
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o início do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) para 2 de setembro, com previsão de término no dia 12 – período que inclui o feriado de 7 de Setembro, quando aliados do ex-presidente planejam manifestações em todo o país.
A proximidade das datas deve aumentar a tensão entre o bolsonarismo e a Corte, mas, segundo interlocutores de Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, e do relator Alexandre de Moraes, o fator “segurança” não influenciou o calendário, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.
A prioridade dos ministros é concluir o processo antes de outubro, para que o destino jurídico de Bolsonaro — considerado, nos bastidores, como muito provavelmente a condenação — seja definido com um ano de antecedência da eleição presidencial de 2026.
Embora Bolsonaro já esteja inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral, aliados acreditam que esses julgamentos podem ser revertidos quando Kassio Nunes Marques, indicado por ele, assumir a presidência do TSE em agosto de 2026. A vice-presidência também ficará com outro ministro indicado pelo ex-presidente, André Mendonça.
Com a condenação criminal, esse caminho seria fechado no Supremo — e não no TSE. O cronograma divulgado na sexta-feira (15) também coloca o julgamento de Bolsonaro antes da troca de comando do STF: a decisão final deve sair até 12 de setembro, ainda sob presidência de Luís Roberto Barroso, que passa o cargo a Edson Fachin no dia 29.
Nos bastidores, ministros dizem que coincidir com o 7 de Setembro ou com a troca na presidência do STF foi apenas um efeito colateral. O objetivo central é concluir o processo rapidamente, para que o Supremo tenha tempo de sustentar sua decisão institucionalmente e permitir que o clima político “assente a poeira” bem antes de 2026.
Fonte: DCM com informações do jornal O Globo
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