do grupo. A partir de 2 de setembro, Bolsonaro e sete aliados serão julgados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, em um caso que pode resultar em condenações com prisão. Mesmo diante da gravidade, os principais articuladores digitais do ex-presidente ainda não conseguiram reorganizar sua base.

À coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, um aliado próximo ao ex-presidente resumiu o enfraquecimento: “O Bolsonaro perdeu as redes e perdeu a mídia. Falta também uma comunicação profissional estar ao lado da defesa técnica dele”. O réu por tentativa de golpe de Estado sempre deixou seus perfis serem administrados pelo filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro.

Bolsonaro olhando o celular de Carluxo. Foto: reprodução
O diagnóstico é reforçado por Manoel Fernandes, presidente da consultoria Bites, que avalia: “O bolsonarismo sempre atuou num campo monotemático. Eles elegem um tema e vão para cima. Sem a presença digital do Bolsonaro, eles ficam em busca de um novo líder para dar uma ordem”.

Em meio ao cenário de desarticulação, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, declarou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, seria a “única saída” para evitar a condenação de Bolsonaro. Em evento do grupo Esfera Brasil, em São Paulo, Valdemar atacou o STF e Moraes, classificando o julgamento como “uma guerra”.

“Isso é uma guerra e eu não acho que o Trump vai perder essa guerra, é minha opinião. O Trump é a única saída que nós temos, não temos outra. Porque quando o poder judiciário se comporta dessa maneira é a pior coisa que existe para todo o país. Por quê? Porque você não tem para quem recorrer”, disse.

Valdemar ainda recordou que, em julho, Trump criticou publicamente o processo contra Bolsonaro ao anunciar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, classificando o caso como “caça às bruxas”. A ligação com o presidente estadunidense é vista pelo PL como último recurso para frear o desgaste político e jurídico do ex-presidente.

Enquanto isso, uma pesquisa Genial/Quaest mostrou que 55% dos brasileiros consideram justa a prisão domiciliar de Bolsonaro, contra 39% que a rejeitam e 6% que não opinaram.

O levantamento apontou também que 52% acreditam que ele participou do plano golpista após as eleições, índice que vem crescendo desde 2023. Entre os eleitores “nem-nem”, que não se identificam com esquerda ou direita, 58% já enxergam envolvimento direto de Bolsonaro na trama, e 60% apoiam a prisão domiciliar.

O julgamento terá cinco sessões reservadas na Primeira Turma do STF entre os dias 2 e 12 de setembro. Moraes deve dedicar cerca de três horas ao voto, dividindo-o entre a análise das teses de defesa e a dosimetria das penas. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, admitiu que o processo traz “algum grau de tensão para o país”.

Fonte: DCM