sábado, 20 de setembro de 2025

Pedro Serrano: “Não adianta conversar com bolsonaristas, tem que pôr limites”

Jurista defende reação firme do Estado contra atos de violência e ataques à democracia

    Pedro Serrano: “Não adianta conversar com bolsonaristas, tem que pôr limites” (Foto: ABR)

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Pedro Serrano defendeu que o Brasil não deve tolerar atos de violência política praticados por apoiadores da extrema direita. Para ele, casos como a agressão sofrida recentemente pela filha do ministro Edson Fachin, em evento na Universidade Federal do Paraná (UFPR), exigem uma resposta imediata das instituições. “Não adianta conversar com bolsonaristas, tem que pôr limites”, afirmou.

Serrano ressaltou que a postura de grupos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro não pode ser interpretada como debate político legítimo, mas como prática criminosa. “A ação desse tipo de neofascismo é uma ação política de banditismo, é onde a política se encontra com o crime. Isso já era assim na ascensão do nazismo. Se a sociedade tolera, desaba”, disse.

☆ Estado deve agir com firmeza

O jurista destacou a necessidade de atuação imediata das autoridades diante de ataques desse tipo. “Não adianta mediar com essa gente, tem que pôr limites. Um caso como esse tem que prender em flagrante. Leva pra delegacia, faz o flagrante, depois solta. Mas é importante ter uma reação institucional do Estado, usando a violência legítima que o Estado tem para reprimir esse tipo de conduta que é crime, não é política”, argumentou.

Para Serrano, permitir a continuidade dessas práticas sem reação efetiva fortalece a extrema direita e ameaça a democracia. Ele comparou a postura desses grupos a práticas históricas de regimes autoritários. “Vocês lembram das SA na ascensão do nazismo? Foram quebrando tudo, batiam, e a sociedade foi tolerando. Chega uma hora que eles ganham. Eles vão indo e você media, eles vão mais”, explicou.

☆ Violência covarde e discurso falso

Na avaliação do jurista, a agressividade da extrema direita brasileira se baseia em covardia e no uso sistemático da mentira como método de atuação política. “É gente absolutamente covarde, que enfrenta quem está numa posição de fraqueza, mas na hora de encarar a questão foge. A violência dessa gente é perigosíssima, porque mata, tortura e desumaniza o outro. A mentira é o método de discurso e de linguagem política deles”, afirmou.

Serrano concluiu que o Brasil vive um momento em que não há espaço para relativizações. “Eu sou a favor da conciliação como mecanismo de convivência civilizada. Mas com essa gente não adianta. Se você tenta mediar, eles só avançam, só vão nos destruir, causar dor e sofrimento. Infelizmente, não há outro modo a não ser impor limites”, defendeu.

Fonte: Brasil 247

Rejeição à PEC da Blindagem domina redes sociais com 83% de críticas, mostra Quaest

Levantamento aponta Hugo Motta e a Câmara como principais alvos de insatisfação online sobre a proposta

     Prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O monitoramento digital feito pelo instituto Quaest divulgado neste sábado (20) revelou que o debate em torno da PEC da Blindagem encontrou ampla resistência nas redes sociais. Entre os dias 16 e 19 de setembro, 83% das 2,3 milhões de menções coletadas tinham caráter negativo em relação ao texto da proposta, que busca alterar a Constituição.

Apesar de alcançar, em média, 44 milhões de perfis por hora, o fluxo de 24 mil menções no mesmo período foi inferior ao do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF, que havia registrado 44 mil por hora. Ainda assim, o volume superou discussões anteriores envolvendo atritos entre Congresso e governo, como a polêmica sobre o aumento do IOF, entre junho e julho. O pico de comentários aconteceu no início da noite de 16 de setembro.

☆ Alvos centrais e principais críticas

Segundo a pesquisa, quase metade das críticas (46%) foi direcionada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e à própria Casa legislativa. A pressão foi impulsionada principalmente por parlamentares de esquerda e influenciadores digitais, com destaque para a circulação da hashtag #CONGRESSOINIMIGODOPOVO, publicações da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e conteúdos satíricos gerados por inteligência artificial. Entre esses materiais, vídeos ridicularizavam tanto Motta (“Hugo nem se importa”) quanto o governador paulista Tarcísio de Freitas, apelidado de “Tarcínico Pedágio”.

Além disso, 40% das menções estavam relacionadas às manifestações contra a PEC convocadas para o domingo (21), com 12% focadas especificamente em mobilizações de artistas e figuras públicas. Outros 15% conectaram a proposta a temas paralelos, como debates sobre anistia e o julgamento de Bolsonaro no Supremo.

