quinta-feira, 19 de junho de 2025

Prestes a ser preso, Bolsonaro é rifado pelo centrão: 'impede quadro da centro-direita para 2026'

Líder do PP, Doutor Luizinho criticou a falta de definição do ex-mandatário sobre 2026 e alertou para impasses dentro do campo conservador

        Jair Bolsonaro - 06/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)



Em almoço com empresários promovido pelo grupo Esfera Brasil e pela Casa ParlaMento nesta terça-feira (17), em Brasília, o deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ), líder do Progressistas na Câmara e aliado de Jair Bolsonaro, fez críticas incisivas à postura do ex-mandatário em relação às eleições presidenciais de 2026.

Durante o encontro, Luizinho afirmou que Bolsonaro, hoje inelegível, tem sido um entrave para a articulação de uma candidatura de centro-direita por não indicar claramente quem pretende apoiar no próximo pleito. “A realidade é essa. O ex-presidente Bolsonaro impede que a centro-direita coloque um quadro. Porque ele, ao não apoiar o governador [de SP] Tarcísio de Freitas, ou ao não se posicionar claramente sobre quem é o candidato dele, está impedindo a organização da centro-direita no país”, disse o parlamentar, de acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S Paulo.

Segundo Luizinho, tanto o Progressistas quanto o União Brasil, partidos que integraram a base do governo Bolsonaro e que hoje formam uma federação, têm nomes qualificados para liderar uma chapa presidencial ou, ao menos, ocupar a vice-presidência em uma composição com o bolsonarismo. O parlamentar afirmou que “ele [Bolsonaro] vem impedindo uma candidatura que está claramente colocada. No nosso campo, uma candidatura precisa estar validada pelo União-Progressistas, ou por uma candidatura nossa, ou pelo menos com a vice-presidência da República”.

Entre os nomes que circulam como potenciais pré-candidatos da direita estão os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Todos, até o momento, evitam confrontar publicamente a liderança de Bolsonaro.

Apesar das movimentações, Bolsonaro mantém indefinições e acena, nos bastidores, com a possibilidade de lançar um nome de sua própria família, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, tentou adotar um tom mais conciliador durante o evento. Para ele, ainda não é hora de se discutir nomes, mas sim o que classificou como “projeto de país”. Apesar disso, ele mirou críticas ao governo Lula. “Eu acho o governo completamente perdido, sem norte. Não adianta ficar só culpando o ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad. A culpa maior é do próprio presidente da República, que não assume as suas atribuições de comandar o Brasil da forma correta”, declarou.

Ciro também disse que há uma expectativa por uma candidatura de centro-direita com reais chances de vitória, mas defendeu que esse campo político precisa atravessar o período de instabilidade sem que o governo atual “atrapalhe ainda mais o Brasil”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Hugo Motta pediu reembolso por jantar de R$ 27 mil em 2023

Evento pago com dinheiro público foi organizado por Motta e não consta nos compromissos oficiais do ministro Silvio Costa Filho, que participou do encontro

Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Em outubro de 2023, o então líder da bancada do Republicanos na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB), promoveu um jantar com 30 parlamentares do partido e o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos). A reunião, cujo tema era a possível implementação de um aeroporto em Patos (PB), cidade natal do deputado, gerou um reembolso de R$ 27.120,00 à Câmara — o maior valor registrado para alimentação desde o início da atual legislatura, em 1º de fevereiro de 2023. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles.

O encontro ocorreu no dia 4 de outubro, segundo justificativa enviada por Motta à Câmara ao apresentar a nota fiscal do evento, datada de 9 de outubro. O bufê de alto padrão foi fornecido pela chef Renata La Porta, conhecida por atender eventos de órgãos públicos em Brasília. Dividindo o valor entre os 30 parlamentares, cada participação no jantar custou R$ 904 aos cofres públicos.

Apesar da relevância do tema tratado, o encontro não consta na agenda oficial do ministro Silvio Costa Filho. Na noite do mesmo dia, segundo registros públicos, o titular da pasta de Portos e Aeroportos teve compromissos formais com quatro congressistas — nenhum deles com a bancada do Republicanos.

