quinta-feira, 21 de agosto de 2025

“Exilado”, Eduardo Bolsonaro chama os Estados Unidos de “essa porra aqui”

Deputado se irritou após Jair Bolsonaro chamá-lo de imaturo e enviou mensagens ofensivas ao pai

      Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em mensagens reveladas pela Polícia Federal e divulgadas pela Folha de S.Paulo, chamou os Estados Unidos de “essa porra aqui” ao reclamar com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar está em Washington desde março, onde atua em articulações políticas para promover ataques do governo norte-americano contra a soberania brasileira.

O estopim da troca de ofensas foi uma entrevista concedida em 15 de julho ao portal Poder360, quando Jair Bolsonaro afirmou que o filho ainda era “imaturo” para a política. Irritado, Eduardo disparou pelo WhatsApp: “VTNC SEU INGRATO DO CARALHO!”, além de reclamar que estava sendo prejudicado em sua atuação no exterior: “Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI”.

☆ Conflito familiar

As mensagens mostram que Eduardo se sentiu desautorizado pelo pai ao falar sobre sua relação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Jair Bolsonaro havia dito na entrevista que as divergências entre os dois estavam superadas e, ao comentar sobre o filho, declarou: “Apesar de ter feito 40 anos, ele não é tão maduro assim, talhado para a política. Acerta 90% das vezes, 9% quando meio e 1% erra”.O deputado respondeu pedindo que fosse tratado como outros ex-presidentes: “Quero que vc olhe para mim e enxergue o Temer, vc falaria isso do Temer?”. Mais tarde, na madrugada de 16 de julho, Eduardo pediu desculpas: “Peguei pesado... estava puto na hora”.

☆ Malafaia repreende Bolsonaro

O relatório da PF também cita mensagens do pastor Silas Malafaia criticando a postura de Jair Bolsonaro. “Você queimar seu garoto, aí não. Vai me desculpar. E olha que eu bato. Eu mando mensagem para EDUARDO batendo nele”, afirmou. Para Malafaia, a declaração foi um equívoco político: “Você podia até defender o Tarcísio. Agora, você batendo no teu filho, que está trabalhando junto a assessores de Donald Trump, aí você errou, mas errou feio”.

☆ Investigações no STF e articulações nos EUA

A atuação de Eduardo nos Estados Unidos, onde busca sanções contra autoridades brasileiras, levou a Procuradoria-Geral da República a solicitar ao STF a abertura de inquérito. O deputado é investigado por possíveis crimes como obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Em nota, Eduardo disse que as acusações são um “crime absolutamente delirante” e classificou como “lamentável e vergonhoso” o vazamento de conversas privadas com o pai.

Paralelamente, ele tem defendido a ampliação das sanções contra autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky, em articulação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em reuniões recentes em Washington, Eduardo apontou supostos ganhos financeiros da família do ministro Alexandre de Moraes e acusou bancos brasileiros de não aplicarem integralmente as punições determinadas pelo governo norte-americano.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Governo Lula amplia acesso à saúde bucal com entrega de 400 unidades odontológicas móveis

Novo PAC Saúde investe R$ 152 milhões em veículos que atenderão 1,4 milhão de pessoas em áreas remotas do país

      Unidades Odontológicas Móveis (Foto: Igor Evangelista/MS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira (21), em Sorocaba (SP), da cerimônia de entrega de 400 Unidades Odontológicas Móveis (UOM) a municípios de todo o Brasil. A iniciativa integra o Novo PAC Saúde e representa um investimento de R$ 152 milhões.

O evento conta com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e de outras autoridades. As novas unidades vão reforçar a cobertura odontológica do Sistema Único de Saúde (SUS), beneficiando diretamente cerca de 1,4 milhão de pessoas em comunidades rurais, indígenas, quilombolas, assentamentos e entre a população em situação de rua.

☆ Retomada do programa Brasil Sorridente

A ação marca a retomada, após uma década, do programa Brasil Sorridente, voltado para levar atendimento odontológico a regiões de difícil acesso. Cada veículo é equipado com consultório completo, incluindo cadeira odontológica, aparelho de raio-X, gerador de energia, ar-condicionado e equipamentos essenciais para o tratamento de pacientes. A frota terá renovação prevista a cada cinco anos, garantindo mais eficiência e continuidade dos serviços.