☆ Defesas da PEC e críticas ao STF

Apenas 17% das menções tiveram caráter favorável à proposta. Esse grupo é composto, sobretudo, por parlamentares e militantes alinhados ao bolsonarismo. As publicações críticas ao STF dominaram esse campo, alegando supostos “excessos” da Corte. Defensores também relembraram decisões que, segundo eles, favoreceram lideranças da esquerda, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante investigações da Operação Lava Jato.

☆ Dinâmica nos grupos de mensagens

A Quaest também analisou interações em grupos públicos de WhatsApp, Telegram e Discord. Nos espaços de alinhamento à esquerda, a PEC ganhou destaque crescente, atingindo 11% das mensagens em 18 de setembro. Já entre os grupos de direita, a proposta teve baixa relevância, representando apenas 2% das conversas. Nessas comunidades, a maior parte das discussões se concentrou na mobilização da militância (27%), no apoio a Bolsonaro (22%) e em críticas diretas ao Supremo (12%).

Fonte: Brasil 247

Fluxo de passageiros em aeroportos bate recorde em agosto com 11,2 milhões de viajantes

Movimento aéreo cresce 9,5% em relação a 2024 e deve alcançar 130 milhões de passageiros até o fim de 2025

     Aeroporto movimentado (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O movimento nos aeroportos brasileiros voltou a registrar números históricos em agosto, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e publicados pelo jornal O Globo. No período, passaram pelos terminais do país 11,2 milhões de passageiros, o que representa um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo mês de 2024. Esse é o maior volume já registrado para o mês em toda a série histórica.

De janeiro a agosto, o acumulado chegou a 84,7 milhões de viajantes, alta de 9,6% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado. O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) destacou que a movimentação atual também está 8,5% acima dos números de 2019, último ano antes do impacto da pandemia de Covid-19 no setor aéreo.

◈ Turismo e malha aérea impulsionam alta

O crescimento é explicado pelo aquecimento do turismo interno e pela ampliação da malha aérea, especialmente no Nordeste, que concentra grande parte da demanda na temporada de verão. Companhias aéreas já reforçaram suas rotas e programaram voos extras para atender ao aumento da procura. Também há destaque para destinos do Sul e do Sudeste, que atraem visitantes em busca de lazer e negócios.

De acordo com projeções do MPor, se o ritmo de crescimento for mantido, o Brasil deve fechar 2025 com um recorde de 130 milhões de passageiros transportados. Em 2024, o movimento havia crescido 5%, alcançando níveis próximos aos de antes da pandemia, mas ainda abaixo do recorde de 2019.

◈ Avanço do transporte internacional

Outro dado relevante é o salto no transporte internacional. Entre janeiro e agosto, o fluxo de passageiros nesse segmento cresceu 14,9%, chegando a 18,9 milhões. Já os voos domésticos transportaram 65,8 milhões de pessoas no período, um avanço de 8,2% sobre o ano anterior.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Brasil exclui EUA de reunião sobre democracia durante Assembleia da ONU

Decisão do governo Lula reflete críticas ao governo Trump e leva a ausência inédita dos EUA em cúpula internacional sobre democracia

     Mauro Vieira e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Brasil decidiu não incluir os Estados Unidos na lista de participantes da reunião “Democracia Sempre”, que será realizada na próxima semana em Nova York, paralelamente à Assembleia-Geral da ONU. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo, que destacou a mudança em relação ao ano passado, quando os norte-americanos estiveram entre os convidados.

A cúpula, idealizada inicialmente por Brasil e Espanha, reunirá cerca de 30 países, entre eles Uruguai, Colômbia, Chile, Alemanha, Canadá, França, México, Noruega, Quênia, Senegal e Timor Leste. Também deve participar o secretário-geral da ONU, António Guterres, além de representantes da União Europeia.

◈ Critérios de exclusão dos EUA

Segundo um integrante do governo brasileiro, a lista de convidados foi restrita a nações consideradas plenamente democráticas. A exclusão dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, foi justificada pelo “retrocesso extremista” vivido no país e pelo questionamento do governo americano às eleições brasileiras.

Entre os principais temas do encontro estão a defesa da democracia, o combate à desigualdade social e a luta contra a desinformação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia participado de uma edição do evento no Chile, em julho, quando os líderes reafirmaram seu compromisso com a preservação das instituições democráticas e com a cooperação internacional frente às ameaças globais.

