segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Regina Duarte pública vídeo em apoio a sanções dos EUA e critica governo Lula

Regina Duarte. Foto: Reprodução/Instagram

A atriz Regina Duarte voltou a usar as redes sociais para se posicionar contra o governo do PT. No dia 25 de agosto, ela publicou em seu Instagram um vídeo de um rabino que ataca duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na gravação, o religioso afirma que “o Brasil faz por merecer todas as sanções impostas” pelos Estados Unidos e acusa Lula de “zombar” de Donald Trump ao propor a criação de uma moeda do Brics para substituir o dólar. O vice-presidente Geraldo Alckmin também é alvo, sendo chamado de “bobo da corte” e “Maria vai com todas”.

“Fico muito triste de ter que concordar com este cavalheiro”, escreveu Regina na legenda do vídeo. “Mas você concorda comigo que o povo brasileiro merece mais respeito?”

Ligada ao bolsonarismo, a atriz ocupou o cargo de secretária da Cultura no governo de Jair Bolsonaro e é uma crítica constante do PT desde a redemocratização.

No último domingo (31), ela voltou a provocar polêmica ao publicar uma colagem com foto de Bolsonaro em sua casa e manchetes de jornais. “A moda agora parece que é vitimizar a concorrência”, disse. E deixou no ar uma mensagem enigmática: “Você consegue entender o que eu quero significar com o texto acima?”.

Fonte: DCM

Bancada bolsonarista articula pressão a Hugo Motta por anistia durante julgamento de Bolsonaro

Deputados se reúnem nesta terça-feira para pressionar por anistia, PEC do fim do foro privilegiado e CPMI do abuso de autoridade

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Parlamentares da bancada bolsonarista se reúnem nesta terça-feira (2), em Brasília, para definir estratégias de reação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que terá início também no mesmo dia. O encontro ocorre na casa do líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), segundo noticiado pela CBN/Globo.

Entre as prioridades discutidas está a pressão para que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque em pauta o projeto de anistia a envolvidos em atos golpistas e a PEC do fim do foro privilegiado. A oposição também deve insistir na instalação da CPMI do abuso de autoridade, vista como um contraponto às decisões recentes do Supremo.

O líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), disse que o partido vai se alinhar ao pleito do PL.

Após a derrota da chamada PEC da Blindagem, que previa restringir decisões judiciais contra parlamentares, o presidente da Câmara foi cobrado sobre a possibilidade de avançar com pautas de interesse da oposição. Em evento realizado em Recife, Motta respondeu que a anistia será analisada, mas dentro do ritmo normal da Casa. “Vamos continuar tratando a pauta com o respeito devido, e no momento certo vamos deliberar sobre esse assunto”, disse.

Mobilização nas ruas

Ainda segundo a CBN, além da atuação legislativa, os aliados de Bolsonaro também planejam reforçar a mobilização popular. O grupo deve participar ativamente das manifestações convocadas para o feriado de 7 de setembro, em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. A expectativa da oposição é que os atos sirvam como demonstração de força política e ajudem a impulsionar a bandeira de “Anistia Já”, slogan que deve ser destacado nas manifestações.

Fonte: Brasil 247 com informações da CBN/Globo

William Bonner não será mais âncora do Jornal Nacional após 29 anos, anuncia Globo


      William Bonner, apresentador do JN. Foto: reprodução

A TV Globo anunciou, nesta segunda-feira (1°), uma mudança histórica na bancada do principal programa de notícias da emissora, o “Jornal Nacional”. William Bonner está se despedindo da apresentação e da edição do programa após 29 anos. A decisão foi anunciada por Bonner na própria edição do “JN”, que completa 56 anos de existência nesta segunda.

Bonner, âncora do programa desde 1996, seguirá para o “Globo Repórter”, ao lado de Sandra Annenberg, a partir de 2026. César Tralli, âncora do “Jornal Hoje”, será o novo parceiro de Renata Vasconcellos na apresentação do “JN”. As trocas foram confirmadas pela Globo em nota enviada ao DCM.

A mudança já vinha sendo discutida internamente, e Bonner deixou claro que sua decisão não foi impulsionada por nenhum fator externo, mas por uma vontade pessoal.

Durante um almoço com jornalistas, Bonner explicou que a motivação para deixar o cargo de apresentador do “JN” veio da necessidade de ter mais tempo para sua vida pessoal, especialmente para se aproximar dos filhos que moram na França. Ele também ressaltou que, embora sua saída seja algo planejado, a decisão de anunciar publicamente o afastamento foi uma questão de dar tempo para que a Globo se organizasse, uma mudança que exigia uma transição tranquila.