As unidades móveis funcionam como extensão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e podem oferecer desde procedimentos primários até serviços especializados, como tratamento de canal e próteses dentárias. Quando necessário, os pacientes podem ser encaminhados para Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) ou Serviços de Especialidades em Saúde Bucal (Sesb).

☆ Ampliação das equipes de saúde bucal

O Ministério da Saúde informou que o número de equipes de Saúde Bucal credenciadas cresceu de 29 mil, em 2022, para 34 mil em 2024. Cada UOM contará com dentistas e auxiliares ou técnicos de saúde bucal, e os gestores municipais poderão compartilhar os veículos entre diferentes equipes, ampliando a cobertura em localidades prioritárias.

☆ Distribuição das novas unidades

O Nordeste foi a região que mais recebeu veículos nesta primeira etapa, com 207 UOMs. Em seguida, o Norte ficou com 95, o Sudeste com 45, o Centro-Oeste com 32 e o Sul com 21 unidades. Até 2026, o governo prevê a entrega de mais 400 veículos, totalizando 800 novas unidades em todo o país.

A seleção dos municípios levou em conta critérios como vulnerabilidade socioeconômica, extensão territorial e proporcionalidade regional, buscando equilibrar a distribuição e garantir que o atendimento chegue a quem mais precisa.
tabela
☆ Novas regras e investimentos

Durante o evento, também será assinada uma portaria que reajusta os valores de implantação das unidades móveis, de R$ 7 mil para R$ 9,36 mil, igualando o repasse ao valor mensal. Além disso, as equipes de saúde bucal poderão atuar em diferentes frentes, como as Estratégias de Saúde da Família Ribeirinhas, o programa Consultório na Rua e a e-Multi Indígena.

Outro avanço é que os municípios passam a poder credenciar suas próprias unidades, inclusive as adquiridas por meio de emendas parlamentares, o que deve ampliar ainda mais o alcance da assistência.

O Ministério da Saúde destacou que os investimentos em saúde bucal no SUS triplicaram entre 2022 e 2024, passando de R$ 1,5 bilhão para R$ 4,3 bilhões. Os recursos são destinados à ampliação do acesso, melhoria da qualidade dos serviços e fortalecimento do Brasil Sorridente.

☆ Integração com outros programas

A entrega das unidades móveis também está alinhada ao programa Agora Tem Especialistas, que busca ampliar o atendimento especializado em áreas de difícil acesso. Enquanto carretas de saúde levam exames e cirurgias, as UOM reforçam o atendimento primário e odontológico nessas mesmas regiões, garantindo mais inclusão e qualidade nos cuidados.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro sai em defesa de Malafaia após operação da PF

Deputado manifestou apoio ao pastor-empresário após busca autorizada pelo STF no âmbito do inquérito sobre tentativa de golpe

        Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais para prestar apoio ao pastor bolsonarista Silas Malafaia depois de o líder religioso ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). A PF cumpriu mandados de busca pessoal e de apreensão de celulares contra Malafaia, nesta quarta-feira (20), no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que investiga coação no curso do processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Nesse processo, Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo também figuram como réus.

Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro enviou uma mensagem direta ao pastor. “Então, siga firme e forte, ‘tamo’ junto pastor, o senhor, igual a mim, está preocupado com o Brasil e com os brasileiros, bola para frente, vamos embora”, disse o parlamentar, de acordo com a CNN Brasil.

O deputado também classificou a operação e a divulgação de diálogos envolvendo Malafaia como uma “cortina de fumaça”. “Tem circulado aí uns áudios do pastor Silas Malafaia, vazaram, mais uma vez, através de Fishing Expedition. Pegam o celular do Bolsonaro, vazam o que interessa, jogam uma cortina de fumaça para o que realmente importa”, afirmou.

No mesmo dia da operação, a Polícia Federal tornou públicas conversas extraídas do celular do celular de Jair Bolsonaro, nas quais Malafaia teceu duras críticas a Eduardo Bolsonaro. “Esse seu filho Eduardo é um babaca. Inexperiente que está dando a Lula e a esquerda o discurso nacionalista, e, ao mesmo tempo, te ferrando”, diz o pastor-emporesário em um dos apudios extraídos pela perícia da PF.

Na sequência, Malafaia prosseguiu: “Um estúpido de marca maior, estou indignado. Só não faço um vídeo e arrebento com ele por consideração a você. Não sei se vou ter paciência e ficar calado, se esse idiota falar mais alguma asneira”. As críticas estariam relacionadas à condução de Eduardo diante da repercussão do tarifaço imposto pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes determinou que Malafaia entregasse seu passaporte e fique proibido de deixar o país. O religioso também não poderá manter contato com outros investigados, como Jair Bolsonaro e o próprio Eduardo. O religioso foi abordado no momento em que embarcava para Lisboa, Portugal, e teve bens pessoais recolhidos pela Polícia Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Zé Trovão ameaça Moraes em discurso na Câmara: “vamos acabar com a sua vida” (vídeo)

Parlamentar bolsonarista fez ataque ao ministro do STF ao defender Silas Malafaia, mas depois tentou recuar da declaração

         Zé Trovão (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante discurso na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (20). Em uma fala para defender o pastor Silas Malafaia, alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal, o deputado afirmou que a oposição "acabaria com a vida" de Moraes.

“Que dia para se dizer mais uma vez ao Supremo Tribunal Federal. Continuem perseguindo as pessoas. Estão no caminho certo para que, daqui a pouco tempo, este país seja uma desgraça definitiva. Alexandre de Moraes, presta atenção, o seu dia, o seu fim está próximo e nós vamos acabar com a sua vida”, disse Zé Trovão.

☆ Tentativa de recuo após a repercussão

Após o impacto de suas palavras, o deputado voltou ao microfone para tentar suavizar o teor de sua declaração. “Quero fazer uma correção na minha fala quando citei o Moraes. Eu disse ‘destruir a sua vida’ e isso não é verdade de maneira nenhuma. Nós não estamos aqui para destruir vidas, e sim as ações erradas que ele tem tomado, então eu quero retirar a minha palavra. Nós iremos acabar com a injustiça que ele comete”, declarou Zé Trovão.

☆ O caso de Silas Malafaia

O alvo da operação que motivou o pronunciamento do parlamentar foi o pastor Silas Malafaia. Ele foi abordado por agentes da Polícia Federal no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, logo após retornar de Lisboa, onde participava de eventos ligados à Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Na decisão, Alexandre de Moraes destacou que as condutas de Malafaia, em “vínculo subjetivo” com o ex-presidente Jair Bolsonaro, configuram “claros e expressos atos executórios” dos crimes de coação no curso do processo e de obstrução de investigação de organização criminosa.

☆ Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro também são investigados

O mesmo inquérito levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusados de coação contra integrantes da Corte. Moraes já havia determinado que o ex-presidente usasse tornozeleira eletrônica e se abstivesse de manter contato com autoridades estrangeiras e com o próprio filho, Eduardo.

A medida foi descumprida quando Bolsonaro participou por telefone de atos de apoiadores em diferentes capitais. O ministro considerou a conduta uma violação das cautelares e determinou prisão domiciliar ao ex-mandatário. Em sua decisão, Moraes escreveu: “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal”.

 

Fonte: Brasil 247

Defesa diz que Bolsonaro descartou pedido de asilo político à Argentina

Defesa nega que ex-mandatário tenha cogitado fuga, apesar de minuta encontrada em celular, segundo investigação da PF

           Jair Bolsonaro - 24/03/2025 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O advogado Paulo da Cunha Bueno, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) no processo que apura a suposta trama golpista, afirmou que o cliente recebeu, de fato, uma sugestão para solicitar asilo político na Argentina, mas rejeitou a proposta. De acordo com Cunha Bueno, uma minuta chegou a ser enviada ao ex-mandatário, como apontou a Polícia Federal (PF), mas Bolsonaro não levou a ideia adiante.

“Essa proposta ocorreu há mais de um ano e meio, e ele rechaçou”, disse o advogado, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. “A fuga nunca foi uma opção. Depois de rejeitar a ideia do asilo, o ex-presidente não apenas permaneceu no Brasil, como compareceu a todos os atos do processo contra ele, inclusive àqueles para os quais não foi convocado”, completou.

O advogado destacou que Bolsonaro esteve presente inclusive na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) em que a Corte decidiu pelo recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele. Segundo Cunha Bueno, a presença não era obrigatória, mas demonstraria que o ex-presidente não tinha intenção de se ausentar da Justiça.

Apesar das declarações da defesa, a Polícia Federal localizou no celular de Bolsonaro um rascunho de carta destinada ao presidente de extrema direita da Argentina, Javier Milei, com um pedido de asilo. O documento teria sido redigido, segundo a investigação, pela esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, destacou que a minuta foi salva no aparelho de Bolsonaro em 10 de fevereiro de 2024, apenas dois dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, autorizada pela Suprema Corte. Moraes determinou que a defesa apresentasse explicações para o documento no prazo de 48 horas.

O ministro também chamou atenção para outro ponto do relatório da Polícia Federal: a constatação de que Bolsonaro teria descumprido repetidas vezes medidas cautelares impostas pelo STF. De acordo com a apuração, a restauração de dados de backup revelou intensa atividade do ex-mandatário nas redes sociais, o que contrariava determinações judiciais anteriores.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Indiciados pela PF, Bolsonaro e Eduardo podem pegar 12 anos de cadeia

Jair e Eduardo Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito

      Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) indiciou Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sob as acusações de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A apuração indica que os dois atuaram para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento que envolve Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Somadas, as penas previstas podem chegar a 12 anos de prisão, informa o jornal O Globo.

De acordo com a PF, mensagens obtidas mostram que pai e filho buscaram apoio junto a autoridades dos Estados Unidos para interferir em processos judiciais no Brasil. Segundo o relatório, houve uma “ação consciente e voluntária junto a autoridades norte-americanas para obter medidas contra o Estado brasileiro com a finalidade de coagir autoridades brasileiras, em especial ministros do Supremo Tribunal Federal”.

◈ Pressão internacional e apoio de Donald Trump

O documento aponta que Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos, articulou contatos políticos para sustentar a narrativa de que Bolsonaro seria vítima de perseguição judicial. O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a adotar medidas contra o Brasil, incluindo tarifas sobre produtos brasileiros e sanções contra ministros do STF, como Alexandre de Moraes, utilizando a chamada Lei Magnitsky.

Mensagens apresentadas pela PF indicam que Eduardo buscava garantir a proteção do pai diante das ações penais. Em uma delas, enviada em julho, ele escreveu: “Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar (…) Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto”.

Na mesma data, Donald Trump declarou em sua rede social que o Brasil estaria cometendo uma “coisa terrível” contra Bolsonaro, afirmando acompanhar uma “caça às bruxas” contra o aliado político.

◈ Defesa de Eduardo Bolsonaro

Em nota divulgada nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro classificou o indiciamento como “absolutamente delirante”. Segundo ele, sua atuação no exterior teria como finalidade “restabelecer as liberdades individuais no país” e não interferir em processos em curso.

“É lamentável e vergonhoso ver a Polícia Federal tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai e filho e seus aliados. O objetivo é evidente: não se trata de justiça, mas de provocar desgaste político. Se meu crime for lutar contra a ditadura brasileira, declaro-me culpado de antemão”, escreveu.

◈ Envolvimento de Silas Malafaia

A operação também atingiu o pastor Silas Malafaia, alvo de busca e apreensão ao desembarcar no Rio de Janeiro, vindo de Lisboa. Segundo a PF, ele teria atuado de forma articulada com Bolsonaro e Eduardo, configurando “atos executórios” dos crimes investigados.

Mensagens coletadas revelam que o líder religioso estimulava estratégias de pressão contra o STF. Em julho, Malafaia enviou a Bolsonaro uma mensagem sobre um vídeo que planejava publicar nas redes sociais em resposta ao aumento tarifário imposto por Donald Trump. “Presidente, você voltou para o jogo. (…) A próxima retaliação vai ser contra ministros do STF e suas famílias. Vão dobrar a aposta apoiando o ditador? DUVIDO”, escreveu.