◈ Origem do “Democracia Sempre”

A primeira edição da iniciativa ocorreu em 2024, organizada por Lula e pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, sob o lema “Em defesa da democracia, combatendo o extremismo”. Na ocasião, os Estados Unidos, então sob o comando do democrata Joe Biden, enviaram apenas um funcionário de segundo escalão do Departamento de Estado, equivalente ao Itamaraty.Sánchez propôs que o encontro servisse como um fórum permanente para enfrentar o crescimento de movimentos reacionários no mundo. Ele apontou três fatores centrais que corroem a confiança pública nas instituições: desigualdade social, desinformação e disseminação do discurso de ódio.

◈ Tensões com o governo Trump

Desde que reassumiu a Casa Branca, Donald Trump tem adotado medidas que geram atritos em fóruns multilaterais. Um dos primeiros atos de seu governo foi uma ordem executiva que proíbe políticas de combate à desinformação, consideradas pelo republicano como censura. Além disso, Trump tem pressionado emissoras e empresas a punirem figuras públicas que fizeram críticas a apoiadores conservadores. O apresentador Jimmy Kimmel, da ABC, foi suspenso após comentário sobre o assassinato de Charlie Kirk, militante de direita morto na semana passada.

Outro ponto de fricção é a regulação das grandes plataformas digitais. Enquanto União Europeia e países latino-americanos pressionam por leis que obriguem as Big Tech a moderar conteúdos nocivos, Trump se coloca contra qualquer restrição e ameaça impor tarifas a blocos econômicos que adotem legislações mais rígidas.

◈ Referências a ataques antidemocráticos

No convite enviado aos países em 2024, Lula e Sánchez citaram tanto os ataques de 8 de janeiro em Brasília quanto a invasão ao Capitólio, em Washington, como exemplos de movimentos violentos que rejeitam a alternância de poder e a diversidade. Já em seu novo mandato, Trump concedeu perdão a 1.500 pessoas condenadas pela invasão ao Congresso americano, medida que aprofundou a percepção de enfraquecimento democrático nos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Esquerda mobiliza manifestações contra o Congresso neste domingo

Atos em várias capitais contestam a PEC da blindagem e a anistia a golpistas, aprovadas pela Câmara e em análise no Senado

    Manifestações contra a anistia (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

A esquerda brasileira se prepara para ocupar as ruas neste domingo (21) em protesto contra medidas recentes aprovadas pela Câmara dos Deputados. Os atos foram convocados por movimentos sociais, sindicatos, artistas, intelectuais e partidos progressistas.

As manifestações estão previstas em diferentes capitais e grandes cidades. Em São Paulo, os protestos ocorrerão na Avenida Paulista, em frente ao Masp. Em Belo Horizonte, a concentração será na Praça Raul Soares, a partir das 9h. Mobilizações também estão programadas no Rio de Janeiro, onde será realizado um show com a presença de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Djavan. Cidades como Brasília, Recife, Curitiba e Porto Alegre também terão mobilizações.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) destacou o caráter simbólico das manifestações. “É neste domingo que nós vamos sentar simbolicamente na cadeira do presidente, ocupando as praças e ruas de todo o Brasil, para garantir que as pautas populares entrem em votação. E nós não aceitamos PEC da bandidagem e nem anistia para golpista”, disse.

Já o deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) criticou o Congresso ao convocar seu seguidores para as manifestações. “Para relembrar vocês, amanhã é rua, rua no Brasil inteiro contra anistia, contra a PEC da blindagem, fazer a nossa voz ser ouvida contra uma maioria do Congresso da direita, do Centrão, que tem trabalhado contra o povo”, afirmou o parlamentar.

☆ Críticas à PEC da Blindagem

A chamada PEC das Prerrogativas (3/2021), apelidada de PEC da Blindagem, foi aprovada na Câmara por 344 votos a favor e 133 contra. O texto prevê que o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá abrir processo criminal contra parlamentares com autorização das casas legislativas, além de determinar que a votação desses casos seja secreta. A proposta agora segue para análise no Senado.

Outro ponto polêmico é a previsão de que presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso só possam ser julgados pelo STF, ampliando o rol de autoridades com foro privilegiado. Hoje, além do presidente da República e ministros de Estado, deputados e senadores também são julgados exclusivamente pela Suprema Corte.

☆ Anistia a golpistas em debate

Além da PEC, as manifestações também contestam a proposta de anistia para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A Câmara aprovou a urgência do projeto, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores investigados.

O STF já condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão por participação na trama golpista, além de responsabilizar mais de 640 réus pelos ataques em Brasília. Para os organizadores das mobilizações, a anistia seria um retrocesso histórico e uma afronta às decisões judiciais.

Fonte: Brasil 247

Fux acompanha Barroso e rejeita pedido para anular investigação do golpe

Supremo rejeita recurso que buscava anular a apuração da tentativa de golpe de Estado e confirma sua competência no caso

Ministro Luiz Fux durante sessão da Primeira Turma do STF em Brasília - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta sexta-feira (19) o julgamento de um habeas corpus que pedia a anulação da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. Segundo informou a CartaCapital, todos os 11 ministros rejeitaram o pedido, que também buscava revogar medidas cautelares impostas aos investigados.

O ministro Luiz Fux foi o último a registrar voto, pouco mais de uma hora antes do prazo final para o encerramento da sessão no plenário virtual, marcado para as 23h59. O habeas corpus não foi apresentado por nenhum dos réus do processo, mas por um advogado do Rio de Janeiro. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, havia rejeitado a solicitação em decisão individual em 15 de agosto, mas o autor recorreu, levando o caso ao plenário.

☆ Barroso reafirma decisão inicial

Em seu voto, Barroso reiterou a improcedência do pedido, ressaltando que o instrumento jurídico não pode ser utilizado contra atos do próprio Supremo. “O Supremo Tribunal Federal entendeu que esse remédio constitucional não é cabível contra atos jurisdicionais da própria Corte, que são passíveis de recurso no âmbito do processo em que proferidos”, explicou o ministro.

O habeas corpus sustentava que o STF seria incompetente para conduzir a investigação, pedindo a nulidade da ação penal e a revogação de medidas cautelares, incluindo prisões preventivas.
Fux segue a maioria e confirma a competência do STF

Em setembro, a Primeira Turma já havia reafirmado a competência do Supremo para julgar o núcleo central da trama golpista, mesmo diante de divergências. Na ocasião, Fux havia se posicionado de forma isolada pela remessa do processo à primeira instância.

Desta vez, no entanto, o ministro optou por acompanhar a maioria e votou pela manutenção do julgamento no STF. Ele não apresentou fundamentação escrita em seu voto no sistema eletrônico.

☆ Condenações já definidas

O processo resultou, em 11 de setembro, na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus. Com a decisão agora confirmada, o Supremo mantém sob sua jurisdição a investigação e o julgamento dos envolvidos na tentativa de golpe, reforçando a posição da Corte sobre sua competência constitucional no caso.

Fonte: Brasil 247 com informações da Carta Capital

Antes de assumir presidência do STF, Fachin visita papa Leão XIV


Ministro participou do Jubileu dos Operadores da Justiça

   Papa Leão XIV e Edson Fachin (Foto: Vatican News/Divulgação)

Agência Brasil - Poucos dias antes de tomar posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin esteve neste sábado (20) no Vaticano, onde se encontrou com o papa Leão XIV.

O papa sediou, na praça de São Pedro o Jubileu dos Operadores da Justiça, encontro voltado a juízes, advogados, procuradores e outros profissionais do direito e atrai delegações de todo o mundo.

Devido ao grande número de peregrinos neste ano, o evento precisou ser deslocado para a área externa da praça de São Pedro, onde uma estrutura foi montada para que o papa pudesse ficar mais próximo dos presentes.

Católico, Fachin assistiu ao discurso de Leão XIV, em que o pontífice disse que a justiça “não pode ser reduzida à mera aplicação da lei ou à atuação dos juízes”. Ele prosseguiu afirmando que “a justiça se concretiza quando se volta para os outros, quando a cada um é dado o que lhe é devido, até alcançar a igualdade em dignidade e oportunidades”.

Em outro trecho, ao citar ensinamentos de Santo Agostinho sobre as relações entre Estado, justiça e fé, o papa Leão XIV disse que “sem justiça não se pode administrar o Estado; é impossível que haja direito em um Estado onde não há verdadeira justiça”.

Em seguida ao discurso, Fachin entrou na fila e cumprimentou o papa. O ministro custeou a própria viagem, que foi realizada em articulação com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Posse

Fachin toma posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em solenidade marcada para 29 de setembro. O ministro Alexandre de Moraes será empossado vice.

Ambos foram eleitos em agosto em votação simbólica pelo plenário, já que os ministros se revezam para mandatos de dois anos na chefia do Judiciário, tendo como critério a antiguidade no tribunal.

Como presidente do STF no biênio de 2025 a 2027, Fachin terá o poder de organizar a pauta do plenário e presidir as sessões, nas quais fica responsável por conduzir os trabalhos.

No cargo, Fachin terá também que exercer a função administrativa de comandar o Judiciário, sendo responsável, por exemplo, por conduzir a elaboração e encaminhar o orçamento desse Poder.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Receita Federal pode reter mais navios na Operação Cadeia de Carbono, diz Barreirinhas

Operação já reteve cargas de R$ 240 milhões e segue apurando fraudes no setor de combustíveis

       Robinson Barreirinhas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta sexta-feira (20) que há possibilidade de novos navios serem retidos na Operação Cadeia de Carbono, deflagrada para combater fraudes na importação de combustíveis. “Há um fluxo contínuo de navios chegando ao Brasil, a Receita acompanha todas as movimentações. Há chances de novos navios serem retidos”, disse o secretário, de acordo com o Estadão Conteúdo.

Segundo Barreirinhas, a fiscalização ocorre de forma contínua sobre todas as embarcações que chegam ao país. “Há um fluxo contínuo de navios chegando ao Brasil, a Receita acompanha todas as movimentações. Há chances de novos navios serem retidos”, declarou o secretário.

Até o momento, dois navios com destino ao porto do Rio de Janeiro tiveram suas cargas retidas. O valor estimado do material apreendido é de cerca de R$ 240 milhões, incluindo petróleo, derivados de combustíveis e hidrocarbonetos como o óleo condensado de petróleo.

◈ Fraudes envolvem desvio de hidrocarbonetos

Durante a coletiva, Barreirinhas explicou que parte das fraudes ocorre quando hidrocarbonetos são importados com descrição de outros combustíveis, desviando-se do destino industrial para abastecimento do setor de combustíveis. “Muitas vezes há a importação de hidrocarbonetos, como se fosse algum outro combustível, e que deveriam ser destinados, por exemplo, à indústria, e acabam sendo desviados para o setor de combustíveis. Isso tudo vai ser apurado a partir de perícias”, detalhou.

◈ Ocultação de beneficiários é alvo da investigação

O secretário destacou que o aspecto mais grave das operações irregulares é a ocultação dos verdadeiros beneficiários e dos recursos empregados. “O que é mais grave é a ocultação dos reais beneficiários dessas operações. A ocultação dos recursos utilizados nessas importações. É isso que será mais profundamente investigado”, reforçou Barreirinhas.

◈ Estados sofrem prejuízos com a prática ilegal

Segundo a Receita, os principais prejudicados são os estados de destino dos produtos, que perdem arrecadação fiscal devido às fraudes. “As grandes vítimas desse tipo de fraude são os Estados de destino desses produtos”, concluiu o secretário.

Fonte: Brasil 247 com Estadão Conteúdo

Abandonada, Zambelli fica de fora de anistia ampla defendida por bolsonaristas


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no Tribunal de Apelações de Roma. Foto: Reprodução

A anistia ampla defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso não inclui a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho em Roma. Com informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o texto proposto prevê perdão a condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos antidemocráticos de 2019 até agora.

De acordo com Sóstenes, Zambelli não se enquadra porque não foi condenada por crime antidemocrático, mas por invasão ao sistema do CNJ, com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.

Caso Zambelli: líder do PL cita 'manobra' de Moraes e quer conversar com Motta – Noticias R7
Líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). Foto: Reprodução
O projeto teve urgência aprovada na Câmara e o mérito está em debate. O relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), afirmou que não cabe anistia ampla e que o texto tratará de redução de penas dos condenados — alternativa que o PL diz não aceitar.

Mesmo reconhecendo que a prisão de Zambelli não está ligada a crime contra a democracia, correligionários do PL mantêm o discurso de que ela seria perseguida politicamente e usam o caso para atacar o ministro Alexandre de Moraes.

Visita de aliados


Zambelli foi presa na Itália após fugir do Brasil e ficar foragida na Europa. Após a audiência de custódia, a Justiça italiana determinou que ela permaneça presa enquanto o pedido de extradição aguarda resposta.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Empresário é mantido refém por 12h pelo próprio filho e tem R$ 700 mil roubado

Câmeras de segurança registraram momento em que empresário é sequestrado em Manaus — Foto: Divulgação

Um empresário de 74 anos foi sequestrado em Manaus no dia 10 de setembro, em um crime que contou com a participação do próprio filho. Segundo a Polícia Civil, a vítima foi abordada enquanto saía do trabalho para almoçar e levada para um cativeiro na zona oeste da capital, onde permaneceu por mais de 12 horas sob vigilância armada.