“Não estou pronto para me aposentar, só estava precisando mudar de ares e ter uma rotina nova”, disse Bonner, tranquilizando aqueles que poderiam imaginar que sua saída fosse um afastamento definitivo do jornalismo. Ele ainda completou, com uma visão crítica sobre os tempos atuais: “Hoje em dia, a verdade não é mais tão importante, o que importa é a versão”.

Bonner tem uma longa e prestigiosa carreira, sendo um dos apresentadores mais icônicos da TV brasileira. Sua jornada no Jornal Nacional começou em 1996, quando ele assumiu a bancada ao lado de Lillian Witte Fibe, substituindo Sérgio Chapelin e Cid Moreira.

Com mais de 20 anos à frente do programa, Bonner se tornou uma figura de credibilidade e referência na mídia brasileira. A saída dele, porém, é uma decisão que visa dar lugar a uma nova fase na televisão, tanto para o próprio apresentador quanto para o telejornal.

César Tralli, o escolhido para ocupar o posto de Bonner, traz consigo uma sólida carreira na Globo, incluindo passagens por São Paulo, Londres, e a âncoradagem do GloboNews e do “Jornal Hoje”.

Cesar Tralli e Renata Vasconcellos posando para selfie no estúdio do Jornal Nacional
Cesar Tralli e Renata Vasconcellos no estúdio do Jornal Nacional – Reprodução/Redes Sociais


Tralli tem sido visto como um sucessor natural, dado seu desempenho excepcional durante os períodos em que substituiu Bonner nas férias. Para ele, o convite foi uma surpresa, e a decisão de aceitar foi feita de forma cuidadosa, ainda mais pelo fato de ele ter que se mudar para o Rio de Janeiro. “Estou feliz e empolgado, e acho que vou crescer muito com essa experiência”, afirmou Tralli em entrevista.

Renata Vasconcellos, que continuará à frente do “JN”, já tem uma ótima química com Tralli, e o novo formato da bancada parece promissor. Durante sua participação no almoço com a imprensa, Renata disse: “Fico feliz em receber o Tralli. Nos momentos em que estivemos juntos, ele sempre se destacou pelo comprometimento e sensibilidade.”

Cristiana Souza Cruz, atual editora-adjunta do “JN”, também terá um papel de destaque na nova configuração do telejornal. Ela será promovida a editora-chefe do JN a partir de novembro, um movimento esperado para dar continuidade à sua atuação na produção, edição e direção do telejornal. Cristiana já tem uma vasta experiência, com 29 anos de Globo, e foi a primeira mulher a se tornar editora do telejornal.

Fonte: DCM

16ª RS lança Campanha “Previne Dengue” com a adesão dos 17 municípios da região


      Fotos: Divulgação

Em concorrido ato, realizado no Auditório Araucária, a 16ª Regional de Saúde de Apucarana, lançou oficialmente nesta segunda-feira (1), a campanha Previne Dengue. O diretor da regional, Lucas Leugi, anunciou que o objetivo é antecipar as ações de prevenção no combate ao mosquito Aedes Aegypti. “De imediato estamos obtendo a adesão de todos os 17 municípios da nossa área de abrangência”, comemorou Leugi.

O evento contou com a participação dos prefeitos de Apucarana, Rodolfo Mota; e de Cambira, Ana Lúcia; além de todos os secretários de saúde da região. A proposta tem total apoio do secretário de estado da saúde, Beto Preto, e será colocada em prática de imediato.

“Hoje a palavra é de gratidão, pela presença prefeito Rodolfo Mota e da prefeita Ana Lúcia; e de todos os secretários de saúde. Também agradeço a participação dos representantes da SEAB, da Polícia Militar, da Guarda Civil Municipal e também dos alunos do Colégio Cerávolo”, citou Lucas Leugi.

Ele destacou que a iniciativa é inédita no Paraná e já obteve o apoio de todos os municípios da região, com a adesão imediata na campanha. “Vamos atuar de maneira coletiva para eliminar todos focos do mosquito, buscando evitar a contaminação de pessoas e salvar vidas”, frisou Leugi.



O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, lembrou que assumiu a prefeitura herdando uma situação desafiadora em relação à dengue. “Nas próximas semanas vamos começar, junto com os demais municípios um combate rigoroso ao Aedes Aegypti, mobilizando todos apucaranenses”, anunciou Mota.

A prefeita de Cambira, Ana Lúcia, disse que já atuou com firmeza nesta área quando ocupou a secretaria de saúde do Município. “Agora vamos nos empenhar ainda mais, aderindo à iniciativa da Regional de Saúde”, citou Ana Lúcia, acrescentando que “este é um problema de todos e que é possível evitar focos e a contaminação”.

A antecipação do enfrentamento do mosquito da dengue é motivada pela chegada dos dias mais quentes e de muitas chuvas, o que pode gerar a proliferação do Aedes Aegypti, sem os cuidados necessários da saúde pública e a indispensável participação da população no combate aos focos.

Entre as estratégias está a mobilização das equipes de saúde, com as visitas domiciliares, bloqueios de casos suspeitos notificados e atividades periódicas em pontos estratégicos, além de orientação permanente da população para evitar criadouros do mosquito.

No período de 2023/2024 a 16ª Regional de Saúde de Apucarana registrou um total de 44.555 casos de dengue, e, ao mesmo tempo, 79 mortes. Já neste ano de 2025, nos 17 municípios da área de abrangência da 16ª RS,foram registrados apenas 4.829 casos de dengue, com 3 óbitos confirmados.



Fonte: Assessoria

Os processos movidos por Dino contra “haters” das redes sociais

      Flávio Dino, ministro do STF. Foto: Gustavo Moreno/STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino tem se mostrado enfático ao processar pessoas que o atacam nas redes sociais. Em uma série de ações judiciais, o magistrado e sua esposa, a servidora pública Daniela Dino Farias Lima, buscam responsabilizar ofensores e pedir compensações financeiras por danos morais. Os casos envolvem acusações de calúnia, injúria e difamação, com os réus sendo chamados a responder judicialmente pelas falas.

A mais recente ação foi movida contra o empresário Carlos Eduardo da Silva Mendes, que publicou vídeos no TikTok atacando o casal. Mendes chamou Daniela de “mulher de bandido” e acusou Flávio Dino de ser “ladrão”. Nos vídeos, o empresário ainda afirma que o ex-governador do Maranhão teria se envolvido em esquemas de corrupção no Maranhão e estaria envolvido em diversos processos judiciais.

Em um dos vídeos, Mendes declara: “Flávio Dino casou-se agora esse final de semana e eu não queria estar aqui gravando vídeo desse, chamando um Ministro da Suprema Corte de bandido, mas isso é o que ele é. Roubou os respiradores, é um dos homens que mais tem processo no Brasil, só que a justiça brasileira sempre conivente, livrando a barra de seus amigos”.

O casal, representado por sua defesa, entrou com um pedido de indenização de R$ 300 mil por danos morais, argumentando que as falas configuram ataques à honra e imagem.

Além de Mendes, a Bytedance, responsável pela operação do TikTok, também foi incluída no processo, com o objetivo de suspender os links dos vídeos. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) concedeu uma decisão liminar favorável ao casal, obrigando a retirada do conteúdo da plataforma.

Mendes, em sua defesa, solicitou uma audiência de conciliação, mas tanto Dino quanto sua esposa desistiram da ideia após o empresário continuar com os ataques, o que foi negado por Mendes. A Bytedance, por sua vez, alegou que a remoção do conteúdo poderia ser feita por meio de ofício, sem a necessidade de ser parte no processo.

Além de Mendes, o ministro moveu ações contra o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, conhecido por suas declarações polêmicas. Em seu canal no Rumble, Monark fez duras críticas a Dino, dizendo que o ministro tinha uma mente “perversa” e “maliciosa”.

“Olha o que esse Dino faz, velho! Olha o quão perverso é a mente de um homem, cara. O quão malicioso e maldito é a mente desse cara. O cara está pegando crimes que aconteceram, perversos, em escolas, envolvendo crianças, tá usando a morte dessas crianças para justificar tirar a liberdade da população”, disse Monark na ocasião.

Bruno Aiub, conhecido como Monark. Foto: reprodução

Dino reagiu, movendo uma queixa-crime contra Monark. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) negou o pedido de encerramento da ação e aplicou medidas cautelares. Monark ainda tentou recorrer com um habeas corpus, que também foi negado.

Outro caso envolvendo o magistrado foi a ação contra o advogado Gustavo Martello, movida após Martello fazer publicações no X em 2023, chamando Dino de “Bandidino” e comparando-o ao ministro Alexandre de Moraes, também do STF, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ministro do STF solicitou uma indenização de R$ 30 mil por danos morais, o que resultou em uma ação cível no TJDFT. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) propôs uma transação penal de R$ 3 mil, que foi homologada no Paraná.

Fonte: DCM

Partido de Bolsonaro desiste da cassação de Sergio Moro

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Sergio Moro (União-PR), ex-ministro e atualmente senador. Foto: Adriano Machado/Reuters


O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu não apresentar um recurso adicional no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar cassar o mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A decisão foi tomada após a Corte Eleitoral publicar, na sexta (29), o acórdão do julgamento de maio, que rejeitou, por unanimidade, o pedido da sigla.

Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, o prazo para embargos foi aberto, mas o PL optou por não movimentar o caso novamente. O advogado Guilherme Ruiz Neto, que representa o partido na ação, afirmou que a decisão do partido é não recorrer no momento.

O prazo para os partidos apresentarem embargos no TSE termina na quarta (3), e, caso haja recursos, eles também podem ser apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos 15 dias. A decisão de abrir mão chamou atenção, já que o PL havia tentado pressionar pela cassação de Moro, com base em argumentos que envolviam sua eleição para o Senado.

O partido teve apoio do PT, mas ambos fracassaram no pedido. O PT, por sua vez, ainda não se manifestou sobre a possibilidade de recorrer da decisão do TSE.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

VÍDEO – Português oferece 500 euros “pela cabeça” de brasileiros


O português João Oliveira, conhecido como “Pasteleiro Linçe”, ofereceu 500 euros pela “cabeça” de brasileiros e foi demitido de seu emprego. Foto: Reprodução

O português João Oliveira, conhecido como “Pasteleiro Linçe”, divulgou um vídeo oferecendo € 500 (cerca de R$ 3,2 mil) “pela cabeça” de brasileiros que vivem no país. O conteúdo foi divulgado no TikTok no último sábado (30) e o homem incitava a morte de pessoas com documentação regular ou irregular.

A ameaça viralizou rapidamente, com o português usando termos extremamente ofensivos e xenofóbicos para se referir aos brasileiros, chamando-os de “zucas”, uma gíria pejorativa.Após a publicação, João continuou gravando vídeos, ampliando suas ameaças e ofensas, principalmente contra mulheres brasileiras, e desafiando as autoridades portuguesas.

Ele foi demitido da padaria onde trabalhava em Aveiro, o que, segundo fontes, pode ter sido uma consequência direta do vídeo. Horas depois, João alterou seu perfil no TikTok para privado, mas a repercussão nas redes sociais já havia tomado grandes proporções.

João já viveu em Anápolis (GO) e se casou no Brasil em 2011. Ele usa as redes sociais para apoiar o Chega, partido de extrema-direita em Portugal.

Veja

Fonte: DCM

“Iscas”, cerveja e festa: como funciona a “banca do trepa-trepa”

Mulher que trabalha na chamada “banca do trepa-trepa” em Ceilândia, no DF. Foto: Metrópoles

Na Feira Permanente do Setor P Norte, em Ceilândia, a venda de bebidas alcoólicas se tornou um negócio que mistura sensualidade e consumo excessivo de álcool. Jovens mulheres, conhecidas como “iscas”, trabalham em bancas de cerveja, usando roupas curtas e linguagem provocativa para atrair clientes, principalmente homens, para a chamada “banca do trepa-trepa”.

Segundo a coluna Na Mira no Metrópoles, essas vendedoras têm idades entre 17 e 25 anos e recebem comissão por cada garrafa vendida, com a meta diária de 15 unidades, o que pode render cerca de R$ 800 por semana. Apesar do ambiente dar a impressão de um local que pode envolver prostituição, elas afirmam que o trabalho é limitado à venda de bebidas.

Cada banca funciona com até seis mulheres, e a principal estratégia de venda é o apelo sensual e a promoção da bebida gelada. O valor pago por garrafa é de R$ 5, além de ajuda com transporte.

O negócio é lucrativo, embora os preços sejam elevados. Uma long neck custa R$ 15, e um trio de garrafas “litrão” pode ser vendido por até R$ 93. Para os clientes frequentes, o consumo pode ser ainda mais exagerado, com alguns gastando entre R$ 2.000 e R$ 3.000 em uma tarde. O cenário é complementado por música alta e gêneros como funk, sertanejo e pagode, criando uma atmosfera de festa.

Fonte: DCM

VÍDEO – Empresário alvo de operação contra o PCC tentou fugir em lancha

O empresário Rafael Renard Gineste durante tentativa de fuga em lancha. Foto: Reprodução/TV Globo

Rafael Renard Gineste, empresário preso durante a megaoperação contra o PCC na quinta (28), tentou fugir em uma lancha após a deflagração da ação. A Polícia Federal conseguiu capturá-lo em Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina, após procurá-lo em um condomínio de luxo em Curitiba (PR), onde não foi encontrado.

Durante a abordagem, Gineste foi rendido pelos policiais federais, que foram filmados por testemunhas. Em um vídeo divulgado pelo “Fantástico”, é possível ouvir um agente gritando “Jogou fora o celular. Polícia Federal”. Gineste é sócio-administrador da F2 Holding Investimentos, uma empresa localizada no Paraná, e está sendo investigado por envolvimento com o PCC no setor financeiro.

Além dele, outros envolvidos na operação foram presos, incluindo João Chaves Melchior, ex-policial civil, e Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis com histórico de sonegação de impostos. Também foram detidos Rafael Bronzatti Belon, dono da Tycoon Technology e do Zeit Bank, Gerson Lemes e Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário de Curitiba.

As investigações apontam que o grupo criminoso estaria utilizando empresas de fachada para lavar dinheiro, movimentando bilhões de reais em atividades ilícitas. A megaoperação mobilizou mais de 1.400 agentes da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público de São Paulo, cumprindo mandados de busca e apreensão em diversos estados.

Fonte: DCM

VÍDEO – Eduardo se irrita com especulação sobre Michelle para 2026: “Querem me tirar”


     Eduardo Bolsonaro em entrevista ao canal Cláudio Dantas. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se revoltou com a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) se lançar como candidata do Partido Liberal (PL) nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista ao canal Claudio Dantas no YouTube nesta segunda-feira (1º), Eduardo afirmou que Michelle “nunca se abriu para o público politicamente” e sugeriu que a escolha dela como candidata não seria uma decisão bem recebida por ele.

Segundo o parlamentar, que fugiu para os Estados Unidos em março, a sigla presidida por Valdemar Costa Neto, aparentemente, interessado em direcionar sua candidatura para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou para algum outro nome, sem envolver os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O PL, ao que parece, quer direcionar uma candidatura para o Tarcísio ou para alguma outra pessoa que não sejam os filhos do Bolsonaro. Na minha visão, isso é um atropelo da opinião pública”, disse o deputado.

A prisão domiciliar de Bolsonaro tem levado a um aumento nas especulações sobre uma possível candidatura de Michelle à presidência. Segundo o Metrópoles, pessoas próximas à família relataram que o ex-presidente está mais próximo de sua esposa, e está revoltado com políticos que, em sua visão, tentam se aproveitar de sua situação para ganhar apoio eleitoral.

Eduardo também se referiu ao movimento dentro do PL para desconsiderar seu nome e o do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL), nas pesquisas para a eleição de 2026.


“Então querem tirar eu, querem tirar o Flávio. É o que eu falo, querem tirar qualquer pessoa que tenha uma identificação maior com esse discurso anti-establishment, ou com um discurso que vá adiante com as bandeiras do Bolsonaro. Querem enterrar com o movimento do Bolsonaro”, afirmou.

Ao ser questionado sobre sua própria possível candidatura à presidência, Eduardo confirmou que, com o apoio popular que tem, acredita ser capaz de seguir os passos do pai. “Pelo respaldo popular que eu tenho, eu acredito que sim. A minha ideia não é ser candidato no ano que vem, eu só o farei em caso de necessidade”, disse ele, destacando que sua candidatura só ocorrerá se for uma necessidade para o movimento bolsonarista.

Em relação ao futuro político e ao partido, o deputado afirmou que, apesar de não desejar deixar o PL, uma mudança de rumo dentro da legenda é possível.

“O meu desejo não é sair do PL. O meu desejo é que o PL se consolide como um partido verdadeiramente conservador, de direita, e por que não dizer, bolsonarista, porque são as bandeiras levantadas pelo Jair Bolsonaro. Mas, a conjectura futura, vamos ter que aguardar as cenas dos próximos capítulos”, explicou.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro diz que Lei Magnitsky teve pouca eficácia contra Moraes e cobra EUA por mais sanções

Deputado afirmou que restrições da Lei Magnitsky ainda não impactaram ministro do STF e prevê endurecimento das medidas

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) levou às autoridades dos Estados Unidos uma queixa sobre os efeitos limitados das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A afirmação, segundo o Metrópoles, foi compartilhada em entrevista ao canal Claudio Dantas, no YouTube, na qual o parlamentar relatou ter discutido o tema com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos.

Segundo Eduardo Bolsonaro, a medida prevista pela Lei Magnitsky, que busca punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos, não estaria produzindo impacto relevante na vida do magistrado. O deputado afirmou ter apresentado a preocupação em conjunto com o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo.

“Essa foi uma das pautas que eu e o Paulo Figueiredo apresentamos ao secretário do Tesouro americano, dizendo que: ‘Olha, as matérias da imprensa brasileira estão dando conta que a vida do Alexandre de Moraes não mudou tanto’. É preciso realmente colocar para valer essa aplicação da Lei Magnitsky, até para que os EUA não percam força”, declarou.

Durante a entrevista, o parlamentar destacou que vê como provável a adoção de medidas adicionais contra o ministro do STF, especialmente sob o governo de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. “Se os americanos sancionam alguém e tem pouco impacto na sua vida, há de concordar que há um enfraquecimento então dessa ferramenta à disposição dos americanos. Eu não vejo o presidente Trump permitindo esse enfraquecimento, então acho que é muito mais provável você avançar nessas sanções, você partir para outros mecanismos”, afirmou.

As sanções da Lei Magnitsky, em vigor há cerca de um mês, atingem principalmente bens e movimentações financeiras dos alvos em território norte-americano. O pacote inclui bloqueio de contas e imóveis, além da proibição de que cidadãos e empresas dos EUA mantenham negócios com os sancionados. Na prática, Moraes não pode utilizar cartões de crédito com bandeira norte-americana, nem realizar transações com companhias sediadas no país.

Eduardo Bolsonaro esteve em Washington no fim de fevereiro para articular medidas contra Alexandre de Moraes e outros ministros do STF. Desde então, reforçou em diferentes ocasiões que o governo dos EUA aplicaria a Lei Magnitsky no caso do magistrado. Moraes se tornou alvo prioritário das pressões internacionais por ser o relator do processo que pode levar à condenação de Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A tensão ganhou destaque internacional quando Trump acusou a Justiça brasileira de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, visto por ele como um aliado. O julgamento do ex-mandatário e de outros sete acusados no processo tem início nesta terça-feira (2), em Brasília, e deve ser acompanhado de perto por autoridades estrangeiras interessadas nos desdobramentos políticos e jurídicos do caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Eduardo detona Tarcísio: não representa o "anti-establishment" esperado pelo bolsonarismo


Filho de Jair Bolsonaro critica perfil político do governador de SP e admite disputar presidência por outra sigla

Tarcísio de Freitas (menor destaque) e Eduardo Bolsonaro (Foto: Elizabeth Frantz/Reuters I Carla Carniel/Reuters )

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não corresponde ao perfil de enfrentamento ao establishment desejado pelo eleitorado bolsonarista. A afirmação foi feita em entrevista ao canal do jornalista Cláudio Dantas no YouTube, de acordo com o jornal O Globo.

Durante a entrevista, Eduardo ressaltou que, embora reconheça o caráter e a capacidade de gestão de Tarcísio, considera que o estilo político do governador não atende às expectativas de grande parte da militância conservadora. “Enquanto a gente está nos nossos mandatos, a gente vai mostrando um pouco do nosso perfil, e o do Tarcísio realmente não é de combate ao establishment”, disse o parlamentar.

“Eu não estou aqui criticando-o, ele é uma pessoa de excelente caráter, um bom gestor, mas faz política de uma maneira diferente. Acho que a nossa base espera outra coisa de nós, mas eu não sou o dono da verdade. O ideal é botar no pleito e ver o que o eleitor vai decidir”, completou.

Questionado sobre a chance de concorrer à Presidência da República, Eduardo Bolsonaro não descartou a hipótese de disputar por outra legenda, caso o PL opte por não apoiar uma candidatura de Jair Bolsonaro. “Ao que parece, o PL quer direcionar uma candidatura para o Tarcísio ou para alguém que não seja o Bolsonaro. Na minha opinião, isso é um atropelo da opinião pública e não é só do meu nome, é o do Flávio Bolsonaro também”, afirmou.

Ele ainda destacou que, se o ex-mandatário for impedido de disputar, buscará outro partido para se lançar candidato. “Se o Jair Bolsonaro não concorrer, eu vou ter que procurar outro partido e sair candidato. Mesmo que seja derrotado, existe vitória na derrota”, declarou.

Na entrevista, Eduardo Bolsonaro minimizou possíveis prejuízos de uma fragmentação da direita, citando nomes como Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) como alternativas que podem disputar o pleito. Segundo ele, a presença de outros candidatos conservadores não representaria problema, desde que Jair Bolsonaro também tenha condições de participar.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Cresce a possibilidade de Jair Bolsonaro cumprir pena na cadeia



Se condenado pelo STF, Bolsonaro pode sair da prisão domiciliar para cumprir pena em uma unidade prisional

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, em Brasília, durante prisão domiciliar determinada pelo STF 14/08/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Reuters)

O indiciamento de Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo ligado à chamada trama golpista, reacendeu o debate sobre o futuro do ex-presidente em caso de condenação. Além disso, a posição do procurador-geral da República, Paulo Gonet, em intensificar a vigilância sobre Bolsonaro reforça a percepção de que, se houver sentença condenatória, ele pode ser obrigado a cumprir pena em um presídio e não em regime domiciliar, como era esperado, relata Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está previsto para o dia 12 de setembro. Apenas após a decisão final será definida a sentença. Os advogados de Bolsonaro, no entanto, já se articulam para tentar garantir prisão domiciliar, alegando problemas de saúde.

☉ Locais cogitados para o cumprimento da pena

Caso o STF determine que Bolsonaro seja encarcerado em unidade prisional, a lei prevê que ex-presidentes cumpram pena em celas de “estado maior”. Com base nisso, três alternativas vêm sendo consideradas pelas autoridades responsáveis pela operação do julgamento e pelo período posterior:

  • Superintendência da Polícia Federal em Brasília: a sede da PF já foi escolhida pela cúpula da instituição e conta com sala equipada com banheiro privativo. O espaço estaria pronto para receber Bolsonaro, caso o Supremo faça a solicitação.
  • Batalhão da Polícia Militar de Brasília: o mesmo local que abrigou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres por cinco meses, entre janeiro e maio de 2023, após prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
  • Unidade militar em Brasília: ainda sem definição oficial por parte do Exército, mas com possibilidade de adaptação rápida, já que a instituição dispõe de instalações adequadas na capital federal.

☉ Aliados em alerta

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro manifestam crescente apreensão diante do acirramento do embate com o STF. Embora ainda exista a expectativa de uma decisão favorável à prisão domiciliar, a intensificação do monitoramento pelo procurador-geral e as medidas preparatórias para abrigar o ex-presidente em Brasília são vistas como um indicativo de que o cenário pode ser mais severo do que o inicialmente previsto.

Fonte: Brasil 247

Maduro reage à ameaça dos EUA: "Venezuela jamais será escrava"

Presidente afirmou que Venezuela está pronta para defender seu território

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de um evento perto de uma imagem do falecido presidente da Venezuela Hugo Chávez em Caracas, Venezuela - 4 de fevereiro de 2024 (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Phot)

Diante da imprensa internacional, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou, nesta segunda-feira (1): “Aqui a opção é independência ou colônia, ser livres ou ser escravos, colônia e escravos jamais”.

As declarações foram divulgadas pela Telesur.

Maduro afirmou que Venezuela está pronta para defender seu território. “Sim, se a Venezuela for agredida, passaremos à luta armada para defender o território nacional e declararíamos a república em armas para garantir a paz, a soberania e o desenvolvimento do país”, afirmou Maduro.

Ainda segundo o presidente venezuelano, “a Máfia de Miami” tomou o poder na Casa Branca. "A Máfia de Miami tomou o poder político da Casa Branca e do Departamento de Estado norte-americano”, afirmou.

Além disso, Maduro destacou que esses setores impuseram sua visão extremista na política externa em relação à América Latina e ao Caribe, “porque ameaçar a Venezuela é ameaçar o continente inteiro”.

No início de agosto, o presidente Maduro mobilizou as milícias do país diante de relatos de que a Marinha dos Estados Unidos enviou várias embarcações à costa da Venezuela para “dissuadir” o tráfico de drogas. O deslocamento ocorreu após o Departamento de Justiça dos EUA oferecer uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levassem à captura de Maduro, acusado pelos norte-americanos de liderar o Cartel de los Soles.

Nesse contexto, aliados da Venezuela—incluindo Rússia, China, Irã e membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA)—reafirmaram seu apoio a Caracas e solicitaram respeito ao direito internacional e à integridade territorial dos Estados da região.

Fonte: Brasil 247 com informações da Telesur

Moraes autoriza Lira a visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

Visita de Lira a Bolsonaro deve ser realizada ainda nesta segunda, até às 18h, diz a decisão de Moraes

     Bolsonaro e Lira (Foto: Reuters)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta segunda-feira (1), que o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O último atualmente cumpre prisão domiciliar em Brasília-DF.

A visita de Lira a Bolsonaro deve ser realizada ainda nesta segunda, até às 18h, de acordo com a decisão. O pedido foi enviado mais cedo em nome de Bolsonaro a Moraes

"DEFIRO a AUTORIZAÇÃO DE VISITA de Arthur César Pereira de Lira, Deputado Federal, no dia 1/9/2025, até às 18h00, com a observância das determinações legais e judiciais anteriormente fixadas. RESSALTO que, nos termos da decisão de 30/8/2025 acima referida, serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu", diz a decisão de Moraes.

A decisão foi proferida na véspera do julgamento do ex-capitão na Corte, que é réu por liderar a trama golpista.

Fonte: Brasil 247

The Washington Post: No julgamento de Bolsonaro, Brasil confronta Trump e seu próprio passado autoritário

Bolsonaro enfrenta julgamento histórico no STF, em processo que testa democracia e gera tensão com Trump

    Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina/STF | Reprodução)

O jornal norte-americano The Washington Post publicou nesta segunda-feira (1) uma análise assinada pelo repórter Terrence McCoy sobre o início do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo é descrito como um marco inédito na história do Brasil, país que já enfrentou mais de uma dezena de tentativas de golpe, mas nunca havia levado generais ou políticos a julgamento por atentar contra a democracia.

Segundo o veículo, Bolsonaro — figura mais popular da direita brasileira — é acusado de articular um plano para subverter a ordem constitucional após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Ao lado dele, também respondem militares de alta patente, incluindo um almirante e três generais, todos negando as acusações e denunciando suposta perseguição política.

☆ O peso histórico do julgamento

Especialistas ouvidos pelo jornal norte-americano apontam que o processo representa um divisor de águas. Carlos Fico, historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou: “Por décadas, estudei mais de uma dúzia de golpes e tentativas de golpe, e todos resultaram em impunidade ou anistia. Desta vez será diferente”.

A acusação sustenta que Bolsonaro não apenas questionou, sem provas, a legitimidade das urnas eletrônicas, mas também teria redigido e apresentado a militares um decreto para “corrigir” o resultado eleitoral. O documento previa ainda a possibilidade de prender e assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, segundo mensagens interceptadas pela polícia, lembra a reportagem.

☆ Reação internacional e confronto com Trump

A análise ressalta também a crescente tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, aliado de Bolsonaro, classificou o processo como uma “caça às bruxas” e impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, além de sancionar Moraes. Em entrevista ao The Washington Post, o ministro rebateu: “O Brasil não vai ceder à pressão. Todos aqui reconhecem e respeitam o poder militar e econômico dos Estados Unidos, mas o Brasil é independente e continuará independente”.

☆ O impacto interno e os fantasmas da ditadura

O julgamento ocorre em um país ainda marcado por silêncios históricos: a escravidão e a ditadura militar. Ao contrário de vizinhos como Chile e Argentina, que processaram responsáveis por violações de direitos humanos, o Brasil optou pela anistia em 1979. Para a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo, o caso atual tem forte simbolismo: “O Brasil carrega dois pactos de silêncio. É por isso que este processo é tão simbólico”.

A análise do Post lembra que, ao longo da história republicana, o Brasil sofreu 14 tentativas de golpe, metade delas bem-sucedidas. A mais marcante, em 1964, instaurou 21 anos de regime militar, período de censura, torturas e assassinatos reconhecidos pela Comissão Nacional da Verdade em 2012.

☆ Efeitos políticos e o futuro da direita

As audiências devem durar menos de duas semanas, com transmissão nacional, e podem redefinir a relação entre militares e política. Para o cientista político Matias Spektor, da Fundação Getulio Vargas, trata-se de um momento sem precedentes: “O país nunca colocou na prisão alguém que teve acesso ao aparato bélico do Estado. Isso é revolucionário”.

Pesquisas recentes indicam que a maioria dos brasileiros apoia a prisão domiciliar de Bolsonaro. Além disso, análises sugerem que sua base de apoiadores começa a se fragmentar. A socióloga Esther Solano, da USP, afirmou: “Os bolsonaristas começaram a perceber que Bolsonaro acabou politicamente. A possibilidade de prisão é muito alta”.

Ainda assim, especialistas avaliam que a extrema direita continuará atuante. Uma pesquisa de dezembro apontou que apenas 69% da população declarou apoio pleno à democracia, enquanto 8% afirmaram preferir uma ditadura e 17% disseram não ter preferência. Para Spektor, o fenômeno político criado por Bolsonaro deve sobreviver ao próprio líder: “O movimento vai se desgrudar da família Bolsonaro e seguirá em frente. Essa onda está muito viva no Brasil e nada sugere que diminuirá tão cedo”.

Fonte: Brasil 247