Entre 18h30 e 20h15, o ministro se reuniu com o deputado Giacobo (PL-PR), o vice-governador do Espírito Santo Ricardo Ferraço (PSDB), o senador Mauro Carvalho (União-MT) e o deputado José Priante (MDB-PA). O jantar, portanto, ocorreu de forma paralela e sem registro público, levantando questionamentos sobre transparência e uso de verba pública para atividades não oficiais.

A equipe de reportagem do Metrópoles procurou Hugo Motta por meio de sua assessoria para esclarecimentos sobre o jantar, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Gleisi classifica como ‘chocante’ relatório que mostra desigualdade no Brasil e defende pacote fiscal do governo Lula

A ministra afirma que as medidas são fundamentais para corrigir as injustiças do país, que contra com 433 mil milionários segundo estudo da UBS

      Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), voltou a defender nesta quinta-feira (19) o pacote fiscal enviado pelo governo Lula (PT) ao Congresso que propõe a tributação de letras de crédito imobiliário e do agro, hoje isentos, alta de imposto para fintechs e bets.

Para justificar as medidas, Gleisi citou um estudo feito pelo banco suíço UBS, que mostrou que o Brasil é o país com o maior número de milionários na América Latina e tem a maior desigualdade social entre as 56 nações analisadas. Segundo a ministra, o relatório é “chocante”.

“No momento em que o debate nacional é sobre cobrar impostos dos muito ricos que pagam pouco e de aplicações e empresas que têm privilégios, é chocante o relatório do banco UBS sobre distribuição de renda em 56 países”, disse.

“O Brasil é o país que tem mais milionários na América Latina (o 19º. do mundo) e é também o país mais com maior desigualdade social entre os 56 países analisados. Há 433 mil pessoas no Brasil com fortunas de mais de 1 milhão de dólares, segundo o UBS, enquanto mais da metade da população vive com até um salário-mínimo por mês, de acordo com o IBGE”, completou.

Gleisi afirmou que o pacote fiscal é necessário para corrigir as injustiças do sistema. “Diante dessa realidade, as medidas encaminhadas pelo governo do presidente Lula ao Congresso são mais do que necessárias para garantir o equilíbrio fiscal. Elas são indispensáveis para começarmos a corrigir as enormes injustiças de um sistema que isenta os ganhos em aplicações financeiras e cobra até 27,5% de imposto de uma professora primária. Vamos fazer esse debate franco, o Brasil só tem a ganhar com a verdade”, concluiu.
Fonte: Brasil 247

Bolsonaro usou espionagem ilegal em live para atacar eleições e semear desconfiança no país

     O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Em agosto de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou documentos obtidos de forma clandestina pela chamada “Abin paralela” durante uma live em que atacou o sistema eleitoral brasileiro.

O relatório da Polícia Federal (PF) revelou que o então chefe do governo teve acesso a informações produzidas de maneira ilegal, com apoio de recursos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para questionar a integridade das eleições de 2018 e sustentar acusações de fraude eleitoral.

A live de Bolsonaro, transmitida em 4 de agosto de 2021, apresentou dados extraídos de documentos sigilosos, como o arquivo “Presidente TSE informa.docx”, elaborado por Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, em julho de 2021.

O conteúdo visava contestar o resultado das eleições de 2018 e gerar desconfiança sobre o sistema eleitoral, utilizando informações confidenciais da PF relacionadas a um suposto ataque hacker ao TSE naquele ano. No entanto, a invasão não comprometeu as urnas eletrônicas, como foi amplamente esclarecido pela própria PF.

Alexandre Ramagem falando em microfone, sério, ao lado de bandeira do Brasil
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin – Reprodução
O relatório também expôs que os documentos sigilosos, obtidos pela Abin, foram usados com a justificativa de que seriam destinados a uma comissão do Congresso Nacional. A investigação revelou que campanhas de desinformação contra o sistema eleitoral foram conduzidas com o uso de recursos humanos, financeiros e técnicos da Abin.

Entre os envolvidos no esquema, o filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), foi indiciado por ser um dos principais articuladores da estrutura paralela dentro da agência.

A Polícia Federal indiciou 36 pessoas durante a investigação, que foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito apura o uso ilegal da Abin para ações de espionagem e ações políticas alheias às suas atribuições institucionais. Segundo a PF, a “Abin paralela” foi manipulada para fins pessoais e políticos, distorcendo a finalidade da agência e desviando seu sistema de inteligência para propósitos ilegais e partidários.

Fonte: DCM

Lula defende uso transparente de emendas parlamentares: “não é tão mau”

Presidente critica falta de controle no passado e afirma que nova gestão das emendas trouxe “moralização” à relação entre Executivo e Legislativo

        Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Em entrevista ao podcast Mano a Mano, apresentado pelo cantor Mano Brown e publicada na madrugada desta quinta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu as emendas parlamentares, tema que no ano passado gerou atritos entre o Judiciário e o Legislativo. Segundo Lula, o problema não está nas emendas em si, mas na forma como são utilizadas.

“Quando a emenda é dada com seriedade, você sabe que ela tem endereço fixo, tem identidade. Isso não é tão mau. Agora, o que era mau era que você não tinha nenhum controle das emendas. Isso acabou”, declarou o presidente.

Lula afirmou que, atualmente, as emendas estão inseridas dentro de um novo modelo de gestão orçamentária. “Agora, as emendas são compartilhadas dentro do programa de desenvolvimento do Orçamento do governo”, explicou. Para ele, essa mudança representa um avanço na transparência e na cooperação entre os Poderes. “Houve uma certa moralização nessa relação entre Executivo e Legislativo”, completou.

A liberação de recursos para emendas parlamentares tem sido tratada com urgência pelo governo federal, como forma de apaziguar a crescente insatisfação de deputados e senadores. Segundo levantamento do Metrópoles, até a última quarta-feira (18), o valor empenhado — ou seja, reservado para pagamento — chegava a R$ 667,4 milhões. Deste montante, mais de R$ 500 milhões correspondem a emendas individuais, aquelas indicadas diretamente por parlamentares.

A demora na liberação dessas verbas tem sido apontada por integrantes do Congresso Nacional como uma das principais causas para o desgaste na relação com o Palácio do Planalto. Um dos reflexos dessa crise foi a recente derrota do governo na tentativa de sustar, por meio de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida proposta pela equipe econômica.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Relatório final da ‘Abin paralela’ agravou situação de Bolsonaro, afirmam investigadores

Documento aponta uso da inteligência para atacar sistema eleitoral e manter ex-presidente no poder desde 2019

      Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)

A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou ainda mais delicada após a divulgação do relatório da Polícia Federal sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com investigadores, o documento revela que a atuação da chamada “Abin paralela” não foi uma reação ao risco de derrota nas eleições de 2022, mas parte de uma estratégia iniciada ainda no começo do mandato presidencial, em 2019. As informações são do g1.

Segundo a PF, Bolsonaro foi o principal beneficiário das ações criminosas conduzidas pela estrutura clandestina da Abin. O relatório, tornado público nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostra como a agência foi usada para espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, perseguir adversários políticos e auxiliar a candidatura de Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, à Câmara dos Deputados.

Os investigadores identificaram que agentes da Abin produziram informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação e repassaram os dados ao ex-presidente. Documentos obtidos pela PF mostram que Ramagem elaborou um plano para atacar a credibilidade do processo eleitoral brasileiro. Para os investigadores, esse material reforça as suspeitas de que Bolsonaro estruturou uma estratégia para se manter no poder, o que poderá complicar ainda mais sua situação em processos já em andamento no Supremo.

Apesar da gravidade dos indícios, o novo relatório não deve ser anexado à ação penal relacionada à tentativa de golpe, atualmente em julgamento no STF. Caso isso ocorra, os prazos de instrução processual precisariam ser reabertos, o que atrasaria o desfecho do caso.