De acordo com as investigações, o filho da vítima, identificado como David Francisco Alves Sá, contou com a ajuda de um funcionário da empresa da família e mais cinco suspeitos. Durante o período em que o idoso esteve refém, os criminosos realizaram transferências via PIX que somaram R$ 700 mil. Desse total, R$ 100 mil já foram recuperados e devolvidos.

A polícia informou que quatro pessoas foram presas, enquanto três seguem foragidas. Os suspeitos vão responder por extorsão mediante sequestro, porte de munição, associação criminosa, tráfico de drogas e adulteração de veículo. As autoridades também investigam se o grupo tem ligação com outros sequestros-relâmpago registrados na região metropolitana de Manaus.

Fonte: DCM

Revista francesa retrata Alexandre de Moraes como "xerife da democracia"

Le Nouvel Obs aponta papel central do ministro do STF no julgamento que condenou Jair Bolsonaro por tramar um golpe de Estado
Ministro do STF Alexandre de Moraes durante abertura do julgamento da trama golpista (Foto: Antonio Augusto/STF)

A revista francesa Le Nouvel Obs publicou nesta semana um perfil dde Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), descrevendo-o como um “xerife da democracia”. O semanário destacou a atuação do magistrado no julgamento que condenou o Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

Segundo a RFI, a publicação destaca que Moraes se consolidou como símbolo de resistência institucional contra os ataques à democracia brasileira. O texto lembra que o ministro dedicou cinco horas para expor, sem recorrer a anotações, como funcionava a “organização criminosa liderada por Bolsonaro e seus aliados”.

☆ O olhar da imprensa francesa sobre Moraes

Apelidado de “Batman” nas redes sociais, Alexandre de Moraes é descrito pela revista como o juiz mais conhecido — e também o mais criticado — do Brasil. Entre suas decisões marcantes, está o bloqueio do aplicativo Telegram em 2021, episódio que ganhou repercussão internacional. A reportagem também cita os ataques de Elon Musk, que o chamou de “ditador diabólico”.

☆ A trajetória política e jurídica do ministro

Le Nouvel Obs lembra que Moraes ingressou na magistratura aos 23 anos e rapidamente ganhou notoriedade junto às elites paulistas. Nos anos 2000, suas ideias alinhadas à direita o aproximaram da política, levando-o ao Ministério da Justiça no governo Michel Temer, entre 2016 e 2017. Naquele período, era visto como “pedra no sapato da esquerda”.

Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, a percepção mudou: progressistas passaram a enxergá-lo como um “super-herói” por sua atuação contra os ataques às instituições democráticas.

☆ Longa influência no Supremo Tribunal Federal

Com mandato no STF até 2043, Moraes terá, segundo a revista, “uma longa influência sobre a vida política brasileira”. O semanário aponta que essa permanência prolongada garante a ele relevância estratégica nos próximos anos.

☆ Alexandre de Moraes como figura internacional

Não é a primeira vez que a imprensa francesa dedica espaço a Moraes. Em setembro, a revista Les Echos destacou sua declaração de que houve “golpe de Estado” no Brasil. Já o jornal Le Figaro o definiu como o “todo-poderoso juiz brasileiro” que enfrentou Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com informações da RFI

Luciano Hang fez Pix a Zambelli quando estava foragida

Relatório da Polícia Federal aponta transferência de R$ 5 mil em meio à vaquinha virtual da deputada

     Luciano Hang (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, enviou R$ 5 mil à deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) enquanto ela estava foragida da Justiça brasileira entre maio e junho deste ano. A informação, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, consta de um relatório da Polícia Federal (PF) encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o documento, a quantia foi transferida via Pix durante uma campanha de arrecadação organizada pela parlamentar no site que tem o domínio registrado em nome da própria deputada e que promovia a iniciativa. O relatório da PF indica que Hang foi um dos principais apoiadores financeiros da deputada no período.

◈ Relatório da PF e investigação no STF

A Polícia Federal destacou que Zambelli já era investigada no âmbito da ação penal 2.428/DF, sob determinação do ministro Alexandre de Moraes. Segundo as apurações, ela teria tentado obstruir investigações e, após deixar o país, passou a divulgar mensagens críticas ao Judiciário.

Em uma das declarações incluídas no inquérito, Zambelli afirmou que voltaria a ser “a Carla que era antes das amarras que essa ditadura impôs”, numa referência ao STF.

◈ A rede de doadores da deputada

Segundo a reportagem, além de Luciano Hang, outros financiadores foram identificados: LCG Paschoalino Ltda., empresa de transporte fundada em 2017; Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro, empresário e colecionador de arte, ex-presidente do FAMA Museu; Karina Zupelli Roriz dos Santos, secretária parlamentar da deputada, com R$ 3.187,62; Antônio Aginaldo de Oliveira, marido de Zambelli, com R$ 2 mil; e Cristiane de Brum Nunes Marin, também com R$ 2 mil.

No total, entre 8 e 24 de maio, a deputada movimentou R$ 339 mil entre contas bancárias de sua titularidade, sendo R$ 336 mil após o início da arrecadação pública.

◈ Mobilização digital e ataques ao Judiciário

A PF também apontou que familiares, como a mãe da parlamentar, Rita Zambelli, reforçaram a campanha em plataformas alternativas como Gettr e Substack. Nessas redes, foram publicadas mensagens bilíngues com críticas ao ministro Alexandre de Moraes e convocações para protestos contra o STF.

◈ Prisão na Itália

Carla Zambelli está atualmente detida na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, na Itália. A Corte de Apelação de Roma ainda não decidiu se ela permanecerá detida ou poderá responder em liberdade durante a tramitação do processo de extradição solicitado pelo Brasil.A bolsonarista foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por causa da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O processo está na CCJ e depois deve passar pelo plenário.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Governo entra em alerta com plano da oposição por anistia ampla aos golpistas

Preocupação é que a oposição aproveite a análise em plenário para apresentar destaques e aprovar uma anistia ampla, que incluiria Jair Bolsonaro

     Câmara dos Deputados (Foto: Mateus Banomi/Reuters)

Integrantes da base governista da Câmara dos Deputados estão em alerta para uma possível estratégia da oposição durante a
votação do projeto de anistia. Segundo o g1, a preocupação é que adversários aproveitem a análise em plenário para apresentar destaques e aprovar uma anistia ampla, que incluiria Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir uma pena de 27 anos e três meses de prisão por planejar um golpe de Estado após sua derrota eleitoral no pleito de 2022.

◈ Como funcionam os destaques no plenário

Na dinâmica das votações, os deputados analisam primeiro o texto-base relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Depois, são avaliados os destaques — instrumentos que permitem alterar trechos específicos. Como se trata de um projeto de lei, bastaria maioria simples para aprovar mudanças, o que acende o sinal de alerta no governo. "O relatório não vai ser o pior, eles [bolsonaristas] vão apresentar destaque e, com maioria simples, incluir a anistia para Bolsonaro. Abriu espaço para isso", disse um parlamentar ouvido pela reportagem.

◈ Divisão no Centrão e reação da oposição

Apesar de lideranças do Centrão afirmarem que não há clima político para uma anistia ampla, aliados mais radicais de Bolsonaro reagem com indignação. "Que patifaria! Querem transformar o PL da anistia em PL da dosimetria? Isso só pode ser brincadeira", postou o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) nas redes sociais.

Nos bastidores, porém, setores pragmáticos da oposição defendem trabalhar sobre o texto já pautado e alterá-lo no plenário. "É igual fazer linguiça. Não importa o que entra, importa o que sai", disse um deputado.

◈ Debate sobre crimes contra a democracia

Outra preocupação envolve a possibilidade de reduzir as penas de crimes contra a democracia. Hoje, a tentativa de golpe de Estado prevê prisão de 4 a 12 anos e a abolição violenta do Estado democrático de direito, de 4 a 8 anos. Uma minuta em circulação propõe penas mais brandas: de 2 a 8 anos e de 2 a 6 anos, além de eliminar a cumulatividade.

Deputados do PT criticam a mudança e afirmam que seria um retrocesso no momento em que o país julga os responsáveis por ataques às instituições. Um deles destacou que a punição poderia se tornar inferior à de um roubo de celular, cuja pena varia de 4 a 10 anos.

◈ Paulinho da Força nega anistia a golpistas

Em entrevista à GloboNews, o relator Paulinho da Força afirmou que "até agora não tem nem rascunho do texto. Aqueles que atentaram contra a democracia e o Estado Democrático de Direito não serão contemplados."

Apesar disso, ele reconheceu que eventuais mudanças na lei podem reduzir também as penas aplicadas a Jair Bolsonaro. O parlamentar destacou que não pretende elaborar um projeto que confronte o Supremo Tribunal Federal, evitando novos choques institucionais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Senador Alessandro Vieira promete rejeitar PEC da Blindagem na CCJ

Relator afirma que proposta é “um desastre técnico” e MDB classifica texto como porta aberta para a impunidade parlamentar

     Alessandro Vieira (Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado)

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), escolhido como relator da chamada PEC da Blindagem, anunciou que apresentará parecer contrário à proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Em entrevista ao jornal O Globo (veja aqui), Vieira criticou duramente o texto aprovado pela Câmara dos Deputados nesta semana.

“Vou mostrar tecnicamente o tamanho do desastre. Os crimes graves que estão sendo abrigados pela blindagem”, disse o parlamentar, ressaltando que seu relatório apontará os riscos jurídicos e políticos da proposta.

◈ O que muda com a PEC da Blindagem

Aprovada na noite de terça-feira (17) pela Câmara, a PEC dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra deputados e senadores. O texto amplia ainda o alcance do foro privilegiado para incluir presidentes de partidos e permite que o Congresso derrube prisões em flagrante de parlamentares.

Outro ponto polêmico é a suspensão da prescrição de processos durante o exercício do mandato, o que na prática garante blindagem judicial e favorece a impunidade.

◈ MDB endurece discurso contra a proposta

Na quinta-feira (18), o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que a bancada se posicionará de maneira unânime contra a PEC. Para o partido, a medida fere princípios constitucionais e ameaça a democracia.

“A PEC transforma imunidade parlamentar em impunidade absoluta. Além de minar a transparência, cria um precedente extremamente perigoso. Não podemos permitir que deputados e senadores fiquem acima da lei”, declarou Braga em nota oficial.

Segundo o MDB, a estratégia é denunciar a inconstitucionalidade do texto na CCJ e, caso a proposta avance, manter a oposição firme durante a votação em plenário nos dois turnos.

◈ Resistência crescente no Senado

A expectativa é de que o parecer de Alessandro Vieira seja discutido já nos próximos dias. Com a rejeição anunciada pelo relator e a posição fechada da bancada do MDB, as chances de aprovação da PEC no Senado ficam cada vez mais reduzidas.

Analistas alertam que a tramitação da proposta servirá como teste para medir até onde o Congresso pretende avançar em iniciativas que, sob o pretexto de reforçar a imunidade parlamentar, podem representar grave retrocesso para a democracia e para a transparência pública.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro diz que só aceita anistia completa e rechaça dosimetria menor

Deputado ameaça relator Paulinho da Força e critica articulação com o STF sobre redução de penas

      Eduardo Bolsonaro - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Jessica Koscielniak)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reforçou nesta sexta-feira (19/9) que não aceita qualquer proposta que substitua a anistia plena aos condenados pelos atos de 8 de janeiro por uma simples redução de penas. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

“Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou Eduardo, em recado direto ao relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O deputado ainda advertiu: “Assim como está expresso na lei, todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”.

⊛ Críticas ao relator

Paulinho da Força foi designado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para conduzir o projeto. Desde o início, deixou claro que seu parecer não prevê perdão irrestrito, mas a possibilidade de redução das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo Bolsonaro atacou essa linha de negociação, chamando-a de “acordo indecoroso e infame”. Ele acusou o relator de se alinhar ao STF e disse que a proposta não tem relação com pacificação, mas sim com “a manutenção de todos os crimes praticados por Alexandre de Moraes”.

⊛ Reuniões e desconfiança

As críticas se intensificaram após Paulinho se reunir com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o ex-presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), para debater a anistia. Eduardo reagiu afirmando que “não confia” em Temer e rejeita qualquer diálogo com “quem quer matar o meu pai”, em referência a Alexandre de Moraes.

“Você, Michel Temer e o resto da turma não irão impor na marra o que chamam, cinicamente, de pacificação”, afirmou Eduardo. “Chegamos nesse ponto porque vocês nos subestimaram.”

⊛ Disputa em torno da anistia

A anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro divide o Congresso. Parte da base bolsonarista pressiona por um perdão total, enquanto outra ala defende soluções intermediárias, como a dosimetria menor. O STF, por sua vez, sustenta a responsabilização dos acusados, o que acirra ainda mais a tensão política.

As declarações de Eduardo Bolsonaro contra Paulinho da Força mostram que a tramitação do projeto deve enfrentar resistências e manter a polarização no centro da pauta.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles