segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Eduardo ataca Daniela Lima após demissão da GloboNews e cita Felipe Neto

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro e a jornalista Daniela Lima. Foto: Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou seu perfil na rede X (antigo Twitter) nesta segunda-feira (4) para ironizar a demissão da jornalista Daniela Lima da GloboNews. Em tom sarcástico, o parlamentar escreveu: “Truste (sic) dia para a democracia, instituições e o Estado democrático de direito… Será que ela seguiu os conselhos do Nelipe Feto?”, tirando sarro também do youtuber Felipe Neto.

A declaração ocorre após o anúncio da saída de Daniela Lima do canal, em que atuava como apresentadora do ‘Conexão GloboNews’. A jornalista estava na emissora desde 2022, após deixar a CNN Brasil, e era um dos principais rostos da cobertura política da emissora.

Também foram desligados recentemente o analista Mauro Paulino e a comentarista Eliane Cantanhêde. Em nota oficial, a Globo informou que os cortes fazem parte de um “movimento permanente de renovação” da programação jornalística.

Fonte: DCM

Por que Tarcísio fugiu de ato na Paulista e revoltou bolsonaristas


      Tarcísio no último ato do qual participou ao lado de Bolsonaro. Foto: Bruno Santos/Folhapress

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marcou um procedimento médico para o mesmo dia do ato bolsonarista realizado ontem na Avenida Paulista, ausentando-se do evento no último domingo (3). A decisão reforça o distanciamento do político em relação ao movimento, que reuniu apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Aliados do ex-presidente, segundo Lauro Jardim do O Globo, chegaram a pressionar Tarcísio para que publicasse uma mensagem de apoio nas redes sociais após o evento, mas o governador manteve-se em silêncio.

A postura de Tarcísio vem sendo observada desde a semana passada, quando ele evitou se manifestar sobre a nova sanção ao ministro Alexandre de Moraes e sobre os detalhes do aumento de tarifas anunciado pelo governo federal. O governador, que já foi considerado próximo a Bolsonaro, parece adotar uma estratégia mais cautelosa em relação a temas que mobilizam a base bolsonarista.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Fachin classifica sanção contra Moraes como “interferência indevida” e “ameaça”

Ministro do STF critica aplicação da Lei Magnitsky pelos EUA e destaca necessidade de resistência coletiva contra autoritarismos globais

      Edson Fachin (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Em debate promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou como “interferência indevida” e “ameaça” a sanção aplicada pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, baseada na chamada Lei Magnitsky. Fachin, que assume a presidência da Corte em setembro, destacou que o Brasil não deve se assustar com “ventos vindos do norte”, em referência às pressões externas.

“Punir um juiz por decisões que tenha tomado é um péssimo exemplo de interferência indevida, e ainda mais quando isso advém de um país estrangeiro em relação a outro país soberano. Portanto, não me parece que seja um caminho dotado de alguma razoabilidade. Isso funciona como uma espécie de ameaça, mas de qualquer modo, em termos de ameaça nós somos de uma geração que já viveu um pouco disso e creio que não vamos nos assombrar com esses ventos que estão vindo do norte, por mais fortes que sejam”, afirmou Fachin durante o evento.

O ministro também ressaltou a importância da experiência brasileira na defesa da democracia, do Estado de Direito e da autonomia judicial. “Creio que há uma experiência acumulada para a defesa da democracia, do Estado de Direito Democrático e especialmente da independência e autonomia judicial.”

Fachin afirmou que a sanção imposta pelo presidente Donald Trump não deve ser vista como um caso isolado, mas parte de um fenômeno maior que ele chamou de “pandemia de autoritarismo populista global”. “Eu espero que todos, juntos inclusive, saibam resistir adequadamente a esse tipo de circunstância”, completou.

A Lei Magnitsky, aplicada contra o ministro Alexandre de Moraes na semana passada, prevê o bloqueio de bens mantidos nos Estados Unidos, como contas bancárias, investimentos e imóveis. Além disso, impede operações financeiras via sistema bancário americano e o uso de cartões de crédito internacionais vinculados a instituições sediadas no país.

