sábado, 16 de agosto de 2025

'A fome voltou porque ignoram os pobres', diz Lula

Presidente critica abandono das camadas mais vulneráveis durante inauguração de fábrica da GWM em Iracemápolis

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à linha de produção e cerimônia de inauguração da Fábrica da GWM Brasil. Fábrica da GWM Brasil – Iracemápolis (SP) Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricardo Stuckert / PR )

Durante a inauguração da nova fábrica da montadora chinesa GWM, em Iracemápolis (SP), nesta sexta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente sobre a pobreza e a volta da fome no Brasil. A declaração foi registrada pela Sputnik Brasil.

Lula relembrou que, ao assumir o governo em 2003, encontrou 54 milhões de brasileiros passando fome. Segundo ele, graças a políticas sociais como o Bolsa Família e programas de segurança alimentar, esse número caiu a zero em 2014. No entanto, o presidente destacou que, em 2023, a realidade voltou a se deteriorar: “Em 2023, encontrei novamente 33 milhões passando necessidade”.

O presidente associou o retorno da fome à negligência com as populações vulneráveis: “Isso porque muita gente pobre neste país é tratada como se fosse invisível. As pessoas não querem enxergar que eles existem”, afirmou.

A fábrica da GWM e a geração de empregos

O discurso foi feito durante a celebração da chegada da Great Wall Motors (GWM) ao Brasil, um marco para a indústria automotiva nacional. A fábrica, instalada em Iracemápolis, tem a promessa de gerar até mil empregos diretos, além de impulsionar a produção de veículos híbridos no país.

Lula destacou que a chegada da montadora chinesa representa um avanço para o setor industrial brasileiro, mas reforçou que o crescimento econômico precisa vir acompanhado de justiça social e combate à desigualdade.

Contexto político e social

As falas do presidente acontecem em um momento em que o Brasil busca consolidar uma política industrial mais robusta, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios de garantir segurança alimentar e inclusão social. O contraste entre a instalação de uma grande multinacional e o aumento da fome no país deu o tom do discurso, que teve forte apelo político e social.

Fonte: Brasil 247

Estados Unidos estudam punir assessores de Moraes após ofensiva de Eduardo Bolsonaro

Filho de Jair Bolsonaro entregou documentos à gestão Donald Trump e amplia pressão pela aplicação da Lei Magnitsky

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

As movimentações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington colocaram servidores ligados ao ministro Alexandre de Moraes no radar de possíveis sanções dos Estados Unidos. A informação foi publicada pela jornalista Bela Megale, colunista do jornal O Globo.

Segundo a colunista, Eduardo levou a autoridades americanas documentos produzidos pela equipe de Moraes no período em que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre eles estão certidões envolvendo os investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, que apontam o uso de postagens em redes sociais com conteúdo político como parte da fundamentação das decisões judiciais. Eduardo afirmou que interlocutores da gestão Donald Trump teriam considerado a documentação “grave”, o que pode resultar na revogação de vistos de atuais e ex-assessores de Moraes no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Pressão ampliada pela Lei Magnitsky

O próprio ministro foi atingido no fim de julho pela chamada Lei Magnitsky, que prevê sanções financeiras a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. Ainda assim, bancos brasileiros não impediram o funcionamento das contas de Moraes em reais. Insatisfeito, Eduardo Bolsonaro iniciou uma nova ofensiva para ampliar o alcance da medida.

Em conversas recentes, ouviu de autoridades americanas que “o correto” seria o bloqueio total das contas do magistrado. O deputado espera agora que instituições financeiras sejam notificadas para cumprir integralmente as restrições ou, em caso de descumprimento, que sejam alvo de multas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Dono da Ultrafarma e executivo da Fast Shop tiveram que pagar fiança de R$ 25 milhões

Justiça determina prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica; Ultrafarma afirma colaborar com investigações e defende inocência da empresa

Sidney Oliveira-Ultrafarma (Foto: Ultrafarma/Divulgação)

O fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e o diretor estatutário da Fast Shop, Mario Gomes, receberam autorização da Justiça para deixar a prisão temporária nesta sexta-feira (15), mediante pagamento de fiança de R$ 25 milhões cada. A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Fernando Deroma de Mello. Ambos deverão cumprir prisão domiciliar e utilizar tornozeleira eletrônica. As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

A medida foi adotada após o entendimento de que a soltura dos executivos não representaria risco às investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo. Segundo a decisão, o objetivo inicial da prisão temporária — impedir interferências nos depoimentos de funcionários da Ultrafarma e da Fast Shop — já havia sido atingido.

Fiscal apontado como mentor do esquema segue preso

Enquanto Oliveira e Gomes obtiveram o direito de responder em prisão domiciliar, o diretor de fiscalização da Fazenda estadual, Artur Silva Neto, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. Ele é acusado de ser o mentor de um esquema de concessão de créditos tributários de ICMS e permanece preso.

Silva Neto é investigado por supostos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), do Ministério Público, avalia inclusive a possibilidade de delação premiada do servidor.
Ultrafarma se pronuncia e defende reputação

A Ultrafarma divulgou nota pública nesta sexta-feira (15), em que afirmou estar colaborando com as investigações e destacou que “será demonstrada a inocência da companhia”. O comunicado, que não cita diretamente o nome de Sidney Oliveira, marca o primeiro posicionamento oficial desde a prisão do empresário, ocorrida na terça-feira (12).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

STF mantém decisão que anulou processo contra Palocci na Lava Jato

Por 3 votos a 2, a Segunda Turma seguiu voto de Toffoli

     Antonio Palocci (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Andre Richter, repórter da Agência Brasil - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (15) manter a decisão do ministro Dias Toffoli que anulou os processos abertos contra o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato.

Durante julgamento virtual, o colegiado negou recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para derrubar a decisão do ministro.

Em março deste ano, o ministro atendeu ao pedido de anulação feito pelos advogados de Palocci e aplicou os precedentes da Corte que consideraram o ex-juiz Sergio Moro parcial para proferir as sentenças contra os réus das investigações. Moro era o juiz titular da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Com a decisão, todos os procedimentos assinados por Moro contra Palocci foram anulados. Apesar da anulação, o acordo de delação assinado por Palocci ficou mantido. Em um dos processos, ele foi condenado a 12 anos de prisão.

No recurso, a PGR disse que Palocci assinou acordo de delação premiada no qual denunciou "esquemas ilícitos" envolvendo agentes públicos e empresários investigados na Lava Jato. Dessa forma, segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, não há prejuízos à defesa que justifiquem a anulação dos processos contra o ex-ministro.

Apesar dos argumentos da procuradoria, o recurso foi rejeitado pela turma. Por 3 votos a 2, a Segunda Turma seguiu voto de Toffoli. O ministro entendeu que a assinatura de delação não tem o condão de convalidar nulidades.

O voto de Toffoli foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques. André Mendonça e Edson Fachin ficaram vencidos.

Fonte: Brasil 247

Com tarifaço dos EUA, Fiesp mantém projeção de alta do PIB em 2,4%



Entidade prevê queda em alguns setores pontuais

     Fiesp (Foto: Egil Fujikawa/Wikimedia)

Agência Brasil - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiespe) atualizou seu boletim de estatísticas e expectativas em índices econômicos e manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,4% para 2025. A entidade pretendia revisar o índice para 2,6%, mas manteve a expectativa anterior.

A manutenção se deveu a uma piora em condições internacionais, com o início do tarifaço do governo dos Estados Unidos.

Nesta semana, o mercado financeiro reviu para baixo as expectativas de crescimento da economia, projetando, para o final de 2025, um PIB de 2,21%.

"A gente antes estava trabalhando com uma perspectiva de viés de alta que por hora se dissipou, até levando em conta a questão das tarifas, mas também é importante destacar que quanto à questão das tarifas, a gente fez um cálculo que o impacto potencial no PIB para 2025 é de 0,2, então na verdade esse 0,2 era o possível viés de alta que a gente podia ter. A gente não fez nenhum tipo de revisão para baixo por enquanto", explicou Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp e um dos responsáveis pelo Fiesp Data Tracker, à Agência Brasil.

Embora a perspectiva ainda seja positiva, a análise da Federação é de queda em alguns setores pontuais, com recuo de 0,6% para a agropecuária e de 0,7% para a indústria de transformação. É esperada ainda uma queda moderada do consumo dos governos, de 0,4%, e do nível de investimentos, com recuo de 0,7% nos recursos mobilizados.

"De uma maneira geral, para o segundo semestre, como já antecipado, era esperada essa desaceleração. Nessa acomodação com redução de atividade, os investimentos e o consumo do governo também figuram como variáveis que estão desacelerando. Esse é um movimento de acomodação natural", ponderou o analista.

No caso da indústria de transformação, essa variação está ligada principalmente ao desaquecimento da economia previsto para o segundo semestre. "É importante destacar que uma das questões que estão colocando empecilhos e deixando o ambiente econômico mais desafiador para o setor são as restrições financeiras internas e externas", completa Rocha, se referindo ao cenário de crédito, ou seja, aos juros nos mercados externo e interno.

Essa restrição financeira em âmbito internacional é um dos fatores decisivos também para a queda nos investimentos, e se soma com a incerteza natural em anos eleitorais, com a aproximação da sucessão presidencial e nos estados em 2026, e com o aumento de tarifas ao Brasil e a diversos outros parceiros comerciais dos Estados Unidos. As importações também tendem a cair, refletindo a diminuição do ritmo da atividade, recuando em 1,5%.

Consumo das famílias e serviços

Entre os indicadores que continuam aquecidos, o monitoramento apontou uma tendência de crescimento moderado de 0,4% para o setor industrial como um todo e de avanço de 0,3% para o setor de serviços.

O consumo das famílias também tende a aumentar, com expansão da demanda em 0,6%. Mesmo com a incerteza internacional a entidade mantém expectativa de crescimento das exportações, com um discreto avanço de 0,2%.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Lula diz que Brasil está “de braços e corações abertos” a novos parceiros comerciais



Presidente afirmou que multinacionais que deixarem o país serão substituídas por quem aposta no mercado brasileiro

Inauguração da linha de produção e cerimônia de inauguração da fábrica da GWM Brasil - 15.08.2025 - Iracemápolis (SP) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (15) que o Brasil está pronto para receber novos investidores, especialmente em meio à saída de empresas estrangeiras do país. “Quem quiser sair, que saia. Quem quiser vir, estaremos de braços e corações abertos”, declarou durante a inauguração da fábrica da montadora chinesa GWM, em Iracemápolis (SP).

O presidente citou a saída recente da americana Ford e da alemã Mercedes-Benz para ilustrar que o espaço deixado pode ser ocupado por novos parceiros.

“Enquanto uma empresa americana, a Ford, vai embora do Brasil; enquanto a Mercedes-Benz, que foi muito bem tratada, vai embora, o que acontece? Tem uma empresa chinesa para vir para cá. Essa virtude, essa visão de que podem ocupar uma parte do mundo, vendendo e produzindo, portanto, façam daqui uma plataforma para vender os produtos de vocês para a América Latina”, afirmou Lula.

O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, também participou da cerimônia e reforçou a importância da cooperação bilateral, dizendo que ambos os países precisam “unir forças mais amplas” para enfrentar as incertezas do cenário global e explorar plenamente o potencial de crescimento conjunto.

As declarações ocorrem em um cenário de tensões comerciais, marcado pelas novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros.

Fonte: Brasil 247

Padilha diz que cancelamento de visto de familiares é “ato covarde” para intimidar

Ministro afirma que a medida é uma retaliação política e acusa o clã Bolsonaro de lobby nos EUA

      Alexandre Padilha (Foto: Walterson Rosa/MS)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), classificou, nesta sexta-feira (15), como “ato covarde” a decisão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cancelar os vistos de sua esposa e de sua filha. A medida ocorreu dias após o Departamento de Estado norte-americano anunciar sanções contra outros brasileiros vinculados ao programa Mais Médicos.

Em entrevista à GloboNews, Padilha afirmou que a sanção “tem a ver com tentativa de intimidar quem não baixa a cabeça para Trump, quem não bate continência para a bandeira dos Estados Unidos”.

O ministro ainda questionou a motivação do ato, afirmando que a família Bolsonaro mantém, nos EUA, um “escritório do lobby da traição” e articula retaliações contra autoridades brasileiras. “O clã Bolsonaro, que orquestra isso, tem de explicar qual risco uma criança de 10 anos pode ter ao governo americano”, disse o ministro.

Segundo os comunicados encaminhados pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, a revogação foi motivada pelo surgimento de “informações indicando” que tanto a filha quanto a esposa de Padilha “não eram mais elegíveis” para o visto. No caso do ministro, a medida não se aplicou, já que o documento dele está expirado desde 2024.

“Estou absolutamente indignado com essa atitude covarde. Fiquei sabendo por mensagem de minha esposa”, disse o chefe da pasta da Saúde.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro revela encontro com Scott Bessent no dia em que estava prevista reunião com Haddad

Secretário do Tesouro dos EUA havia cancelado conversa com o ministro da Fazenda do Brasil alegando "falta de agenda"

Paulo Figueiredo, Scott Bessent e Eduardo Bolsonaro (Foto: Divulgação/Eduardo Bolsonaro no X)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou, nesta sexta-feira (15), ter se reunido na quarta-feira (13) com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. A agenda, divulgada pelo próprio parlamentar nas redes sociais, ocorreu dois dias após o governo norte-americano cancelar um encontro previamente marcado entre Bessent e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o mesmo dia.

Na publicação, escrita em inglês e acompanhada de uma foto ao lado de Paulo Figueiredo, Eduardo descreveu Bessent como “alguém muito bem preparado” e disse esperar que “os laços de amizade entre Brasil e EUA cresçam ainda mais”. Figueiredo, por sua vez, disse que Bessent, um dos protagonistas na aplicação do tarifaço contra a economia brasileira, "ajuda o Brasil de uma forma inestimável".

O encontro se dá no contexto da atuação de Eduardo nos bastidores de Washington, onde vive desde março, para aproximar-se de figuras-chave do governo Donald Trump e influenciar decisões que prejudicam diretamente o Brasil. Sob a justificativa de “defender a normalidade institucional” e criticar o Supremo Tribunal Federal, o deputado tem buscado apoio político e diplomático para o pai, que responde a processos por tentativa de golpe e cumpre prisão domiciliar.

Tarifa de 50% e alinhamento político

A reunião acontece em meio a uma escalada de tensões dos EUA contra o Brasil. Desde o início de agosto, está em vigor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como carne bovina, café, peixe e calçados, medida anunciada por Trump como retaliação ao que classifica de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro.

Até recentemente, Bessent era visto pelo governo brasileiro como um possível canal para destravar as negociações e reduzir as tarifas, por ter perfil mais moderado que outras lideranças da Casa Branca, segundo a agência Reuters.

Fonte: Brasil 247

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Portas fechadas: Moro enfrenta rejeição em série na corrida por partido


       Sergio Moro

O senador Sergio Moro, líder nas pesquisas para o governo do Paraná em 2026, está em busca de uma nova legenda, já que se encontra isolado no União Brasil no estado. Apesar de manter boa relação com a cúpula nacional do partido, enfrenta resistência interna, especialmente de correligionários que ameaçam sair caso ele assuma a presidência estadual. Nos bastidores, é criticado por suposta falta de habilidade política e por não ter fortalecido a bancada. Seu principal apoio no União continua sendo o senador Davi Alcolumbre.

Moro sondou partidos do Centrão e da direita, mas tem encontrado portas fechadas. Entre eles, procurou o Republicanos, cujo presidente, Marcos Pereira, recusou o ingresso. A negativa se deve à influência de Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e aliado próximo do PSD, que, mesmo sem filiação ao Republicanos, controla a executiva estadual da legenda por meio de seus aliados.

A disputa por espaço reflete o cenário político paranaense para 2026, no qual Curi é um dos nomes cotados para suceder Ratinho Jr. no governo estadual. Para Marcos Pereira, abrir espaço para Moro significaria abrir mão da articulação local de Curi, algo que não está disposto a fazer. A relação de força dentro dos partidos no Paraná, portanto, é determinante para o futuro político do ex-juiz.

Além do Republicanos, Moro buscou outras siglas, mas também recebeu recusas. A falta de consenso sobre seu papel político e a disputa por alianças estratégicas no estado mostram que, apesar de sua popularidade nas pesquisas, o senador terá dificuldades para garantir um novo partido que lhe dê estrutura e apoio para disputar o governo em 2026.

Fonte: DCM

Como é a rotina e a cadeia onde dono da Ultrafarma está preso; veja fotos

Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma. Foto: Reprodução

Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma preso desde terça (12) em investigação por corrupção está preso em uma delegacia que abriga 52 pessoas em sete celas pequenas, entre 6 e 9 metros quadrados. O local fica na esquina do 8º Distrito Policial de São Paulo.

Segundo a revista Veja, Sidney está detido junto a outras cinco pessoas investigadas na Operação Ícaro. A divisão dos detentos é feita pelos próprios presos, resultando em mais de sete pessoas por cela.

A rotina do empresário é simples e restrita: dorme em um colchão fino ao lado do banheiro, recebe três refeições diárias padronizadas com arroz, feijão e proteína, e passa parte do dia no pátio da delegacia, em banho de sol. Às 17h, todos retornam para suas celas.

A prisão do dono da Ultrafarma atraiu a atenção de curiosos, que passaram a circular no entorno do distrito policial. Segundo um carcereiro que falou sob anonimato, a presença do público demonstra que “a democracia funciona”, ainda que altere a rotina da delegacia e dos detentos.

Veja as fotos da cadeia:

Pátio da cadeia do 8º Distrito Policial de São Paulo. Foto: Reprodução
Local tem sete celas, entre 6 e 9 metros quadrados. Foto: Reprodução

Fonte: DCM

“Saída honrosa”: Marcos do Val recusa deixar Senado e chama Moraes de “bandido”

O senador Marcos do Val (Podemos-ES). Foto: Reprodução

O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de uso de tornozeleira eletrônica e congelamento de salário por decisão do ministro Alexandre de Moraes, descartou aceitar um afastamento temporário do cargo. A proposta, defendida pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), seria uma “saída honrosa” por seis meses em troca da suspensão parcial das medidas cautelares.

A sugestão foi levada ao colégio de líderes, mas recebeu resistência do parlamentar, que afirmou ao Metrópoles: “Não! Eu não cometi nenhum crime. E não negocio com bandido”, referindo-se ao ministro do STF. Líderes partidários tentaram convencê-lo a aceitar o afastamento voluntário, mas o senador se manteve firme em recusar a proposta.

Alcolumbre também estuda retomar os trabalhos do Conselho de Ética, que está parado há mais de um ano. O colegiado, formado por 15 membros titulares e 15 suplentes, poderá analisar infrações ao decoro parlamentar e oferecer soluções internas sem necessidade de intervenção do STF.

O senador é investigado por divulgar imagens de delegados da Polícia Federal ligados a inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Em julho, ele viajou aos Estados Unidos com passaporte diplomático, descumprindo decisão judicial. Ao retornar, foi alvo de operação da PF, teve de colocar tornozeleira eletrônica e está proibido de usar redes sociais.

Fonte: DCM

STF marca julgamento dos réus do Núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado

Presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin convoca sessões extraordinárias entre 2 e 12 de setembro

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cristiano Zanin, marcou para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro o julgamento dos réus do chamado “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial” na Ação Penal (AP) 2668, que investiga a tentativa de golpe de Estado.

As sessões extraordinárias dos dias 2, 3, 9 e 10 ocorrerão no período da manhã, das 9h às 12h, e a do dia 12 será realizada das 14h às 19h. Também foram convocadas sessões ordinárias para os dias 2 e 9, no período da tarde.

Na quinta-feira (14), o relator da AP 2668, ministro Alexandre de Moraes, solicitou ao presidente da Primeira Turma a definição das datas, considerando o encerramento da instrução processual, o cumprimento das diligências complementares e a apresentação das alegações finais pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e por todos os réus.

Serão julgados: o réu colaborador, tenente-coronel Mauro Cid; o ex-presidente Jair Bolsonaro; o deputado federal Alexandre Ramagem; o almirante Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; e os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.


Fonte: STF

Moraes vota para tornar réu bolsonarista que o chamou de “satanista”


    O ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o bolsonarista Glaudiston da Silva Cabral. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta (15) para aceitar a denúncia contra Glaudiston da Silva Cabral, acusado de proferir reiteradas ofensas a ministros da Corte, incluindo chamá-lo de “sacrificador de crianças” e “satanista”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o bolsonarista por associação criminosa e incitação ao crime.

Segundo a PGR, Glaudiston atuou desde 7 de julho de 2020 até 5 de maio de 2024, “por meio de mensagens eletrônicas e publicações realizadas em suas redes sociais, associou-se a centenas de outras pessoas, com o objetivo de praticar atos que se voltavam contra a legitimidade do sistema eleitoral e contra o Estado Democrático de Direito”.

O episódio de julho de 2020 envolveu um vídeo no qual o acusado acusava Moraes de praticar “rituais de magia negra com sacrifício de crianças” e fazia ameaças a outras autoridades. Em suas manifestações, chegou a declarar: “Tô de saco cheio dessa merda, desse pais de covarde, um bando de cidadão, 210 milhões de brasileiros, aceitando que 11 vagabundos digam como a gente tem que viver”.

Em outubro de 2023, Glaudiston protocolou uma petição na 1ª Vara Criminal de Dourados (MS) ofendendo Moraes e Barroso, chamando-os de “genocidas” e “pedófilos” e referindo-se a Moraes como “especialista em totalitarismo”.

O caso levou à abertura de inquérito pela Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, onde Glaudiston reiterou as ofensas, chamando os ministros de “psicopatas e genocidas” e os agentes da PF de “milicianos”. Veja os ataques:

A PGR ainda destacou o histórico do denunciado com “representações extravagantes” contra autoridades, incluindo pedidos de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e acusações de ritos satânicos a prefeitos. Em outros processos, Glaudiston chamou Moraes de “psicopata, genocida e humanicida”.

No plenário virtual do STF, Moraes afirmou que “não é qualquer manifestação crítica que se enquadra nas imputações”, mas que Glaudiston, de fato, “incitou a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constituídos, e com a mesma conduta, incitou a prática de golpe de estado”.

O ministro concluiu que a conduta do denunciado “revela-se gravíssima” e votou pelo recebimento da denúncia, tornando Glaudiston réu caso a decisão seja confirmada pela maioria da Primeira Turma.

A defesa, representada pela Defensoria Pública da União, questionou a competência do STF para o caso e apontou o “óbvio impedimento” de Moraes, além de alegar que a investigação não detalha condutas específicas que configurariam os crimes.

A defesa afirmou ainda que não há correlação entre os atos de Glaudiston e os eventos de 8 de Janeiro de 2023, pedindo a rejeição da denúncia por ausência de vínculo temporal e fático.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Barão da Soja” sai em defesa de Lula: “Vamos deixar ele trabalhar”


        Eraí Maggi em entrevista na última quinta-feira. Foto: VGNotícias

Em evento realizado na última quinta-feira (14) em Cuiabá, o empresário Eraí Maggi, sócio do Grupo Bom Futuro e uma das principais lideranças do agronegócio em Mato Grosso, defendeu o presidente Lula (PT) e pediu que o debate político-eleitoral seja deixado para 2026, considerando que o momento atual exija prioridade na gestão pública. A declaração foi feita durante encontro que contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“A gente comeu, agora tem que fazer digestão para depois comer de novo”, iniciou o empresário. “Vamos comer com a barriga cheia? Acabamos de botar o Lula lá, deixa tocar esses dois anos e tem mais o ano que vem inteiro para trabalhar”, defendeu Maggi.

Em entrevista ao Olhar Direto, o empresário conhecido como “Barão da Soja” ainda criticou quem “torce para o governo ir mal”: “O Brasil tem que ir bem!”.

O representante do agro usou o mesmo argumento para pedir confiança ao governador de São Paulo: “Temos metade do governo pela frente ainda. O Tarcísio tem metade do governo lá em São Paulo, o Lula está na metade do mandato. Nós temos que trabalhar, senão vamos ficar só em política. Que vá bem o Brasil, que vá bem o Tarcísio, que vá bem o Lula. Eu quero gerar emprego, quero gerar indústria”, afirmou Maggi.

Apoiador da reeleição de Lula em 2022 e amigo de Tarcísio desde quando o atual governador paulista comandava o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o empresário destacou que a prioridade deve ser “fazer o país andar”.

“Vai discutir política o ano que vem. Agora é só um ensaio. Deixa tocar esses dois anos aí que faltam. Vamos torcer para ir mal? De jeito nenhum. O Brasil tem que ir bem”, completou.

Posicionamento sobre tarifas dos EUA e relação com Trump

Ao comentar a reação do governo brasileiro ao aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Maggi afirmou concordar com a postura adotada pelo presidente Lula e criticou a medida do republicano.

“Nós temos que nos posicionar, como o Lula se posicionou. Não temos que ficar de quatro para qualquer coisinha. Não precisamos passar por essa humilhação”, disse.

O empresário reforçou que o Brasil tem força para negociar em condições de igualdade com os EUA, destacando o poder do agronegócio nacional.

“O Brasil tem uma bomba atômica mais forte que a deles: a comida. Temos alimento, exportamos mais que eles, temos superávit. Todo mundo precisa de alimento. Nós somos donos de nós”, argumentou.

Apesar da defesa de uma posição firme, Maggi ressaltou a importância de manter laços comerciais com os Estados Unidos, especialmente em áreas estratégicas.

“Eu gostaria muito de estar com os Estados Unidos em todas as áreas de inteligência artificial, tecnologias. Eu teria forçado um pouco mais a conversa com o Trump, mas imagino que ele [Lula] tentou”, ponderou.

Fonte: DCM

Motta manda pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética


           O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Jessica Koscielniak/Reuters

Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, enviou ao Conselho de Ética da Casa quatro pedidos de cassação contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). As queixas estavam paradas na Mesa Diretora e aguardavam despacho há semanas.

Três das denúncias foram apresentadas pelo PT e a quarta, pelo PSOL. As representações pedem cassação de Eduardo por quebra de decoro ao atuar contra o Brasil em sua articulação golpista nos Estados Unidos.

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), afirmou que ainda não há previsão para a instauração dos processos. “As representações acabaram de chegar. Vou analisar caso por caso antes de falar em prazos”, disse.

Schiochet ainda acrescentou que a abertura das investigações não deve ocorrer na próxima semana devido ao volume de representações que precisam ser avaliadas.

Pelas regras da Câmara, após o recebimento, o conselho se reúne para instaurar formalmente o processo. Nesse momento, são sorteados três nomes para a escolha de um relator, cabendo ao presidente do colegiado definir um dos indicados. É o relator que apresenta parecer sobre o prosseguimento ou arquivamento do caso. O deputado denunciado também é notificado para apresentar defesa inicial.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Agência Brasil
Eduardo tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos responsáveis pela decisão do presidente Donald Trump de sobretaxar exportações brasileiras. Morando nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, quando fugiu do Brasil, ele não tem previsão de retornar e é investigado pelo STF por tentar influenciar processos contra o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nas últimas semanas, Eduardo afirmou que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), estariam na mira de novas punições do governo americano. Ele disse que recuaria apenas se avançasse a anistia às condenações dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

“Eles [Motta e Alcolumbre] já estão no radar, e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil”, declarou à BBC News.

Motta já havia sinalizado que daria prosseguimento às denúncias e criticou a permanência de Eduardo nos EUA. Ele classificou a atuação do parlamentar como “incompatível com o exercício parlamentar” e afirmou que não existe previsão regimental para exercício à distância.

“Não podemos colocar o interesse pessoal acima do país. Eu penso que o deputado Eduardo poderia estar contra o julgamento do Supremo, é natural discordar. Agora, quando a gente parte para a atuação em um trabalho contra o país, que prejudica empresas, nossa economia, eu não acho razoável. Acho que é uma atitude que nós temos que ter total discordância”, afirmou à GloboNews nesta quinta (14).

O presidente da Câmara também descartou qualquer alteração do regimento interno para permitir que Eduardo mantivesse o mandato à distância. Motta ressaltou que a ida aos Estados Unidos foi uma “escolha política”.

Fonte: DCM

Justiça cancela shows milionários de estrelas bolsonaristas do sertanejo


Jair Bolsonaro e Zezé Di Camargo, e Naiara Azevedo. Foto: reprodução

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a suspensão da Festa do Peão de Peixoto de Azevedo, município de menos de 50 mil habitantes localizado a 692 km de Cuiabá. A decisão atendeu a ação do Ministério Público Estadual (MPMT) que apontou irregularidades nos gastos de R$ 2,2 milhões, sendo R$ 1,65 milhão (75% do total) destinado a shows de artistas como Zezé Di Camargo (R$ 500 mil) e Naiara Azevedo (R$ 400 mil).

O MPMT destacou que o município apresentou déficit orçamentário no primeiro semestre de 2025, tornando os gastos incompatíveis com a realidade local. O evento, marcado para ocorrer entre 27 e 31 de agosto, contaria ainda com apresentações de Cleber & Cauan (R$ 270 mil), Humberto & Ronaldo (R$ 233 mil), Wesley & Conrado (R$ 120 mil) e Serginho Pinheiro (R$ 50 mil). A prefeitura firmou convênio com o governo estadual para receber R$ 2 milhões da Secel-MT, com contrapartida de R$ 200 mil.

A Lei Estadual nº 12.082/2023 estabelece limite de R$ 600 mil para repasses a eventos culturais, salvo autorização expressa do governador – documento que não foi apresentado. O MP também questiona a origem dos R$ 200 mil de contrapartida municipal e a viabilidade financeira da festa diante da situação fiscal do município. “Há evidente desproporcionalidade nos valores destinados aos artistas em relação às necessidades básicas da população”, afirmou o órgão.

Fonte: DCM