De acordo com a PF, as evidências reforçam a existência de uma “empreitada criminosa” voltada a intimidar ministros do STF e favorecer os interesses de Bolsonaro no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Entorno de Bolsonaro teme prisão comum após plano de asilo na Argentina

Documento encontrado pela PF em celular do ex-presidente gera apreensão entre aliados

Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A revelação de um rascunho de pedido de asilo político à Argentina, encontrado no celular de Jair Bolsonaro, acendeu o alerta entre aliados e advogados do ex-presidente. Segundo reportagem de O Globo, conselheiros jurídicos avaliam que o documento pode ser usado como indício de tentativa de fuga, aumentando as chances de que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine sua transferência para uma prisão comum ou para uma unidade militar.

O arquivo, intitulado “Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx”, foi localizado pela Polícia Federal (PF) durante operação que apreendeu o aparelho do ex-presidente. Embora não tenha data nem assinatura, o relatório aponta que a última modificação ocorreu em 12 de fevereiro de 2024, dias após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que apura a tentativa de golpe de Estado.

“O conteúdo revela que JAIR MESSIAS BOLSONARO praticou atos para obter asilo político na Argentina. Embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu teor revela que o réu, desde a deflagração da operação Tempus Veritatis, planejou atos para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal”, afirma a PF no relatório.

Entre aliados, a apreensão é de que o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no STF, interprete o episódio como prova de descumprimento de medidas cautelares. Moraes já determinou que Bolsonaro apresente explicações em 48 horas e solicitou manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Integrantes da defesa temem que, diante da suspeita de tentativa de fuga, Moraes converta a prisão domiciliar em regime fechado, o que poderia levar o ex-presidente a uma cela convencional ou a um quartel militar. A perspectiva é vista como um dos cenários mais delicados desde a prisão de Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bolsonaro tem apenas 48 horas para explicar possível pedido de asilo a Milei

Ministro do STF cobra esclarecimentos da defesa de Bolsonaro sobre documento encontrado pela PF no celular do ex-presidente

     Jair Bolsonaro (à esq.) e Javier Milei (Foto: Reuters)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa de Jair Bolsonaro apresente, no prazo de 48 horas, explicações sobre um documento de pedido de asilo político encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-presidente. A informação foi publicada pela Agência Brasil nesta quinta-feira (21).

Segundo o relatório da PF, Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados na investigação que apura a participação do ex-presidente em tramas golpistas e também em irregularidades relacionadas às tarifas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil. O documento em questão tem 33 páginas, estava salvo no celular desde 2024, não possui assinatura ou data, e cogita a possibilidade de Bolsonaro solicitar asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.

◉ Descumprimento de medidas cautelares

Na decisão, Moraes destacou que o relatório policial apontou “diversas tentativas de burlar as medidas cautelares impostas”, como a proibição de contato com outros investigados e de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de perfis de terceiros. De acordo com a apuração, Bolsonaro manteve comunicações clandestinas com aliados para orientar publicações nas redes, além de ter recebido contato do general Braga Netto mesmo após ordem judicial que impedia esse tipo de interação.

“Diante do exposto. Intime-se a defesa de Jair Bolsonaro para que, no prazo de 48 horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, afirmou Moraes.

◉ PGR avalia denúncia

O caso já foi enviado pelo ministro à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferecerá denúncia formal contra Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro ao STF. Caso a denúncia seja aceita, ambos poderão se tornar réus nas investigações.

Fonte: Brasil 247

Lula lidera 1º turno de 2026 e vence todos os adversários no 2°, diz Quaest

O presidente Lula – Foto: Reprodução

O presidente Lula lidera a disputa presidencial de 2026 no primeiro turno e venceria todos os adversários no segundo, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (21). O levantamento mostra que o inelegível Jair Bolsonaro perdeu força após o tarifaço. Já Tarcísio de Freitas aparece pela primeira vez como principal adversário de Lula em um eventual segundo turno, embora também tenha sofrido desgaste pela associação a Bolsonaro:

Lula lidera todos os cenários de 1º turno; Jair Bolsonaro (mesmo inelegível) continua sendo o nome mais competitivo para ir a um eventual segundo turno contra Lula (34 x 28).

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução
Na comparação dos cenários de 2º turno, porém, há uma novidade. Pela primeira vez, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, passa a ser o nome mais forte da oposição em um eventual segundo turno contra Lula (43 x 35 = 8 pts).

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução
Mesmo sendo o nome mais competitivo da direita, Tarcísio também sofreu desgaste pela associação a Bolsonaro no tarifaço. A vantagem de Lula sobre ele subiu de 4 para 8 pontos entre julho e agosto.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução


Se a eleição fosse hoje, Tarcísio venceria Lula por 17 pontos em SP, por 15 pontos em GO, por 14 pontos no PR e por 5 pontos no RS. Em MG e no Rio eles empatariam. Lula venceria Tarcisio por 42 pontos na Bahia e 39 pontos em Pernambuco.

Em relação a Bolsonaro, Lula abriu uma vantagem ainda maior entre julho e agosto: dobrou, passou de 6 para 12 pontos. Esse resultado reforça o mal desempenho de Bolsonaro diante do tarifaço.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução




Diferentemente de Tarcísio, Bolsonaro empataria com Lula em SP, um resultado desastroso se considerarmos que o ex-presidente conseguiu abrir 30 pontos de vantagem sobre Haddad em 2018 e 10 pontos de vantagem sobre o Lula em 2022.

A vantagem de Lula também se abriu em um eventual 2º turno contra Michelle: em julho, Lula tinha 7 pontos a mais que ela; em agosto, ele passou a ter 13 pontos a frente!


Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução



O melhor resultado de Michelle contra o Lula seria em Goiás, onde ela venceria ele por 15 pontos de vantagem. Mas o empate em SP e em MG, tiram dela quaisquer chances de vitória, dado o volume de votos de Lula na BA e PE.

A oposição ficou tão ‘intoxicada’ pelo tarifaço que até Ratinho Jr, que tem sido mais discreto em relação ao tema, viu seu desempenho piorar. Lula abriu 10 pontos de vantagem sobre o governador do Paraná.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução


Seu melhor desempenho é em casa, no Paraná, onde abriria uma vantagem de 54 pontos sobre Lula em um eventual 2º turno. Chama atenção o desempenho em SP, onde Ratinho venceria Lula por 5 pontos.

A maior mudança de um mês para o outro foi na simulação entre Lula e Eduardo: a vantagem de Lula já era de 10 pontos, mas passou para 15 pontos em um mês. Toda a ação de Eduardo nos EUA não tem lhe rendido frutos eleitorais até aqui.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução


Eduardo só venceria Lula em Goiás e no Paraná. Nos outros estados, ele empataria (casos de SP, MG, RJ e RS), ou perderia do atual presidente (casos de BA e PE).

O governador de MG, Romeu Zema, viu a vantagem de Lula sobre ele passar de 42 x 33 (9 pontos) para 46 x 32 (14 pontos) no último mês.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

O grande trunfo de Zema continua sendo seu ótimo desempenho contra Lula no segundo maior colégio eleitoral do país, o estado que ele governa. Em MG, Zema venceria Lula por 13 pontos. O empate em SP e a derrota no Rio são pontos de atenção para os planos do governador.

Caiado, governador de Goiás, também sofreu com os efeitos negativos da percepção pública sobre o tarifaço. Lula abriu uma vantagem de 16 pontos sobre ele em agosto.
Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução


Por ser muito desconhecido nacionalmente, o resultado mais relevante para Caiado é o apurado no estado que governa, Goiás. Lá, ele venceria Lula por mais de 50 pontos. Ele precisa melhorar seu desempenho especialmente em SP e MG para e tornar competitivo.

Testado pela primeira vez, o senador Flavio Bolsonaro também tem muita desvantagem em relação ao Lula. A diferença entre eles é de 16 pontos.

Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução


Pela primeira vez no ano, Lula viu sua rejeição diminuir e seu potencial de voto aumentar. Aconteceu exatamente o inverso com os candidatos da oposição. Com todos eles a rejeição aumentou e o potencial de voto ficou estável. Para Ratinho, Zema, Caiado e Leite, o desconhecimento ainda é uma grande barreira.

Continua alto o percentual que acha que Lula não deveria ser candidato (58%) e que defende que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura (65%). São números que traduzem a polarização, sendo que o medo de Bolsonaro é maior que o medo do Lula.

A Quaest ouviu 12.150 pessoas entre os dias 13 e 17/08. A margem de erro é de 2 pp e o nível de confiabilidade das estimativas é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Coautor da Lei Magnitsky pede retirada de sanções contra Moraes: “afronta ao eleitorado brasileiro e ao Estado de Direito”

O parlamentar democrata enviou uma carta ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e ao secretário de Estado, Marco Rubio

James P. McGovern (menor destaque) e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação )

O deputado democrata James P. McGovern, de Massachusetts, coautor da Lei Magnitsky, encaminhou nesta quarta-feira (20) uma carta ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e ao secretário de Estado, Marco Rubio, solicitando a retirada das sanções aplicadas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

No documento, McGovern critica a justificativa do governo Donald Trump (EUA) depois que o político da extrema direita norte-americana classificou as investigações sobre a tentativa de golpe envolvendo Jair Bolsonaro como uma "caça às bruxas ilegal". Para o parlamentar democrata, essa narrativa é "uma afronta ao eleitorado brasileiro e a todo o conceito de Estado de Direito".

O congressista afirmou que a utilização da Lei Global Magnitsky nesse caso enfraquece o objetivo da norma, criada para responsabilizar autores de violações de direitos humanos. Ele definiu a decisão de aplicar a legislação a Moraes como "vergonhosa".

Essa não foi a primeira manifestação no Congresso norte-americano contra as sanções. Em julho, duas senadoras democratas já haviam denunciado o uso da Lei Magnitsky contra Moraes como um "abuso de poder".

Lei Magnitsky

A lei, aprovada em 2012, foi inicialmente destinada a punir agentes envolvidos na morte do advogado russo Sergei Magnitsky, em 2009, em uma prisão em Moscou. Em 2016, o alcance foi ampliado, permitindo aos EUA impor sanções a indivíduos e entidades acusados de corrupção ou de violar direitos humanos, mesmo sem condenação judicial prévia.

As penalidades aplicadas ao ministro incluem o bloqueio de eventuais bens e ativos financeiros em território norte-americano. Instituições bancárias dos EUA são obrigadas a informar o Office of Foreign Assets Control (OFAC) sobre a existência desses recursos, e Moraes fica impedido de realizar transações ou movimentar fundos em solo americano.

Segundo interlocutores, Alexandre de Moraes minimizou a medida, ressaltando que ela "não vai mudar nada", já que não possui contas, investimentos ou patrimônio sob jurisdição dos Estados Unidos.

Outro ministro do STF - Flávio Dino - deixou claro para os EUA que decisões judiciais e leis estrangeiras não podem ter consequência prática no Brasil sem passarem por análise prévia de autoridades brasileiras.

Fonte: Brasil 247

PF faz busca contra Malafaia no aeroporto e impõe proibição de deixar o país


O pastor Silas Malafaia durante ato golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro. Foto: Bruno Santos/Folhapress

A Polícia Federal cumpriu, no início da noite desta quarta-feira (20/8), um mandado de busca pessoal e de apreensão de aparelhos celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da PET nº 14129, que investiga aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além da apreensão, o pastor também foi alvo de medidas cautelares que incluem a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados.

Malafaia foi abordado por policiais federais assim que desembarcou de um voo proveniente de Lisboa. Ele está sendo ouvido nas dependências do aeroporto.

O que diz a PGR

As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 15 de agosto.

No documento, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que a PF reuniu diálogos e publicações que apontam Silas Malafaia como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.

Segundo Gonet, as evidências indicam que Malafaia e os demais investigados “estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668 [da tentativa de golpe], em que o ex-presidente figura como réu”.

Fonte: DCM