Criada em 2012 pelo então presidente Barack Obama, a norma surgiu para punir responsáveis pela morte do advogado e ativista russo Sergei Magnitsky, morto em prisão moscovita em 2009. Em 2016, a lei foi ampliada para atingir globalmente indivíduos acusados de violação de direitos humanos ou corrupção, sem necessidade de condenação judicial formal.

Sobre os ataques recentes ao STF, Fachin afirmou que o alvo não é a Corte em si, mas a democracia e a Constituição brasileiras. Ele lembrou que eleições, como as previstas para 2026, tendem a intensificar esses ataques. “Creio que é um reducionismo imaginar que seja o Supremo Tribunal Federal que esteja sob ataque. O que está sob ataque é uma instituição que está atuando para conter a violação da Constituição e a ruína do Estado de Direito Democrático.”

O ministro também destacou que essa realidade não é exclusiva ao STF, mas se estende a outras instituições que defendem a ordem jurídica, citando ainda o Superior Tribunal Eleitoral (TSE). “Se essa instituição fosse outra, essa outra estaria sob ataque. Como consequência, obviamente, destina-se ao Supremo Tribunal Federal, em alguns momentos avulta o Superior Tribunal Eleitoral, onde eu estive na presidência em 2022 e percebeu-se bem o que é ser destinatário destes ataques em momentos eleitorais. O Brasil se aproxima de mais um, brevemente, e, portanto, é provável que isso se reinstale uma vez mais.”

Fonte: Brasil 247

Renato Freitas desmente fake news do Metrópoles: “Preconceito e perseguição”


     Perfil de Marcinho VP publicou foto de Renato Freitas com o livro do traficante. Foto: reprodução

O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) desmentiu o portal Metrópoles no X, no último domingo (3). A coluna de Andreza Matais noticiou que o parlamentar foi ao lançamento do livro “A Cor da Lei”, escrito por Marcinho VP, líder da facção Comando Vermelho, que está preso desde 1996.

Em resposta ao post do Metrópoles, Freitas esclareceu que foi a um evento em Paraty, no Rio de Janeiro, e após sua palestra recebeu um exemplar do livro por uma mulher que pediu uma foto com ele. “Por mim, indiferente. Apoio a leitura e a escrita no cárcere”, afirmou o petista.

“Não participei do lançamento do livro como mentirosamente diz a reportagem. No mais isso demonstra o preconceito e a perseguição contra minha pessoa”, rebateu, afirmando que alguns veículos de imprensa “não estão acostumados com pessoas negras e pobres em espaços de poder”.

“Mas se acostumem, de onde vim muitos virão!”, finalizou.

Fonte: DCM

Como jornalistas da Globo reagiram à demissão de Daniela Lima


       A jornalista Daniela Lima. Foto: Divulgação

A saída de Daniela Lima da GloboNews, oficializada nesta segunda-feira (4), repercutiu amplamente entre jornalistas da própria emissora e de outros veículos. Após dois anos na bancada do ‘Conexão GloboNews’, a apresentadora foi homenageada por colegas que atuaram ao seu lado na cobertura política do canal.

Andreia Sadi foi uma das primeiras a comentar a saída da colega: “Você vai brilhar fazendo o que quiser. Sempre. Em qualquer lugar. Você é luz”, escreveu. Flavia Oliveira destacou o entusiasmo profissional de Daniela: “Fará muita falta, Dani. Sua paixão pelo jornalismo e sua vitalidade contagiam”. Já Natuza Nery descreveu a ex-colega como “um presente na vida de muita gente” e agradeceu pela convivência.

A apresentadora Maju Coutinho, do ‘Fantástico’, também se pronunciou, definindo Daniela como “inspiração”, enquanto Leilane Neubarth, com quem Daniela dividia o programa matinal, disse ter aprendido muito ao lado dela: “Sua força e paixão pela profissão são inspiradoras”. A jornalista Aline Midlej completou: “O jornalismo só ganha. Que seus caminhos sejam amplos como você os merece”.

A saída de Daniela Lima ocorre em meio a uma série de mudanças na GloboNews, que também dispensou Mauro Paulino e, dias antes, a comentarista Eliane Cantanhêde. A Globo afirmou que as alterações fazem parte de um “movimento permanente de renovação” no canal de notícias.

Fonte: DCM

Oposição pressiona Alcolumbre por defesa de Marcos do Val e critica decisão de Moraes

Senadores dizem que restrições impostas a Marcos do Val violam a imunidade parlamentar e ameaçam a autoridade do Senado como instituição democrática

      Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Líderes de partidos de oposição no Senado iniciaram uma ofensiva política nesta segunda-feira (4) para cobrar um posicionamento institucional do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), em defesa do senador Marcos do Val (Podemos-ES), segundo reportagem da Folha de S. Paulo. A pressão ocorre após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que impôs restrições à liberdade do parlamentar, inclusive o uso de tornozeleira eletrônica.

Marcos do Val teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes, mas descumpriu a ordem e embarcou para os Estados Unidos com o documento diplomático. Ele passou cerca de dez dias em solo estadunidense. Ao retornar ao Brasil, nesta segunda-feira, foi abordado pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília.

Além do monitoramento eletrônico, o senador está obrigado a permanecer em casa das 19h às 6h e durante os fins de semana. A decisão judicial também prevê o bloqueio de seus bens, salários, contas bancárias, cartões de crédito, chaves Pix e a verba de gabinete. O STF entendeu que houve tentativa de burlar as medidas cautelares, com Moraes afirmando que a conduta do parlamentar representou “uma absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário”.

Em resposta, senadores da oposição divulgaram uma nota conjunta acusando o STF de extrapolar seus limites e interferir na independência do Legislativo. O texto, assinado por líderes de seis partidos, sustenta que as medidas contra Do Val ferem o direito ao exercício do mandato.

“O senador sequer foi denunciado pela PGR [Procuradoria-Geral da República] e é alvo de investigação sigilosa, aparentemente motivada por críticas e opiniões — direitos resguardados pela imunidade parlamentar prevista na Constituição”, diz um trecho da nota, de acordo com a reportagem.

O documento é assinado por Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS), Plínio Valério (PSDB-AM), Carlos Portinho (PL-RJ), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Eduardo Girão (Novo-CE). O líder do Podemos, Carlos Viana (MG), não participou da iniciativa, mas afirmou que o partido publicará uma manifestação própria nesta terça-feira (5), também contrária à decisão de Moraes.

“Sob o pretexto de defender a democracia, decisões como essa contribuem para corroê-la. É dever do Senado reagir com firmeza para preservar sua legitimidade”, afirmaram os senadores. Eles ainda prometeram cobrar de Alcolumbre um “posicionamento institucional acerca dos reiterados abusos de autoridade cometidos pelo ministro [Moraes]”.

Marcos do Val é alvo de investigação desde agosto de 2024 por ataques, nas redes sociais, contra policiais federais que atuam no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi nesse contexto que a apreensão do passaporte e o bloqueio de suas contas foram determinados.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Alcolumbre é comunicado de medidas contra Marcos do Val e determina que advogado do Senado acompanhe o parlamentar

Presidente do Senado também deve se reunir com os advogados da Casa para discutir o bloqueio do salário e das verbas parlamentares de Marcos do Val

     Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi comunicado às 11h desta segunda-feira (4) sobre a nova decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio do salário e das verbas de gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES), além da imposição de tornozeleira eletrônica. Segundo o UOL, Alcolumbre acionou a Advocacia do Senado para acompanhar o parlamentar na aplicação da medida judicial.

Marcos do Val desembarcou em Brasília às 6h49, vindo de Miami, em voo da Gol, após passar férias na Disney com a família, utilizando seu passaporte diplomático — o mesmo que deveria ter sido recolhido conforme decisão do STF. Ao chegar ao Brasil, foi conduzido ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde inicialmente resistiu à colocação da tornozeleira, mas acabou se acalmando e cumprindo a ordem judicial.

A presença da equipe jurídica do Senado no local, autorizada por Alcolumbre, visou garantir que o parlamentar tivesse direito à defesa durante a operação. O presidente do Senado também deve se reunir com os advogados da Casa ainda nesta segunda para discutir o bloqueio do salário e das verbas parlamentares. Em decisão semelhante, em 2024, Moraes já havia negado pedido do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para desbloquear as contas do senador capixaba.

