quarta-feira, 17 de setembro de 2025

CPI vota requerimentos e ouve parentes do 'Careca do INSS'


O senador Carlos Viana preside a CPMI do INSS - (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A CPMI do INSS fará na quinta-feira (18) reunião para a votação de requerimentos e para a oitiva de seis depoentes. Ao todo, são 179 requerimentos na pauta, com pedidos de informação e de novas convocações. Os depoimentos são de testemunhas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e ao empresário Maurício Camisotti, ambos presos em operação por fraudes em descontos em benefícios previdenciários.

A reunião, marcada para as 9h, será dividida em duas partes, a primeira para a votação de requerimentos e a segunda para a oitiva das seis testemunhas. Os convocados são:
  • esposa e sócia em empresas do “Careca do INSS”, Tania Carvalho dos Santos, 
  • filho e sócio em empresas do “Careca do INSS”, Romeu Carvalho Antunes,
  • sócio do “Careca do INSS” Rubens Oliveira Costa, 
  • sócio do “Careca do INSS” Milton Salvador de Almeida Junior, 
  • esposa de Camisotti e sócia de uma das empresas que trabalharam na modernização dos sistemas de Previdência, Cecília Montalvão,
  • advogado Nelson Wilians, que tem transações bancárias suspeitas com Camisotti.

Requerimentos

Na primeira parte da reunião, serão analisados requerimentos, que englobam desde pedidos de informação à convocação de pessoas ligadas ao INSS e a associações suspeitas de irregularidades na gestão e descontos indevidos de benefícios previdenciários.

Um dos requerimentos (REQ 1.535/2025) é para que o ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça forneça a listagem de senadores e deputados que tenham o nome envolvido na Operação sem Desconto ou que constem como investigados de inquéritos em geral sobre descontos indevidos em benefícios previdenciários.

Outro pedido na pauta (REQ 1.811/2025) é para a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para que preste esclarecimentos sobre o acordo interinstitucional de conciliação para viabilizar o ressarcimento das vítimas de descontos associativos não autorizados em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Também há pedidos de cópias de inquéritos sobre descontos indevidos de mensalidades associativas em benefícios, de convocação de delegados e de cessão de mais um agente da Polícia Federal com experiência em investigações de alta complexidade para prestar apoio técnico investigativo à comissão.

Outros pedidos na pauta são para a convocação do ex-secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia Bruno Bianco Leal e para a convocação de dirigentes de associações e outras entidades suspeitas de irregularidades na gestão e descontos indevidos de benefícios previdenciários.

Fonte: Agência Senado

Deputados denunciam "tapetão" e "golpe" após Câmara aprovar voto secreto na PEC da Blindagem

A Câmara concluiu a votação e a proposta será enviada ao Senado

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Adriano Machado / Reuters)

Parlamentares foram às redes sociais denunciar manobras feitas na Câmara dos Deputados com o objetivo de aprovar o voto secreto. A Casa Legislativa concluiu a votação, nesta quarta-feira (17), da proposta de emenda à Constituição (PEC) que retoma a necessidade de autorização da Câmara e do Senado para o Supremo Tribunal Federal (STF) processar criminalmente deputados e senadores. A chamada PEC das Prerrogativas (PEC 3/21) será enviada ao Senado.

“Escândalo!”, afirmou o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), antes da conclusão da votação. “Derrubamos o voto secreto, mas agora querem empurrar uma emenda aglutinativa guela abaixo pra ressuscitar o voto secreto”.

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) também denunciou um golpe. “Repetiram a votação que eles tinham perdido ontem do voto secreto na PEC da Blindagem! Temos que denunciar isso com força nas ruas, pra reverter no senado e no STF”.

De acordo com a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), “vivenciamos um golpe na Câmara com a nova votação de um ponto que já havia sido superado ontem”. “Impuseram o voto secreto para dar aval à abertura de ações penais contra parlamentares. Querem transformar o plenário da Câmara em um bunker da impunidade!”.

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmou não haver “dúvidas” de que “a PEC da Blindagem serve apenas a criminosos que usam o cargo público para escapar da Justiça”. “Nenhum político pode estar acima da lei. O Brasil não aguenta mais impunidade!”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) também criticou a proposta. “Como um parlamento que vota aumento de penas para crimes previstos no Código Penal pode aprovar impunidade para os seus próprios membros? É um acinte!”.

Conforme o texto aprovado, a votação do pedido de autorização será secreta. O Plenário não tinha obtido votos para manter o voto secreto na votação desse aval na madrugada desta quarta, mas um novo texto foi articulado por líderes partidários que representam a maioria para apresentar emenda do relator, deputado Claudio Cajado (PP-BA), a fim de retomar a votação secreta. Esse texto foi aprovado por 314 votos a 168.

◈ Entenda a proposta

Conforme o projeto de autoria do deputado licenciado e atual ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), desde a expedição do diploma, os parlamentares do Congresso Nacional serão julgados perante o Supremo, mas o texto não especifica que se trata apenas de causas criminais.

A proposta retoma a redação original da Constituinte, que previa o uso do voto secreto na deliberação dessa autorização, acrescentando um prazo de 90 dias para essa decisão ser tomada, contado a partir do recebimento da ordem emitida pelo Supremo.

Pelo texto de Cajado, fica especificado que o quórum da votação secreta será de maioria absoluta dos membros, como consta do Regimento Interno. No texto de 2001, o quórum exigido pela Constituição era a maioria dos membros.

Até 2001, quando a Constituição foi modificada pela Emenda Constitucional 35/01, não havia prazo para a deliberação. A ausência de deliberação também suspendia a prescrição do crime (prazo em que o poder público pode processar alguém por um crime) enquanto durasse o mandato.

Atualmente, a Constituição determina que apenas a sustação de processo já iniciado pelo Supremo suspende a prescrição enquanto durar o mandato. Essa votação da sustação deve ocorrer em até 45 dias do recebimento da denúncia vinda do Supremo.

Com a nova redação proposta pela PEC, a suspensão da prescrição enquanto durar o mandato será apenas para o caso de recusa do pedido de licença para processar o parlamentar.

◈ Crime inafiançável

Em relação à prisão em flagrante por crime inafiançável desde a diplomação, a prisão poderá ocorrer, e os autos devem ser remetidos à Casa respectiva em 24 horas. Já a decisão sobre a prisão, autorizando ou não a formação de culpa, terá também de ser tomada pelo voto secreto da maioria absoluta dos membros da Casa. Se a prisão não for autorizada, o parlamentar deverá ser solto.

A novidade da emenda aprovada nesta quarta, em relação à versão do 1º turno, é que a votação decidirá ainda sobre a custódia do parlamentar.

Medidas cautelares

Novidade no texto constitucional sobre o assunto é que os deputados e senadores somente poderão ser alvo de medidas cautelares de natureza pessoal ou real provenientes do Supremo. Isso se aplica a qualquer tempo após a concessão do diploma de eleito, mesmo que ele deixe de ser parlamentar e o processo que originou a medida cautelar se refira a fato que teria sido cometido durante esse período.

O texto não faz referência explícita a medidas cautelares de natureza criminal, podendo ser interpretado como aplicável a questões cíveis.

◈ Partidos

Atualmente, a Constituição Federal determina que várias autoridades sejam processadas pelo STF: presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado, o procurador-geral da República e os membros do Congresso Nacional.

Com o novo texto, os presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso também passarão a ser julgados pela Corte.

No entanto, não há nenhuma necessidade de autorização, como em denúncia de crime comum contra o presidente da República feita pela PGR, que depende do aval da Câmara dos Deputados para avançar no Supremo, com afastamento do cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara

Presa na Itália, Zambelli chora em depoimento sobre invasão ao sistema do CNJ

Fugitiva, a parlamentar bolsonarista foi condenada a dez anos de prisão

       Carla Zambelli (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Detida na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, na Itália, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) chorou nesta quarta-feira (17) em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A bolsonarista foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por causa da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O processo está na CCJ e depois deve passar pelo plenário. Na atual fase, a comissão ouve testemunhas arroladas pela parlamentar licenciada. Foragida na Itália, ela foi presa em julho.

Conforme denunciaram partidos do campo progressista nos últimos anos, o esquema faz parte de estratégias golpistas e o objetivo era inserir no sistema eletrônico do CNJ um falso mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Atualmente, o magistrado é relator do inquérito da trama golpista no STF, que anunciou a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus na investigação. Novos julgamentos acontecerão.

Fonte: Brasil 247

Delegado que atuou no inquérito sobre a facada em Bolsonaro é preso

A investigação pediu o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de ativos que somam R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades de pessoas jurídicas

     Rodrigo Teixeira (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal em Minas Gerais prendeu o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex- superintendente da instituição no estado. Uma operação apura crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação pediu o afastamento de servidores públicos, o bloqueio de ativos que somam R$ 1,5 bilhão e a suspensão das atividades de pessoas jurídicas. Os alvos da operação fazem parte de um conglomerado formado por mais de 40 empresas. O grupo teria subornado servidores públicos em órgãos de fiscalização e controle nas áreas ambiental e de mineração. Mais de R$ 3 milhões foram pagos em propina aos agentes. A PF disse que projetos em andamento vinculados ao grupo têm potencial econômico acima de R$ 18 bilhões.

O delegado preso conduziu as investigações sobre a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro durante um evento em Juiz de Fora (MG), em 2018. No ano seguinte, Teixeira esteve à frente da apuração do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).

Alvo da PF atualmente, o ex-superintendente atuava na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, ligada ao Serviço Geológico do Brasil. Além de Teixeira, também está preso o diretor da Agência Nacional de Mineração Caio Mário Trivellato Seabra Filho. A operação prendeu 17 pessoas, de 22 mandados de prisão.

O inquérito foi aberto em 2020. O objetivo da organização era obter autorizações e licenças ambientais fraudulentas. Essas autorizações eram usadas para explorar irregularmente minério de ferro em larga escala, inclusive em locais tombados e próximos a áreas de preservação, provocando graves consequências ambientais e elevado risco de desastres sociais e humanos.

Os suspeitos poderão responder por crimes ambientais, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, usurpação de bens da União, e embaraço à investigação de organização criminosa.

Além da PF, participam da operação o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União.

Fonte: Brasil 247

Guarda Civil de Apucarana promove aula prática de educação no trânsito para alunos da rede municipal



Estudantes do 4º ano da Escola Municipal Karel Kober, no Jardim América, participaram nesta quarta-feira (17/09) de uma blitz educativa coordenada por agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) da Prefeitura de Apucarana. O ponto de abordagem foi montado na Rua Piratininga, em frente ao Centro da Juventude, e permitiu que os alunos colocassem em prática regras de trânsito trabalhadas em sala de aula no programa de educação desenvolvido pela própria GCM.

A ação integra a programação da Semana Nacional de Trânsito e será realizada em cinco escolas, abrangendo alunos dos quartos anos. “É uma atividade que envolve a comunidade escolar, levando conscientização sobre a importância do respeito às regras de trânsito e da segurança viária”, destacou o prefeito Rodolfo Mota, frisando que a primeira escola a receber a ação foi a “Monsenhor Arnaldo Beltrami, do Jardim Aeroporto.

Durante a atividade, os estudantes, acompanhados por professores e agentes da segurança pública, entregam materiais informativos e conversam com motoristas e motociclistas sobre atitudes responsáveis no trânsito, como o uso do cinto de segurança, respeito à faixa de pedestres, utilização do capacete, proibição do uso do celular e atenção aos limites de velocidade. O comandante da GCM, Pablo Aparecido Rocha Pereira, salienta que a iniciativa tem caráter pedagógico, proporcionando aos alunos uma vivência prática de cidadania. “Com esta ação, reforça-se na nova geração a importância da educação para a formação de um trânsito mais seguro e humano. Já para os condutores, é uma oportunidade de reflexão sobre suas condutas ao volante e de adoção de práticas mais conscientes”, observou.

O secretário municipal de Segurança Pública e Trânsito (Segtran), major Vilson Laurentino da Silva, diz que a iniciativa reforça os princípios da política de segurança viária. “O trânsito seguro se constrói com prevenção e conscientização. Cada atitude individual — usar o cinto, respeitar a faixa, não usar o celular ao volante — tem reflexo coletivo. Quando o cidadão adota comportamentos corretos, reduzimos os riscos de acidentes e salvamos vidas. A responsabilidade é compartilhada, mas o compromisso precisa ser de todos”, enfatizou o secretário.

As demais escolas a receber a blitz educativa são: Professor Idalice Moreira Prates, no Parque Bela Vista, Professor Alcides Ramos, no Núcleo Habitacional Osmar Guaracy Freire, e Mateus Leme, na Vila Santa Terezinha.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana adere ao sistema nacional de Nota Fiscal Eletrônica e mudança entra em vigor partir de 1º de janeiro de 2026



Empresários e contadores de Apucarana devem se preparar para uma mudança importante. A partir de 1º de janeiro de 2026, a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) deixará de ser emitida no sistema municipal (IPM) e passará a ser feita diretamente na plataforma do Emissor Nacional (www.nfse.gov.br).

O prefeito Rodolfo Mota esclarece que a migração será feita de forma gradual e tranquila, sem impacto perceptível para os usuários. Rodolfo Mota salienta que o Município, por meio da Secretaria da Fazenda, fará até o final do ano todo um trabalho de orientação – com a disponibilização do passo a passo - para contadores, empresários e equipes de Tecnologia da Informação (TI).

O secretário da Fazenda, professor Rogério Ribeiro, explica que a mudança está dentro do contexto da Reforma Tributária de Consumo do Brasil. O secretário lembra que a Receita Federal deu aos municípios duas opções: adaptar o sistema próprio ao novo padrão ou migrar para o emissor nacional.

O secretário afirma que Apucarana optou em fazer a migração. A decisão, conforme Ribeiro, foi motivada pela garantia de manutenção e maior estabilidade, suporte mais eficiente e seguro em dois níveis, redução de risco de inconsistências, padronização e melhoria da gestão das informações fiscais. “O Município já fez adesão junto à Receita Federal e, inclusive, já está apto dentro do novo sistema a enviar e receber informações”, observou.

O secretário explicou ainda que a maior parte das empresas de Apucarana já está acostumada com o novo padrão. Desde 2023, os Microempreendedores Individuais (MEIs) já emitem suas notas exclusivamente no emissor nacional. “Acreditamos que o impacto não será tão grande, pois cerca de 70% das empresas abertas a cada ano são MEIs e, portanto, não sentirão mudança prática com a adesão ao emissor nacional”, ilustrou o secretário.

ENTENDA A MUDANÇA

- O que muda?
A partir de 1º de janeiro de 2026, Apucarana vai alterar o caminho para emitir a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e), que deixará de ser feita no sistema municipal (IPM) e passará a ser direcionado para a plataforma do Emissor Nacional de NFS-e.

- Por que muda?
A mudança faz parte da Reforma Tributária do Consumo, que estabelece a padronização nacional das NFS-e visando unificar e simplificar processos, melhorar o controle e a fiscalização, aumentar a eficiência operacional, a acessibilidade e a segurança.

- Quem será afetado?
Todas as empresas do município que emitem NFS-e. Em Apucarana, o impacto será reduzido pois os MEIs já usam o sistema nacional e representam 70% das novas empresas que são abertas a cada ano no Município.

- Como será a transição?
O período de orientação se estenderá até dezembro. Haverá instruções com o passo a passo para contadores, empresários e áreas de TI ligadas às empresas.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

PEC da Blindagem: 3 deputados mudam voto e explicam decisão


Votação na Câmara dos Deputados. Foto: Kayo Magalhães/Agência Câmara

Três deputados federais mudaram de posição entre o primeiro e o segundo turno da votação da PEC da Blindagem, aprovada ontem na Câmara. Dois deles são do PT, Airton Faleiro (PA) e Leonardo Monteiro (MG), e a terceira é Daniela do Waguinho (União-RJ), que foi ministra do Turismo no início do governo Lula. Todos foram a favor no primeiro turno e contra no segundo.

Airton Faleiro justificou o voto inicial como uma tentativa de articulação política. Segundo ele, o “sim” foi um gesto para tentar barrar a urgência do PL da Anistia e, ao mesmo tempo, garantir apoio a pautas de interesse do governo, como a MP da Tarifa Social de Energia e a isenção do Imposto de Renda.

“Com a ausência de sinalização de outras bancadas, em especial do Centrão, de assumir o compromisso de rejeição da urgência do PL da Anistia, decidi mudar meu posicionamento e votei contra”, explicou.

Leonardo Monteiro, por sua vez, afirmou que seu voto favorável não refletia sua real posição. “Deixo claro que sou contrário a qualquer esquema de blindagem de parlamentares e defendo sempre a transparência na vida pública”, disse o petista. Ele acompanhou a mudança de Faleiro e optou por “não” no segundo turno.
Airton Faleiro (PT-PA), Leonardo Monteiro (PT-MG) e Daniela do Waguinho (União-RJ). Foto: Reprodução

Daniela do Waguinho alegou que foi surpreendida pela rapidez da votação. “Compreendi que havia pontos relevantes no mérito da proposta. No entanto, a condução da votação em apenas uma hora de intervalo entre os turnos comprometeu a análise serena e aprofundada do texto final. Por essa razão, no segundo turno, optei por votar contra”, afirmou a deputada.

A PEC da Blindagem foi aprovada com ampla maioria nos dois turnos: 353 votos a 134 no primeiro e 344 a 133 no segundo. Como se trata de uma emenda à Constituição, o texto segue agora para análise no Senado.

A base do governo teve papel central na aprovação. Dos 353 votos favoráveis no primeiro turno, 232 vieram de partidos que ocupam ministérios da gestão Lula. Embora o PP e o União Brasil tenham anunciado saída da base, seus ministros ainda não deixaram os cargos, e deputados dessas legendas contribuíram para a vitória.

O governo havia liberado os parlamentares para votar como quisessem. Na federação PT-PCdoB-PV, a orientação foi contrária à PEC, mas 12 petistas votaram a favor no primeiro turno. Com a mudança de Faleiro e Monteiro, esse número caiu para dez no segundo.

Fonte: DCM

Dino prepara julgamento no STF sobre emendas parlamentares após aprovação da PEC da Blindagem

Ministro do Supremo acelera análise de ações que discutem repasses e regras das emendas, em meio a mudanças aprovadas pela Câmara

     Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentem pareceres em três ações que tratam de regras relacionadas às emendas parlamentares. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Após a manifestação dos órgãos, os processos serão liberados para julgamento no plenário da Corte.

A decisão de Dino ocorre em um momento político sensível: um dia depois de a Câmara dos Deputados aprovar a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem. A medida dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra deputados e senadores, transferindo ao Legislativo a prerrogativa de decidir, por meio de votação secreta, se um parlamentar poderá ou não se tornar réu em processos criminais.

☆ As ações em análise no Supremo

Duas das três ações que avançam no STF tratam das chamadas emendas Pix, mecanismo em que os recursos são transferidos diretamente para os municípios. Esses processos foram apresentados pela PGR e pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A terceira ação, protocolada pelo PSOL, questiona a execução obrigatória das emendas parlamentares.

Em despacho assinado nesta quarta-feira (17), o ministro destacou: “Com vistas à inclusão das presentes ações na pauta de julgamento do Plenário do STF, reitero a determinação (...) para que a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República se manifestem, sucessivamente, cada qual no prazo de 15 (quinze) dias (...), acerca do mérito das ações diretas”.

☆ Histórico de decisões e impacto político

Além desses três processos, Dino também é relator de uma ação mais antiga em que o STF declarou inconstitucionais as chamadas emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto. Nessas relatorias, o ministro tem se posicionado em favor de maior transparência na aplicação de recursos públicos, chegando a suspender pagamentos em casos que levantaram suspeitas de irregularidades.

A mais recente decisão nesse sentido foi tomada na última segunda-feira (15), quando Dino determinou a suspensão de emendas Pix destinadas a nove municípios. A medida foi adotada após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar indícios de problemas na execução dos repasses.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Embaixada dos EUA ataca Moraes e tenta culpar o ministro por "destruir" relações com o Brasil

Publicação afirma que o ministro do STF está “descontrolado”

      Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou nesta quarta-feira (17) uma publicação em que se refere ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como “descontrolado”. Segundo o comunicado, a postura do ministro estaria prejudicando a relação entre Brasil e Estados Unidos.

“Os Estados Unidos continuam a esperar que o Brasil contenha o descontrolado ministro do STF Moraes, antes que ele destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de dois séculos”, diz o texto.

A embaixada norte-americana acusou Moraes de usar o sistema judicial com fins políticos e de manter uma prática de censura. “Em vez de buscar uma solução para resolver a crise, o Brasil está permitindo que esse violador de direitos humanos, já sancionado, dobre a aposta em seu abuso do processo judicial para perseguir uma agenda descaradamente política. Os Estados Unidos não permitirão que Moraes estenda seu regime de censura ao nosso território”, acrescentou a nota.

A declaração foi publicada no perfil oficial da Embaixada no X (antigo Twitter) e atribui as palavras ao vice-secretário de Estado Christopher Landau.

◈ Declarações recentes de Christopher Landau

Na semana anterior, Landau já havia feito críticas semelhantes, também divulgadas pela embaixada. “Os Estados Unidos condenam o uso da lei como arma política. Como advogado, diplomata e amigo do Brasil, me dói ver o ministro Moraes desmantelar o Estado de Direito no país e arrastar as relações entre nossas grandes nações para o ponto mais sombrio em dois séculos”, afirmou.

◈ Cenário diplomático tenso

As críticas surgem em um momento de instabilidade nas relações bilaterais. A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos acentuou os atritos com o STF e o Brasil. Em pronunciamento recente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que novas sanções contra o Brasil devem ser anunciadas em breve. O governo Donald Trump é aliado ideológico de Jair Bolsonaro e o próprio presidente dos EUA atacou a administração atual, em um ato de ingerência, afirmando recentemente que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva 'é muito de esquerda'.

 

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Valdemar ameaça “parar o Senado” por anistia e fala em “guerra”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Reprodução
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ameaçou “parar o Senado” se o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não pautar um projeto de anistia que inclua Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado pelo STF a 27 anos de prisão por sua participação na tentativa de golpe de Estado.

“Vamos tentar ter um entendimento com Alcolumbre, porque nós vamos ter poder. Na minha opinião, a única arma que nós temos dentro da lei é a obstrução. E nós podemos parar o Senado. Isso é um prejuízo muito grande para o governo”, declarou em entrevista à coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.

Valdemar disse que partidos como PL, PSD, PP, Republicanos e até setores do União Brasil vão se unir para obstruir os trabalhos. Ele ainda insistiu que já há apoio suficiente para a medida.

“Nós temos hoje um time junto com a gente. Nós temos o Kassab [presidente do PSD], que já se manifestou a favor da anistia. Não vai ser 100%, mas vamos ter a maioria. Temos o União Brasil, o PP, temos aí o Republicanos, temos muita gente. A guerra vai ser grande”, prosseguiu.


Questionado se aceitaria uma anistia apenas para os manifestantes do 8 de Janeiro, excluindo Bolsonaro, Valdemar descartou a hipótese.

“Não há essa possibilidade. Nós temos que ver como vai chegar isso aí e como nós vamos proceder. Com certeza nós temos votos para aprovar. Acontece que é difícil com o governo trabalhando contra. Prejudica muito a vida da gente, porque máquina é máquina. O governo tem muita força”, afirmou.

Na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) prometeu votar nesta quarta (17) o requerimento de urgência do projeto de anistia. A medida não decide o conteúdo, mas acelera a tramitação. Para a oposição, só o avanço já significa uma vitória parcial.

Alcolumbre reiterou que não permitirá a votação de qualquer projeto que beneficie diretamente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a medida seria inconstitucional. Essa posição coloca em rota de colisão o Senado e a oposição bolsonarista, que busca pressionar para alterar o cenário.

Fonte: DCM

Bolsonaro já desejou que Dilma morresse de câncer; ouça o ÁUDIO


                     O ex-presidente Jair Bolsonaro internado. Foto: reprodução

Diagnosticado com câncer de pele nesta quarta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desejou a morte de Dilma Rousseff em 2015 durante o processo de impeachment contra ela: “Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”.

Além da “torcida pelo câncer”, Bolsonaro desejou a morte de opositores em diversas ocasiões, como em 2018, durante sua campanha presidencial, que bradou o desejo de “metralhar a petralhada do Acre”. Relembre a fala de Bolsonaro sobre Dilma:


O médico Claudio Birolini, responsável por acompanhar sua saúde, confirmou nesta quarta-feira (17) que exames recentes apontaram duas lesões compatíveis com carcinoma de células escamosas, em estágio inicial. O resultado veio após uma sequência de internações em Brasília motivadas por crises de soluços, vômitos e queda de pressão arterial.

“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou Birolini. Segundo ele, o laudo indicou que as células estão “in situ”, ou seja, ainda localizadas no tecido original, sem sinais de metástase.

O médico destacou que as lesões, localizadas no tórax e em um dos braços, são “precoces” e exigem apenas acompanhamento periódico.

O diagnóstico foi feito a partir de oito lesões removidas em procedimento realizado no domingo (14). Na ocasião, Bolsonaro passou cinco horas no Hospital DF Star, em Brasília. O ex-presidente voltou à unidade na terça (16), quando apresentou novo mal-estar e passou a noite em observação.

De acordo com Birolini, a internação desta semana foi motivada pela necessidade de novos exames clínicos e laboratoriais. Além da confirmação do carcinoma, os médicos identificaram anemia por deficiência de ferro e resquícios de pneumonia recente, detectados por tomografia de tórax. O tratamento inclui reposição de ferro por via endovenosa, além de medidas já adotadas contra hipertensão, refluxo e prevenção de broncoaspiração.

O diagnóstico chega em meio ao cenário de maior fragilidade política do ex-presidente. Na última semana, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, formação de organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Desde agosto, ele cumpre prisão domiciliar em Brasília, mas as recentes idas ao hospital aumentam a pressão por avaliações mais detalhadas sobre suas condições de saúde.

Fonte: DCM

PF prende aliado de Nikolas por esquema bilionário de mineração


Gilberto Carvalho, preso pela PF em Minas com Nikolas Ferreira (PL-MG) e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (17) a Operação Rejeito, em Minas Gerais, contra uma organização criminosa que atuava na mineração irregular, com suspeitas de corrupção, fraudes ambientais e lavagem de dinheiro. Entre os presos está Gilberto Henrique Horta de Carvalho, conhecido como Gilberto Carvalho, bolsonarista radical e aliado de Nikolas Ferreira (PL-MG).

Apontado como lobista político do grupo, ele teria articulado pressões na Assembleia Legislativa para favorecer empresas ligadas ao esquema. Segundo a PF, a quadrilha corrompia servidores estaduais e federais para obter licenças ambientais fraudulentas, usadas para explorar minério de ferro até mesmo em áreas de preservação e locais tombados.

As operações ilegais renderam lucro estimado de R$ 1,5 bilhão, e projetos em andamento poderiam alcançar R$ 18 bilhões. Foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão preventiva, além do bloqueio de ativos e suspensão de empresas.

A lista de presos inclui ainda o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da PF em Minas, que ganhou fama em 2018 ao investigar o atentado contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). Para os investigadores, o esquema contava com uma ampla rede de empresários, servidores e lobistas, articulados inclusive por meio de grupos de WhatsApp, como o “Três Amigos Mineração”.

Gilberto recebeu apoio de Bolsonaro na última eleição do Crea-MG (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais), em 2023. Foto: Reprodução

O núcleo de liderança, segundo a PF, era formado por Alan Cavalcante do Nascimento, responsável por distribuir propina, o ex-deputado João Alberto Paixão Lages, encarregado das relações políticas, e Helder Adriano, que atuava na parte técnica. Gilberto completava a engrenagem como lobista, garantindo influência sobre órgãos de fiscalização e parlamentares.

Em nota, a PF afirmou que os envolvidos poderão responder por crimes como usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, crimes ambientais, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação foi autorizada por um colegiado de juízes federais em Minas, que também determinou o sequestro de bens e a suspensão de dezenas de mineradoras e consultorias.

Nas redes sociais, Carvalho se apresentava como “empresário, cristão e de direita” e exaltava figuras como Enéas Carneiro. Ostentava viagens aos Estados Unidos, participava de festas do PL em Belo Horizonte e mostrava sua proximidade com Nikolas Ferreira, Bruno Engler e a família Bolsonaro.

Além das prisões, diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) foram afastados, e grandes companhias de mineração tiveram suas atividades suspensas. Entre elas, empresas que movimentaram bilhões de reais nos últimos anos.

Fonte: DCM

Bolsonaro tem alta após internação em hospital do DF, mas laudo aponta câncer de pele

Ex-mandatário, que está em prisão domiciliar, foi internado com queda de pressão, soluços e vômitos, mas exames descartaram alterações agudas

        O ex-presidente Jair Bolsonaro - 14/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica nesta quarta-feira (17/9) do Hospital DF Star, em Brasília, depois de ter sido internado de forma emergencial na noite anterior. Bolsonaro apresentou queda de pressão, vômito e uma forte crise de soluços, o que levou à internação sob observação. O laudo médico, porém, confirmou que o ex-mandatário apresentou carcinoma em lesões, o que indica câncer de pele.

De acordo com o Metrópoles, o boletim médico assinado pelo Dr. Cláudio Birolini, destaca que Bolsonaro realizou ressonância magnética do crânio para investigar episódios de tontura recorrente. Os exames não apontaram alterações agudas, e o quadro clínico apresentou melhora após hidratação e tratamento medicamentoso.

Bolsonaro apresentou alterações na creatinina, substância eliminada pelos rins, o que indicou comprometimento da função renal. Após tratamento com hidratação e medicação, os níveis se estabilizaram. No mesmo laudo, segundo o UOL, os médicos confirmaram a detecção de carcinoma de células escamosas “in situ” em duas das oito lesões removidas, reforçando a necessidade de acompanhamento dermatológico e reavaliações periódicas.

☆ Internação emergencial em Brasília

A entrada no hospital ocorreu de forma repentina na terça-feira (16), quando Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, relatou sintomas intensos. A equipe médica optou por mantê-lo em observação até a manhã seguinte. Após avaliação, a alta foi autorizada pouco depois do almoço. A internação aconteceu poucos dias após o ex-mandatário ter sido condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a uam cumprir pena de 27 anos e três anos de prisão por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado após sua derrota na eleição de 2022

☆ Prisão domiciliar e autorização judicial

Mesmo em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro tem autorização para deixar sua residência em casos de urgência médica. A defesa precisa apresentar atestado comprovando a real necessidade do atendimento emergencial.

☆ Presença de familiares e aliados

Durante a internação, Bolsonaro esteve acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, de assessores e de agentes da Polícia Penal do DF, responsáveis por sua escolta. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador, pediram orações pela recuperação do pai.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PEC da Blindagem: veja como votou cada partido

Texto foi aprovado, em dois turnos, na Câmara dos Deputados

    (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (16) a chamada PEC da Blindagem, proposta que dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra parlamentares, além de ampliar o alcance do foro privilegiado para incluir presidentes de partidos. O texto, aprovado por 353 votos a 134, foi entregue a líderes de bancadas nesta manhã e entrou na pauta do plenário.

A proposta que vai ser levada à votação inclui um dispositivo que permite aos parlamentares derrubarem uma prisão em flagrante de um de seus pares. Nessas situações, caberá à Casa Legislativa respectiva — Câmara ou Senado — decidir se mantém ou não a medida. Caso seja indeferido, a prescrição do processo ficará suspensa durante o exercício do mandato.

A proposta foi aprovada com amplo apoio dos partidos do Centrão. Considerando os partidos União Brasil, Republicanos, PP, PSD e MDB, que são aqueles com ministros no governo Lula, o grupo deu 201 votos favoráveis à proposta. Entretanto, apesar da tendência geral de apoio, a coesão dentro desse bloco não foi unânime. Se o Republicanos, por exemplo, foi praticamente unânime, com apenas uma abstenção, e o União Brasil teve 50 votos favoráveis e apenas 4 contrários, o PSD se destacou pela divisão dentro da sigla, com 25 votos sim e 18 votos não.

Além dos partidos do Centrão, outro partido que não teve traições à orientação da bancada foi o PL: o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro deu 83 votos a favor da PEC. Do grupo, nenhum deputado votou contra a proposta, mas 5 se ausentaram. Já no PT, houve uma divisão maior. Apesar do governo ter se posicionado contra a proposta, 12 deputados da sigla votaram favoravelmente à PEC, enquanto 51 votaram para derrubar a PEC.

Os únicos partidos que se posicionaram de forma sólida contra a PEC foram o Novo, o PCdoB, o PSOL e a Rede Sustentabilidade: nenhum dos deputados dessas legendas votou a favor do projeto aprovado.

Confira como votou cada partido:

PartidoVotos NãoVotos Sim
Avante16
Cidadania13
MDB535
Novo40
PCdoB90
PDT510
PL083
PP346
PRD05
PSB69
PSD1825
PSDB66
PSOL140
PT5112
PV22
Podemos314
Rede10
Republicanos042
Solidariedade12
União453
TOTAL134353

 Fonte: Câmara dos Deputados

Fonte: Infomoney