O relatório também aponta que Bolsonaro e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), atuavam diretamente na seleção dos alvos das ações clandestinas da Abin. Ambos são mencionados como integrantes do núcleo político da estrutura ilegal. Já o núcleo operacional era comandado por Ramagem e seus assessores diretos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Dino convoca CGU, TCU e bancos públicos para debater rastreamento de emendas pix

Reunião no STF em 5 de agosto busca solução para falhas técnicas que comprometem a transparência no uso dos repasses

      Flávio Dino (Foto: Ton Molina/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou a realização de uma reunião técnica com representantes de órgãos de controle e instituições financeiras federais para discutir falhas no sistema de rastreamento das chamadas “emendas pix”, informa Andréia Sadi, do g1.

O encontro está marcado para 5 de agosto, às 15h, na sede do STF, e reunirá técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU), do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.

A decisão de Dino está vinculada à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, protocolada pelo Psol, que questiona a transparência da execução dessas emendas parlamentares. Segundo o ministro, há limitações nos sistemas utilizados pelas instituições financeiras que dificultam o rastreamento adequado dos recursos públicos transferidos por meio desse mecanismo.

De acordo com notas técnicas elaboradas pela CGU e pelo TCU, os principais entraves são:

  • uso de contas intermediárias, conhecidas como contas de passagem, que dificultam a identificação do beneficiário final;
  • inconsistências ou ausência de dados bancários;
  • barreiras técnicas que impedem o cruzamento automatizado das informações;
  • falta de dados cruciais, como as datas de abertura das contas e o histórico completo de movimentações financeiras.

Para viabilizar a reunião, o ministro solicitou que os chefes dos órgãos e instituições envolvidos indiquem seus representantes técnicos até 1º de agosto. A expectativa é que o encontro promova a articulação necessária para aperfeiçoar os mecanismos de controle e transparência sobre os repasses oriundos das chamadas “emendas pix”, apontadas por especialistas e órgãos de fiscalização como de difícil rastreabilidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula reage a acusações de fazer governo neoliberal: 'quem governa não faz o que quer; faz o que pode'

“Me considero um cidadão de esquerda, mas muito realista. Quem grita ‘100% ou nada’ vai ficar com nada”, afirma o presidente

      Lula (Foto: Reprodução/Spotify)

Durante participação no podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown e Semayat Oliveira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu de forma contundente às críticas que o classificam como líder de um governo supostamente neoliberal. Ao abordar a complexidade do cenário político brasileiro, Lula defendeu as alianças realizadas para garantir governabilidade e afirmou que as conquistas sociais de sua gestão contradizem as acusações de setores da esquerda mais radical.

“Eu fui eleito presidente da República e elegi 70 deputados do meu partido. O Congresso Nacional tem 513 deputados. É só analisar para saber que eu preciso fazer composições políticas para poder governar, senão eu não consigo”, explicou o presidente, ao destacar que também conta com apenas nove senadores entre os 81 membros do Senado. “A dificuldade é imensa".

Segundo Lula, a necessidade de construir pontes com outras forças políticas foi essencial para destravar medidas fundamentais ainda antes do início formal do mandato. “A gente começou a governar antes de tomar posse, porque não tinha orçamento para a gente começar a trabalhar em 2023. Nós fizemos uma PEC da Transição para que pudesse ter dinheiro para a gente começar a governar esse país".

◉ “Quem grita ‘100% ou nada’ vai ficar com nada” - Lula aproveitou a entrevista para reiterar sua identidade ideológica. “Me considero um cidadão de esquerda, mas muito realista desde o tempo em que eu era dirigente sindical”, disse, defendendo uma postura pragmática: “eu não era daqueles que ficava gritando ‘ou 100% ou nada’. Quem grita ‘100% ou nada’ vai ficar com nada. Eu reivindicava aquilo que era possível reivindicar de acordo com a força que eu tinha, e conquistava muita coisa".

O presidente afirmou que sua atuação sempre levou em conta as correlações de forças no Congresso e na sociedade. “Toda vez que você governa, você não faz só o que você quer. Você faz o que você pode fazer em função da conjuntura política, da correlação de forças políticas no Congresso Nacional e na sociedade".

◉ Conquistas sociais e comparação histórica - Para rebater as críticas, Lula relembrou os avanços promovidos durante seus governos anteriores. “Eu duvido que algum governo dito de esquerda tenha feito mais políticas de inclusão social do que nós fizemos nesse país”, afirmou. E acrescentou: “nesse país tiveram dois momentos históricos que tiveram políticas de inclusão social: com Getúlio Vargas, quando era tido como ditador e criou a CLT, tirando os trabalhadores da semiescravidão, e depois do Getúlio apareceu o PT, o Lula, para fazer políticas de inclusão social”.

O presidente listou algumas das principais realizações de suas gestões: “fui o presidente que mais fez universidades, que mais colocou estudantes na universidade, que mais fez instituto federal, que fez o Bolsa Família, que gerou 22 milhões de empregos em oito anos de mandato".

Lula também recordou o período entre 2002 e 2014 como o melhor momento social da América do Sul, citando avanços sociais simultâneos em países como Chile, Argentina, Bolívia e Venezuela durante o governo de Hugo Chávez.

◉ Recado a críticos e rejeição a comparações com a Venezuela - O presidente reagiu com irritação às insinuações de que ele seria comunista ou que o Brasil estaria no mesmo caminho da Venezuela. “Essa bobagem de ficar dizendo que eu sou comunista é uma coisa tão grosseira, um jeito de falar tão imbecil. O cara que fala isso não sabe nem o que é comunismo. Se soubesse, não falava”, disparou.

E reforçou: “querer comparar o Brasil à Venezuela... a Venezuela é a Venezuela e o Brasil é o Brasil. O Brasil tem uma história e a Venezuela tem outra".

Por fim, Lula celebrou os sinais de recuperação econômica. “Eu estou há dois anos na presidência. Sabe há quanto tempo esse país não crescia acima de 3%? Desde 2011".

Fonte: Brasil 247

"Incompreensível", diz Gleisi sobre novo aumento da taxa de juros pelo Banco Central

Com inflação em queda e economia em crescimento, alta da Selic para 15% gera críticas no governo e reacende tensão com o BC

     Gleisi Hoffmann (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar novamente a taxa básica de juros (Selic), desta vez para 15% ao ano, foi recebida com forte reprovação por integrantes do governo federal e lideranças do Congresso. A medida foi anunciada na noite de quarta-feira (18) e repercutiu imediatamente nas redes sociais e nos bastidores de Brasília. Trata-se do sétimo aumento consecutivo da Selic, que alcança agora o nível mais alto desde julho de 2006.

A ministra das Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann (PT), classificou a decisão como “incompreensível”. Em publicação na rede X, nesta quinta-feira (19), ela declarou: “no momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”.

Política monetária em xeque - O ciclo de altas iniciado em setembro de 2024 foi mantido de forma unânime pelo Copom, que justificou a postura mais agressiva diante de uma inflação considerada persistente — sobretudo no setor de alimentos. A taxa Selic saiu de 10,50% para os atuais 15% em menos de um ano, sob o argumento de conter as pressões inflacionárias e garantir a convergência da meta de inflação até 2026.

Segundo nota oficial, o Comitê reconheceu que os índices futuros ainda estão acima da meta. “Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, afirmou o BC.

Ainda assim, o próprio comunicado do Copom sinalizou uma possível pausa nos aumentos, indicando que o atual patamar poderá ser mantido, embora sem qualquer indicativo de alívio no curto prazo.
Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Mísseis do Irã atingem maior hospital do sul de Israel


       Hospital de Soroka, ao sul de Israel, após ser atingido por míssil lançado pelo Irã. Foto: Maya Levin/AFP

O maior hospital do sul de Israel, o Soroka Medical Center, foi atingido por mísseis lançados do Irã na madrugada desta quinta-feira (19), sétimo dia de conflito no Oriente Médio. Segundo um porta-voz israelense, o prédio sofreu “danos extensos” e a população foi orientada a não procurar atendimento no local neste momento.

Pelo menos 129 pessoas ficaram feridas por ataques que atingiram o hospital e ao menos outros três locais, em cidades como Tel Aviv e Jerusalém. “Estamos avaliando danos”, afirmou um representante do exército israelense.

Após o ataque, sirenes de alerta soaram em diversas regiões do país, conforme relato das Forças de Defesa de Israel (IDF). “Agora há pouco, sirenes tocaram em muitas áreas pelo território de Israel após a identificação de mísseis lançados do Irã em direção ao Estado israelense”, informou o Exército em uma postagem no Telegram.

Jornalistas da agência AFP relataram ter ouvido explosões em Tel Aviv e Jerusalém, sendo que, na capital, os barulhos foram descritos como os mais intensos desde o início da ofensiva.

O bombardeio iraniano ocorre pouco depois de o Exército israelense anunciar que havia iniciado ataques contra Teerã, capital do Irã. A escalada reacendeu a tensão na região e mobilizou as forças de defesa de ambos os países.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comentou o episódio nas redes sociais e declarou que o Irã vai “pagar um preço alto” pelos ataques. Israel já determinou o reforço das ofensivas contra alvos iranianos.

Para conter os mísseis, Israel conta com o sistema de defesa conhecido como Domo de Ferro, que intercepta projéteis em pleno voo. Ainda assim, o Irã tem apostado em disparos em massa para sobrecarregar o sistema e alcançar pontos estratégicos no território israelense.

 

Fonte: DCM

Abin paralela usou grupo chamado “Bichona” para planejar ações de espionagem ilegal


          Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Integrantes da chamada “Abin Paralela” utilizaram um grupo de mensagens intitulado “BICHONA” para discutir ações clandestinas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF), que se tornou público na quarta-feira (18), após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar o sigilo dos autos da investigação.

De acordo com a PF, o grupo de mensagens era usado para organizar estratégias de espionagem e ataques direcionados à própria direção da corporação. Um dos participantes do chat era Alessandro Moretti, ex-número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi indiciado no caso.

O relatório aponta que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações promovidas pela estrutura clandestina dentro da Abin. Apesar disso, o ex-presidente não foi indiciado.

A investigação, iniciada em 2023, apura o uso político da Abin durante o governo Bolsonaro. Segundo a PF, o objetivo do grupo era monitorar opositores e adversários políticos utilizando o software israelense First Mile, que operava sem controle judicial.

Quem é Alessandro Moretti, número 2 da Abin demitido por interferência em investigação sobre espionagem
Alessandro Moretti, ex-número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi indiciado no caso. Foto: Reprodução

Flávio Dino


No dia 19 de outubro daquele ano, o servidor Marcelo Bormevet, ligado ao grupo clandestino, pediu ao colega Giancarlo Gomes Rodrigues informações sobre Leonardo Cunha de Oliveira, fotógrafo vinculado à equipe de Dino.

A mensagem indicava pressa e motivação política: “chegou uma info importante pro PR”, escreveu Bormevet, em referência ao então presidente Bolsonaro.

A investigação aponta que Bormevet mencionou que o alvo da espionagem estava em Brasília, no “gabinete do ódio de Nine”, uma expressão usada por apoiadores de Bolsonaro para se referir aos adversários políticos, neste caso, ao entorno do presidente Lula (PT), apelidado de “Nine”.

A PF considera que esse episódio é uma evidência do uso indevido da estrutura da Abin para fins políticos e eleitorais durante o antigo governo.

Fonte: DCM

VÍDEO: Mulher dá socos, chutes e cospe na cara de brasileira por “ser gorda demais” em voo nos EUA

Mulher precisou ser contida por funcionários da companhia área após puxar o cabelo de passageira brasileira. Foto: Reprodução


Uma brasileira foi agredida durante um voo da Southwest Airlines nos Estados Unidos, após uma passageira americana se recusar a sentar ao seu lado alegando que ela era “gorda demais”. O caso ocorreu na segunda-feira (16), em um voo que partia de Nova York com destino a Kansas City. A agressora, visivelmente alterada, atacou a mulher com puxões de cabelo, chutes, tapas e ofensas. Vídeos gravados por outros passageiros mostram a vítima falando em português.

Nas imagens, é possível ver a agressora, identificada como Leanna Perry, cuspindo no rosto da brasileira e a xingando com frases gordofóbicas, enquanto funcionários da companhia e passageiros tentavam contê-la. “Olha essa vadia gorda. Hilário”, disse ela. A vítima não reagiu às agressões físicas nem verbais. O voo só decolou após a mulher ser retirada da aeronave.

Leanna foi detida pela polícia e levada para um hospital antes de ser encaminhada ao Departamento de Correções de Nova York. Ela vai responder por agressão agravada. A Southwest Airlines informou que o caso está sob responsabilidade das autoridades e não comentou o episódio até a última atualização.

Fonte: DCM

Defesa de Israel contra mísseis do Irã pode durar apenas mais 12 dias; entenda

Interceptadores do sistema de defesa aérea de Israel traçam o céu noturno durante ataques de mísseis lançados pelo Irã – Foto: AP


A capacidade de defesa aérea de Israel contra os mísseis do Irã está perto do limite, segundo autoridades dos EUA. Com o ritmo atual de ataques, os estoques de interceptadores israelenses podem durar apenas mais 10 a 12 dias. O alerta foi feito por um representante do governo americano ao jornal Washington Post, ressaltando que o apoio militar americano é crucial para evitar um colapso da defesa israelense.

Desde o início da ofensiva iraniana, Israel já utilizou a maior parte de seus interceptadores, especialmente os do sistema Arrow, usados contra mísseis balísticos de longo alcance.

Analistas apontam que o custo da defesa aérea é alto: cada interceptador pode chegar a US$ 3 milhões. Um jornal local, The Marker, estima que a operação tem custado ao governo israelense cerca de R$ 1 bilhão por noite.

O Pentágono, por sua vez, tem reforçado a presença militar na região com recursos em terra, mar e ar, mas enfrenta o desafio de manter seu próprio estoque. “Nem os EUA nem os israelenses podem continuar sentados interceptando mísseis o dia todo”, disse Tom Karako, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, ao Wall Street Journal.

Nos primeiros dias do conflito, o Irã lançou cerca de 400 mísseis contra Israel. Desses, 120 foram destruídos por bombardeios israelenses, e apenas 35 conseguiram atingir alvos, segundo o governo local.

As Forças de Defesa de Israel também afirmam ter alcançado superioridade aérea sobre Teerã, o que pode reduzir os lançamentos inimigos.

Apesar disso, o arsenal iraniano ainda é considerado vasto. Especialistas alertam que mais da metade dos mísseis ainda está disponível, e muitos podem estar escondidos em depósitos subterrâneos. As últimas ofensivas do Irã atingiram áreas sensíveis, como refinarias e centros militares próximos a Tel Aviv e Haifa.

Fonte: DCM

Gírias dos anos 70 e 80 que caíram em desuso (mas a gente ainda usa)


Imagem ilustrativa – Reprodução

Quem viveu os anos 70 e 80 certamente se lembra de expressões como “paz e amor”, “bicho”, “papo cabeça” e “massa”. Eram gírias que traduziam o espírito do tempo e marcaram a linguagem jovem.

Com o passar dos anos, muitas dessas palavras caíram em desuso. No entanto, algumas ainda resistem no vocabulário — mesmo que usadas sem perceber por gerações mais velhas.

Além do valor linguístico, as gírias também funcionam como retratos da cultura e da sociedade da época. Relembrá-las é reviver um modo de falar mais descontraído e divertido. Hoje, entre memes e abreviações digitais, essas expressões soam exóticas — mas ainda carregam charme e história.

Fonte: DCM