Apesar de o Supremo ter determinado o cancelamento e recolhimento dos passaportes de Do Val, medida validada pela Primeira Turma do STF, ele não devolveu os documentos. Como o passaporte diplomático só pode ser cancelado pelo Ministério das Relações Exteriores, o parlamentar conseguiu embarcar para os Estados Unidos.

Para Moraes, a viagem internacional evidencia o “absoluto desrespeito” de Do Val às decisões judiciais. Em sua decisão, de acordo com a reportagem, o ministro recorda que o senador havia solicitado anteriormente o desbloqueio de seus bens alegando dificuldades financeiras e chegou a publicar um vídeo mostrando a geladeira vazia. No entanto, logo depois, viajou ao exterior por mais de dez dias.

A defesa do senador classificou as medidas impostas por Moraes como desproporcionais: “ultrapassam o limite da razoabilidade”. Segundo nota oficial, “em nenhum momento o senador esteve proibido de se ausentar do país, tampouco representou risco de fuga, já que comunicou previamente sua viagem à presidência do Senado Federal e ao próprio STF”. O texto afirma ainda que a decisão inviabiliza o exercício do mandato e prejudica a família do parlamentar: “atinge de forma desumana sua família, que depende de seus rendimentos, inclusive para custear o tratamento contra o câncer de sua mãe”.

Segundo os advogados Igor Ramos e Fernando Storto, a solicitação de autorização para viajar foi apresentada ao STF em 15 de julho, sendo negada por Moraes no dia seguinte. A defesa afirma que a decisão só foi oficialmente conhecida após o embarque. Em recurso ao Supremo, argumentaram que a determinação de recolhimento de passaportes não equivalia a uma proibição explícita de deixar o país. Também ressaltaram que o senador poderia, por exemplo, viajar a países do Mercosul utilizando apenas o documento de identidade.

Do Val é alvo de duas investigações no STF: uma sobre tentativa de golpe de Estado e outra relacionada à suposta participação em campanha de intimidação contra autoridades responsáveis por investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Em ambos os casos, já foi submetido a medidas como bloqueio de bens e proibição de uso das redes sociais.

O senador chegou a entrar com um pedido de habeas corpus preventivo para evitar prisão ao desembarcar no Brasil, mas a solicitação foi negada nesta segunda-feira pelo ministro Cristiano Zanin.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Gleisi critica uso da bandeira nacional em atos bolsonaristas: “nunca foram patriotas”

“Chega a ser um escárnio levar bandeiras do Brasil para os atos de apoio aos traidores da pátria”, disse a ministra

     Gleisi Hoffmann (Foto: GIL FERREIRA / SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente, em publicação nas redes sociais, os atos organizados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (3). Segundo ela, os manifestantes usaram de forma indevida símbolos nacionais em defesa de figuras que considera responsáveis por ataques à democracia brasileira.

A declaração foi publicada após os protestos pró-Bolsonaro que ocorreram em 62 cidades do país, com pautas que incluíram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), defesa de anistia para os réus do 8 de janeiro e ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator das ações penais contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.

“Chega a ser um escárnio levar bandeiras do Brasil para os atos de apoio aos traidores da pátria. Uma ofensa ao símbolo do país, que está sendo chantageado pelo tarifaço de Bolsonaro e pelos ataques de Trump ao Judiciário e à soberania nacional. Nunca foram patriotas, e isso está cada vez mais claro”, disse Gleisi.

As manifestações foram organizadas por parlamentares e apoiadores do ex-presidente. Bolsonaro, proibido pela Justiça de sair de casa nos fins de semana e monitorado por tornozeleira eletrônica, não compareceu presencialmente, mas participou por videochamadas. No Distrito Federal, acompanhou a manifestação por meio de uma assessora. Em outros estados, foi representado por familiares: no Rio de Janeiro, pelo filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); em Belém, pela esposa, Michelle Bolsonaro.

Os atos incluíram pedidos de anistia não apenas a Bolsonaro, mas também aos demais réus e condenados pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A ação penal em curso no STF afirma que Bolsonaro tentou se manter no poder mesmo após perder as eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em Brasília, a manifestação foi realizada no Eixão Sul, próximo ao Banco Central. Devido à proximidade com o Hospital de Base, trios elétricos não foram autorizados, e os organizadores usaram carros de som com volume reduzido.

 

Fonte: Brasil 247

Defesa de Bolsonaro manda Flávio apagar vídeo para evitar reação de Moraes

Publicação mostrava o ex-mandatário com tornozeleira eletrônica saudando apoiadores; vídeo foi removido após orientação dos advogados

       Flávio Bolsonaro e totem de Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@FlavioBolsonaro)

Temendo uma reação por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) orientou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a excluir de suas redes sociais um vídeo em que o ex-presidente aparece se dirigindo a apoiadores durante manifestação no Rio de Janeiro.

Segundo a CNN Brasil, a publicação, já retirada do ar, foi considerada pela equipe jurídica como uma possível violação à medida cautelar imposta por Moraes, que proíbe Bolsonaro de utilizar redes sociais — inclusive por meio de perfis de terceiros. Diante do alerta, Flávio atendeu prontamente à solicitação.

De acordo com a reportagem, os advogados argumentaram que a permanência do vídeo poderia ser interpretada como um descumprimento da ordem judicial. Moraes já advertiu que, em caso de nova infração, Bolsonaro poderá ser preso imediatamente.

Essa não foi a primeira vez que o ex-mandatário se viu envolvido em episódio semelhante. Em julho, ele apareceu nas redes do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também seu filho. Na ocasião, porém, Moraes considerou o caso como um fato isolado e limitou-se a emitir uma advertência formal, mantendo as medidas restritivas.

O vídeo publicado por Flávio mostrava Bolsonaro saudando manifestantes em Copacabana, em uma cena típica dos vídeos curtos das redes sociais, com legendas e imagens editadas. No registro, ele aparece com um celular na mão e a tornozeleira eletrônica visível, dizendo: “boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”.

De acordo com interlocutores do Supremo ouvidos pela reportagem, o gesto da defesa ao solicitar a remoção do conteúdo foi visto como um sinal de “boa-fé”, o que pode afastar a possibilidade de uma prisão imediata do ex-mandatário neste caso específico.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil


Relator do processo de cassação de Carla Zambelli quer ouvir testemunhas da defesa, mas promete celeridade

Diego Garcia diz que todos os depoimentos podem ocorrer em um único dia ou semana, para evitar atrasos na tramitação na CCJ da Câmara

     Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

O deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo contra Carla Zambelli (PL-SP) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, afirmou que pretende autorizar os depoimentos das testemunhas listadas pela defesa da parlamentar. Segundo Garcia, a intenção é assegurar o direito de defesa sem comprometer a agilidade do processo.

"Podem acontecer todos os depoimentos em um dia só ou numa semana só. Na sequência, já tenho condições de apresentar o meu relatório", declarou o relator, de acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1. Ainda de acordo com ele, "não há motivo para criar nenhum tipo de estrutura para alongar a análise do caso. Até porque, quanto mais demorar, mais atrapalha os trabalhos da CCJ".

O Regimento Interno da Câmara permite que o relator realize diligências nos casos de perda de mandato, mas não especifica a obrigatoriedade ou proibição de oitivas. Nos bastidores, aliados de Zambelli apostavam nos depoimentos como uma forma de adiar a análise do caso e ganhar tempo para reverter votos em sua defesa. Por isso, a posição de Garcia passou a ser observada como indicativa para futuros julgamentos de cassação.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão e, agora, tenta evitar a perda do mandato parlamentar. Ela está presa na Itália, o que levou sua defesa a pedir também que possa ser ouvida no processo.

A decisão definitiva sobre a realização das oitivas deve ser tomada na manhã desta terça-feira (5), em reunião entre Diego Garcia e o presidente da CCJ, deputado Paulo Azi (União Brasil-BA). Eles devem definir o cronograma dos depoimentos ainda nesta semana.

Garcia disse que buscará garantir "o direito de defesa de ouvir, senão todos, ao menos alguns dos arrolados pela deputada". Caso a CCJ decida pela realização das oitivas, as testemunhas serão apenas convidadas — sem obrigação de comparecimento —, cabendo à defesa garantir a presença delas e a participação da própria Zambelli.

O prazo regimental para apresentação do relatório é de cinco sessões plenárias após o encerramento das diligências. No entanto, o relator sinalizou que não pretende esperar até o limite. O parecer será avaliado pela CCJ e, depois, encaminhado ao plenário da Câmara, responsável pela decisão final sobre a possível cassação do mandato da deputada.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Tarifaço dos EUA esfria plano de Tarcísio para disputar a Presidência em 2026

Aliados avaliam que disputa presidencial ficou mais difícil e governador de SP deve concorrer à reeleição em 2026

      Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas 09/08/2024 (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

Após o impacto negativo causado pelo anúncio das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, a possibilidade de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disputar a reeleição em 2026 passou a ser considerada mais provável nos bastidores da política paulista. A informação foi divulgada pelo portal UOL.

O episódio do chamado “tarifaço”, oficializado no último dia 30, minou a imagem de Tarcísio como potencial candidato à Presidência. Segundo integrantes da base aliada e da oposição, a reação do governador ao caso — que incluiu críticas ao presidente Lula (PT) e silêncio sobre o envolvimento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na pressão internacional — gerou desgaste e reforçou a percepção de que ele estaria mais inclinado a buscar um segundo mandato no estado.

“Tarcísio está focado no trabalho dele, que é o estado de SP. Naturalmente, isso envolve a reeleição”, afirmou Guilherme Afif Domingos, secretário extraordinário de Projetos Estratégicos do governo paulista. Um deputado estadual próximo ao governador foi mais direto: “Ele é candidato à reeleição”.

A ligação com o bolsonarismo também passou a ser vista como um fator de risco. Tarcísio foi ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro e ainda carrega forte associação com o ex-presidente. A tensão aumentou com as críticas públicas de Eduardo Bolsonaro, que, desde os Estados Unidos, acusou o governador de "subserviência servil às elites" por tentar negociar a revogação das tarifas.

Para o cientista político Fabrício Amorim, da PUC-SP, o atual cenário favorece uma candidatura de Tarcísio à reeleição. Ele destaca que o controle da máquina estadual, a rejeição à esquerda em São Paulo e a falta de um nome competitivo na oposição fortalecem essa possibilidade. “Levando em conta o atual contexto político pós-tarifaço, uma candidatura de Tarcísio de Freitas à reeleição ao governo do Estado seria uma saída honrosa, já que o cargo de governador por mais quatro anos valorizaria seu capital político, tornando-o nome natural para a disputa da presidência da República em 2030”, avalia.

Segundo Amorim, a relação com Eduardo Bolsonaro tende a permanecer conflituosa. “O deputado vê o governador como uma ameaça a seu próprio crescimento político. Daí, as críticas que Eduardo dispara e que deve continuar disparando enquanto Tarcísio tiver capital político relevante para disputas eleitorais.”

Desde o agravamento da crise, Tarcísio intensificou sua presença em cidades do interior paulista e ampliou o número de encontros com prefeitos. Somente em 2025, até 25 de julho, o governador já teve 32 agendas com prefeitos, superando o total de 2024 (26) e também de 2023 (29). De acordo com o governo estadual, “o fortalecimento da relação institucional entre o estado e os municípios é fundamental para que São Paulo siga avançando na direção certa”.

Na mesma linha, Tarcísio tem adotado um discurso de despolitização do problema comercial com os EUA, buscando se distanciar da polarização. “É a hora de deixar a política de lado, ver o interesse nacional, entender a natureza do movimento geopolítico que está em curso para que a gente busque o interesse nacional. Busque o interesse do país, vá para a mesa de negociação, deixando qualquer questão, deixando a ideologia, deixando diferenças de lado”, afirmou em entrevista coletiva em Rio Claro, no dia 22 de julho.

A ausência de Tarcísio no ato em apoio a Bolsonaro na avenida Paulista, no último domingo (3), também chamou a atenção. O governador alegou questões de saúde — ele se submeterá a uma cirurgia — mas lideranças do Republicanos avaliam que o evento servirá como “termômetro” para medir o impacto do apoio público ao ex-presidente e seu peso político real. A depender do resultado, o grau de exposição de Tarcísio ao bolsonarismo poderá ser ajustado nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Daniela Lima é demitida da GloboNews


      A apresentadora Daniela Lima. Foto: Reprodução

A jornalista Daniela Lima foi demitida da GloboNews na manhã desta segunda-feira (4), após dois anos à frente da bancada do Conexão GloboNews. A decisão pegou de surpresa até mesmo os colegas de redação, que só foram informados minutos antes do início da edição ao vivo do programa.

A saída de Daniela acontece poucos dias depois de outra baixa na emissora: a comentarista Eliane Cantanhêde, que atuava no canal há 15 anos, também deixou a GloboNews. Nos bastidores, porém, a demissão de Cantanhêde já era esperada, diferentemente do desligamento de Daniela, considerado inesperado até pela equipe do Conexão.

No ar, o programa seguiu normalmente com Camila Bomfim e Leilane Neubarth na apresentação. No entanto, a vinheta de abertura exibida nesta segunda já não continha a imagem de Daniela Lima — nem mesmo as fotos das outras duas âncoras foram mantidas na peça gráfica, sinalizando a mudança.

A GloboNews ainda não divulgou oficialmente os motivos da demissão nem quem ocupará a vaga de Daniela no matinal. A jornalista também não se pronunciou até o momento.

Reportagem em atualização no DCM

Passaporte diplomático de Marcos do Val é apreendido pela PF

O senador bolsonarista Marcos do Val – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte diplomático de Marcos do Val (Podemos-ES) na manhã desta segunda-feira (4), em Brasília, após seu retorno dos Estados Unidos. Com informações do Metrópoles.

A medida atende a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a instalação de tornozeleira eletrônica no parlamentar. Do Val havia deixado o país descumprindo restrições judiciais e utilizou o documento diplomático que não havia sido localizado anteriormente pela PF.

O senador bolsonarista é investigado por obstrução de Justiça, após divulgar informações sobre o delegado da PF Fabio Schor, responsável por inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.

Marcos do Val e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução
Durante sua estadia em Orlando, Do Val publicou vídeos afirmando que Moraes teria sido avisado sobre sua viagem. A versão não convenceu o STF, que considerou a saída do país uma violação direta às determinações judiciais.

Em agosto de 2024, o ministro já havia mandado bloquear R$ 50 milhões das contas do senador e autorizado buscas em sua residência e gabinete, sem sucesso na apreensão do passaporte.

Agora, com seu retorno, a tornozeleira foi instalada no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal. A defesa de Do Val tenta reverter o bloqueio de contas, alegando falta de recursos até para o tratamento de saúde da mãe do parlamentar.

Marcos do Val desembarcou no Brasil no mesmo dia da retomada dos trabalhos no Senado.

Fonte: DCM

Moraes determina bloqueio de salário e verba de gabinete de Marcos Do Val


O senador Marcos do Val (Podemos-ES). Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), bloqueie o salário e todas as verbas de gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES), conforme informações do Metrópoles.

A decisão foi tomada após o parlamentar deixar o Brasil sem autorização judicial e retornar nesta segunda-feira (4), quando foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal (PF).

Na decisão que autorizou a ação da PF, Moraes também ordenou o bloqueio de todos os bens e ativos financeiros do senador, incluindo contas bancárias, investimentos, cartões de crédito e débito, além de todas as chaves Pix vinculadas a ele. Imóveis, veículos, embarcações e aeronaves registrados em seu nome também deverão ser bloqueados.

O passaporte diplomático de Do Val, usado para deixar o país, também foi apreendido. O ministro ainda reiterou a proibição do uso de redes sociais.

Recolhimento domiciliar


Ele passa a cumprir medidas cautelares semelhantes às impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o recolhimento domiciliar noturno, com permissão para sair apenas das 6h às 19h, de segunda a sexta-feira. Aos fins de semana e feriados, o senador deverá permanecer em casa.

Marcos do Val descumpriu decisões anteriores do STF e divulgou um vídeo feito nos Estados Unidos, o que motivou o endurecimento das medidas. O bloqueio de seus recursos e a restrição de locomoção são parte do avanço das investigações conduzidas pelo Supremo e pela PF contra o parlamentar.

Relatório da PF sobre celular de Marcos do Val detalha mensagens com Bolsonaro

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

STF bloqueia conta bancária do marido de Carla Zambelli

Antônio Aginaldo de Oliveira, ex-secretário de Caucaia (CE), é alvo de investigação sigilosa determinada pelo Supremo Tribunal Federal


Uma decisão judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) resultou no bloqueio da conta bancária de Antônio Aginaldo de Oliveira, coronel da reserva da Polícia Militar e marido da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP). As informações são da CNN Brasil.

O coronel, que comandou a Força Nacional durante o governo Jair Bolsonaro (PL), estava à frente da Secretaria de Segurança Pública do município de Caucaia, no Ceará. Em junho, ele foi exonerado do cargo pela prefeitura. Antes disso, em maio, Oliveira já havia solicitado afastamento da função, alegando "doença de um parente" — no caso, sua esposa, a parlamentar, atualmente detida na Itália.

A deputada teve sua prisão decretada após ser condenada a dez anos de reclusão, também em maio deste ano. A Justiça entendeu que Zambelli atuou em conjunto com o hacker Walter Delgatti na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da pena de prisão, a parlamentar foi condenada ao pagamento de multa e à perda de seu mandato.

Zambelli aguarda, agora, uma audiência que deverá definir se ela enfrentará o processo em solo italiano ou será extraditada para o Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Defesa de Marcos do Val contesta bloqueio de bens e uso de tornozeleira: "ultrapassa os limites da razoabilidade"

Senador foi alvo de nova operação da PF ao chegar de viagem aos EUA e também teve o passaporte diplomático apreendido por descumprir ordem do STF

      (Foto: ABr)

A defesa do senador Marcos do Val (Podemos-ES) se manifestou contra as novas medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (4). Segundo o Metrópoles, os advogados classificaram o bloqueio integral do patrimônio do parlamentar como uma ação que “ultrapassa os limites da razoabilidade”.

Os defensores do senador afirmam que a viagem aos Estados Unidos foi previamente comunicada tanto à presidência do Senado quanto ao próprio STF. No entanto, a saída do país dependia de autorização expressa de Moraes — o que, de acordo com apuração do Metrópoles, foi negado. Mesmo assim, o parlamentar viajou, o que teria motivado o entendimento de descumprimento de medida judicial.

A Polícia Federal apreendeu o passaporte diplomático usado pelo parlamentar para deixar o país. Assim que desembarcou em Brasília, Marcos do Val foi submetido ao cumprimento de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

A defesa argumenta que o bloqueio dos bens compromete a atuação parlamentar do senador, “inviabilizando o exercício do mandato para o qual foi democraticamente eleito”. O texto também ressalta que a decisão impacta diretamente familiares, especialmente a mãe de Do Val, que depende dele para custear tratamento contra um câncer. “Trata-se de um precedente perigoso, que ameaça não apenas as prerrogativas constitucionais de um Senador da República, mas também os princípios fundamentais do devido processo legal e da separação dos Poderes”, afirmaram os advogados, de acordo com a reportagem.

Marcos do Val ganhou projeção política ao acusar, em 2023, o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) de envolvimento em uma tentativa de gravação clandestina de reunião com o ministro Alexandre de Moraes. Pouco depois, passou a mudar sua versão, recuou das acusações, isentou Bolsonaro e voltou suas críticas ao magistrado do STF — comportamento que resultou em desgaste com aliados e sua base de apoio.

Em junho daquele ano, ele foi alvo de uma operação da PF por suspeita de obstrução das investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro. Como consequência, teve as redes sociais suspensas e pediu afastamento do cargo por 40 dias, alegando perseguição política. Já em 2024, novamente sob investigação, foi proibido de utilizar redes sociais após publicar foto e fazer ataques ao delegado da PF Fábio Shor. O ministro Moraes determinou a entrega dos passaportes do senador — o que, mais uma vez, não foi cumprido. À época, Do Val afirmou ao Metrópoles que entregaria os documentos “posteriormente”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles